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direitos humanos

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Aluna : Carla Sabrina da Silva Porto
Curso: Ciências Biologicas
A constituição federal de 1988 estabeleceu como um de seus objetivos a “redução das desigualdades sociais e regionais” (art. 3º, III), bem como, firmou como cláusula pétrea, ou seja, cláusula que não pode ser abolida ou modificada, o direito à igualdade. 
É importante, no entanto, ressaltar que a igualdade proferida no sistema jurídico brasileiro não desconsidera ou afasta as diferenças. Ao dizer que todos são iguais, não significa que as diferenças serão descartadas, até porque, não as podem ser por completo, pois a construção e a beleza da verdadeira cidadania só são possíveis na diversidade.
Paulo Luiz Netto Lôbo organiza o princípio da igualdade em duas dimensões: a igualdade de todos perante a lei, ou seja, uma igualdade jurídica ou formal, onde não existem privilégios em razão da origem, sangue ou status social; e, a igualdade de todos na lei, vedando a desigualdade ou discriminação quanto a aplicação da própria lei.[1]
Ainda melhor explicando sobre essas diferenças de igualdade, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL esclarece que:
 A igualdade na lei - que opera numa fase de generalidade puramente abstrata - constitui exigência destinada ao legislador que, no processo de sua formação, nela não poderá incluir fatores de discriminação, responsáveis pela ruptura da ordem isonômica. A igualdade perante a lei, contudo, pressupondo lei já elaborada, traduz imposição destinada aos demais poderes estatais, que, na aplicação da norma legal, não poderão subordiná-la a critérios que ensejem tratamento seletivo ou discriminatório.É equivocado, portanto, afirmar que o princípio da igualdade desconsidera as diferenças. O desafio do direito passa a ser como identificar e considerar as saudáveis e naturais diferenças entre os indivíduos.
[...] A concreção do princípio da igualdade reclama a prévia determinação de quais sejam os iguais e quais os desiguais. O direito deve distinguir pessoas e situações distintas entre si, a fim de conferir tratamentos normativos diversos a pessoas e a situações que não sejam iguais. 4. Os atos normativos podem, sem violação do princípio da igualdade, distinguir situações a fim de conferir a uma tratamento diverso do que atribui a outra. É necessário que a discriminação guarde compatibilidade com o conteúdo do princípio.

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