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Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte II


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P R O F . D I Ó G E N E S P A I V A
INFECÇÕES DAS VIAS
AÉREAS SUPERIORES
(PARTE 2)
Estratégia
MED
2Prof. Diógenes Paiva |Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2OTORRINOLARINGOLOGIA
PROF. DIÓGENES 
PAIVA
INTRODUÇÃO
@estrategiamed
/estrategiamed Estratégia Med
t.me/estrategiamed
Fale, Estrategista! Tudo bem? Passaremos agora pelo resumo 
do tema que tem mais questões na otorrinolaringologia: as 
infecções das vias aéreas superiores. Como faremos isso? 
Mostrarei a você em cada patologia e conceito aquilo que 
as bancas já cobraram sobre o assunto, mas lembre-se: isso é 
um resumo e, se você quiser se aprofundar e garantir pontos 
que podem ser valiosos, veja nosso livro digital. Vamos lá?
Neste livro, falarei sobre dois frequentes tipos de IVAS nas 
provas de Residência: as otites e laringites. Além disso, 
também estudaremos as linfadenites que podem acompanhar 
várias IVAS, bem como manifestar-se de forma isolada.
@ dr.diogenespaiva
https://www.instagram.com/dr.diogenespaiva/
https://www.instagram.com/dr.diogenespaiva/
Estratégia
MED
3Prof. Diógenes Paiva |Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2OTORRINOLARINGOLOGIA
As otites foram o segundo tema mais cobrado das IVAS, as laringites vêm em seguida, com 13%. Porém, veja que juntas elas 
são mais prevalentes do que as faringites e as rinossinusites, justificando sua atenção para garantir pontos preciosos em sua 
aprovação.
IVAS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
Faringites
O�tes
Laringites
Rinossinusites
Linfadenites
33%
24%
13%
25%
5%
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Resumo Estratégico| 2023 4
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
SUMÁRIO
1.0 OTITES 5
1.1 OTITE EXTERNA 5
1.2 CERUME 7
1.3 OTITE MÉDIA AGUDA 7
1.4 COMPLICAÇÕES DA OTITE MÉDIA AGUDA 11
1.4.1 MASTOIDITE 11
1.5 OTITE MÉDIA SEROSA (COM EFUSÃO) 12
1.6 OTITE MÉDIA CRÔNICA 13
2.0 LARINGITES 14
2.1 LARINGITE/LARINGOTRAQUEÍTE VIRAL (CRUPE) 14
2.2 EPIGLOTITE 16
2.3 TRAQUEÍTE/LARINGOTRAQUEÍTE BACTERIANA 17
2.4 LARINGITE ESTRIDULOSA 19
3.0 LARINGOMALÁCIA 20
4.0 LINFADENITES CERVICAIS 21
5.0 LISTA DE QUESTÕES 23
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 25
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Resumo Estratégico| 2023 5
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
CAPÍTULO
1.0 OTITES
O�te externa
O�te média aguda O�te média crônica
O�te média serosa
OTITE NAS PROVAS
80%
11%
5%
4%
Conforme já apresentado acima, as otites foram o terceiro 
tema mais cobrado nas provas, sendo a otite média aguda o assunto 
predileto dos examinadores, necessitando que você saiba todos os 
principais detalhes sobre os assuntos descritos a seguir.
1.1 OTITE EXTERNA
a. Etiologia e epidemiologia
Otite externa refere-se à inflamação do pavilhão auricular 
e do conduto auditivo externo. Doenças infecciosas, alérgicas 
e dermatológicas podem levar à otite externa, mas a infecção 
bacteriana é a causa mais comum.
Pode ocorrer em todas as faixas etárias, mas a frequência 
de consultas por essa patologia é maior na infância e diminui com 
a idade.
Essa IVA é mais provável no verão, sendo descrita nos 
enunciados a associação de crianças em colônias de férias e/ou que 
passaram o dia inteiro na piscina. 
A etiologia foi o principal assunto cobrado sobre o tema, 
sendo os principais agentes causadores por ordem de frequência: 
Pseudomonas aeruginosa, S. epidermidis e S. aureus.
b. Apresentação clínica
O principal sintoma clínico associado à otite externa é 
uma otalgia que piora à manipulação do pavilhão auricular 
ou conduto auditivo.
Além disso, esses pacientes apresentam-se, na maioria das 
vezes, com queixas restritas ao conduto auditivo externo, sem 
apresentar febre nem outros sintomas nas vias aéreas superiores.
O exame físico pode ser prejudicado pela dor à manipulação 
do pavilhão auricular, do tragus ou do conduto auditivo externo. 
Mas, frequentemente revela edema e hiperemia da pele do 
conduto, podendo estar associada à já referida secreção purulenta. 
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Curso Extensivo | 2023 6
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
c. Diagnóstico e tratamento
O tratamento das infecções leves a moderadas é com 
preparações tópicas à base de antibiótico, corticoide e analgésico.
O diagnóstico de otite externa é clínico, baseado nos sinais e 
sintomas descritos acima, sem exames complementares.
d. Otite externa maligna
a) Etiologia e epidemiologia
A otite externa maligna (ou necrotizante) é uma infecção 
invasiva do conduto auditivo externo que pode se estender à base 
do crânio.
Ocorre, geralmente, em pacientes idosos e portadores de 
diabetes mellitus.
A bactéria mais identificada nesse tipo de otite é a 
Pseudomonas aeruginosa, a mesma que também é mais prevalente 
nas otites externas comuns. 
b) Apresentação clínica
A otite externa maligna diferencia-se clinicamente das demais otites externas por apresentar uma dor intensa que não responde às 
medicações tópicas padrão.
O tratamento é feito de forma empírica com ciprofloxacino, associado a outro beta-lactâmico com cobertura anti-pseudomonas, sem 
papel para antibióticos tópicos.
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Resumo Estratégico| 2023 7
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
1.2 CERUME
Fonte: Shutterstock
A principal sintomatologia da rolha de cerume é o desenvolvimento de uma 
hipoacusia na ausência de otalgia e o principal fator predisponente para formação de 
cerume impactado é o uso de cotonete. 
O tratamento é feio através da aplicação de soluções emolientes e, após 
verificação da fluidez do cerume dentro de 15 minutos ou após alguns dias de uso, 
lavagem otológica.
Mas, existem outras condições que são contraindicações à lavagem otológica, já 
cobradas em provas anteriores, sendo estas:
• Otite aguda (externa ou média).
• História pregressa ou atual de perfuração timpânica (pois a entrada de 
água na orelha média pode predispor ao desenvolvimento de otite média).
• História de cirurgia otológica pregressa (pois a lavagem poderia romper 
um “neotímpano” criado cirurgicamente).
• Paciente não cooperativo (pois a agitação durante a lavagem pode levar 
a trauma do conduto).
1.3 OTITE MÉDIA AGUDA
E�ologia e epidemiologia
Apresentação clínica Tratamento
Diagnós�co
Complicações
OTITE MÉDIA AGUDA
30%
51%
5%
7%
7%
Agora, sim, respire fundo! Começaremos a estudar o líder 
disparado entre as otites nas provas de Residência: a otite média 
aguda (OMA).
Essa é a principal causa de prescrição de antibiótico na 
infância, sendo um relevante motivo de consulta em urgências.
No gráfico acima, trouxe a distribuição dos tópicos sobre esse 
importante assunto. Nele, vemos que os detalhes do tratamento 
correspondem a aproximadamente metade das questões, sendo 
imprescindível o conhecimento desses detalhes para um bom 
desempenho nas provas de pediatria.
a. Etiologia e Epidemiologia
Aproximadamente 35% das infecções respiratórias agudas 
evoluem com otite média aguda (OMA), sendo mais prevalente 
entre seis e 24 meses.
Embora possa acontecer em todas as idades, a maioria dos 
casos ocorre até os dois anos. Além disso, nessa faixa etária ocorre 
um predomínio de acometimento bilateral. O sexo masculino é 
acometido com uma maior frequência.
Rinites e rinossinusites infecciosas são importantes fatores 
predisponentes. Por isso, é comum nos enunciados o relato de 
sintomas nasais associados ou antecedendo a OMA.
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Curso Extensivo | 2023 8
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
Fonte: Shutterstock
Questionamentos sobre quais as bactérias mais frequentes são recorrentes em várias provas. As OMAs são causadas por um “trio 
parada dura”, o mesmo responsável pela maior parte das rinossinusites bacterianas:
Guarde o “pódio” acima, pois foram questões recorrentes (e fáceis) de provas anteriores.Você, como aluno do Estratégia MED, não 
pode errar esse tipo de questão de forma alguma.
b. Apresentação Clínica
Como já relatado anteriormente, boa parte dos casos de OMA podem ser precedidos por IVAS, justificando a associação de rinorreia, 
obstrução nasal e febre baixa.
Otalgia associada à febre de intensidade moderada a alta são os principais sintomas clínicos que devem levantar a suspeita dessa 
infecção.
Lactentes e crianças pequenas, que não conseguem descrever os sintomas, podem apresentar: recusa alimentar, prostração, 
irritabilidade e quadro de choro persistente. 
O exame físico é o que “carimbará” o diagnóstico na maioria dos enunciados, pois febre e sintomas nasais 
podem ocorrer nas mais diversas IVAS. Um sinal verificado à otoscopia, que é fundamental para fechar o diagnóstico 
de OMA, é o abaulamento da membrana timpânica.
Apenas hiperemia de membrana timpânica, mesmo com os demais sintomas, não é suficiente para 
o diagnóstico. 
Não “coma essa isca”! OMA quase sempre (mas não em todos os casos) tem abaulamento da 
membrana timpânica. 
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Resumo Estratégico| 2023 9
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
Fonte: Shutterstock
c. Diagnóstico
O diagnóstico é totalmente clínico na maioria dos casos 
de OMA, baseado nos sintomas associados à identificação do 
abaulamento da membrana timpânica à otoscopia.
d. Tratamento
Esse é o principal tópico deste livro abordado em provas 
anteriores, por isso fique atento e memorize todas as informações 
que descreverei agora.
O tratamento da OMA, apesar de não apresentar uma 
grande variedade de opções, contempla vários detalhes sobre 
dosagens, tipos de drogas e de grupos que devem, ou não, ser 
tratados farmacologicamente. 
Essas infecções, mesmo em casos que apresentam 
diagnóstico clínico de etiologia bacteriana, podem evoluir de 
forma autorresolutiva. 
Contudo, alguns grupos de pacientes podem se beneficiar do 
tratamento expectante, conforme as descrições da tabela a seguir, 
baseada nas recomendações da Academia Americana de Pediatria 
(2013):
QUANDO UTILIZAR ANTIBIÓTICOS NA OTITE MÉDIA AGUDA
CRIANÇAS < 6 MESES Tratamento imediato em todos os casos
6 MESES A DOIS ANOS
OBSERVAÇÃO ANTIBIÓTICO
- Unilateral 
- Sintomas leves (otalgia < 48h e 
temperatura < 39 ºC)
Pela alta taxa de falha em alguns 
pacientes = tratamento com 
antibiótico
> DOIS ANOS (24 MESES)
OBSERVAÇÃO ANTIBIÓTICO
Imunocompetentes
Sem anormalidades craniofaciais
Sinais e sintomas leves
Sem otorreia
Cuidadores entendendo riscos/
benefícios
Pareçam tóxicas
Otalgia persistente > 48h
Febre > 39 ºC
OMA bilateral
Otorreia
Acesso incerto ao sistema de saúde
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Curso Extensivo | 2023 10
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
Em relação à utilização dos antibióticos, devemos seguir as orientações da tabela abaixo:
ANTIBIÓTICOS NA OTITE MÉDIA AGUDA
Primeira escolha:
Sem uso de terapia betalactâmica recente
Sem conjuntivite purulenta associada
Sem histórico recorrente de OMA 
Amoxicilina
90 mg/kg/dia
< 2 anos por 10 dias
> 2 anos 5 a 7 dias
Primeira escolha:
Com uso de terapia betalactâmica recente e/ou
Conjuntivite purulenta associada e/ou
Histórico recorrente de OMA
Amoxicilina-Clavulanato
Concomitância com conjuntivite aumenta a 
probabilidade de infecção por H. influenzae não tipável
90 mg/kg/dia
< 2 anos por 10 dias
> 2 anos 5 a 7 dias
Alergia à penicilina
Axetilcefuroxima (cefalosporina de segunda geração)
Clindamicina
Ceftriaxona (reservado para complicações ou 
resistências)
Não utilizar
Azitromicina e claritromicina (resistência ao 
Streptococcus)
Sulfametoxazol-Trimetoprim (resistência ao 
Streptococcus)
Quinolonas em crianças
Algumas observações ainda devem ser feitas em relação ao tratamento, por já terem sido avaliadas em provas anteriores. Inicialmente, 
temos que nos atentar à dose da amoxicilina no tratamento da OMA. 
Ela é utilizada em outras situações em sua dose padrão de 45-50 mg/kg/dia. Mas, na OMA, para garantirmos 
que terá uma maior penetração na orelha média, devemos utilizar a dose dobrada de 90 mg/kg/dia, mesmo nos 
casos em que foi associado o ácido clavulânico.
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Resumo Estratégico| 2023 11
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
1.4 COMPLICAÇÕES DA OTITE MÉDIA AGUDA
1.4.1 MASTOIDITE
Essa é a complicação da OMA mais verificada na prática 
clínica e mais abordada nas provas de Residência. Pode ser oriunda 
de uma OMA em que o paciente foi submetido a um tratamento 
irregular com antibiótico, ou quando este foi utilizado com uma 
dose insuficiente.
É desencadeada por uma extensão da secreção purulenta da 
orelha média para as células ósseas da mastoide, levando a uma 
osteíte importante nessa região, que justifica o quadro clínico. 
Pela proximidade da mastoide com a meninge e o sistema 
nervoso central, essa complicação deve ser prontamente suspeitada 
e tratada para evitar acometimentos centrais de maior gravidade.
a. Apresentação clínica
A mastoidite pode apresentar-se como uma OMA já tratada que apresentou melhora parcial dos sintomas, mas evoluiu com recidiva 
e intensificação do quadro clínico anterior.
Além disso, pode ocorrer uma progressão direta de uma OMA para uma mastoidite, sem o referido “alívio” da sintomatologia.
Os sinais clínicos mais característicos são:
• Aumento de volume/abaulamento retroauricular.
• Presença de sinais flogísticos (hiperemia, calor).
• Dor à palpação e à percussão.
• Deslocamento/Protrusão anterior do pavilhão auricular.
b. Diagnóstico
O diagnóstico é clínico na maioria das vezes, devendo ser 
suspeitado em pacientes que apresentem os sinais e sintomas 
característicos descritos anteriormente.
Os exames de imagem não são necessários para o 
diagnóstico, mas podem ajudar a confirmar os casos de otite média 
aguda de difícil controle, que ainda não apresentaram os sinais 
clínicos característicos da mastoidite. 
c. Tratamento
Uma das alternativas mais descritas para tentar induzir 
ao erro nas questões de mastoidite, é tomar uma conduta mais 
conservadora do que a doença exige. 
Esse “alívio” na intensidade da conduta adequada tanto 
pode ser sugerido através da mudança de antibiótico via oral 
que já vinha sendo usado para uma OMA quanto dando alta do 
atendimento para reavaliação posterior com ou sem exames.
A mastoidite é uma complicação grave e potencialmente 
letal, devendo ser manejada de imediato com internação hospitalar 
e início de antibioticoterapia empírica no momento da suspeita 
diagnóstica.
Outras complicações são a labirintite e meningite. Os 
detalhes estão descritos no livro completo. 
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Curso Extensivo | 2023 12
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
1.5 OTITE MÉDIA SEROSA (COM EFUSÃO)
A otite média aguda serosa, ou com efusão (OME), é definida 
pela presença de efusão na orelha média sem sinais agudos de infecção. 
Esta pode ocorrer após um quadro de OMA, mas também ocorre 
independentemente dessa infecção, quando na vigência de disfunção da 
tuba auditiva.
Vários fatores de risco para OMA que também podem causar essa 
otite estão descritos no livro completo.
a. Apresentação clínica
O principal sintoma clínico decorrente da OME é uma hipoacusia 
condutiva. Porém, boa parte dos pacientes não consegue verbalizar essa 
queixa ou ainda estão em fase de aprendizagem da fala.
Essa sensação se manifestou nos enunciados de forma direta ou 
indireta, através de: atraso na fala, sensação de orelha entupida, dificuldade de ouvir e 
piora no rendimento escolar.
Em semelhança com a OMA, temos uma maior presença de acometimento bilateral 
nos pacientes com OME até os dois anos.
 Mas, como diferença, não verificamos febre nem otalgia na OME, sintomas comuns 
na OMA.
A OME apresenta, de forma característica, àotoscopia, uma membrana timpânica 
retraída, com mobilidade reduzida, podendo ainda apresentar algumas áreas amareladas. 
A membrana timpânica nessa patologia geralmente é translúcida e apresenta um 
líquido incolor associado a múltiplas bolhas na orelha média. 
b. Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base nos sintomas descritos, associado à realização de uma otoscopia simples para verificação do derrame 
na orelha média.
Dentre os exames audiológicos que auxiliam no diagnóstico, podemos lançar mão da audiometria, capaz de mostrar perda auditiva 
condutiva, e da timpanometria.
Por fim, como a hipertrofia da adenoide também é fator de risco para OME, deve ser investigada nesses pacientes. A investigação 
pode ser por radiografia do cavum ou da endoscopia nasal.
c. Tratamento
A base do tratamento para resolução “definitiva” da OME é a realização da miringoplastia/miringotomia 
com introdução do tubo de ventilação.
Com a miringotomia, podemos fazer a aspiração da secreção acumulada na orelha média, que 
adquire um aspecto de cola, ou glue. Após a perfuração e drenagem, podemos inserir o famoso tubo de 
ventilação, uma pequena válvula de silicone que manterá uma comunicação aérea entre a orelha média e o 
ouvido externo. 
Podemos, também, fazer uma vigilância sem intervenção em alguns pacientes. 
Fonte: Shutterstock
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Resumo Estratégico| 2023 13
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
A decisão entre a conduta expectante e cirurgia depende de características clínicas da criança, associadas a características dos exames 
audiológicos.
• Crianças com problemas na fala, linguagem e aprendizado devem ser encaminhadas de forma precoce para avaliação auditiva. 
Caso se confirme uma perda condutiva, é indicada a utilização do tubo de ventilação (TV).
• Crianças com diagnóstico de OME, mas sem alterações na fala nem no aprendizado, podem ser submetidas à avaliação auditiva 
apenas se a otite persistir por três meses. Após esse período, deve ser realizada nova avaliação e, caso persista, realizar exames audiológicos 
além de verificação do estado da membrana timpânica. Esses resultados auxiliarão na decisão sobre utilizar ou não o TV.
1.6 OTITE MÉDIA CRÔNICA
Tema pouco recorrente, sendo ainda menos cobrado que 
a otite média por efusão. Descreverei agora as características 
do principal tipo de OMC, a colesteatomatosa, com os detalhes 
abordados em provas anteriores.
a. Definições e etiologia
A otite média crônica (OMC) é definida como uma infecção 
recorrente do ouvido médio e das células da mastoide, na presença, 
ou não, de perfuração detectável da membrana timpânica.
Esse tipo de otite se relaciona a uma coleção epitelial 
queratinizada e descamativa (escamas epidérmicas), que se 
desenvolve na orelha média e pode ocorrer secundária a uma 
perfuração da membrana timpânica. 
Além disso, também desenvolve-se de forma primária 
através de uma retração da membrana.
Na ilustração abaixo, à esquerda em miniatura, temos a 
representação da anatomia normal da orelha média. À direita, a 
formação do tecido de granulação decorrente do colesteatoma.
b. Apresentação clínica
No quadro clínico da OMC supurativa e da OMC colesteatomatosa, há a presença marcante de uma otorreia fétida, que diferentemente 
da OMA não vem acompanhada por otalgia.
Quando o colesteatoma é a etiologia, geralmente otorreia apresenta-se com períodos mais prolongados de duração, menores 
intervalos de recorrência e maior tendência à bilateralidade.
c. Tratamento
O tratamento definitivo para todos os tipos de otite média crônica supurativa e colesteatomatosa é cirúrgico, através da 
timpanomastoidectomia.
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Curso Extensivo | 2023 14
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
CAPÍTULO
2.0 LARINGITES
Laringite viral
Laringotraqueíte
bacteriana
Epiglo�te
Laringinte
estridulosa
Laringomalácia
LARINGITES E LARINGOMALÁCIA
49%
20%
9%
9%
13%
E�ologia e 
epidemiologia
Apresentação clínica
Diagnós�co
Tratamento
LARINGITE VIRAL (CRUPE)
40%36%
17%7%
Iniciaremos, agora, o estudo do quarto tipo de IVAS 
mais frequente nas provas, as famosas laringites. Manifestam-
se clinicamente com estridor em boa parte dos casos, sendo 
importante o diagnóstico diferencial com outras patologias 
frequentes nas provas, que também abordarei aqui neste livro.
Pelo gráfico acima, mantendo o compromisso com a 
engenharia reversa, temos que a laringite viral/crupe foi responsável 
por metade das questões sobre esse assunto, sendo importante 
o conhecimento de detalhes referente ao quadro clínico e ao 
tratamento.
Vamos, então, começar por esse tipo peculiar de laringite.
2.1 LARINGITE/LARINGOTRAQUEÍTE VIRAL (CRUPE)
Pelo gráfico abaixo, vemos que etiologia/epidemiologia e 
tratamento foram os temas preferidos em questões anteriores.
As de etiologia foram questões fáceis, descrevendo o quadro 
clínico padrão e solicitando o agente mais comum.
As de tratamento são mais “complexas”, pois necessitam do 
conhecimento da gravidade da doença para a seleção da terapêutica 
adequada.
Mas, são sintomas que caracterizam a laringite viral e 
estarão descritos em conjunto na maioria dos enunciados: 
• Rouquidão/disfonia.
• Tosse rouca/ladrante/“de cachorro”.
• Estridor/ruído inspiratório.
Guarde esse nome na memória, pois 
várias questões exigiram apenas isso. 
b. Apresentação clínica 
Como a maioria das etiologias é viral, 
apesar do tropismo específico de cada vírus 
por cada órgão acometido, é frequente vermos 
no início um quadro de sintomas comuns a várias infecções virais 
das vias aéreas superiores, como febre baixa, tosse discreta e 
coriza hialina.
Mas, estou aqui para descomplicar tudo para você, e trazer 
prontinho o mais importante que caiu sobre esses temas.
a. Etiologia e epidemiologia
A maioria das laringotraqueobronquites é causada pelo vírus 
Parainfluenzae, sendo mais frequente no outono e no inverno. 
Estratégia
MED
Prof. Diógenes Paiva | Resumo Estratégico| 2023 15
OTORRINOLARINGOLOGIA Infecções de Vias Aéreas Superiores - Parte 2
A tosse tende a ser intensa e a disfonia pode não se manifestar 
apenas na fala, mas também através de um “choro rouco”.
A laringite viral apresenta uma classificação clínica que 
auxiliará na propedêutica a ser escolhida, sendo classificada como:
• Leve: não apresenta estridor em repouso (embora o 
estridor possa estar presente quando agitado ou chorando) nem 
retrações na parede torácica. Porém, pode apresentar tosse 
ladrante, grito rouco e retrações subdiafragmáticas.
• Moderada: estridor em repouso associado a retrações 
leves na parede torácica. Podem apresentar outros sintomas ou 
sinais de dificuldade respiratória, mas com pouca ou nenhuma 
agitação.
• Grave: estridor significativo em repouso, retrações são 
graves (incluindo a retração do esterno), aparência ansiosa, agitada, 
pálida e cansada.
A maioria das crianças com laringite viral NÃO apresenta 
sintomas intensos que levem à obstrução progressiva das vias 
aéreas. 
A apresentação mais comum na prática clínica é a forma 
leve, sem necessidade de internação hospitalar.
Diferentemente de outras IVAS, o crupe apresenta resolução 
de sintomas em um tempo curto, sendo geralmente três dias 
necessários para sua resolução.
c. Diagnóstico
Em semelhança com a maior parte das IVAS, o diagnóstico deve 
ser realizado com base na suspeita clínica, sem a obrigatoriedade 
de outros exames complementares para instituição da terapêutica 
adequada.
A laringoscopia direta pode auxiliar no diagnóstico, bem 
como a radiografia de tórax, que é capaz de mostrar o sinal da 
“ponta do lápis” ou “em torre”. 
Porém, tanto eles como o hemograma não são essenciais ao 
diagnóstico.
d. Tratamento 
Agora, comentarei o tema mais cobrado sobre laringite viral/
crupe. O tratamento deve ser realizado baseando-se na classificação 
descritaanteriormente, orientada pela presença e intensidade dos 
sinais e sintomas clínicos.
DIAGNÓSTICO DE LARINGITE VIRAL (CRUPE)
LEVE
Boa melhora dos
sintomas
MODERADO GRAVE
Dose única de dexametasona 
(0,15 a 0,6mg/kg) ou predinisona 
1mg/kg via oral
Alta domiciliar se tolerar fluidos
via oral com orientação de retorno 
se piora dos sintomas
Observar por 4 a 6 horas.
Após dar alta domiciliar se tolerar 
ingestão de flúidos via oral, antitérmicos, 
retorno para atendimentos se recidiva 
dos sintomas.
Alta com Antitérmicos, hidratação 
oral ou IV e as mesmas orientações 
dos quadros leves
Observar por 4 a 
6 horas
Encaminhar para 
UTI pediátrica
Repetir nebulização 
com epinefrina
Fazer nebulização com epinefrina
racêmica ou adrenalina
Dar uma dose única de dexametasona
0,6 mg/kg via oral, IV (se o paciente 
estiver com acessor) ou IM
Minimizar o desconforto/ansiedade.
Administrar ar ou oxigênio umidificados 
se necessário
Minimizar o desconforto/ansiedade.
Administrar: oxigênio umidificado + 
dexamenatona IM + nebulização com 
epinefrina racêmica ou adrenalina
Sim Não
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2.2 EPIGLOTITE
Esse foi o segundo tipo de laringite mais frequente nas 
provas, porém pouco prevalente em relação à laringite viral, visto 
ser menos predominante também na prática clínica atualmente, 
pelo advento da vacinação.
a. Etiologia e epidemiologia
O termo epiglotite refere-se a uma inflamação na epiglote 
e na supraglote adjacente, que pela sua localização, pode levar a 
desconforto respiratório importante por obstrução das vias aéreas 
superiores.
Pode ser causada por uma variedade de bactérias, fungos 
ou vírus. Porém, em crianças saudáveis e em questões de prova, 
a epiglotite é de etiologia bacteriana causada pelo Haemophilus 
influenzae tipo B.
A vacinação completa tem um papel importante na 
prevenção dessa infecção, pois a vacina pentavalente, que faz 
parte do calendário básico vacinal, desenvolve imunidade contra a 
referida bactéria.
Em crianças com epiglotite, 
verificamos um início abruto e uma rápida 
progressão de:
• Disfagia
• Sialorreia
• Angústia respiratória (dispneia)
• Febre alta
• Sinais de Toxemia
b. Apresentação clínica
Diferentemente da laringite viral, a disfonia e a tosse rouca 
ou ladrante não são essenciais ao diagnóstico.
Embora alguns pacientes apresentem sintomas 
antecedentes do trato respiratório superior, o período desde o 
início do desenvolvimento dos sintomas até a hospitalização é 
frequentemente < 12 horas pela gravidade da infecção.
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 Os pacientes apresentam-se frequentemente sentados, com o tronco e o queixo inclinados para frente e o pescoço hiperestendido 
em uma posição denominada tripé (também demonstrada na figura acima). Essa posição é um esforço para maximizar o diâmetro das vias 
aéreas obstruídas. 
c. Diagnóstico
O diagnóstico deve ser puramente clínico em pacientes imunizados ou não. Nenhum exame complementar deve retardar a instituição 
imediata do tratamento adequado.
Nem a tentativa de visibilização direta ou indireta da epiglote, através de laringoscopia ou exames de imagem deve ser realizada ou 
retardar o manejo inicial com as vias aéreas.
d. Tratamento
Começarei a descrição do tratamento de forma simples e direta, para não deixar dúvidas: 
Na suspeita de epiglotite, devemos providenciar a intubação orotraqueal precoce!
Independentemente da gravidade da doença no momento do diagnóstico, a deterioração pode ocorrer rapidamente. 
Com o paciente já intubado, sempre que possível, deve-se colher uma cultura antes da administração do antibiótico. Considerando 
os patógenos mais comuns, o tratamento antimicrobiano de escolha é empírico, utilizando cefalosporina de terceira geração (ceftriaxona ou 
cefotaxima).
Agora, descreverei causas menos frequentes de estridor, mas presentes em provas anteriores, abordando apenas os pontos centrais. 
Maiores detalhes sobre esses assuntos estão na versão completa deste livro.
2.3 TRAQUEÍTE/LARINGOTRAQUEÍTE BACTERIANA
a. Etiologia e epidemiologia
A traqueíte bacteriana é uma infecção exsudativa invasiva dos tecidos moles da 
traqueia, que acomete a laringe subglótica e a árvore brônquica superior.
O Staphylococcus aureus é a bactéria causadora mais comum dessa patologia, 
seguida pelo S. pneumoniae, S. pyogenes e M. catarrhalis.
b. Apresentação clínica
Diferentemente da epiglotite, que apresenta um início súbito dos sintomas, evoluindo 
rapidamente para desconforto respiratório, a laringotraqueíte bacteriana geralmente 
evolui de um quadro prévio de laringite viral que apresentava disfonia e tosse ladrante. 
Porém, na laringotraqueíte bacteriana, ocorre uma intensificação desse quadro 
clínico prévio, através de uma evolução clínica mais insidiosa do que a verificada 
anteriormente na epiglotite.
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Os sinais e sintomas clínicos cobrados em questões anteriores foram:
• Febre alta.
• Tosse.
• Dispneia intensa.
• Estridor ins- e expiratório (bifásico) em repouso (mas pode apresentar só inspiratório).
• Sinais de toxemia.
• Secreção purulenta em oro e nasofaringe.
• Tiragem subcostal e de fúrcula.
TRAQUEÍTE
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c. Diagnóstico
O diagnóstico é feito de forma presuntiva, através da apresentação clínica e da característica insidiosa de sua apresentação.
Geralmente, são pacientes com febre alta, aparência tóxica, dispneia e má resposta ao tratamento com adrenalina nebulizada (fazendo 
diagnóstico diferencial importante com a laringite viral). 
Enunciados anteriores também já descreveram piora ou refratariedade dos sintomas após uso da dexametasona. 
d. Tratamento 
O manejo inicial, em casos suspeitos, faz-se através do suporte respiratório adequado, com avaliação da necessidade de intubação, que, 
no entanto, não é obrigatório como na epiglotite. Dependendo da gravidade do caso, deve-se associar a hidratação venosa e a administração 
de antibioticoterapia empírica.
Os antibióticos mais utilizados são: vancomicina associada a ceftriaxona, ou ampicilina/sulbactam.
Por fim, pelo risco de piora do quadro respiratório, esses pacientes são manejados preferencialmente na UTI pediátrica.
2.4 LARINGITE ESTRIDULOSA
A laringite estridulosa (ou laringite espasmódica) apresenta uma diferença crucial em relação às demais citadas anteriormente: não é 
desencadeada por agentes infecciosos.
Porém, pela semelhança de seus sintomas com os da crupe viral, também pode ser chamado de crupe espasmódico. 
Os sintomas relatados nas provas anteriores em relação a laringite estridulosa foram:
• Estridor inspiratório (ou inspiração ruidosa).
• Tosse seca ou “metálica”.
• Dispneia com aumento do esforço respiratório.
• Ausência de febre.
a. Apresentação clínica
Pode manifestar-se como crises que ocorrem 
de forma súbita e noturna, apresentando-se 
totalmente assintomática no intervalo entre elas.
O enunciado pode, ainda, apresentar a 
associação do estridor com uma coriza ou tosse leve 
diurna que cedeu e, à noite, de forma súbita, apresentou o quadro 
clínico descrito acima.
Essa preponderância noturna é um importante fator na 
diferenciação entre esta forma de dispneia e as demais, que se 
apresentam de maneira contínua e diuturna.
b. Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é puramente clínico e, como o processo de 
obstrução das vias aéreas é flutuante, no momento do atendimento, 
os sintomas podem estar ausentes.
O tratamento é através de nebulização com ar ou oxigênio 
umidificados. Apesar de os sintomas serem“assustadores” para os 
pais, geralmente, já se resolveram espontaneamente quando os 
pacientes chegam ao pronto atendimento.
Podem ocorrer por dois ou três noites seguidas e apresentar 
um grande período intercrises assintomático.
Também pode manifestar melhora com a utilização de 
adrenalina racêmica, conforme descrito no tópico anterior.
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CAPÍTULO
3.0 LARINGOMALÁCIA
Essa é uma causa congênita de estridor, sendo a causa não 
infecciosa mais comum nas provas de Residência.
A principal suspeita deve ser em pacientes com história de 
estridor intermitente desde o nascimento. 
Revisaremos, agora, os principais detalhes abordados. 
a. Etiologia
Essa patologia é causada por uma imaturidade do arcabouço 
É a principal causa de estridor em crianças com idade inferior a 30 meses e a segunda causa mais prevalente nas provas de Residência, 
ficando atrás apenas da laringite viral (crupe).
b. Apresentação clínica
A principal manifestação clínica dessa entidade é uma respiração ruidosa ou estridor inspiratório que começou após o nascimento e 
ocorre de forma intermitente em pacientes previamente hígidos.
cartilaginoso da laringe de recém-nascidos e lactentes, levando a 
uma oclusão das vias aéreas superiores. 
Na figura abaixo, temos, à esquerda, como ocorre a 
passagem de ar normal das vias aéreas superiores até a traqueia e, 
à direita, a obstrução que ocorre na laringomalácia, causando um 
turbilhonamento no fluxo aéreo.
Os fatores que podem levar à piora desse estridor cobrados em provas anteriores foram:
• Amamentação ou choro.
• Agitação.
• Durante processos infecciosos virais das vias aéreas superiores.
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Se o choro for fraco, pode melhorar o estridor. Mas, essa melhora dificilmente é notada pelo 
barulho do choro.
O estridor da laringomalácia pode, também, causar dificuldade de alimentação, pela 
necessidade de deglutição em uma via aérea já obstruída.
Em relação à posição, esses pacientes apresentam melhora em decúbito ventral (prono). 
Retrações e deformidades torácicas definitivas podem ocorrer em virtude do repetido esforço 
respiratório
Uma característica importante, que ajuda a diferenciar essa patologia das outras causas de 
estridor, é a ausência de sintomas e sintomas relacionados a processos infeciosos.
Nos enunciados das questões anteriores, isso foi reforçado pela descrição de ausência de: febre, 
prostração, adinamia, vômitos, náuseas e diarreia.
c. Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico, baseado em sinais e sintomas sugestivos, e confirmado através de uma 
Fonte: Shutterstock
laringoscopia com ótica flexível.
O manejo da laringomalácia depende da gravidade, mostrando-se, na maioria das crianças, com sintomas leves, pouco risco e 
apresentando resolução espontânea.
Maiores detalhes sobre etiologia e tratamento estão no livro completo.
CAPÍTULO
4.0 LINFADENITES CERVICAIS
Conforme apresentado nas estatísticas anteriores, esse tema é menos prevalente que as outras IVAS.
O que mais caiu foi diferenciar as características do linfonodo inflamatório/reacional (o mais comum da infância), com os atípicos 
(neoplásicos ou com infecções bacterianas).
Aprenda essas diferenças básicas e acertará quase tudo o que já caiu. 
a. Linfonodos atípicos/neoplásicos
Fonte: Shutterstock
Linfonodos de consistência endurecida associados à perda de peso, 
manifestam grande chance de etiologia maligna, devendo apresentar investigação 
direcionada para essa suspeita. 
Além disso, a presença de linfonodomegalia generalizada associada à febre 
por mais de sete dias, palidez cutâneo mucosa, hepato ou esplenomegalia devem 
levantar a suspeita de doença linfoproliferativa.
 Ambas as situações descritas são indicativas de biópsia.
b. Linfadenite reacional
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Na prática clínica, é a causa mais comum de aumento de linfonodos cervicais, sendo a maioria das 
linfonodomegalias cervicais em reacionais a causas infecciosas.
Como as linfonodomegalias entram no diagnóstico diferencial das massas cervicais, podemos considerar que a identificação dessas 
massas em crianças ou adolescentes também apresentam, em sua maioria, origem infecciosa ou inflamatória. 
São de forma característica: bilaterais, simétricos, consistência fibroelástica, lisos e móveis.
A regressão dos linfonodos inflamatórios/reacionais ocorre de forma espontânea, sem a necessidade de utilização de nenhum 
medicamento para esse fim, dentro de um intervalo médio de 12 semanas.
c. Linfadenite (ou adenite) cervical
Esse termo se refere aos quadros em que ocorrem infecções bacterianas agudas diretamente nos linfonodos cervicais. 
Apresenta o S. aureus e o estreptococo beta hemolítico do grupo A como os principais responsáveis, podendo também 
ser causada por anaeróbios da cavidade oral.
Os sinais e sintomas desenvolvem-se de forma progressiva após quatro ou cinco dias do início da infecção, os principais 
já cobrados nas provas anteriores foram:
• Aumento de volume unilateral (na reacional é bilateral)
• Febre
• Dor local
• Calor e rubor
• Sem pontos de flutuação (importante para diagnóstico 
diferencial com abscesso cervical)
O diagnóstico é feito através da suspeita clínica e não é obrigatória a solicitação de nenhum exame complementar para iniciar a 
terapêutica adequada.
Em relação ao tratamento, o primeiro ponto importante é que, diferentemente das linfonodomegalias reacionais/inflamatórias que 
apresentam melhora espontânea, esses casos indicam obrigatoriamente a instituição de antibioticoterapia, não sendo indicado apenas 
acompanhamento com observação clínica.
Baseando-se nas bactérias mais comuns que desencadeiam essas infecções, podemos fazer uso de uma cefalosporina de primeira 
geração (cefalexina) de forma empírica.
Maiores detalhes sobre as características diferenciais das linfonodomegalias estão no livro completo.
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CAPÍTULO
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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UpToDate. Waltham, MA: Uptodate Inc. https://www.uptodate.
com (Acessed on April 09, 2020)
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features, and diagnosis. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: 
Uptodate Inc. https://www.uptodate.com (Acessed on April 09, 
2020)
3. Jennifer Rubin Grandis, MDVictor L Yu, MD. Malignant 
(necrotizing) external otitis. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: 
Uptodate Inc. https://www.uptodate.com (Acessed on April 09, 
2020)
4. Stephen Pelton, MDPaula Tähtinen, MD, PhD. Acute otitis 
media in children: Epidemiology, microbiology, and complications. 
Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: Uptodate Inc. https://www.
uptodate.com (Acessed on April 09, 2020).
5. Ellen R Wald,MD. Acute otitis media in children: Clinical 
manifestations and diagnosis. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, 
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otitis media (CSOM): Clinical features and diagnosis. Post TW, ed. 
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8. Ellen R Wald, MD. Acute mastoiditis in children: Clinical features 
and diagnosis. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: Uptodate Inc. 
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9. Ellen R Wald, MD. Acute mastoiditis in children: Treatment and 
prevention. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: Uptodate Inc. 
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11. Stephen Pelton, MDTal Marom, MD. Otitis media with 
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ed. UpToDate. Waltham, MA: Uptodate Inc. https://www.uptodate.
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12. Charles R Woods, MD, MS. Croup: Clinical features, evaluation, 
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16. Kenneth L McClain, MD, PhD. Peripheral lymphadenopathy in 
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lymphadenopathy in adults. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: 
Uptodate Inc. https://www.uptodate.com (Acessed on April 09, 
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18. CHAMMAS, Maria Cristina et al. Linfonodos 
cervicais: um dilema para o ultra-sonografista. Radiol 
Bras, São Paulo, v.37, n.5, p.357-364, Oct. 2004. Available 
from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S010039842004000500010&lng=en&nrm=iso>.
access on 30 June 2020. https://doi.org/10.1590/S0100-
39842004000500010.
https://doi.org/10.1590/S0100-39842004000500010
https://doi.org/10.1590/S0100-39842004000500010
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CAPÍTULO
7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) estrategista, parabéns por finalizar mais este importante resumo, que abordou como "carro chefe" as famosas otites, muito 
frequentes nas provas de pediatria bem como clinica médica. Você verá que, após esta atenta revisão, estará bem preparado para enfrentar 
minha lista de questões selecionadas sobre este tema, retiradas de provas anteriores. 
Não deixe de fazer as questões, assistir aos comentários quando persistirem dúvidas, e contatar-me no fórum de dúvidas para outros 
esclarecimentos. Estou junto com você nesta caminhada, vamos lá!
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	1.0 Otites
	1.1 Otite Externa
	1.2 Cerume
	1.3 Otite média aguda
	1.4 Complicações da otite média aguda
	1.4.1 Mastoidite
	1.5 Otite média serosa (com efusão)
	1.6 Otite média crônica
	2.0 Laringites
	2.1 Laringite/laringotraqueíte viral (crupe)
	2.2 Epiglotite
	2.3 Traqueíte/laringotraqueíte bacteriana
	2.4 Laringite estridulosa
	3.0 Laringomalácia
	4.0 Linfadenites cervicais
	5.0 LISTA DE QUESTÕES
	6.0 Referências BIBLIOGRÁFICAS
	7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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