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Ciência Política Ciência Política e Estado Moderno Prof(a) Me. Maria Gisele de Alencar Unidade de Ensino: 2 Competência da Unidade: Conhecer, interpretar e aplicar conceitos e teorias da Ciência Política e da formação do Estado. Resumo: Discutir as bases da formação do Estado, os instrumentos constituídos para orientar o desenvolvimento e o fortalecimento do Estado Moderno. Palavras-chave: Estado Moderno; Contratualistas; O Contrato Social. Título da Teleaula: Ciência Politica e Estado Moderno Teleaula nº: 2 Contextualizando Contextualizando a aula Reflexão sobre o Estado. Análise sobre a contribuição do pensamento Iluminista e as bases teóricas sobre o Estado Moderno: a) Thomas Hobbes b) John Locke c) Jean.J. Rousseau. Americanismo e Iberismo. Liberalismo e a crítica marxista. Bloco 1 O Estado Eis o Estado Moderno O Estado Moderno surge a partir da crise do feudalismo e por conseguinte, fim da Idade Média – a partir do século XIV e XV. • em consequência das revoltas sociais dos camponeses e da evolução do comércio na Europa. • fruto de um processo de cerca de três séculos para se estabelecer. A primeira fase dele é o absolutismo monárquico: • exército nacional, a estrutura jurídica única e a sistematização da cobrança de impostos. • a formação da infraestrutura que garante a máquina pública e cria as condições para o surgimento do corpo burocrático. O contrato Nos limites do tempo O fim da Idade Média marca o distanciamento do Estado da ordem espiritual e sua aproximação da ordem material Racionalização da Política Estado Moderno: regular as relações originadas em uma sociedade em transição, assentada sob o poder material e o mercado, cujas camadas não mais se identificam com a servidão e o poder senhorial. Contratualismo No contrato social estabelece leis, moral, costumes e um conjunto de instituições para que a convivência em sociedade seja mais harmônica. • o contratualismo portanto, parte do princípio de que é preciso impor limites e estabelecer regras para o bom convívio social. O contrato social Estado de Natureza – uma abstração teórica utilizada para explicar um período em que a humanidade se organizava pelas leis da natureza; não havia submissão às construções sociais, politicas e culturais . Estado de Sociedade - abandono da liberdade natural para a construção de uma sociedade; garante o direito à propriedade; regras de convívio social e de subordinação política. O fio que conduz • Os homens e o Estado estabeleceram um acordo para a manutenção da sobrevivência. • Estado de natureza – não há organização política. • Abandono da liberdade natural e firmam o contrato social. • O contrato social dá origem à sociedade. • A liberdade natural é substituída pela liberdade civil. • As leis - ordem social, impõem limites, regulam as interações sociais. Catarseando Por volta do século XVI, associa-se à formação das monarquias nacionais europeias: a) a demanda de protecionismo por parte da burguesia mercantil emergente e a circulação de um ideário político absolutista. b) a afirmação político-econômica da aristocracia feudal e a sustentação ideológica liberal para a centralização do Estado. c) as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de implantação de uma economia mundial de livre mercado. d) o crescimento do contingente de mão de obra camponesa e a presença da concepção burguesa de ditadura do proletariado. e) o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a forte influência do ceticismo francês defensor do direito divino dos reis. O contratualismo é uma escola de pensamento a partir da qual várias interpretações sobre a natureza humana e o surgimento das sociedades civis foram concebidas. Para os contratualistas, o ser humano: a) era como uma tábula rasa, pois nascia completamente desprovido de qualquer tipo de ideia ou consciência. b) vivia em um estado de natureza anterior às organizações sociais ou políticas que temos hoje. c) era um animal desprovido de qualquer tipo de capacidade de relação social. d) era o único ser vivo do planeta capaz de manter relações sociais. Bloco 2 Hobbes Thomas Hobbes (1588-1679) Contrato Social como garantia da paz e porque? No estado de natureza os seres humanos dispõem de liberdade ilimitada e são guiados unicamente pelos desejos de sobrevivência e satisfação pessoal, o que gera conflitos e guerras. HOMEM É LOBO DO HOMEM. liberdade ser ilimitada: há solidão, escassez de recursos e medo constante. . A solução para os conflitos gerados pelo estado de natureza é negociar as liberdades individuais através de um pacto social; A criação do Estado - em razão do receio de violência do desejo de desfrutar da vida e da posse de bens materiais tranquilamente. A busca pela paz e a defesa da vida conduz os homens a renunciarem ao seu direito de natureza, em especial, à defesa de sua segurança e honra; Em defesa do Estado Absolutista. Locke John Locke (1632-1704) A liberdade baseada nas leis. O contrato social é um pacto de consentimento: preserva e consolida ainda mais os direitos que os homens possuíam, originalmente, no estado de natureza. Estado de Natureza: liberdade e igualdade Contrato: garante o usufruto dos direitos naturais: a propriedade da vida, da liberdade e dos bens. Lei da razão: A lei natural que nos aconselha a aceitar as limitações da liberdade para assegurar nossas vidas e propriedades. • propriedade: conjunto de bens que asseguram os direitos fundamentais, ou seja, bens que são a própria conservação e condução de uma vida confortável. Princípios Liberais A soberania não reside no Estado, mas sim na população. Estado de Direito: os representantes do povo devem promulgar as leis e o rei ou o governo, executá-las. • Finalidade do Estado: preservação da propriedade contra ataques internos e externos. Propõe a divisão dos poderes entre o Legislativo e o Executivo para conter o absolutismo do Estado Rousseau Jean Jacques Rousseau (1712-1778) Do contrato social - O bem comum Estado de Natureza: A verdadeira liberdade entre as pessoas em sociedade. • O conflito não é tão acentuado quanto em Sociedade. • A propriedade aniquila a verdadeira liberdade no Estado de Natureza. • Toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular. A desigualdade foi aprofundada com os avanços da técnica e do conhecimento: surgem diferenças entre letrados e iletrados, ricos e pobres, senhores e escravos. A existência do Estado sancionou as desigualdades e suprimiu a liberdade. A proposta Pacto legítimo baseado na verdadeira vontade geral; • associação política que assegure os ideais de liberdade e igualdade. O povo é soberano, a sociedade civil é soberana. Inalienável, indivisível, infalível e absoluta. A vontade geral e não a vontade de um indivíduo ou um grupo de indivíduos em particular. O Estado: garantir a vontade geral. Catarseando Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz. Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. Considere as afirmações: I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa a defesa de um regime político monarquista, absoluto. II. Dois dos grandes teóricos sobre o “estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo. III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade. É correto o que se afirmar em: a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas II e III. John Lockeacreditava que o homem era uma criatura naturalmente “racional e social”, com inclinação para o bem e um forte senso de amor ao próximo e empatia pela dor alheia. Nesse sentido, o que motivaria o homem natural de Locke a se sujeitar ao contrato social? a) O homem natural para Locke, apesar de racional, não era invariavelmente “bom”. O amor próprio e o egoísmo ainda faziam parte de sua índole. Isso prejudicaria o estabelecimento de uma sociedade harmoniosa sem que houvesse uma entidade de mediação de conflitos. b) O texto engana-se. O homem natural de Locke jamais se sujeitaria ao contrato social, já que as liberdades individuais do homem natural não seriam abandonadas. c) O contrato social implicava o abandono da selvageria e da barbárie em que o homem vivia. d) A perpetuação da paz natural que o ser humano e suas relações sociais proporcionavam no estado de natureza. Bloco 3 Americanismo Cultura Política: racionalidade e individualismo nas relações entre cidadãos e Estado. A Constituição e o Estado: todos os indivíduos têm os mesmos direitos e liberdades. Via americanista ao liberalismo = visões de meritocracia. Ideologia norte-americana do self made man. Iberismo Relação Estado e sociedade - público e privado. Dominação tradicional Perpetuação de famílias na política brasileira. Patrimonialismo Compadrio, nepotismo, clientelismo, pessoalismo, populismo. Catarseando Você desenvolve trabalhos com moradores em situação de rua e precisa de todo apoio dos(as) profissionais de diferentes áreas, para que essas pessoas sejam acolhidos(as) com dignidade. Os recursos públicos estão cada vez mais escassos pela ausência de interesses dos representantes do executivo, que em tese deveriam responder às demandas sociais e de fato representar a população que os elegeram. Neste cenário, em se tratando do papel destes representantes, temos como pano de fundo uma cultura política apoiada em vícios que afetam diretamente a vida da população que realmente precisa do Estado. Sabendo disso, ao conversar com sua coordenadora uma das questões levantada foi: compreender os aspectos que compõem a cultura política Iberista - molda as instituições e as ações de grande parte das pessoas, que entram para a vida política e disputam cargos. Pontos abordados: Relação Estado e sociedade - público e privado. Dominação tradicional, Perpetuação de famílias na política brasileira. Patrimonialismo. Compadrio, nepotismo, clientelismo, pessoalismo, populismo. Bloco 4 Liberalismo e o Marxismo Liberalismo Perspectiva Política: direito natural de liberdade, propriedade privada e resistência contra governos tiranos – John Locke. Perspectiva Econômica: liberdade econômica, livre concorrência e livre mercado – Adam Smith. Ideologia que visa a concorrência e a liberdade, no entanto, em nome delas, mantém a desigualdade. O Estado para Marx e Engels “[...] um governo moderno é tão somente um comitê que administra os negócios comuns de toda a classe burguesa” Relação entre modo de produção e tipo de Estado. Estrutura jurídico-política para a manutenção da dominação de classes = Desigualdade social. Catarseando Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos..." (Adam Smith, A RIQUEZA DAS NAÇÕES, Livro III, capítulo 4). Neste pequeno trecho, Adam Smith: a) contrapõe lucro à renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos. b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval. c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo. d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas. e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII. Considerando a travessia Contrato social - Estado de natureza e Estado político e civil. Thomas Hobbes – O Estado é absoluto e soberano; evitar a destruição mútua. John Locke – O Estado protege a propriedade e assim fazer o homem progredir. Rousseau – O Estado preserva a liberdade civil e os direitos dos homens. A formação da cultura política: Americanismo e do Iberismo. Princípios do Liberalismo e do Marxismo.