Direito Processual Civil IV - Aula 2 - Tutela Provisória (1)

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Direito PROCESSUAL civil IV
Prof.ª Vanessa de Castro
DA TUTELA PROVISÓRIA
PARTE GERAL
LIVRO V
DA TUTELA PROVISÓRIA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 294, CPC. 
Cognição sumária
Juízo de probabilidade
Morosidade do Judiciário
Função: maior efetividade ao processo
Possibilita ao Juiz conceder antes aquilo que só concederia ao final ou determine as medidas necessárias para assegurar e garantir a eficácia do provimento principal
Conjunto de tutelas diferenciadas, que podem ser postuladas nos processos de conhecimento e de execução, e que podem ser fundadas tanto na urgência quanto na evidência. A tutelas de urgência, por sua vez, podem ter tanto natureza satisfativa quanto cautelar.
Tutela diferenciada, emitida em cognição superficial e caráter provisório, que satisfaz antecipadamente ou assegura e protege uma ou mais pretensões formuladas, e que pode ser deferida em situação de urgência ou nos casos de evidência. 
Provisoriedade
 Revogação ou Modificação a qualquer tempo
 Deve ser confirmada pela sentença
 Não havendo manifestação expressa: 
Procedência – implicitamente confirmada
Improcedência ou extinção sem resolução – implicitamente revogada
 Agravo de instrumento pendente de julgamento
 Perda do objeto
 Preenchidos os requisitos, o Juiz é obrigado a conceder a tutela
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Competência
 Será competente para decidir o pedido de tutela provisória o juízo competente para conhecer do pedido principal, independentemente deste já ter sido feito ou estar por vir.
Princípio da eficiência da medida cautelar: exceção a regra da competência
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Código de Processo Civil 1973
Livro III: processo cautelar era acessório, não havia a possibilidade de deferimento genérico de tutelas provisórias satisfativas
Lei 8.952/94: possibilidade de deferimento de tutelas antecipadas genéricas em praticamente todos os tipos de processo e procedimentos, desde que preenchidos os requisitos gerais. Coexistência dos dois tipos de tutelas diferenciadas, a cautelar e a antecipada (satisfativa)
Lei 10.444/2002: fungibilidade entre os dois tipos (deferir a mais adequada)
Não há mais possibilidade de processo cautelar autônomo
Classificações
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Conforme a natureza 
Antecipada
Cautelar
Quanto à fundamentação
De urgência
De evidência
Quanto ao momento da concessão
Antecedente
Incidental
Conforme a natureza:
Tutelas provisórias antecipada e cautelar
Antecipada: natureza satisfativa: o Juiz defere os efeitos que, sem ela, só poderia conceder ao final
Ex.: Execução de valor em caráter provisório
Cautelar: medida protetiva, assecurativa, que preserva o direito do autor, em risco pela demora do processo
Ex.: Arrestar bens do devedor, preservando-os em mãos de um depositário
Tutela provisória antecipada
Satisfaz, no todo ou em parte, a pretensão formulada pelo autor, concedendo-lhe os efeitos ou consequências jurídicas que ele visou obter com o ajuizamento da ação
Os efeitos não podem ultrapassar a extensão do provimento final, ou que tenham natureza diferente.
Tutela provisória cautelar
O Juiz não concede, já, o que só seria deferido ao final, mas determina providências de resguardo, proteção e preservação dos direitos em litígio
Quanto à fundamentação:
Tutela de urgência
Art. 300, CPC.  
Tutela de urgência
Requisitos
Fumus boni juris (probabilidade do direito)
Periculum in mora (risco de que sem a medida o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de difícil reparação)
Tutela de evidência
Art. 311, CPC
Tutela de evidência
O autor sofre com a demora do processo, a tutela de evidência inverte esse ônus.
Quanto ao momento de concessão:
A tutela de evidência será sempre incidental
A tutela de urgência pode ser incidental ou antecedente
Na tutela incidental o processo já foi ajuizado, dessa forma, a medida será requerida no seu bojo quando se apresentar uma situação de urgência
Na tutela cautelar antecedente o autor formulará o pedido cautelar antes de apresentar o principal
Deve indicar qual será a pretensão principal, expondo de maneira sumária o direito que se visa assegurar. Efetivada, no mesmo processo, e dentro de 30 dias, deverá ser apresentado o pedido principal
Liminar
 As tutelas provisórias podem ser concedidas liminarmente, ou seja, no início do processo
Ainda que não concedidas em caráter liminar, podem ser concedidas a qualquer tempo
Expressão “liminar” 
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Tutela provisória antecipada ≠ Julgamento antecipado do mérito
O Juiz tem o poder de determinar as medidas que considerar adequadas para a efetivação da tutela provisória (Art. 297, CPC) 
Cabe tutela provisória:
Qualquer tipo de processo, seja de conhecimento, seja de execução
No processo de conhecimento mesmo nas ações de procedimento especial, em que há previsão de liminares específicas, que têm natureza de antecipação de tutela, mas dependem de requisitos próprios, a tutela provisória genérica pode ser deferida. Ex.: ação possessória
Nas ações em que a pretensão é condenatória. Ex.: de pagar
Nas ações constitutivas ou desconstitutivas, desde que a pretensão seja compatível com a provisoriedade da medida. Exemplo: não é possível em ação de divórcio
Nas ações declaratórias, não antecipa a declaração, e sim os efeitos