Prévia do material em texto
Afecções da Gestação Morte embrionária- embriões com problemas genéticos eliminados - Precoce: antes da placentação - Tardio: depois da placentação 20 – 40% em vacas / 10 – 40% em porcas / 15 – 60% em éguas / 5 – 10% em espécies domésticas - Sintoma: repetição de estro - Causa: nº insuficiente de fetos em multíparas, infec. Virais, lesões uterinas, aberrações cromossômicas, hipo ou hiperalimentação da fêmea • Aborto de repetição- falha na coagulação devido a estresse térmico, incompatibilidade do sptz com a égua tendo regressão prematura do CL (utilizado P4) * Égua que sempre perde inseminação: utilizado P4 ou vira doadora Abortamento não Infeccioso: toxoplasma, leptosp. - Exame da placenta, feto e cordão Causas: - Distúrbios hormonais causando regressão de CL (vaca, porca e cabra dependem do CL até o fim da gestação) - Medicamentos que provoquem contração: xilazina, detomidina - Produtos tóxicos, carência nutricional, exame incorreto (palpação causando reflexo de esvaziamento), defeitos anatômicos, frio intenso, gemelar, verminose (obstrução de sengue para o feto) e hemoparasitos Morte Fetal: - Feto pode ser expelido ou ficar retido: colo não abre ou causa iatrogênica- uso de P4 depois do abortamento não deixando o colo abrir) Mumificação: - Processo asséptico de involução do feto no segundo ou ultimo terço de gestação - Perda de água e ressecamento, não tendo presença de bactéria - Multíparas: fetos mumificados podem ser eliminados no momento do parto de fetos vivos - Persistência do CL (vaca/ égua) - Fases: • Reabsorção dos líquidos fetais • Reabsorção dos líquidos intersticiais do feto- ressecamento e retração • Endurecimento do feto • Ressecamento da placenta - Em bovinos: hemorragia de intensidade variável entre endométrio e membranas fetais (involução da placenta/ carúncula) - Causa: aplicação de P4, torção uterina, problemas placentários, traumas - Sintomas: indigestão e cólica, corrimento vaginal marrom ou negro - Diag: palpação transretal (grandes), palpação abdom. e radiografia (pequenos) - Tratamento: • Bovinos- PGF2α e E2 para abrir o colo, retirada manual do feto do interior da vagina, atb profilático • Égua- geralmente ocorre expulsão espontânea do feto, se não dilatar manualmente o canal, atb profilático • Pequenos anim.- cesariana Maceração: - Processo séptico de destruição do feto, amolecimento e liquefação dos tecidos moles do feto: apenas esqueleto fica integro - Abertura do colo: presença de bactérias - + Frequente em bovinos no momento da inseminação - Sintomas: esforço expulsivo, corrimento marrom fétido podendo conter tecidos moles ou ossos, temp e pulso elevado, diarréia, anorexia, septicemia, peritonite (perfuração da parede uterina pelos ossos) - Diag: palpação transretal, inspeção vaginal (grandes), percepção de corrimento e radiografia (pequenos) - Tratamento: • Bovinos- induzir aborto, E2 para abrir cérvix e retirar conteúdo • Égua- dilatação manual da cérvix, flunixin Meglumine (anti inflam) • Peq.- OSH - Prognóstico: ruim quanto função reprodutiva- lesões degenerativas do endométrio, metrite, peritonite. Putrefação- feto enfisematoso: - Feto morto e retido no útero com alterações enfisematosas: produção de gás (enfisematose+ CO2) no tec sc., musc. e órgãos devido a bact. anaeróbicas (clotridium) - Feto morre no final da gestação ou durante o parto - Causa: abertura da cérvix - Evolução de 24 a 72 hs - Sintomas: timpanismo, corrimento vaginal fétido, em consequência do enfisema o feto está aumentado de volume, queda de pelos, desprendimento dos cascos - Tratamento: esvaziar o útero, tração + difícil, lavagem uterina com infusão de atb, cesariana, OSH em cadelas Molas: - Processo patológico, morte embrionária com continuação de desenvolvimento de anexos fetais - Ocorre em bovinos, caninos e suínos - Sintomas: corrimento hemorrágico em prenhem prolongada - Cística: anexos formam bolsa com conteúdo liquido (bov, ov e carnívoros) - Hidatiforme: vilosidades coriônicas sofrem degeneração cística, recobrindo-se de cistos (bov e caninos) - Vilosa: crescimento exuberante das vilosidades do córion - Hemorrágica: após morte traumática do embrião e hemorragia intensa. Coágulo envolve o produto e se organiza - Carnosa: evolução da hemorragia, coágulo toma aspecto cárneo - Diag: palapação, US - Tratamento: PGF2α e glicocorticóides Hidropisia das Membranas Fetais: - Acumulo exagerado de liq. Fetal nas membranas (córion, alantoide e amniótica) - + frequente bovinos - Hidroalantóide (alatoide- formado por excretas fetais): maioria dos casos • Problemas vasculares da placenta (FIV)- placenta não filtrando • Problemas hepato-renais do feto- produzindo excretas de mais - Hidroâminion (amnion- formado por excretas nasais): poucos casos • Feto congenitamente defeituoso - Hidroâminion e Hidroalantóide: poucos casos - Causas: hidrocefalia, anencefalia. Hidronefrose, cotilédones anormais (dificultando a filtração), degeneração e necrose n infec. Do endométrio, gemelar, torção ou compressão do cordão umbilical - Sintomas: distensão abdominal taquipneia, dispneia, taquicardia, diminui apetite e ruminação, dificuldade em defecar e urinar, aborto • Casos leves- até 80L: atonia uterina • Casos médios- até 150L: abdome em forma de tonel, timpanismo • Casos graves- + de 200L: ascite, decúbito, desidratação, choque e morte - Complicações: Prolapso vaginal, paraplegia, hérnia abdominal, ruptura da parede abdominal, ruptura de útero • Pós parto: síndrome da descompressão, retenção de placenta, agalactia (ausência na produção de leite) - Diag: palpação, US, sintomas diferenciais (ascite hidrometra) - Trat.: indução do parto, drenagem lenta do fluido (não causar choque hipovolêmico), cesariana Gestação Múltipla Patológica: - Nº de fetos ultrapassa o normal para a espécie • Égua e vaca- unípara • Ovelha- 1 ou 2 • Cabra- 1 a 3 • Porca- 10 a 12 • Cadelas: grandes- 8 a 12 e pequenas- 2 a 6 • Gatas- 2 a 5 - Causas: múltipla ovulação, fator ambiental (boa alimentação e trat. Hormonal), ovulação sincrônica/ assincrônica (superfetação) - Sintomas: compressão órgãos maternos, taquipneia, perturbações digestivas e cardiocirculatórias, distúrbios metabólicos (decúbito), alteração no parto (insuficiência das contações, atonia uterina, retenção de placenta) - Diag: grandes- palpação e US, peq.- palpação abdominal, US 25d e RX 45d - Trat.: cesárea se necessário; em equinos entre 13 e 15d realizar esmagamento de 1 dos fetos e admin. P4 até 120d, se não conseguir o esmagamento aborta os dois fetos com PGF2α Placentite: - Ocorre no 1/3 final da gestação em fêmea com idade média a idosa - Origem bacteriana ou fúngica - Descolamento do alantocorion do endométrio: falha de troca de O2 e CO2 e nutrientes, agudo durante o parto, crônico associado a placentite * Lado vermelho da placenta: coriônico em contato com endométrio. Na placentite fica pálido o lado coriônico - Bactérias entram pela cérvix, causando descolamento de placenta, formando liq purulento- emergência para o potro - Foco inflamatório produz PGE (contração) levando a parto prematuro e estresse no potro - Sintomas: secreção saindo da vagina, desenvol, precoce do úbere - Diag.: mensurações hormonais, US abdominal • US transretal: JUP (junção do endométrio com córion alantoide). Visualizado quando a colonização bact.. é via ascendente • Monitoramento endócrino: E2: avaliado pelo nível baixo de produção - Trat.: Anti inflamatório, ATB (amplo expectro) e P4 • Pós parto- antibioticoterapia Ruptura do Tendão Pré Púbico: - + comum em égua velhas no 1/3final da gestação - Causas: gêmeos, hidropisia, trauma, edema ventral, gigantismo fetal, gestação prolongada - Sintomas: dor, edema abdominal, mudança de posição da tuberosidade isquiática, relutância em andar, cólica, taquipneia, taquicardia, sudorese, hemorragia, choque e morte. Elevação da inserção da cauda e tuberosidade isquiática, úbere e mamilos se deslocam para frente e para baixo no assoalho abdom. - Diag diferencial: palpação, US, hidropsia, hernia ou ruptura abdom, secreção sanguinolenta na gl. Mamária - Trat.: analgesia, estabilizar animal até o parto, AINE, ATB e correção cirurg. pós parto - Prognóstico desfavorável, animal fica deformado e muitas vezes sacrificado, desaconselhado que éguas sejam cobertas novamente Afecções Metabólicas: Carboidrato: resistência a insulina- diabetes gestacional - Ração com carbo faz ter fetos + grandes causando distocia Lipídeo: glicose é substituída por ac. Graxos - Em vez de usar via glicolítica para produzir ATP usa a via lipolítica fazendo os corpos cetônicos entrarem em cetose= acidose metabólica Toxemia da gestação: doença aguda, principal afecção em ruminantes - Útero aumenta tam. de ocupação, reduzindo o volume do rúmen • Ocorre a quebra de lipídeos e para de ser depositado, no 3º final da gestação o animal come menos por não ter espaço, tendo maior demanda energética, necessário fornecer alimento rico em energia • Tipo 1: subalimentação- pouca ingestão ou baixa qualidade • Tipo 2: animal acima do peso- alimentação muito rica em enérgica, animal começa a entrar em cetose - Sinais: apatia, cegueira, dispneia, tremor muscular, anorexia, atonia ruminal, prostração, morte - Diag.: urina- fita reagente, concentração de glicose sanguínea abaixo do normal - Trat.: glicose IV e solução isotônica de sódio ou ringuer com lactato Cálcio: hipocalcemia - Instabilidade do sistema em manter o Ca sanguíneo- formação de ossos fetais, colostro - Sinais: paralisia e hiportermia em bovinos e tetania hipetermia em caninos, além de anorexia, queda na prod. De leite, incoordenação - Diag.: dosagem de Ca sérico, bioquímico - Trat.: gluconato de Ca 10% ou 20% IV, alimentação rica em Ca, Vit D Distocias de Origem Materna e Fetal Eutocia- parto correto, s/ complicação Distocia- parto c/ complicação, necessita de auxilio Assistência: - Observar, evitar palpação/ exames desnecessários, avaliar fêmea quanto contrações e distocia Distocia: - Origem materna: via fetal óssea (pelve) e mole (cérvix, útero, vagina e vulva) • + frequente em ruminantes e cadelas - Origem fetal: relacionada a estática fetal - Resolução: manobras, cesariana, fetotomia (feto morto) - Incidência: raça, idade, peso, sexo do feto, único ou gemelar - Diag.: histórico e exame geral, palpação Distocia de Origem Materna: Via fetal óssea: - Constrição do canal do parto: contrição pélvica, dilatação incompleta da cérvix, relaxamento incompleto ou neoplasia da vagina e vulva, torção uterina - Deficiência na expulsão - Anormalidades pélvicas: juvenil (formação óssea incompleta), exostoses, luxação sacro- ilíaca, fraturas, Osteodistrofia Via fetal Mole: - Estreitamento: retrações cicatriciais, tumor (TVT em cadelas), edema, defeitos anatômicos, anfantilismo, prolapso e cistos em vacas * Realizado vulvoplastia na hora do parto - Em vacas pode ocorrer falta de atonia uterina: • Primária- disfunção hormonal: estrógeno, ocitocina, relaxina. • Secundária- exaustão: muito temp. em trab. de parto. Tratamento com ocitocina em pequenos no máx 5 aplicações, em grandes feito tração forçada Torção Uterina: - rum. + propensos - Causas: assimetria dos cornos uterinos, a maneira que o animal se levanta, flacidez da musc. Abdominal, transportar animal, contrações pré parto, hipomotilidade fetal, trauma - Torção de corpo uterino: freq. Em uníparas - Torção de corno uterino: freq. Em multíparas - Grau e sintoma: • Leve- 90º: cólicas brandas. Rversão espontânea • Media- 90 a 180º • Grave- mais de 180º: cólicas, inquietação, distensão abdom., olhar p/ flanco, sudorese - Diag: palpação vaginal ou retal em grandes - Trat.: reversão (rolamento da fêmea), cirúrgico, cesárea Prolapso Vaginal: - Saida de mucosa pela vulva - Parcial: porção da parede da vagina é projetada (comum em bovinos e suínos) - Total: porção vaginal e cérvix visível - Causas: hereditariedade, idade, pluriparas, aumento da pressão intra- abdomina - Prognostico: animal afastado da reprodução - Trat.; limpeza com soro, gelo e compressas frias com açúcar (diminui edema), atb Prolapso Uterino: - Inversão/ exteriorização pelos lábios vulvares (endométrio) - Animais que tiveram prolapso uterino na gestação podem ter prolapso uterino pós parto - Causas: atonia uterina, tração forçada em distocia, retenção de placenta - Trat.: epidural par reposição, lavar o períneo e prolapso com água e sabão, compressa gelada, suturar caso haja laceração, em cadelas realizar OSH * Sutura de Buhner- realizada em vacas e peq. Rum * Sutura de Cashich- realizada em égua Distocias de Origem Fetal: - Feto relativo ou absoluto grande, sexo ou nº de fetos, raça, FIV/ clonagem, transferência de embião (iatrogenia) Anomalias de Cordão Umbilical: - + curto: impede progressão e expulsão - + longo: enforcamento (eq) e anomalia circulatória Resistencia das Memb. Fetais: - Ruptura: precoce (parto ceco) ou tardio (não ruptura da memb corio alantoide) Malformações Fetais: - Polimeria: aumento nº membros. • Caninos felinos, suínos e ruminantes - Acondroplasia: nanismo - Hidrocefalia: aumento do liq. Cefalorraquidiano. • Bovinos e carnívoros - Anasarca: edema generalizado do feto: torção do cordão anomalia hipofisária • Bovino, suíno e cães braquicefálicos - Ascite: acumulo de liq. no abdomu - Contratura e torções articulares - Esquistossoma: abertura da cav. Abdominal e torácica com evisceração - Síndrome do caudo- reto- urogenital: ausência de vertebras coccígeas, sacrais e lombares - Diprosopus: unidos pela face - Dicephalus: unidos pela cabeça e pescoço - Thoracopagus: unidos pelo tórax - Thoracogastropagus: unisdos pelo tórax e abdômen - Cefalotoracópagos: unidos pela cabeça, tórax e abdômen - Isquiópagos: unidos pelo ísquio - Duplicitas posteriores: animal com dois membros posteriores - Ciclopia: olhos fundidos - Amorphus globosus: teratoma Estática Fetal: - Apresentação: reação entre eixo longitudinal da mãe e feto • Longitudinal anterior / posterior (fero com a coluna voltada para “cima”) • Transversal horizontal dorsal / ventral (feto com a coluna voltada para o “lado”) • Transversal vertical dorsal / ventral - Posição: relação entre estruturas anatômicas do feto (cervical lombar) com as estruturas pélvicas maternas • Céfalo ou Cérvico sacra • Lombo sacra • Céfalo ou cervico ilíaca direita ou esquerda - Posição: relação dos membros anteriores e posteriores, cabeça e corpo do feto • Estendida e fletida Apresentação longitudinal anterior, posição céfalo sacra, atitude estendida- Eutocia em ruminantes e equinos Apresentação longitudinal posterior, lombo sacra, atitude estendida- Eutocia em carnívoros e suinos * Todos os todos menos os potros assumes a estática fetal no terço final da gestação Longitudinal posterior, lombo sacra, atitude estendida Transverso dorsal Apresentação transverso, posição ventral cérvico ilíaca direita ou esquerda Apresentação Verticodorsal Apresentação Verticoventral Apresentação longutudinal, posição lombo púbica Atitude: - Cabeça e pescoço • Desvio esternal(queixo p/ baixo) • Desvio dorsal (queixo p/ cima) • Desvio lateral Dorso lateral Esternal Dorsal - Membros anteriores: • Cruzados sobre a nuca • Flexão da art. Cárpica • Flexão da art. Escapulomeral e umerorradial - Membros pélvicos: • Flexão da atr. Társica • Flexão da art. Coxofemoral Distocias mais difíceis de corrigir: - Transversas, apresentação posterior com flexão bilateral da art coxofemoral, posições inferiores Manobras: - Extensão: corrigir distocia de atitude - Versão: corrigir distocia de apresentação - Rotação: corrigir distocia de posição - Retropulsão: empurrado p animal de volta para o útero para arrumar o posicionamento - Tração: puxar a favor das contrações Fetotomia: - Fragmentação do feto permitindo sua remoção - Indicações em grandes animais: feto grande, estreitamento da via fetal, fetos enfisematosos, estática fetal não corrigível - Total ou parcial - Cuidados: laminite, lavagem uterina, atb Cirurgias Histerectomia: Cesariana - Emergência, evitando endotoxemia da fêmea em trab. De parto ou sofrimento do feto - Indicações: • Inércia uterina primária: potencial de contração do miométrio está comprometido • Inércia uterina Secundária: por exaustão uterina • Distocias obstrutivas • Tração e remoção do feto não forem possíveis • Tamanho exagerado dos fetos • Estreitamento do canal pélvico da fêmea - Útero: três camadas: túnica serosa (perimétrio), túnica muscular (miométrio) e túnica mucosa (endométrio). Suprido com sangue arterial pelas artérias ovarianas e uterinas que aumentam o calibre durante gestação, complicando a realização de uma OSH realizada junto a cesárea Pré operatório: RX (nº fetos), distocia prolongada Técnica: • Assepsia • Indução (diazepan, midazonla, levopromazina) Anestesia (propofol ou mascara). Epidural menos causa depressão fetal • Intubação, estação em decúbito dorsal, incisão em linha alba e extensão da incisão conforme necessário. • Incisar o corno uterino e deslocar os fetos pelo corno até a incisão • Romper anexos fetais na altura da cabeça- respiração • Pinçar vasos umbilicais • Palpação do útero e cornos gerando contração evitando hemorragia e depois sutura • Caso não haja contração, adm ocitocina IM ou EV - Histerorrafia- sutura: • Fio absorvível 0 a 2-0 • Duas camadas: simples continua/ Cushing ou lembert • Recobrir o útero com o omento dentro do abdômen Ovariohisterectomia: - Indicações: controle natalidade, piometra, metrite, complicações de cesárea, trauma, neoplasia Tecnica: - Hemostasia do pedículo ovariano - Hemostasia do ligamento largo - Hemostasia do corpo uterino Piometra: - Causa: fator hormonal e bacteriano, hiperplasia cística endometrial - Diag: sinais, exame fisiológico e laboratorial, US - Trat: OH Neoplasia Mamária: - Comum em cadelas de 7 a 12 anos e raças de grande porte + predisposta - Carcinomas, adenocarcinomas e sarcomas - Causa: desconhecida/ hormonal - 90% casos felinos: maligno, com alto potencial metastático - Alta taxa de mortalidade - Carcinoma inflamatório: • Sinais: gl. Mamaria e pele endurecidos, espessos, com edema dor e calor. Nódulos firmes únicos ou múltiplos, ulcerado ou não. Dispneia, claudicação e edema de membros • Diag: exame físico e laboratorial - Tratamento clinico: • Analgésico, curativo, se houver pseudociese, AINE (piroxican, firocoxib) - Tratamento cirúrgico: • OH • Mastectomia: simples, regional, unilateral e bilateral - Pós operatório: AINE, tratamento oncológico - Complicações: recorrência tumoral local - Prognóstico: depende do grau de invasão, tamanho tumoral, envolvimento de linfonodos, presença de metástase Puerpério Fase pós parto: útero reduz de tamanho, estrutura do endométrio é restaurada, retorno da ciclicidade Miométrio: em 48h perde capacidade de reagir a estimulo de contração, em 4/5 dias involução de 60%, com peso normal observado de 15 a 50 dias pós parto Endométrio: formação de pregas mucosas, produção intensa de secreção (lóquio) Vias fetais mole e dura: reparação e regeneração, fortalecimento dos ligamentos e articulações pélvicas - Atividade estrogênica Bovinos: - Involução + rápida em vacas que amamentam - Eliminação do lóquio até 12º dia: inicialmente marrom e aquoso, depois fica viscoso e acinzentado - 7-10 d: FSH suficiente para 1ª onda: baixo LH- não ocorre ovulação (prolactina alta) - Cio pós parto: 30 a 72 dias/ leiteiras; 46 a 104 dias/corte Peq. Rum: - Duração semelhante dos bovinos, com lóquio inicialmente muco-sanguinolento, depois turno - Determinadas raças a lactação inibe o ciclo Equinos: - Utero retorna ao tam. Normal em 10-14 d pós parto - Lóquio liberado até 7º dia de um tom amarelo claro inicialmente passando ao marrom avermelhado - Cio do potro- 6-14 d pós parto Suinos: - Involução + rápida, com lóquio escasso e claro, amamentação impede a ciclicidade (prolactina alta) Cadela: - Inicialmente lóqui apresenta-se aquoso e vede escuro, passando para um vermelho escuro e clareando pelo 10º dia - Involução uterina com 12 semanas e recuperação completa do endométrio com 120d Gata: - Inicialmente lóquio marrom, passando para vermelho e clareando - Recém paridas não lactantes retornam ao cio com 20-30d Avaliação: - Exame vaginal - restos envoltórios - Palpação transretal: volume uterino, pregas longitudinais e conteúdo, contração e diâmetro cérvix - Inspeção: cérvix, vagina e lóquios - Enrijecimento dos ligamentos sacro- isquiáticos – 2 dias após o parto - Acompanhamento da ciclicidade - Imagem: dimensão e conteúdo Atonia Uterina: - Faltam contrações e retração - Flacidez da parede - + freq. em bovinos - Causa: prenhez múltipla, hidropsia dos envoltórios fetais, distocia, distúrbio metabólico, lesões ueto-cervix - Diag: palpação- sem contração uterina, flutuação por acumulo de liq., retenção dos anexos - Trat: ocitocina, cálcio, estrógeno, ATB se necessário Hipertonia Uterina: - Aumento do tônus muscular com redução da capacidade de estiramento, aumento das contrações uterinas e abdominais - + freq. em égua - Causa: prolapso, pneumovagina, ferimento na via fetal mole, tenesmo, tração forçada - Sinais: protusão e prolapso do períneo, cólica, inapetência, contrações abdo. - Trat: anest. Epidural, analgesia, tranquilizante, corrigir ferimento e inversões Retenção de placenta: - Anexos fetais não expelidos em tempo normal, favorecendo entrada de microrg. - + freq. em bovinos - Causa: atonia uterina, doenças infc. E metabólicas, aborto, parto prematuro, retenção mecânica, deficiência de Ca+ - Sinais: cólica, esforço expulsivo, membrana aderida, secreção fétida, inapetência, emagrecimento, toxinfecções, morte - Trat: ATBterapia, lavagem uterina+ ocitocina • Equinos- laminite: flunixin • Cães e gatos: não comum, porem iniciar ATB, anti inflamatório, analgésico e massagem abdom., OSH Laceração do Períneo: - 1º grau: comissura dorsal da vulva e mucosa do vestíbulo vaginal - 2º grau: comissura dorsal da vulva, mucosa e submucosa do vestíbulo vaginal e vulva, ruptura da musculatura vulvovestibular - 3º grau: ... vulva, vestíbulo, esfíncter anal, septo do períneo, musculatura e reto - + freq. Bovinos e equinos - Causas: anomalia de estática fetal, feto relativo/absoluto grande, hipertonia uterina, estenoseda via fetal, tração forçada, manobra incorreta - Sinais: fezes em vagina, corrimento nuco- purulento, deformações anatômicas, hemorragia - Trat: manejo, assistência adequada ao parto • Lesão em até 12 horas: correção imediata; após 12 horas: aguardar 6- 8 semanas para correção • Limpeza local • Laceração 1º grau- episioplastia, 2/3º perineoplastia e episioplastia Infec. Puerperais: - Endometrite- metrite- piometra - Infec. Bacteriana - Causa: retenção anexos fetais, distocia, atonia - Sinais: apatia, febre, anorexia, desidratação, taquicardia, secreção vaginal purulenta - Trat: ATB sistêmico, anti inflamatório, analgésico, lavagem uterina Lactação: Mastite: inflamação gl. Mamaria - + preocupante vaca leiteira - Bovinos: • Queda prod. Leiteira, perda qualidade do leite • Clinica: sintoma inflamatório na gl. (calor, rubor, dor) e claras alterações no leite • Subclínica: não há inflamação na gl. E nenhuma variação no leite - Trat: ATB, antinflamatório, ordenha frequente, profilaxia (pré dipping) Hipo ou Agalactia: - Bovinos: Deficiencia no desenvol. Glandular, distúrbio neurológico, carência alimentar, estresse - Carnivoros: distúrbio da ejeção, nutrição, comportamento Hiperplasia mamaria benigna- carnívoros: - Aumento exagerado da gl, edema e sensibilidade - Trat: OSH, mastectomia