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Thaynara Parente 7º Período Medicina RCC - Esôfago, DRGE, Acalasia, Neoplasia O melhor exame para avaliar a profundidade do tumor e a presença de acometimento de linfonodos regionais é a USG. endoscópica. Os linfáticos estão na camada submucosa, não tem indicação de ressecção pois já atingiu os linfonodos. A USG endoscópica não é muito utilizado no nosso dia-a-dia. EDA nem sempre vai conseguir visualizar o orifício da fistula, pois são orifícios pequenos. Os principais locais de metástase de neoplasia esofágica são: Pulmão e Fígado; pode invadir também Rim, Ossos, Supra renais e 75% apresentam invasão linfática no momento do dx. O tumor se espalha muito rápido porque não tem a camada SEROSA. Pacientes com neoplasia de esôfago raramente apresentam hematêmese e sim ANEMIA. ➢ Esôfago de Barret É uma complicação da DRGE que é vista na EDA como um epitélio rosa salmão e nem sempre tem indicação cirúrgica pelo risco de transformação para CA. Esôfago de Barret é a substituição do epitélio pavimentoso estratificado, característico do esôfago, por epitélio colunar simples do tipo intestinal especializado (metaplasia intestinal). Aspecto endoscópico: Rosa salmão Diagnostico histopatológico: Células Caliciformes que se coram em azul pelo corante ALCIAN BLUE. Complicação do esôfago de Barret: Tumor esôfago distal. Odinofagia: Dor ao deglutir Disfagia: Dificuldade de deglutição Tipo histológico relacionado com esôfago de Barret: Adenocarcinoma. Tempo médio para aparecimento: 20 anos Esôfago de Barret nem sempre tem indicação cirúrgica, pois 90% não evoluem para CA. Tratamento indicado para esôfago de Barret: Inibidor da bomba de prótons. As indicações de cirurgia no esôfago de Barret: Displasia de alto grau, 33% dos pacientes com displasia de alto grau ou já tem ou irão apresentar CA invasivo. Tipo de cirurgia indicada: Esofagectomia, atualmente estão optando por terapia endoscópica. Como conduzir um paciente com Esôfago de Barret sem displasia de alto grau? EDA seriada com biopsia. Ausencia de displasia: EDA a cada 3-5 anos Displasia de baixo grau: EDA anual ou terapia endoscopica Displasia de alto grau: Terapia endoscopica ou esfagectomia. O principal mecanismo fisiopatologico envolvido na DRGE é o relaxamentos transitorios frequentes do EEI ( Esficter Esofagiano Inferior), prolongados e não associados a deglutição. Outros mecanismo: diminuição do tonus e a desestruturação da junção gastrointestinal( hernia de hiato). Indicações de EDA em pacientes suspeitos ou diagnosticados com DRGE: -Presença de sinais de alarme: disfagia, emagrecimento, odinofagia, sangramento gastrointestinal e anemia. -Sintomas refratários ao tratamento. Thaynara Parente 7º Período Medicina -Historia prolongada de pirose ( maior 5-10 anos): maior risco de esôfago de Barret. -Idade maior que 45-55 anos. -Considerar: presença de náuseas e vômitos, história familiar de CA e sintomas intensos ou noturnos. ➢ Neoplasia Esofágica Os principais fatores de risco para neoplasia de Esôfago- Carcinoma Espinocelular- CEC Tabagismo e Etilismo Dentre outros: Nitrosaminas defumados, higiene oral precária, cirurgia gástrica previa, alimentos e líquidos quente por longos períodos de tempo, ceratose palmo plantar, acalasia, esofagite de refluxo, Barret, lesão caustica, síndrome de plummer vinson, esofagite pós RTP, leucoplasia, condimentos, deficiência de selênio, zinco, molibdênio e vit. Principalmente A. Os principais fatores de risco pra Adenocarcinoma: Esofagite de refluxo e Barret. Tratamento cirúrgico curativo Esofagectomia + linfadenectomia regional -Transhiatal -Transtorácica -Em bloco -Toracoscópica Nos casos do tipo transtorácica, a complicação mais grave é a de anastomose com mediastinite, pois a anastomose fica dentro tórax, não sendo a primeira opção para tratamento, atualmente realizamos a laparotomia para mobilizar a parte distal do esôfago, faz a toracotomia para dissecar a parte torácica do esôfago e a cervicotomia. Esofagectomia transtorácica- permite a ressecção ganglionar completa sob visão direta, ressecção de linfonodos e pleura adjacente, veia ázigos torácico são ressecados, porem a complicação da Atelectasia e as desvantagens mediastinite e DRGE. A piloromiotomia pois há menor incidência de retardo no esvaziamento gástrico devido a piloroespasmo PO, pós vagotomia. OBS: Drenagem do esôfago é extensa tanto da parede quanto de estruturas mediastinais adjacentes. Ressecção endoscópica: -T1m (restrita a mucosa) - -Menos de ¾ da circunferência -Menores que 2cm - -Menos de 4 áreas de comprometimento Em uma esofagectomia o estômago é o órgão anastomasado com o esôfago. ➢ Acalasia- fechamento do esfíncter EEI Clínica de longa data Perda de peso lenta Disfagia lenta e progressiva Principal mecanismo fisiopatológico envolvido: Relaxamento inadequado do EEI após deglutição, ondas peristálticas ausentes ou disfuncionais, e aumento da pressão no EEI. Regurgitação: passivo, paciente não sente, não faz força não faz nada. Vômito: ativo, paciente faz força. Exame realizar: Seriografia- encontra esôfago dilatado, tortuoso(megaesôfago) e sinal afilamento em bico de pássaro, e falha no enchimento (retenção alimentar). Classificação de Rezende: GRAU I: ate 4cm, GRAU II: 4-7 cm, GRAU III: 7-10cm, GRAU IV: > 10cm Thaynara Parente 7º Período Medicina Padrão ouro - Manometria esofágica- avalia a funcionalidade, a pressão. Achados: falha no relaxamento do EEI em reposta a deglutição, falta de peristalse, hipertonia EEI. Se eu quero saber se existe refluxo, qual exame solicitar? Ph metria Para saber se há comprometimento da mucosa, qual exame solicitar? EDA Para saber se o refluxo é realmente responsável pelo sintoma, qual exame solicitar? PH metria Epidemiologia: 20 e 40 anos, sexo masculino Fisiopatologia: Perda das células de Auerbach Estresse emocional, perda de peso drástica, chagas. Lesão do plexo por frio, calor, caustico ou cirurgia. Consequência da perda dessas células: Ondas peristálticas ausentes ou disfuncionais; Relaxamento inadequado do EEI após deglutição; Aumento da pressão no EEI. Classificação: Idiopática (primaria)- mais comum Secundária: doença de chagas Quadro clinico: ➢ Tríade clássica Disfagia Regurgitação Perda de peso Padrão da disfagia: Inicialmente para sólidos, depois para pastosos e depois para líquidos. Tempo médio de duração dos sintomas: 5-6 anos. Característica da regurgitação: De manhã, vê o travesseiro sujo de alimentos. Manobra ou auxilio o paciente tem que para melhorar a deglutição: Flexão do corpo, elevam o mento e estendem o pescoço. Ingerem grande quantidade de água. Outros sintomas: Sialorreia e hipertrofia de parótidas; Halitose: estágios avançados; Sintomas de bronco aspiração Hematêmese e melena (ulceras e esofagite) Sintomas de Aspiração: Tosse crônica, principalmente a noite PNM de repetição Abscesso pulmonar Bronquiectasia Hemoptise Broncoespasmo Dispneia por conta da compressão do brônquio ou hilo Thaynara Parente 7º Período Medicina Transformação para neoplasia: Complicação tardia que deve ser rastreada Tempo de latência para o aparecimento de tumor: 15-18anos. Tipo histológico relacionado: CEC Localização mais comum: Terço médio, abaixo do nível hidroaéreo Diagnóstico: ➢ EDA • Grau e extensão da esofagite (retenção alimentar) • Excluir CA • Ver estenose distal ➢ Manometria esofágica -PADRAO OURO • Principal exame, principalmente se outros exames estão normais. • Achados:Falha no relaxamento do EEI em resposta a deglutição; Falta de peristalse, Hipertonia EEI ➢ Rx • Nível hidroaéreo em esôfago dilatado-característico • Ausência de bolha gástrica • Massa em mediastino ao lado da aorta ➢ SEED (Esofagografia) • Achados: Dilatação uniforme com estreitamento distal (bico de pássaro) por não relaxamento do EEI; Esôfago dilatado, tortuoso (megaesôfago); Falha de enchimento (retenção alimentar). Grau I: até 4 cm Grau II: 4-7 cm Grau III: 7- 10 cm Grau IV: >10 cm Diagnostico diferencial Neoplasia de esôfago Estenose péptica Tratamento Tratamento clínico 1. Nitroglicerina sl 2. Bloq CaCa: nifedipina VO ➢ Indicação: 1. Estágios iniciais ( I) 2. Sem dilatação 3. Comorbidade importante Qual o tratamento definitivo? Cirúrgico Tratamento intervencionista Toxina botulínica :injeção intramural e circunferencial Dilatação EDA Thaynara Parente 7º Período Medicina Toxina botulínica • Injetado no EEI durante a EDA→ ↓ pressão no EEI ; • Alivio por 6-9m ; • Reservado para pacientes de risco cirúrgico Dilatação pneumática Tratamento não cirúrgico mais eficaz Resultados satisfatórios (alívio dos sintomas) em 60- 85% dos casos Problemas: Perfuração esofágica: 2-6% dos casos. Recidiva dos sintomas: 50% dos casos. Cirurgia Esofagomiotomia : Secção da musculatura circular e longitudinal do esôfago distal ( EEI). Miotomia a Heller: Secção da camada longitudinal e circular da musculatura lisa do esôfago distal + fundoplicatura. Inclusão de todas as fibras do EEI: implica a extensão da miotomia até 1 a 2 cm abaixo da cárdia. Risco de refluxo gastro-esofageano. Fundoplicatura Sucesso terapêutico :70-90% dos casos Acesso: • Toracotomia esquerda • Laparoscópico abdominal • Laparotômica abdominal Esofagomiotomia transtorácica • Toracotomia esquerda no 6º ou 7º EIC. • Mobilização do esôfago torácico para visualizar 1-2 cm de estômago. • Incisão de 7-10 cm na musculatura longitudinal e circular. • Separar as fibras da submucosa, deixando prolapsar a mucosa, separar 50% da circunferência. • Fixação da Musculatura esofágica do fundo Gástrico. • Fixação no diafragma – Ancoramento. Via Laparotomica Thaynara Parente 7º Período Medicina Esofagomiotomia laparoscópica ➢ Via abdominal Vantagens em relação a toracoscopia: 1. Anestesia melhor: não precisa intubar seletivo. 2. Mais fácil fazer a miotomia pelo abdome. 3. Não precisa de drenagem torácica. 4. Resultados semelhantes. 5. Menor morbidade, curta permanência hospitalar e retorno precoce ao trabalho. Esofagectomia Indicação: 1. Megaesôfago tortuoso (IV) 2. Falha na miotomia 3. Estenose não tratado por dilatação Vantagem: Tratamento definitivo e elimina o riso de CA. Qual o principal mecanismo envolvido na fisiopatogenia? Relaxamentos transitórios frequentes do EEI, prolongados ( 5-35seg), não associados a deglutição. Quais os outros 2 mecanismos? • Diminuição do tônus EEI. • Desestruturação anatômica da junção gastrointestinal (hernia de hiato). Qual tipo de hernia mais comum? Tipo I A presença de hernia tem sempre indicação cirúrgica? Não ➢ Hernia de Hiato Esofágico A presença de hernia hiatal está associada ao esôfago de Barret e esofagites mais severas. Fatores de risco independente? Obesidade Quais são os dois principais sintomas? • Pirose • Regurgitação ácida ou de alimentos digeridos. É comum ter disfagia? Não Thaynara Parente 7º Período Medicina Quais as causas de disfagia? • Estenose: disfagia lenta. • Tumor, divertículo associado. • Alteração motora: disfagia para sólidos e líquidos ao mesmo tempo. Como se faz o diagnóstico? Clinico: pirose pelo menos 1-2 x na semana, recorrente, por um período de 4-8 semanas. Confirma: resposta ao tratamento empírico. Todo paciente com sintomas de DRGE tem indicação de exames complementares? Não Paciente com sintomas típicos de DRGE, primeira consulta médica. Conduta: • Teste terapêutico com inibidores de bomba de prótons em dose plena por 6 semanas. • Mudança do estilo de vida. Qual o primeiro exame a ser solicitado? EDA Qual o objetivo da EDA? • Excluir outras doenças. • Lesões de mucosa ( esofagite) :40% • Estenose. • Esôfago de Barret. • Grau das lesões pépticas (esofagite). Quais são as indicações de EDA? Sintomas de alarme: Disfagia, odinofagia, sangramento gastrointestinal, emagrecimento, anemia. Ausência de resposta ao tratamento clinico empírico. Outras indicações controversas: • Idade > 45 anos • História crônica de pirose (5-10 anos)> risco de Barret. • Náuseas, vômitos, história familiar de CA, sintomas importantes ou noturnos. Quais as modalidades de investigação? • Endoscopia • Manometria • Monitorização do pH • Esofagografia ( SEED) • Testes provocativos Se eu quero saber se existe refluxo, qual exame solicitar? Ph metria Para saber se há comprometimento da mucosa, qual exame solicitar? EDA Para saber se o refluxo é realmente responsável pelo sintoma, qual exame solicitar? PH metria Manometria Indicação: • Pré operatório para escolha da cirurgia • Suspeita de distúrbios motores associados • Localização do EEI antes da phmetria Ph metria • Diagnóstico e quantificação do refluxo ácido. • Percentual total de tempo no qual o pH é <4. • 20% tem exame normal. • Melhor exame para diagnostico, prognostico e tratamento. • Indicação: Sintomas típicos e atípicos sem resposta à terapêutica. Avaliação pré-operatória. Avaliação de pacientes ainda sintomáticos após correção cirúrgica) DRGE: >7% de exposição ácida em 24 horas. Thaynara Parente 7º Período Medicina Esofagografia • Determinar a anatomia interna do esôfago e estômago proximal. • Ajuda no planejamento da cirurgia. Cintilografia Refluxo em criança. Teste de Bernstein Infusão de HCl (ácido clorídrico) por um cateter esofágico . Vê se os sintomas estão relacionados com a presença de HCl. Qual o tratamento clinico? • Mudança no estilo de vida e Antisecretores Quais os antisecretores de escolha? Inibidores de bomba de prótons. Quais são as principais complicações da DRGE? • Estenose • Esôfago de Barrett • Tumor de esôfago Quando suspeitar de estenose péptica? História de pirose de longa duração + disfagia para sólidos + melhora da pirose Quais as opções no tratamento da estenose? • Dilatação com balão+ IBP • Considerar: cirurgia Qual o tratamento mais efetivo da estenose? Cirurgia Qual a definição de esôfago de Barret? É uma complicação da DRGE que é vista na EDA como um epitélio rosa salmão e nem sempre tem indicação cirúrgica pelo risco de transformação para CA. Esôfago de Barret é a substituição do epitélio pavimentoso estratificado, característico do esôfago, por epitélio colunar simples do tipo intestinal especializado (metaplasia intestinal). Aspecto endoscópico: Rosa salmão Diagnostico histopatológico: Células Caliciformes que se coram em azul pelo corante ALCIAN BLUE. Complicação do esôfago de Barret: Tumor esôfago distal. Odinofagia: Dor ao deglutir Disfagia: Dificuldade de deglutição Tipo histológico relacionado com esôfago de Barret: Adenocarcinoma. Tempo médio para aparecimento: 20 anos Esôfago de Barret nem sempre tem indicação cirúrgica, pois 90% não evoluem para CA. Tratamento indicado para esôfago de Barret: Inibidor da bomba de prótons. As indicações de cirurgia no esôfago de Barret: Displasia de alto grau, 33% dos pacientes com displasia de alto grau ou já tem ou irão apresentar CA invasivo. Tipo de cirurgia indicada: Esofagectomia,atualmente estão optando por terapia endoscópica. Como conduzir um paciente com Esôfago de Barret sem displasia de alto grau? EDA seriada com biopsia. Thaynara Parente 7º Período Medicina Tratamento: Acompanhamento com EDA Sem displasia- EDA em 1 ano Displasia de baixo grau- EDA 6/6 meses Displasia de alto grau- Esofagectomia Ablação via EDA. ➢ Esofagite Quais as indicações consensuais de cirurgia na DRGE? • Sintomas extra esofageanos não responsivos ao tratamento clinico. • Intolerância medicamentosa . • Barret com displasia de alto grau . • Estenose não responsivo a dilatação. • Intratabilidade clínica ? Mais de 6 meses de tratamento Complicações (a maioria dos cirurgiões indica): • Estenose • Barret Controvérsia: Paciente dependente de medicação. Qual o Objetivo da cirurgia? Reestabelecer a competência do EEI Quais exames pré operatórios devem ser feitos de rotina? • Ph metria : confirmar refluxo • Eda: descartar complicações • Manometria: escolher a técnica Quais são os tipos de cirurgia? Funduplicatura /hiatoplastia Esofagectomia Qual a indicação de esofagectomia? • Barret com displasia de alto grau • Estenose Quais as vias de acesso? • Convencional • Via laparoscópica • Via torácica -Posição de litotomia -Cirurgião entre as pernas do paciente -Posição dos trocateres -Dissecção da grande curvatura e omento. -Secção dos vasos gástricos curtos. -Mobilização do fundo gástrico. -Secção ligamento frenoesofágico até visualizar o diafragma. -Mobilização do pilar esquerdo. -Abertura do pequeno omento. - Dissecção do pilar direito. Thaynara Parente 7º Período Medicina -Colocação de penrose ao redor do esôfago. -Reaproximação dos pilares posteriormente. -Fundo gástrico é passado atrás do esôfago. -Confecção da válvula. -Ancoramento da válvula no diafragma. Fundoplicatura Nissen – 360º De escolha para a maioria dos pacientes. Contra indicado em casos < 60% atividade peristáltica. Indicando assim a PARCIAL: anterior/posterior, não pegando toda a circunferência. Fundoplicaturas parciais Indicação: alteração da motilidade • Lind – 270° • Anterior: Thal ou Dor 180° • Posterior: Toupet 180° (dissecção a Nissen) Quais complicações são revertidas com a fundoplicatura? Úlcera e esofagite Esôfago de Barret cura com a cirurgia anti refluxo? Não. Tratamento endoscópico: 1. Aplicação de radiofreqüência 2. Injeção de biopolimeros no EEI 3. Sutura endoscópica da mucosa do EEI Métodos mecânicos que visam reproduzir por endoscopia a fundoplicatura cirúrgica: -Stretta: aplicação de radiofreqüência no EEI. -Enterix: injeção de biopolímeros na região do EEI. H. Pylori x DRGE Parece proteger contra DRGE e adenocarcinoma de esôfago. Pode causar pangastrite levando a diminuição da acidez gástrica. Pacientes com DRGE e H.pylori ficam protegidos da lesão de mucosa de esôfago ( esofagite), devido a diminuição da acidez, com isso diminuindo a chance de ter câncer. Thaynara Parente 7º Período Medicina Tumor Benigno de Esôfago São raros, sendo o mais comum é o LEIOMIOMA 60%. • De origem mesenquimal • Não infiltram os tecidos adjacentes • Raramente acomete a mucosa • 80% no terço médio e inferior, sendo raro na região cervical. Quadro clinico: ( compressão da luz) Disfagia , dor e sensação de pressão: tumor> 5 cm . • Maioria é assintomático. Diagnóstico: 1. EDA Estreitamento do lumem por compressão extrínseca; Mucosa normal; Bx: sem alterações . 2. SEED Massa regular, de superfície lisa, margens bem definidas e não circunferencial 3. USG endoscópica Confirma o diagnóstico; Massa hipoecóica surgindo na submucosa ou muscular própria. Tratamento cirúrgico Indicação: • Sintomáticos ou maiores que 5 cm • Crescimento lento, baixo potencial de malignidade, por isso podem ser acompanhados 1/3 médio: toracotomia direita 1/3 distal: toracotomia esquerda Secção do musculo longitudinal na direção das fibras com exposição do tumor. Ressecar o tumor e reaproximar o musculo. Tumor maligno de esôfago Maioria com doença localmente avançada: T3 ( invade adventícia) ou N1 Tabagismo + etilismo: ↑o risco em 25 a 100 vezes Negros Homens: • CEC 3:1 • Adenocarcinoma:15:1 Idade: 40anos Adenocarcinoma : ↑incidência devido a DRGE e esôfago de Barret Prognóstico para CEC invasivo é péssimo. Sobrevida de 5-12% mesmo com tratamento . Extensão tumoral extra esofagiana está presente em 70% dos casos no momento do diagnóstico. Falta de serosa favorece a extensão local do tumor. Sobrevida em 5anos • Sem metástase :42% • Com metástase ganglionar: 3% Fatores de risco: Os principais: Álcool e Tabagismo • Zinco, Nitrosaminas ( defumados) • Higiene oral precária • Cirurgia gástrica prévia • Alimentos e líquidos quente por longos períodos de tempo • Ceratose palmo plantar • Acalásia • Esofagite de refluxo • Barret • Lesão cáustica • Sd de plummer vinson • Esofagite pós RTP • Leucoplasia • Condimentos Thaynara Parente 7º Período Medicina Tipos histológicos: • CEC • Adenocarcinoma • Leiomiossarcoma • Melanoma • Linfoma Raramente pode ser local de metástase Paciente com neoplasia de esôfago, cuja biopsia veio como adenocarcinoma, qual a patologia associada ( precursora)? Esôfago de Barret Qual a diferença entre Cec e adenocarcinoma em relação à localização? • Cec: Terço médio • Adenocarcinoma: Terço distal Disseminação Metástase linfonodal: • Mediastino • Supra clavicular • Tronco celíaco Câncer precoce Ca in situ=Ca de disseminação superficial =Ca intra mucoso Mucosa (T1m) ou submucosa(T1sm) T1m:comprometimento de 30% dos linfonodos e T1sm:30- 40% Sobrevida para T1:90% T1m podem ser ressecados por EDA: <5% assintomáticos Demoram 4 anos para se tornarem invasivos. Tipos Histológicos CEC • Mais comum no esôfago torácico • 60% no terço médio e 30% no terço distal. 5% tem uma outra neoplasia primária do trato aerodigestivo. Adenocarcinoma 1/3 inferior, junto a JEG. brancos. 30% dos pacientes com displasia grave desenvolvem adenocarcinoma Principais fatores de risco: Obesidade e DRGE Quadro Clínico: Disfagia + Emagrecimento + Fator de risco. Disfagia: progressiva, mas em curto período de tempo. Comprometimento de ¾ (270°) • Perda de peso • Vômitos ou regurgitação • Dor • Tosse ou cornagem • Dispnéia • Rouquidão • Raro cursar com HDA, mais comum anemia crônica. Causas de dor? Espasmo ou contração proximal a lesão; invasão tumoral; metástase ganglionar ao redor do tumor. Paciente com queixa de disfagia e tosse após alimentação. Qual a provável causa da tosse? Fístula traqueosofágica Thaynara Parente 7º Período Medicina Se esse paciente evoluísse com rouquidão, qual a provável etiologia? Acometimento de nervo laríngeo recorrente Disfagia e perda de peso são tardios. Diagnóstico tardio, por isso o prognóstico é ruim. Quais os principais fatores de risco? Tabagismo e etilismo Qual a conduta frente a suspeita de tumor? EDA Exame físico: -Emagrecimento -Anemia -Gânglio Troisier- Virchow Diagnostico: EDA Bx (7) + citologia com escova Acurácia maior quando combinadas Se não fizer diagnóstico com bx e citologia, pode fazer PAF guiado por USGE SEED Padrão característico da SEED Em prateleira, em degrau, maçã mordida Estadiamento: Avaliação da doença locorregional: • TC • RNM • Pet • Usg endoscópica Metástase à distância: • Rx/ Tc de tórax • Usg/Tc abdome • Laparoscopia Mediastinoscopia Principaislocais de metástase: Pulmão e Fígado Dentre outros: Rim; Ossos; Supra renais 75% apresentam invasão linfática no momento do diagnóstico. Tomografia Tc de tórax e abdome :padrão ouro para estadiamento Metástase a distância • CI a esofagectomia: sobrevida de 6- 12m Linfonodos mediastinais USG Endoscópica • Método de maior acurácia para avaliar N e T. Thaynara Parente 7º Período Medicina • Permite a bx por punção em linfonodos ou massas com distância de até 5 cm do esôfago. Broncoscopia Indicação: Tumor de terço superior e médio Tosse persistente Objetivo: Ver malignidades associadas ou metacrônicas e Invasão de árvore traqueobrônquica. Mediastinoscopia e Laparoscopia Avaliação de linfonodos Toracoscopia +laparoscopia é a que tem melhor acurácia Linfonodo de tronco celíaco e lobo hepático esquerdo são considerados M1 Tratamento: 85-95% tem invasão de linfonodos no momento da cirurgia Modalidades de tratamento curativo • Ressecção endoscópica • Esofagectomia • Radioterapia Indicação : • Sem metástase à distância • Boas condições clínicas Ressecção endoscópica • T1m • Menores que 2 cm • Menos de ¾ da circunferência • Menos de 4 áreas de comprometimento Tratamento cirúrgico curativo Esofagectomia transhiatal Esofagectomia transtorácica +linfadenectomia Esofagectomia em bloco regional Esofagectomia toracoscópica Drenagem do esôfago é extensa tanto dentro da parede quanto de estruturas mediastinais adjacentes. Princípios: Margem de 6-8cm, com recorrência nas margens de 10% . Os tipos de cirurgia tem a mesma sobrevida. Vias de acesso na esofagectomia: • Transhiatal • Transtorácica Quais as possibilidades de reconstrução do trânsito esofageano após a esofagectomia? • Estômago • Cólon • Intestino Delgado Qual o de escolha? Estômago Esofagectomia trans torácica: • Permite ressecção ganglionar completa sob visão direta • Ressecção de linfonodos e pleura adjacente • Veia ázigos e ducto torácico são ressecados Desvantagem da anastomose intratorácica: • Mediastinite:mortalidade de 40% • DRGE Mortalidade:7-20% • Laparotomia mediana: mobilização do estômago • Toracotomia direita para lesões esôfago médio Thaynara Parente 7º Período Medicina Piloromiotomia ou piloroplastia: ↓ incidência de retardo no esvaziamento gástrico devido a piloroespasmo PO, pós vagotomia. Jejunostomia alimentar Esofagectomia transhiatal • Piloromiotomia e jejunostomia são feitos de rotina • Remove linfonodos cervicais, intratorácicos e abdominais, mas não remove linfonodos de tecidos adjacentes. Vantagens: • Evita toracotomia • Evita anastomose intratorácica • Não há linha de sutura intra abdominal ou intra torácica Desvantagem: • Exposição limitada do esôfago • Não faz a ressecção completa dos linfonodos CI: • Invasão do pericárdio • Invasão de aorta ou arvore traqueobrônquica Mortalidade :4-8% Tratamento paliativo Indicação: • Doença extensa invadindo estruturas vitais • Recorrência após cirurgia ou radioterapia Metástase Dilatação ou prótese;Terapia fotodinâmica; Rtp/Qtp ; Terapia com laser; Paliação cirúrgica (Jejunostomia ou Gastrostomia) Dilatação ou prótese • Complicação : ruptura ou sangramento: 2-3% • Sobrevida média após o procedimento:6 meses • Pode ser usada também em fistulas traqueo esofágicas Terapia fotodinâmica • Radiossensibilizador + laser • Destruição das células tumorais • Retirada dos tecidos necróticos por EDA Radioterapia Paliativa: Alivia a disfagia em 80% dos pctes 50% tem novo crescimento após 6 meses CI:em fistula traqueoesofagica Tratamento neoadjuvante RTP + QTP Aumentam a sobrevida RTP: controle local, ↓tamanho do tumor, ↓ risco de disseminação tumoral durante a manipulação cirúrgica QTP: controle da disseminação linfática RTP isolada não aumenta a sobrevida Indicação: Estagio IIA, IIB, III Tipo que responde melhor: CEC Radioterapia adjuvante Obj RTP pós operatória: • Destruir cel tumorais residuais • Tambem falharam em demonstrar aumento da sobrevida • Parece melhorar a sobrevida em estagio III Complicações PO-deiscencia Fatores de risco para deiscência: Desnutrição; Radioterapia prévia; anastomose com tensão. Geralmente a deiscência ocorre no 10º PO: Sinais de sepse e Aumento do debito do dreno.