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Resenha do Capítulo 13 - A Teoria Geral da Taxa de Juros, do livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda de John M Keynes


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ECONOMIA
Resenha do Capítulo 13 - A Teoria Geral da Taxa de Juros, do livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda de John M. Keynes.
Alunos: Jéssica Santana, Taric Couto e Alcindo Neto
Disciplina: Macroeconomia II
Professor: João Pereira Dos Santos
Keynes inicia o capitulo 13 remontando ao que foi discutido no capitulo 11, em que segundo o autor existem forças capazes de subir ou descer a taxa de investimento e estas igualavam a eficiência marginal do capital à taxa de juros, acrescentando que a taxa de juros dita os moldes nos quais os fundos disponíveis são acertadamente ofertados. Sendo assim, o autor no objetivo de completar a logica de sua teoria buscou determinar a taxa de juros. Resumidamente, a taxa de juros será a influência mútua entre a curva da eficiência marginal do capital e a propensão psicológica a poupar, logo, de um lado vamos ter a demanda de poupança resultante do investimento novo que pode ser realizado a uma taxa de juros determinada e, de outro lado, a oferta de poupança, suprida essa taxa pela propensão psicológica da comunidade a poupar, e a taxa de juros vai atuar afim de equilibrar esses dois pontos.
Com a finalidade de alcançar em sua totalidade a sua tomada de decisão, Keynes afirma que o agente econômico vai estar de frente com dois tipos de caminho a seguir o de propensão a consumir e o outro é de que forma ele irá conservar seu poder de decisão sobre consumo futuro, ou seja, guardar em dinheiro ou equivalente, ou tem a intenção de realocar essa possibilidade de liquidez imediata a possibilidade de investimento por certo período. Desse modo, qual será o grau de preferencia por liquidez desse individuo, a sua disponibilidade representada por uma escala do volume dos seus recursos medidos em termos monetários ou em unidades de salário, aponta o autor. 
Keynes, segue no item II do capitulo 13 mostrando sua inquietação sobre o quanto é regular e obvia a ideia de que a taxa de juros não pode ser de qualquer forma uma taxa de rendimento do ato de poupar ou esperar, pois o individuo ao acumular dinheiro sob a forma de papel moeda, não ganha juros, mesmo que ele economize muito. Nesse sentido, a taxa de juros é exposta como a recompensa por renunciar a liquidez de seu patrimônio por determinado tempo, por abrir mão do poder de comando do dinheiro em troca de uma dívida, por um tempo delimitado.
Há a negação de que a taxa de juros seja o preço de equilibro entre a demanda de recursos para investir e a propensão a poupar, mas segundo Keynes, é o preço em que a vontade do indivíduo “de manter a riqueza em forma líquida se concilia com a quantidade de moeda disponível” (Keynes, 2017, p.175). Sendo assim, quanto menor for a taxa de juros, a quantidade de moeda que os indivíduos iriam querer conservar extrapolaria a oferta disponível e que, se a taxa de juros aumentar, teria um excesso de moeda disponível que ninguém estaria disposto a pegar. O autor aparenta duvidar de suas inferências, ao apresentar uma condição de hipótese a seguinte preposição que, caso ele estivesse correto, a quantidade de moeda disponível é um agente que em conjunto com a preferência pela liquidez, vai indicar a taxa corrente de juros em determinadas conjunturas.
Keynes determina três motivos que governam a preferencia pela liquidez, o primeiro deles seria o motivo transação, ou seja, é a necessidade de moeda afim de suprir as transações correntes comerciais e pessoais, o segundo é o motivo precaução, a vontade de ter estabilidade e segurança quanto ao futuro de seu patrimônio e o ultimo é o motivo especulação, ou seja, o objetivo é ter lucratividade mediante ter conhecimento tal, ao ponto de antecipar o futuro do mercado. 
No terceiro item do capitulo 13, o autor reitera que as flutuações existentes na quantidade de moeda disponível interferem ativamente no sistema econômico como um todo, tendo em que vista que, coeteris paribus; 
um aumento na quantidade de moeda reduza a taxa de juros, isto não ocorrerá se a preferência do público pela liquidez aumentar mais que a quantidade de moeda(...) uma baixa na taxa de juros estimule o fluxo de investimento, isto não acontecerá se a escala da eficiência marginal do capital cair mais rapidamente que a taxa de juro(...) um aumento do fluxo de investimento faça aumentar o emprego, isso não se produzirá se a propensão a consumir estiver em declínio (Keynes, 2017, p.178)
Por fim, Keynes encerra o capitulo 13 com a discussão sobre o conceito de entesouramento, segundo o autor, este termo “pode ser considerado uma primeira aproximação do conceito de preferência pela liquidez” (Keynes, 2017, p. 179). Para o economista britânico, há a tradição de não se dar a importância necessária quanto a relação da taxa de juros com o entesouramento e isto pode explicar, mesmo que não em sua totalidade, o real motivo que faz o juro ter sido comumente tido com a recompensa por não consumir o patrimônio, ou seja, não gastar, contudo, ele é o embolso pelo indivíduo não ter entesourado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KEYNES, John Maynard. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Saraiva Educação SA, 2017.

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