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Atividade Pratica FP106 (1)


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1 
FP106 - DESENHO CURRICULAR, PROGRAMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE 
COMPETÊNCIAS 
ATIVIDADE PRÁTICA 
 
Nome e sobrenome do estudante: 
Adriane Cristina da Silva Borba BRFPMME2535179 
Bruna Maria Nogueira Ferreira Nunes BRFPMME4351278 
Carmen Lúcia Fernandes Onofre BRFPMME5110302 
Cristiane de Souza Rover BRFPMME4538895 
Curso: Mestrado em Educação 
Grupo: 2022/10 
Data: 26/11/2023 
 
DESENHO CURRICULAR, PROGRAMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 
2. ARTIGO 1 - CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL – CONSIDERAÇÕES A 
PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DAS CRIANÇAS ............................................................. 4 
2.1. ARTIGO 2 - AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR COMO 
INSTRUMENTOS GESTIONÁRIOS, O CASO DE PORTUGAL .................................. 6 
3. APLICAÇÃO DIDÁTICA DO CURRÍCULO ....................................................................... 7 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 10 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
Este estudo concentra-se na análise de dois artigos que exploram a relevância do 
desenho curricular e das competências curriculares no processo de formação do cidadão 
e na condução da prática pedagógica dentro da unidade educacional, por sua vez, 
demandam organização no contexto escolar e análise das formações dos profissionais da 
educação. A evolução constante da educação, impulsionada por demandas crescentes e 
pela introdução da tecnologia, exige que os currículos se adaptem às circunstâncias para 
possibilitar correções bem-sucedidas. Diante desse contexto, procederemos à análise dos 
pesquisadores que compõem o corpo docente da educação infantil no município de 
Joinville, situado em Santa Catarina, Brasil, como parte integrante deste estudo. 
A importância do currículo é tema frequente de discussão, e sua definição não é 
única. Ele é percebido tanto como um campo de estudo acadêmico quanto como uma 
política pública. No âmbito acadêmico, destacam-se três tipos de currículos: o implícito, o 
oculto e o nulo. Por outro lado, as políticas públicas referem-se às normativas que 
estruturam as expectativas acerca do que deve ser aprendido nas instituições de ensino. 
Ao considerar o planejamento e a construção de um mapa curricular, voltado para 
uma educação de qualidade, é essencial examinar as definições sobre o conceito de 
currículo. Isso envolve percorrer os fundamentos curriculares, que oferecem referências 
teórico-metodológicas cruciais para o planejamento curricular e os processos de 
programação do ensino. Dessa forma, o currículo reflete sobre seu desenvolvimento no 
processo de inovação, no contexto das metodologias de ensino para a aquisição de 
competências alinhadas aos pilares do conhecimento. O processo inclui reflexões para 
avaliar e reformular planos de estudo, considerando também as formulações de vantagens 
e desvantagens presentes no ambiente escolar, ressaltando a importância dos currículos 
para o processo de ensino e aprendizagem. 
4 
A prática curricular torna-se necessária para a formação de uma sociedade 
contributiva para o desenvolvimento e avanços individuais, permitindo que todos, em 
conjunto, possam usufruir de direitos igualitários e democráticos. Assim, fica evidente a 
necessidade de uma investigação curricular antes de elaborar guias de estudo 
direcionados às instituições de ensino. O currículo não apenas serve para avaliar e 
reformular os planos de estudo, mas também proporciona aos docentes uma perspectiva 
para inovar e organizar seu trabalho educativo. 
 
2. ARTIGO 1 - CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL – CONSIDERAÇÕES A PARTIR 
DAS EXPERIÊNCIAS DAS CRIANÇAS 
 
No Brasil, a educação das crianças de zero a seis anos tem evoluído como um 
direito inalienável de meninos e meninas, assim como de suas famílias, tornando-se uma 
responsabilidade do Estado. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a 
sociedade brasileira testemunhou uma transformação fundamental na compreensão da 
infância, elevando as crianças à condição de cidadãs detentoras de direitos. Nesse 
contexto, a Carta Constitucional superou perspectivas anteriores que viam as crianças 
como tabulas rasas, sujeitas passivas à socialização adulta. Ao longo das últimas três 
décadas, observa-se notáveis transformações na política pública de educação no país, 
com ênfase especial nas instituições dedicadas ao cuidado e à educação infantil. 
A década de 1990 marcou um novo paradigma nas políticas públicas para a 
infância, reafirmando a criança como sujeito de direitos. Desde então, o ordenamento 
jurídico brasileiro passou a integrar creches e pré-escolas aos sistemas de ensino, 
conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 
1996). Assim, a compreensão sobre os cuidados e a educação das crianças de até seis 
anos na esfera pública evoluiu de uma tradição assistencialista, na qual as instituições de 
Educação Infantil eram consideradas um mal necessário e predominantemente geridas 
pela iniciativa privada (VIEIRA, 1986), para uma concepção mais alinhada à potencialidade 
educativa dessas instituições. 
Com a promulgação da lei 12.796 de 2013 que, dentre outras provisões, insere a 
Educação Infantil na definição de uma Base Nacional Comum Curricular para a Educação 
Básica, essa questão se intensifica com a ampliação de debates e discussões no interior 
5 
da área. Segundo essa lei, o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases passou a ter a seguinte 
redação: 
 Os currículos da Educação Infantil, ensino fundamental e ensino médio, 
devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada 
sistema de ensino e estabelecimento escolar por uma parte diversificada, 
exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da 
economia e dos educandos (BRASIL, 2013). 
 
Diante desse cenário, surge uma indagação crucial entre os profissionais e 
pesquisadores da área da educação da criança de zero a seis anos: o que exatamente se 
compreende por "campos de experiência"? No documento oficial da Base Nacional Comum 
Curricular, os campos de experiência são descritos como "um arranjo curricular apropriado 
à educação da criança de 0 a 5 anos e 11 meses, quando determinadas vivências 
promovem a apropriação de conhecimentos relevantes" (BRASIL, 2016, p. 62). 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que delineia as 
aprendizagens fundamentais que todos os estudantes devem adquirir ao longo das 
diversas etapas e modalidades da Educação Básica no Brasil. 
A BNCC tem como objetivo impulsionar a qualidade do ensino e orientar as políticas 
educacionais no país, estabelecendo direitos relacionados à aprendizagem e ao 
desenvolvimento. Dessa forma, ela representa uma referência nacional obrigatória que 
deve ser adotada tanto por instituições de ensino públicas quanto por aquelas privadas 
 
O município de Joinville adota os direcionamentos curriculares propostos pelo 
"Currículo Base da Educação Infantil e Ensino Fundamental do Território Catarinense" 
(2019). Este documento estadual apresenta dois organizadores curriculares que podem 
ser implementados de forma simultânea ou individual, dependendo da escolha da Unidade 
Escolar e do professor. 
O primeiro organizador curricular, denominado "por Campos de Experiência", 
compreende cinco quadros, cada um dedicado a um campo de experiência específico. 
Nestes quadros, os campos de experiência, os direitos de aprendizagem e 
desenvolvimento, bem como os objetivos correspondentes por faixa etária (bebês, crianças 
bem pequenas ecrianças pequenas) são apresentados de maneira integrada. Esses 
campos proporcionam uma visão da progressão do conhecimento, relacionando o contexto 
das experiências com os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. 
6 
O segundo organizador curricular, intitulado "por Grupos Etários", apresenta três 
quadros, cada um destinado a um grupo etário. Neles, são detalhados todos os campos de 
experiência, direitos de aprendizagem e desenvolvimento, e objetivos correspondentes 
para cada faixa etária. Essa estrutura de organização curricular permite visualizar todos os 
objetivos vinculados aos campos de experiência, facilitando a criação de contextos de 
aprendizagem. 
Ao final dos quadros, são fornecidas orientações metodológicas para ampliar as 
possibilidades de trabalho com as crianças, considerando tanto os grupos etários quanto 
os campos de experiência. Essas orientações visam equipar a prática docente e propor 
estratégias de ação junto às crianças. Elas destacam as características fundamentais de 
cada campo de experiência e apresentam questões essenciais para orientar o trabalho na 
Educação Infantil. 
No conjunto das orientações metodológicas, é possível identificar características do 
desenvolvimento infantil relacionadas às oportunidades de brincadeiras e interações no 
cotidiano. Essas características destacam a criança, seu potencial criativo e imagético, e a 
potência de suas ações na contribuição para a construção de uma proposta pedagógica 
significativa, que assegure os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. 
Além disso, a BNCC e os currículos apresentam vantagens complementares ao 
garantir a efetivação das aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação 
Básica. Isso se dá por meio do conjunto de decisões que caracterizam a implementação 
curricular. Essas decisões desempenham o papel crucial de ajustar as diretrizes da BNCC 
à realidade local, levando em consideração a autonomia dos sistemas ou redes de ensino 
e das instituições escolares, assim como o contexto e as particularidades dos alunos. Vale 
ressaltar que essa abordagem participativa e engajada, envolvendo famílias e comunidade, 
é fundamental para o sucesso desse processo. 
 
2.1. ARTIGO 2 - AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR COMO 
INSTRUMENTOS GESTIONÁRIOS, O CASO DE PORTUGAL 
 
Este documento apresenta uma variedade de análises e reflexões sobre a elaboração 
de um currículo destinado às escolas de Portugal, em conformidade com as atualizações 
legais promulgadas no país. Estas alterações, estabelecidas pelo Decreto-Lei nº55 de 
7 
06/07/18, nos artigos 12º, 13º e 14º, conferem às instituições educacionais a autonomia 
para desenvolver seu próprio currículo, proporcionando uma maior flexibilidade. Esse 
processo ocorre em um cenário no qual as escolas são garantidas pela legislação a definir 
seu currículo, mantendo o foco nas aprendizagens e competências essenciais adequadas 
à idade e turma dos alunos. Estas são comumente referidas como "o denominador 
curricular para todos os alunos", conforme destacado por Rodão e Almeida em 2018 (p.44). 
Essas análises e reflexões visam a construção de um currículo para as escolas em 
Portugal, alinhado com uma estratégia educacional voltada para a cidadania e inclusão. 
Esse processo leva em consideração o perfil individual do aluno, sua trajetória acadêmica 
e as demandas específicas de um contexto local e nacional. Em conformidade com o 
referido artigo, essas adaptações curriculares são parte de um movimento global de 
inovação, promovendo abordagens pedagógicas diferenciadas e privilegiando a 
interdisciplinaridade nos projetos de sala de aula. Essa abordagem busca não apenas o 
sucesso acadêmico, mas também o desenvolvimento integral dos estudantes, preparando-
os para desafios locais e globais. 
Dentro do contexto mencionado anteriormente, identificamos algumas citações e 
expressões que, embora não tenham sido originalmente concebidas com essa finalidade 
no artigo, se adequam à proposição de definir um conceito plausível para currículo: 
(...) conjunto comum de conhecimentos a adquirir, identificados como 
os conteúdos de co-nhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, 
articulados conceptualmente, relevan-tes e significativos, bem como de 
capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos 
em cada área disciplinar ou disciplina, tendo, em regra, por referência o ano 
de escolaridade ou de formação. (artigo 3º, alínea b) 
 
 O artigo intitulado "Autonomia e Flexibilidade Curricular como Instrumentos Gerenciais: 
O Caso de Portugal" inicia-se com uma reflexão crucial sobre a demanda global na área 
da educação. Aborda essa demanda como decorrente de um processo ágil e abrangente 
de globalização, no qual os conhecimentos científicos são incessantemente renovados e 
expandidos, em paralelo ao desenvolvimento tecnológico. Isso configura um cenário 
caracterizado pela volatilidade, incertezas, complexidade e dinamismo. 
 
No mencionado artigo, nossa equipe de trabalho destaca duas reflexões cruciais 
empregadas em Portugal no processo de elaboração de um currículo destinado a 
8 
proporcionar uma educação que efetivamente contribua para a vida dos alunos e da 
sociedade. Essas reflexões centram-se em dois questionamentos fundamentais: Quais são 
os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para que os alunos 
prosperem no mundo atual? E de que maneira os sistemas educativos podem desenvolver 
de forma eficaz esses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores. 
Ao responder a essas perguntas, busca-se que as instituições de ensino, em 
colaboração com os órgãos governamentais, adotem uma abordagem educacional 
contextualizada no cenário mundial atual, antecipando as necessidades do futuro. O 
objetivo é criar e implementar um ambiente educacional que promova o desenvolvimento 
de noções fundamentais, habilidades e competências essenciais, conhecidas como 
competências globais. Essas incluem aspectos como ética, liderança, iniciativa, 
integridade, adaptabilidade, flexibilidade, resolução de problemas, autonomia, tomada de 
decisões complexas, trabalho sob pressão, colaboração em equipe, empreendedorismo, 
organização, responsabilidade, curiosidade, resiliência, auto regulação, respeito por ideias, 
perspectivas e valores divergentes, bem como a capacidade de lidar com fracassos e 
rejeições diante das adversidades da vida em geral, e não apenas no ambiente escolar. 
Além disso, visa-se instigar nos alunos a busca constante por conhecimento através 
de métodos de pesquisa, aprimorando diversas técnicas e recursos. A preparação para 
lidar com mudanças, a utilização eficaz de informações, procedimentos metodológicos, e 
a incorporação de tecnologias são também pontos cruciais. Destaca-se a importância de 
desenvolver uma mentalidade sustentável, estimular o pensamento crítico e criativo, o 
raciocínio lógico e sistêmico, bem como promover habilidades socioemocionais, incluindo 
empatia, colaboração e liderança. 
O currículo abrange ainda competências específicas, como domínio de linguagens 
e textos, habilidades em informação e comunicação, sensibilidade estética e artística, 
consciência e domínio do corpo, e competências técnicas e tecnológicas, incorporando as 
últimas inovações em tecnologia da informação e comunicação. Essa abordagem holística 
busca proporcionar aos alunos conhecimentos e práticas que promovam bem-estar, saúde, 
e cuidados responsáveis com o ambiente e o meio ambiente. 
Compreendemos que no contexto sociocultural, ético e acadêmico, o currículo de 
uma escola desempenha um papel significativo. Ele não apenas motiva os alunos a 
buscarem não apenas uma posição socioeconômica favorável ou uma colocação no 
mercado de trabalho, mas também a se dedicarem genuinamente ao bem comum e ao 
desenvolvimento individual, especialmente no que diz respeito às minorias. Além disso,o 
9 
currículo busca incentivar a consciência ambiental, orientando-se pela sustentabilidade em 
seu sentido mais abrangente. 
Após uma análise minuciosa do perfil desejado para o aluno e da complexidade das 
demandas sociais em relação à missão das instituições escolares, surge a 
responsabilidade de efetivamente concretizar uma missão tão vasta. Isso requer inovação 
e constante adaptação, tornando essencial a abordagem de múltiplas frentes e a 
construção de parcerias sólidas. Destacam-se a colaboração entre escola, família e 
comunidade em geral, bem como uma política educacional construída com seriedade e 
equilíbrio. Estas entidades devem refletir em conjunto, de forma contínua, na busca por 
novas perspectivas, soluções, métodos e técnicas de ensino. 
Compreendemos que a capacitação e posterior valorização dos profissionais da 
educação desempenharão um papel crucial no engajamento da família e da comunidade. 
Isso ocorre à medida que esses grupos passam a compreender a extensão do trabalho 
social desempenhado pelos educadores em prol de seus filhos e da comunidade como um 
todo. Além disso, reconhecemos que esses membros da comunidade podem desempenhar 
um papel corresponsável na elaboração do currículo escolar, participando ativamente de 
todo o processo educativo e sua implementação. 
A qualificação dos profissionais da educação é fundamental para desenvolver todas 
essas competências. Para isso, é necessário estabelecer parcerias, estar aberto a 
mudanças e inovações, e promover o desenvolvimento dessas habilidades e atitudes nos 
alunos. Essa abordagem deve ser guiada pela equidade e inclusão, abrangendo todos os 
grupos sociais, incluindo as minorias. Esses objetivos são alcançados por meio da 
implementação consistente de um currículo efetivo, autônomo e flexível. 
Explicitamente, o currículo assume uma importância fundamental, pois é nele que 
serão definidos todos os conteúdos a serem assimilados, delineando o tipo de cidadão-
aluno que almejamos formar, assim como as habilidades, conhecimentos e experiências 
que deverão ser adquiridos ou explorados. Todo o direcionamento para as ações da equipe 
pedagógica, dos alunos e até mesmo dos familiares está contido no currículo da escola. 
Esse pensamento é validado pelo fato de que todos os serviços, metodologias, conteúdos, 
mobiliários, materiais, estruturas organizacionais e elementos técnicos e administrativos, 
caso não integrem a grade curricular, estão a serviço do processo pedagógico e da 
aprendizagem, e, portanto, estão relacionados ao currículo. 
 
 
10 
Com base nas análises efetuadas, emergem tanto as potencialidades quanto as 
lacunas, destacando-se a relevância da interlocução entre a gestão escolar e a equipe 
pedagógica para a consecução dos objetivos de aprendizagem. 
VANTAGENS: 
O currículo se revela como uma peça fundamental para o êxito do processo de 
ensino, na medida em que visa estruturar de maneira abrangente a organização curricular 
para atender às demandas da coletividade. Funciona como um guia abrangente para o 
processo educacional, fornecendo direcionamento e articulação para as propostas 
educacionais. Desenha o percurso que o aluno deve percorrer, especificando o quê, como 
e quando aprender. Além disso, estabelece uma base mínima de conhecimento que o 
aluno deve adquirir, discriminando e organizando os conteúdos mais prementes a serem 
estudados. O currículo também orienta avaliações, metodologias, critérios, atividades e 
competências a serem desenvolvidas, erigindo-se como a bússola essencial para o 
trabalho pedagógico nas instituições de ensino. 
DESVANTAGENS: 
Contudo, se mal compreendido ou mal elaborado, o currículo pode acarretar sérias 
implicações no processo de ensino-aprendizagem. Esta inadequação pode refletir na 
escassez de conteúdo, experiências e aprendizado, resultando na segregação 
classificatória entre os alunos e contribuindo para o estigma de minorias sociais já em 
situação vulnerável. Os processos avaliativos tornam-se ineficazes e inadequados, 
comprometendo a qualidade e eficácia do ensino básico ou acadêmico, perpetuando uma 
sociedade estagnada em vários domínios, tais como culturais, científicos, econômicos, 
políticos e tecnológicos. 
Dado o caráter dinâmico e mutável do currículo, a necessidade premente de 
formação contínua emerge como um imperativo para todos os agentes envolvido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funiber (2022). Desenho curricular e programação no processo educativo.Barcelona. 
Espanha. 
Funiber (2022). A concepção da aprendizagem com base no currículo. Barcelona. 
Espanha. 
Funiber (2022). O currículo: articulações entre perspectivas sociais. Barcelona. 
Espanha. 
Funiber (2022). A gestão curricular. Barcelona. Espanha. 
BRASIL. Resolução CEB/CNE nº 05/09, de 18 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF. 2009. 
BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a 
formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília: DF. 2013. 
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: 
MEC. 2016. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: nov.2023. 
Santos, S. V. S. D. (2018). Currículo Da Educação Infantil - Considerações A Partir Das 
Experiências Das Crianças. . Educ. rev.34.https://doi.org/10.1590/0102-4698188125 
Silva, S., & Fraga, N. (2021). Autonomia e flexibilidade curricular como instrumentos 
gestionários. O caso de Portugal. Reice. Revista Iberoamericana sobre Calidad, 
Eficacia y Cambio en Educación, 19(2), 37-5 
 
 
 
https://doi.org/10.1590/0102-4698188125