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RESUMÃO UNIDADES 1 - 2 - 3 - 4 Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios

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Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNIDADE1
Aula 1 
DEFININDO E TANGIBILIZANDO A IDEIA DE PENSAMENTO
CRIATIVO
Nesta aula, você vai aprender a diferença destes conceitos e como eles podem ser
organizados de forma a transformar criatividade em inovação: o Design Thinking.
INTRODUÇÃO
Com o avanço das tecnologias e mudança nos modelos de sociedade, as instituições
também precisaram se adaptar, estruturando suas arquiteturas de governança e iniciando
um processo de transformação digital das empresas e serviços. Com essa transição, se
tornou cada vez mais comum confundirmos os termos inovação e criatividade.
Apesar de conceitos diferentes, inovação e criatividade estão intimamente ligadas, na
verdade, uma pode ser o ponto de partida para a outra.
Nesta aula, você vai aprender a diferença destes conceitos e como eles podem ser
organizados de forma a transformar criatividade em inovação: o Design Thinking. O
modelo mental do Design Thinking pode ser usado para solucionar diferentes tipos de
problema do cotidiano, dos mais simples aos mais complexos e aqui você vai conhecer
alguns casos práticos e reais de aplicação.
Durante a aula, também vai se aprofundar nos pilares do design thinking bem como em
algumas ferramentas para colocar a mão na massa e adaptar às suas necessidades do
dia a dia.
Vamos juntos!
DEFININDO E TANGIBILIZANDO A IDEIA DE PENSAMENTO CRIATIVO
Uma frase do famoso publicitário americano David Ogilvy traz que “pessoas que pensam
bem, escrevem bem”. Na verdade, a frase poderia ser substituída por “falam”, “pintam”,
“fazem filmes” e até “criam empresas” bem. Em resumo, tarefas ligadas à criatividade têm
mais a ver com nossa lógica, pensamento e interpretação por trás do entendimento das
coisas do que exatamente com inspiração.
A ideia de “criatividade” deriva do latim “creare”, que indica a capacidade de produzir, criar
e inventar coisas, é a habilidade natural do ser humano de conceber diferentes formas e
significados a partir da observação do mundo à sua volta.
De acordo com Alencar (1996), todo ser humano possui um certo grau de habilidades
criativas, que podem ser aperfeiçoadas por meio da prática e do treino. Sim, o
pensamento criativo pode ser estimulado e exercitado para ser ampliado.
O psicólogo e psicometrista Sternberg (1988) formulou a teoria do investimento em
criatividade, um modelo que investiga fatores que facilitam ou impedem o funcionamento
criativo do indivíduo a manifestação da criatividade. A criatividade surge da forma em que
a pessoa relaciona suas influências internas (inteligência, valores, personalidade e
motivações) com influências externas (família, escola, trabalho, contexto cultural e saúde).
A teoria sistêmica da criatividade, do psicólogo Lubart (1999), olha justamente para a
importância desses fatores externos para a formação do pensamento criativo, uma vez
que durante a infância as experiências familiares direcionam a formação das pessoas,
seus valores, sentido crítico e, inclusive, criatividade. A escola, onde se passa grande
parte da vida, é onde desenvolvemos o nosso potencial criatividade, guiados por
professores em suas aulas. Já as empresas contratam, estimulam e precisam de
profissionais criativos para continuarem progredindo no mercado. A criatividade também é
influenciada pela cultura, pois é ela que fornece o conjunto de elementos e símbolos que
permeiam o imaginário do indivíduo. Por último, saúde é vista como um processo de
funcionamento integral de todo o ser, que aumenta e otimiza seus recursos, entre eles, a
criatividade.
Para Runco (2007), toda pessoa nasce com potencial para ser criativa, mas conforme
vivemos, vamos nos moldando às necessidades do nosso sistema e nem todas realizam
esse potencial, por não terem oportunidades de desenvolvê-lo. Por isso, depois de
adultos, precisamos de ainda mais persistência e estratégia para desconstruir crenças e
valores antigos e dar lugar ao novo.
É uma conquista estimularmos as novas ideias, despertar o espírito da colaboração e da
diversidade, fazer novas combinações e, assim, expandir a capacidade criativa do homem
que expressará o desenvolvimento do mundo em que vivemos.
No próximo bloco, vamos entender os fundamentos do Design Thinking, como surgiu e
como pode ajudar a transformar a criatividade em inovação.
CONHECENDO O CONCEITO DE DESIGN THINKING E POSSÍVEIS
APLICAÇÕES
Enquanto a criatividade está relacionada à habilidade individual de cada um em criar
novos significados no ambiente que o cerca, a inovação está relacionada à transformação
dessas ideias em resultados, ou seja, à aplicação da criatividade de maneira assertiva
para resolver problemas da sociedade. Para chegar à inovação existem diferentes
métodos como, por exemplo, o Design Thinking.
Design Thinking é uma abordagem de resolução de problemas complexos, que começou
a ficar mais conhecido no final dos anos 1990, especialmente na Europa e nos Estados
Unidos. Organizado pelo Designer Tim Brown, o modelo mental consolida o processo
criativo do Designer para aplicação em contextos diversos.
Embora o nome “design” seja frequentemente associado à qualidade e/ou aparência
estética de produtos, para Brown (2009), o design como disciplina tem como objetivo
máximo facilitar a solução de problemas que afetam a vida das pessoas.
O designer enxerga como um problema tudo aquilo que prejudica a experiência
(emocional, cognitiva, estética) e o bem-estar de usuários (considerando todos os
aspectos da vida, como trabalho, lazer, relacionamentos, cultura etc.). Isso faz com que
sua principal tarefa seja identificar problemas e gerar soluções.
O modelo mental do design é sobre entender problemas que afetam o bem-estar das
pessoas como desafios de natureza diversa. É preciso mapear a cultura, os contextos, as
experiências e os processos na vida dos indivíduos afetados para ganhar uma visão mais
completa, que abra caminhos para identificar as reais barreiras e gerar alternativas para
transpô-las.
Ao investir esforços nesse mapeamento, é possível identificar as causas e as
consequências das dificuldades e ser mais assertivo na busca por soluções. Ele sabe que
para identificar os reais problemas e solucioná-los de maneira mais efetiva, é preciso
abordá-los sob diversas perspectivas e ângulos. Assim, prioriza o trabalho colaborativo
entre equipes multidisciplinares, que trazem olhares diversificados e oferecem
interpretações variadas sobre a questão e, assim, soluções inovadoras.
Também é considerada uma abordagem propícia para processos de inovação, pois é uma
maneira de compilar o processo do pensamento criativo. Ele é baseado em 3 grandes
pilares: empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender os
desafios e questões sob seu ponto de vista; cocriação, que é o ato de criar em conjunto,
mesclando diferentes atores e pontos de vista, garantindo uma diversidade de ideias;
experimentação, que é o teste rápido e barato das ideias geradas, garantindo que sejam
viáveis.
Assim, é uma abordagem que, se considerando estes princípios, pode ser aplicada em
diferentes contextos, sem prejuízo algum. O processo do design thinking pode ajudar
empresas a encontrar melhores modelos de mercado para manter funcionando, melhorar
experiências de serviços públicos, reduzir custos de operação, entre outros inúmeros
contextos que podem ser beneficiados.
CASE DE SUCESSO E OUTRO DE FRACASSO COM APLICAÇÃO DO DT
Se dedicar ao entendimento dos desejos do cliente pode, literalmente, salvar uma
empresa. Segundo o artigo “What’s next in innovation”, publicado pela consultoria Nielsen
em 2018, mais de 20 mil novos produtos lançados na América Latina fracassam por ano.
O principal motivo apontado: “a solução não atende a reais necessidades do consumidor”.
O Design Thinking propõe justamente isso, incluir o consumidor no processo, paracoletar
ideias que realmente façam sentido para o usuário final. Um caso bem conhecido do uso
do DT aconteceu na empresa americana GE Healthcare e é considerado um dos maiores
exemplos do modelo mental. 
Um designer contratado pela empresa, devia resolver o seguinte problema: as crianças
sentiam muito medo de fazer exames na máquina de ressonância magnética. Para eles,
foi uma experiência horrível e muitas precisaram ser sedadas para conseguir fazer o
exame.
Pensando na experiência e nos sentimentos desses usuários, o designer realizou
imersões para chegar em soluções que tornassem o exame mais agradável e percebeu
que o tamanho da máquina e seu aspecto robotizado, assustava as crianças. 
Entendendo o universo infantil, ele desenvolveu uma versão mais alegre e lúdica da
máquina, imitando um submarino. Isso tornou a experiência mais leve e confortável para o
usuário.
Exemplos não faltam de produtos e serviços que não deram certo e é justamente para
aprender com estes casos que um grupo de empreendedores brasileiros fundou o
“FuckUp Inc”, uma organização que promove encontros para troca de experiências com
projetos que falharam e reforçam a pesquisa da Nielsen.
“Em quase toda a América Latina, em média 75% dos negócios fecham nos dois primeiros
anos. Isso significa que há mais histórias de fracasso do que de sucesso. Uma das
melhores formas de aprender a se dar bem com um negócio é ouvir as pessoas que não
atingiram esse objetivo”, afirma Leticia Gasca, uma das fundadoras do projeto.
Um exemplo de empreendedorismo que não deu certo foi o “Floripa Xtreme Park”, um
parque de pistas artificiais para ski e snowboard, fundado em Florianópolis. Para
reportagem à Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, o fundador Gabriel Longo
contou que o parque era formado por 22 toneladas de aço, com 7 metros de altura, o que
tornava difícil a readaptação e migração da solução para outros espaços e pouco
combinava com as necessidades de entretenimento da região. Além disso, a solução
tampouco era sustentável.
Em menos de seis meses a estrutura foi vendida para um ferro velho por R$5 mil, um
valor que representa 3% do investimento feito na empresa.
Em resumo, um bom negócio não nasce apenas da ideia. É preciso validar se essa ideia
realmente supre uma necessidade, se haverá uma aceitação dos clientes, se ela é viável
e sustentável. No caso do “Floripa Xtreme Park”, a aplicação do design thinking poderia
ter evitado o investimento em uma solução que não fazia sentido para o contexto. Por
exemplo, com uma escuta das reais necessidades do público, a criação de ideias mais
assertivas e a prototipagem da estrutura de forma mais barata para uma testagem rápida.
Saiba mais
ALENCAR, E. M. L. S.; FLEITH, D. S. Criatividade: múltiplas perspectivas. 3 ed. Brasília:
Editora Universidade de Brasília, 2003.
JOHNSON, S. De onde vêm as boas ideias. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
GILBERT, E. Grande magia: vida criativa sem medo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.
GILBERT, E. Sucesso, fracasso e a motivação para continuar criando. TED. Disponível
em: https://www.ted.com/playlists/152/what_is_success. Acesso em: 17 dez. 2021.
 REFERÊNCIAS
Alencar, E.M.L.S. Criatividade Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1995.
Alencar, E.M.L.S. A gerência da criatividade. Săo Paulo: Makron, 1996.
Brown, T. Design Thinking: Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
ideias. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
Lubart, T. Psicologia da Criatividade. Porto Alegre: Grupo A. 2007.
Runco, A. M. Creativity, theories and themes: research, development, and practice. San
Diego: Elsevier, 2007.
Sternberg, R.J. A three-facet model of creativity. Em R. J. Sternberg (Org.), The nature of
creativity. Contemporary psychological perspectives (pp. 125-147). Cambridge: Cambridge
University Press, 1988.
Sternberg, R.J. A theory of creativity. Trabalho apresentado no XIV School Psychology
Association. Colloquium. Braga, Portugal, 1991.
What’s next in innovation - Chaves para o sucesso de novos produtos América Latina.
Nielsen. Disponível em:
<https://www.nielsen.com/wp-content/uploads/sites/3/2019/05/O20que20est
%C3%A120por20vir20em20Inova%C3%A7%C3%A3o.pdf> Acesso em: 17 dez. 2021.
Histórias de insucesso: conheça o evento em que empreendedores falam sobre o
fracasso. Pequenas Empresas Grandes Negócios. São Paulo, 04 de out. de 2018.
Disponível em:
<https://revistapegn.globo.com/Empreendedorismo/noticia/2018/10/historias-de-
insucesso-conheca-o-evento-em-que-empreendedores-falam-sobre-o-fracasso.html>
Acesso em: 17 dez. 2021.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
Aula 2
ETAPAS DO PROCESSO DE DESIGN THINKING
Nesta aula, vamos ver como, se bem implementadas, as abordagens de design thinking
ajudam a melhorar as tomadas de decisão, contribuindo para um processo mais
abrangente, com riscos reduzidos de duplicações, inconsistências ou sobreposiçõe
INTRODUÇÃO
O Design Thinking é conhecido globalmente por ter um foco explicitamente humanizado e
centrado no usuário. Ela conduz soluções que são progressivamente refinadas, em um
processo de interação resultante de testes com os usuários finais, engajando estes
durante todo o processo decisório da construção, diversificando perspectivas para os
problemas trabalhados e experimentando as ideias geradas. Em suma, a ideia do modelo
mental é promissora pois considera a adaptação, a flexibilidade e a implementação
gradual como caminho para a inovação.
Nesta aula, vamos ver como, se bem implementadas, as abordagens de design thinking
ajudam a melhorar as tomadas de decisão, contribuindo para um processo mais
abrangente, com riscos reduzidos de duplicações, inconsistências ou sobreposições.
DO INSIGHT À ENTREGA DE VALOR: COMO IDENTIFICAR
OPORTUNIDADES ATRAVÉS DO EXERCÍCIO DA EMPATIA
O foco nas pessoas é o principal componente do modelo mental do design. Para que a
jornada proposta seja realmente eficiente, é preciso desenvolver a empatia com público
estipulado, de forma a potencializar o entendimento de suas perspectivas e bagagens.
Mas, afinal, o que é a empatia? A resposta mais comum é: “empatia é se colocar
no lugar do outro”, uma ideia que não é errada mas sim imprecisa. Etimologicamente, a
palavra empatia tem raiz no Grego: in (junto) + pathos (dor) e significa: “Sentir a mesma
dor”.
O termo foi resgatado pelo psicólogo Rosenberg, organizador da teoria da Comunicação
Não Violenta. Em um trecho do seu livro sobre CNV, Rosenberg (1999) diz: “Não pense
que o que diz é empatia. Assim que pensa que o que diz é empatia, estamos distantes do
objetivo. Empatia é onde conectamos nossa atenção, nossa consciência, não o que
falamos”.
Em resumo, empatia refere-se não só à capacidade de dizer boas palavras para o outro
mas de colocar a pessoa no centro da situação, se despir das suas próprias vivências,
contextos e bagagens para reconhecer os sentimentos e emoções do outro de forma mais
profunda. Afinal, uma mesma experiência pode impactar cada um de uma forma diferente
e só saberemos a real dor da pessoa se olharmos na perspectiva de vida dela.
No contexto do Design Thinking, para Brown (2009) o pilar da empatia diz respeito a
como escutamos - e compreendemos - os sentimentos e as necessidades das pessoas. O
objetivo é entender os outros aspectos da vida daquela pessoa, como sua rotina diária,
seu entendimento sobre o problema em questão, seu contexto, conhecer seu círculo
social. É a partir desse entendimento que sabemos realmente o que o nosso público alvo
precisa, direcionando as soluções desenvolvidas.
O maior desafio da empatia é que, na maioria das vezes, o nosso público alvo tem
anseios diferentes das soluções que pensamos inicialmente para os desafios. 
Escutar quem parece com a gente (tem os mesmos valores, opiniões e ambições) é fácil,
pois nos sentimos apoiados. Mas escutar alguém que não concorda com a forma comopensamos, enxergamos e sentimos o mundo, é sempre um grande desafio. No fundo,
escutamos para responder, e não para compreender.
Para conseguirmos captar os insights é preciso estar com a nossa escuta e olhar
empático bem afiados. Mas calma, eles podem ser aperfeiçoados a cada dia.
Afinal, como praticar a empatia? Não há uma “fórmula mágica” para praticar a
empatia, mas algumas ações podem ajudam a treinar a empatia para o nosso cotidiano:
• 1- Autoconhecimento> O autoconhecimento permite entender as nossas
próprias dores, desejos e ações. Isso nos ajuda a ter mais discernimento na hora
de entender os outros.
• 2- Respeito> É preciso saber que cada um tem os seu valores, vivências e
individualidades. Evite aplicar sobre a situação do outro seus valores e
julgamentos, veja e sinta a situação considerando as especificidades dele.
• 3- Atenção> Pratique a escuta ativa, ouça as pessoas livre de julgamentos ou
respostas automáticas. Perceba o tom de voz, postura, o olhar e até mesmo o
silêncio que traduz os sentimentos do que não é dito.
• 4- Desconstrução> Vivemos em uma sociedade cheia de rótulos, padrões e
preconceitos já estabelecidos, mas insistimos em negar que eles existam dentro de
nós. Precisamos ter humildade para reconhecer esses padrões mudá-los. Só assim
conseguiremos nos conectar de forma efetiva com o outro.
• 5- Renovação> Viva novas experiências mesmo que sejam desafiadoras, pois o
desconhecido estimula a humildade que é uma característica essencial da empatia.
Lembre-se: o importante é ampliar os próprios horizontes. Saia de sua zona de
conforto! E você? O que está esperando para praticar a empatia?
DEFINIÇÃO DE PROBLEMAS E IDEALIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
Problema complicado X problema complexo
Um dos maiores desafios das empresas é aprender a lidar com problemas complexos. É
preciso entender que há uma diferença muito importante entre um problema complicado e
um problema complexo.
O problema complicado é aquele que é operacional, sistemático. Pode ser um
engarrafamento no trânsito, uma falta de luz, um erro na entrega de um produto etc.
Já o problema complexo, segundo Kahane (2008), é qualquer problema que envolve
vidas e vontades independentes. Ele é mais do que sistemático: ele é sistêmico. E seu
sistema engloba as ligações humanas e emocionais dentro de uma estrutura.
Para lidar com problemas complexos, é preciso entender esses olhares diferentes e se
aprofundar nas causas raízes do problema. É por isso que as fases iniciais do Design
Thinking são dedicadas a entender os desafios e ouvir as pessoas envolvidas.
Como visto por Kelley (2019) a abordagem do Design segue um fluxo conhecido como
Duplo Diamante (double-diamond), que se constitui de 4 etapas: Descoberta, Definição,
Ideação (ou Co-criação) e Prototipagem (Figura 1).
Figura 1 | Desenvolvido pela Consultoria MJV - A imagem exemplifica graficamente as
quatro etapar do Design Thinking, dentro da lógica do duplo diamante
O primeiro diamante, que é composto pelas partes de Descoberta e Definição, compõe a
parte de pesquisa do problema e se baseia no entendimento do desafio inicial, seu
contexto, os usuários, e outras pessoas envolvidas no problema.
Na fase de Descoberta, o problema inicialmente colocado é aberto, verificando todas as
questões relacionadas com eles, ampliando perspectivas; isso corresponde à primeira
metade do primeiro diamante, ou seja, partindo de um ponto e abrindo, divergindo e
trazendo a maior quantidade de informação possível.
A segunda parte, Definição, corresponde à análise de todo o conteúdo coletado
anteriormente, chegando em conclusões sobre o problema e criando direcionamentos
para proposição de soluções. Partimos do aberto para um ponto central, e neste ponto, a
pergunta-desafio, será trabalhada no próximo diamante, que corresponde às fases de
Ideação e Prototipagem.
O desenvolvimento das soluções em si parte de um desafio mais refinado, com um ponto
de vista mais específico para o usuário em questão. Para um melhor direcionamento das
etapas seguintes, é esperado que o desafio seja sintetizado em formato de pergunta e
que contenha os seguintes pontos: o objetivo, público alvo e conceitos direcionadores
identificados durante a pesquisa.
Na fase de Ideação, a intenção é propor o maior número possível de soluções para
resolver a pergunta-desafio. Por isso é importante cocriar, criar em conjunto, com diversos
atores diferentes para ter uma maior riqueza de possibilidades, dada a diversidade de
contextos de seus participantes. 
Além de propor exercícios para estimular a geração de ideias, durante a fase de
cocriação, é importante que haja variedade de perfis de pessoas envolvidas no processo.
Portanto, normalmente inclui-se na ideação aqueles que serão “servidos” pelas soluções
que estão sendo desenvolvidas como especialistas de sua própria experiência. Assim,
além da equipe multidisciplinar do projeto, são selecionados outros membros como
usuários e profissionais de áreas que sejam convenientes ao tema em estudo,
normalmente através de encontros de cocriação.
O objetivo de reunir diferentes expertises é o de contribuir com diferentes perspectivas, o
que, por consequência, torna o resultado final mais rico e assertivo.
As ideias serão posteriormente agrupadas em blocos, e as que atenderem aos critérios do
projeto serão testadas na fase de Prototipagem. Assim, essa diversidade propiciada pela
capacidade de cocriar e pela empatia auxiliam na criação de soluções mais propícias
àquela determinada situação.
PROTOTIPAGEM E TESTE COMO CICLO DE APRENDIZADO E ITERAÇÃO
DE SOLUÇÕES
Desenvolveu alguma ideia legal? Então é hora de testá-la de forma simples e
rápida, para ver se a solução faz sentido. É aqui que entra a prototipação, a nossa última
etapa do duplo diamante, que converge para a solução final.
Prototipar é explorar as ideias no mundo físico, tangibilizá-las, representando a realidade
da solução para que possam ser testadas com os usuários para identificar possíveis
“erros”. O ideal é que a solução seja prototipada da forma mais rápida e barata possível,
para conseguirmos fazer ainda mais testes e validações.
Com o teste, as soluções podem ser melhoradas e adaptadas, ou mesmo descartadas,
garantindo assim um conjunto ótimo de ideias, adaptado ao desafio e às necessidades do
usuário. Afinal, a solução tem que fazer sentido na prática.
A Prototipação tem como função auxiliar a validação das ideias geradas e, apesar de ser
apresentada como uma das últimas fases do processo de Design Thinking, pode ocorrer
ao longo do projeto em paralelo com a descoberta e a Ideação.
Por que prototipar?
Para Dias e Stati (2022) protótipos reduzem as incertezas do projeto, pois são uma forma
ágil de abandonar alternativas que não são bem recebidas e, portanto, auxiliam na
identificação de uma solução final mais assertiva. O processo de Prototipação inicia-se
com a formulação de questões que precisam ser respondidas a respeito das soluções
idealizadas. A partir disso, então, são criados modelos que representam o aspecto em
aberto e que viabilizem o teste.
Os resultados são analisados e o ciclo pode se repetir inúmeras vezes até que a equipe
de projeto chegue a uma solução final em consonância com as necessidades do usuário e
interessante para o negócio da empresa contratante. Portanto, quanto mais testes e mais
cedo se inicia o processo, maior o aprendizado e as chances de sucesso da solução final
(Figura 2).
Figura 2 | Consultoria MJV. A imagem descreve a lógica da criação de protótipos para
testagem, coleta de aprendizagem e definição de novas soluções
Para Warfel (2009) a “natureza dos protótipos propriamente ditos varia muito em função
do segmento de atuação de uma empresa e do tipo de solução que deve ser avaliada.”
Ele pode ser tanto um protótipo de interface gráfica como, por exemplo, telas de
aplicativos para celular, como de produto,como um caixa eletrônico de banco ou, ainda,
de um serviço simulando a experiência de compra de passagem aérea.
Prototipações, portanto, nada mais são que simulações que antecipam problemas, testam
hipóteses e exemplificam ideias de modo a trazê-las à realidade para abrir discussões.
Para Campos (2011) o desenvolvimento de protótipos permite:
• Selecionar e refinar de forma assertiva as ideias;
• Tangibilizar e avaliar interativamente ideias;
• Validar as soluções junto a uma amostra do público;
• Antecipar eventuais gargalos e problemas, reduzindo riscos e otimizando gastos.
Esse é o ciclo de pensamento que pode te ajudar a encontrar novas saídas para dilemas
do seu dia a dia. Inovação não se resume apenas a tecnologias complexas e caras
criadas em um momento de inspiração. Inovação vem da tentativa e erro, é ir melhorando
até que fique muito bom. E aí, qual é a próxima ideia que você vai testar?
Saiba mais
No nosso saiba mais, vamos começar por um vídeo frequentemente usado no contexto do
DT. Nele, Tom Wujec explica um exercício de criatividade e tangibilização de ideias que
consiste no processo de pensar “como fazer uma torrada”. Logo após, teremos mais um
vídeo também sobre simplificação de problemas complexos e dois textos sobre a
importância e como fazer protótipos.
VÍDEOS:
Tem um problema complexo? Primeiro, diga-me como faz uma torrada.- Tom Wujec -
https://bit.ly/3ISQrww. Acesso em: 15/01/2022.
Simplifying complexity - Eric Berlow - https://bit.ly/3oj7Qqx. Acesso em: 15/01/2022.
TEXTO:
https://bit.ly/3s6svz8. Acesso em: 15/01/2022
https://bit.ly/3IXRCLd. Acesso em: 15/01/2022.
 REFERÊNCIAS
Rosenberg, M. Comunicação não violenta - Nova edição: Técnicas para aprimorar
relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 1999.
Montes, E. Introdução ao Gerenciamento de Projetos: Como gerenciar projetos pode fazer
a diferença na sua vida. São Paulo: Guia PMBOK, 2017.
Brown, T. Design Thinking: Uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
ideias. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
Kelley, D. e Kelley, T. Confiança criativa: libere sua criatividade e implemente suas Ideias.
São Paulo: Alta Books, 2019.
Kahane, A. Como resolver problemas complexos. São Paulo: Senac, 2008.
Siva, G. L. D e Stati, C. R. Prototipagem e Testes de Usabilidade. Curitiba: InterSaberes,
2022.
Warfel, T. Z. Prototyping: A Practitioner's Guide (English Edition). Nova Iorque: Rosenfeld
Media, 2009.
Campos, E. Prototipagem Rápida. São Paulo: Delearte, 2011.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
Aula 3
MÉTODOS PARA APLICAR O DESIGN THINKING
Nesta terceira aula, você vai aprender como planejar o Design Thinking para alcançar
resultados mais efetivos.
INTRODUÇÃO
As etapas do Design Thinking funcionam como modelo mental para qualquer desafio
complexo, independente de ser em setor público ou privado ou do segmento de atuação
da instituição ou empresa. Mas para que o Design Thinking realmente funcione como
método, é preciso se atentar para aspectos de gestão importantes que organizam e
tangibilizam a entrega do processo.
Nesta terceira aula, você vai aprender como planejar o Design Thinking para alcançar
resultados mais efetivos. Na primeira etapa, o objetivo é conhecer os papéis e desafios
para a estruturação de uma equipe; Após, você vai se aprofundar na importância da
definição de cronogramas e ritos para acompanhar o andamento de todo o processo; por
último verá como esse processo pode ser ainda mais efetivo seguindo metodologias ágeis
de gestão de projetos como, por exemplo, o lean startup - ou startup enxuta.
DEFINIÇÃO DE PAPÉIS: DESIGNER THINKER (LÍDER), EQUIPE E
STAKEHOLDERS
Na execução de um projeto, seja ele fundamentado pelo modelo mental do Design ou
não, é comum trabalharmos em equipes, ou seja, juntar forças coletivas para chegar ao
mesmo fim. Trabalhando em equipe, conseguimos aproveitar pontos fortes de cada
colaborador e somar mais pontos de vista para criar ideias e absorver a escuta feita com
os usuários. Numa equipe de trabalho, a função das pessoas pode ser subdividida, mas
ainda assim terá um objetivo comum: desenvolver um produto, desenhar um serviço ou
qualquer outra solução que resolva o problema definido.
Seja como participante ou como líder de uma equipe, algumas habilidades são
fundamentais para o bom funcionamento do grupo e para atingir os resultados esperados.
São elas: comunicação, comprometimento, tolerância e respeito.
Com as habilidades fundamentais internalizadas em todos os membros, é hora de olhar
para os papéis específicos! Defini-los com clareza ajuda a evitar sobreposições de
entrega e mal entendidos de comunicação durante o processo.Quando falamos de times
de projeto que usam o modelo mental do Design, os papéis e tamanhos podem variar
dependendo da duração, complexidade e orçamento do projeto. Entretanto, alguns perfis
são fundamentais para o bom funcionamento do projeto: Designer Thinkers,
administrativo, gerente e líder.
Designer Thinkers
Em resumo, são os membros da equipe que acompanharão o projeto em uma ou mais
fases do projeto, podem ser colaboradores internos da empresa ou consultores externos
contratados para o projeto em tempo integral ou parcial. Eles irão conduzir e facilitar os
encontros de escuta e ideação, bem como extrair os insights gerados durante o processo,
elaborar protótipos, executar testes e apoiar a implementação da solução final.
Administrativo
O assistente, auxiliar ou analista administrativo é aquela pessoa que vai ajudar na
logística do projeto de Design Thinking, apoiando na organização de oficinas de escuta e
garantindo que a equipe tenha o material necessário para a execução do projeto.
Gerente
O gerente do projeto é responsável por sua conclusão bem-sucedida. Seu trabalho é
assegurar que o projeto prosseguirá dentro do prazo e sob o orçamento estabelecido, ao
mesmo tempo que alcança seus objetivos.
Líder
Dependendo do tamanho do time, o líder pode ser ou não o gerente. A grande missão de
quem lidera o desenvolvimento do Design Thinking é garantir que o time esteja sempre na
mesma página, escutando os membros e direcionando as ações para alcançar o objetivo
final, mediando resistências e mudanças. Essa, muitas vezes, é a grande dificuldade, pois
o processo precisa ser flexível, muitas mudanças nas atitudes precisarão ser realizadas, e
isso nem sempre é bem aceito. Além de fornecer orientação, o líder deve fazer uma parte
do trabalho, particularmente em áreas em que ele tem competência especial, servindo
como referência para moldar o desempenho do grupo a partir do próprio comportamento.
Por último, o líder deve ser um bom negociador e desenhar uma operação que seja
benéfica tanto aos membros como à empresa.
Outros Stakeholders
No Design Thinking, é importante termos no radar todos os atores, ou seja, perfis de
pessoa, que tenham relação, direta ou indireta, com o desafio para o qual estamos
criando soluções. Alguns exemplos de atores podem ser: o contratante do projeto,
autoridades locais, usuários finais, profissionais especialistas no tema em questão,
moradores locais, proprietários de negócios locais, pessoas públicas, entre outros.
DEFINIÇÃO DE CRONOGRAMA, ESCOPO, ESTRATÉGIA E RITOS DE
ACOMPANHAMENTO
Você sabia que uma das maiores causas de falhas em projetos é o atraso na entrega? 
Por isso, a definição de estratégia, cronograma e entregas esperadas é fundamental logo
no início do projeto.
Mas como você deve planejar esta estratégia para que ela seja efetiva?
O Planejamento Estratégico é uma abordagem que descreve a execução das tarefas
necessárias para concluir um projeto. Ela costuma ser desenvolvida pelos líderes do
projeto juntamente com representantes dos times, alta liderança e do cliente.
A flexibilidade é a palavra-chave no planejamento dentro do Design Thinking. Os planos
de ação elaborados podem passar por adaptações e reformulaçõesdurante o
desenvolvimento do projeto.
Cronograma
Nos projetos que usam o Design Thinking, a questão do atraso é ainda mais crítica, pois
temos tempos de escuta e cocriação que envolvem outras pessoas e, se mal planejado,
podem impactar de forma negativa e impedir que se chegue no resultado esperado. Por
isso, é preciso ter em mente que o gerenciamento de cronograma é parte essencial do
planejamento, capaz de garantir que o seu projeto não entre para a lista de iniciativas
críticas ou que falharam.
Para Montes (2017) criação e gestão de um cronograma possui três benefícios principais:
1. Evita atraso nas entregas;
2. Traz clareza de priorização de atividades para o time;
3. Facilita a alocação de recursos.
Calôba (2018), ainda destaca que o gerenciamento do cronograma é dividido em 6
etapas:
1. Planejar o gerenciamento do cronograma.
2. Definir as atividades.
3. Sequenciar as atividades.
4. Estimar as durações das atividades.
5. Desenvolver o cronograma.
6. Controlar o cronograma.
Rituais organizacionais
Os Rituais em uma organização podem ser definidos como as várias formas de garantir o
funcionamento da equipe no dia-a-dia. 
É possível identificar diferentes tipos de rituais que impactam uma empresa, por exemplo,
rituais de planejamento, valorização, redução de conflitos e integração. Rapidamente
vamos expor a que tipo de situação cada um deles se refere no contexto do projeto:
• Rituais de planejamento: encontros da equipe para acompanhar a fluência do
escopo e redefinir prioridades de entrega, se necessário. Ex: planejamentos diários
e semanais de equipe.
• Rituais de valorização: cerimônias de celebração para destacar progressos e
comportamentos positivos de determinado colaborador ou da equipe como um
todo, conforme desempenho ou resultados gerados. Ex: premiações, feedback
constante, bonificações, celebrações.
• Rituais de redução de conflito: esforços diretos e práticos para administrar
possíveis desacordos e conflitos dentro da equipe e que podem gerar impacto
negativo no processo: Ex: reuniões de feedback, programas de contingência.
• Rituais de integração: ações que promovam a integração de colaboradores
com o objetivo de potencializar os resultados em conjunto e destacar a importância
do trabalho em equipe e colaboração para resultados. Ex: dinâmicas de grupo,
momentos de descontração, apresentações.
Outros tipos de rituais podem ser identificados dependendo da necessidade do time e do
projeto.
FRAMEWORKS ÁGEIS E MÉTODOS MAIS UTILIZADOS
Imagine uma cidade com ruas estreitas, vários semáforos e obstáculos no caminho e,
trafegando nelas, diversos caminhões pesados e cheios de produtos. É trânsito na certa,
né? Pois este ainda é o retrato de muitas empresas que, mesmo sólidas, possuem
processos engessados e que não permitem que os times e entregas se movimentem com
agilidade. Os Frameworks Ágeis são quadros de trabalho que ajudam o time de negócios
a vivenciar uma cultura ágil, na prática.
São metodologias que escalonam os valores e a produtividade de negócios, permitindo o
mindset ágil, que difunde valores como entrega rápida, processos dinâmicos e alta
qualidade do produto. Conhecer, separadamente, cada um deles e combiná-los com
outras abordagens específicas, permite extrair o melhor de cada solução.
 Frameworks Ágeis mais utilizados:
1. Scrum – utiliza etapas ou ciclos de desenvolvimento – chamados de sprints – que
permitem qualidade nas entregas e possibilidade de mudança das atribuições ao
longo do processo. O framework sustenta-se em pilares e papéis bem definidos: os
clientes se tornam parte da equipe de desenvolvimento e podem validar ou
redefinir entregas. Desta forma, os riscos são melhores trabalhados e reduzidos, já
que os progressos e atrasos são monitorados.
2. Kanban – ferramenta introduzida, primeiramente, para dar uma panorâmica do
fluxo de tarefas realizadas nas linhas de montagem do Sistema Toyota de
Produção: o objetivo é que todo trabalho a ser realizado seja visualizado pela
equipe, com as atividades divididas e direcionadas à cada responsável,
obedecendo um processo de “a realizar” (to do), “em andamento” (doing) e “já
realizada“ (done). O kanban, palavra japonesa que significa “registro ou placa
visível”, é ótimo para identificar gargalos e desperdícios, já que permite uma forte
assimilação de informações pela equipe. Com sua gestão sempre à vista, a
comunicação e integração aumentam, o tempo de espera é reduzido e a eficiência,
garantida.
3. PDCA – promove a melhoria constante dos processos, fazendo uso das seguintes
ações: Planejar (plan), Realizar (do), Conferir (check) e Agir (act). Trabalho de
forma contínua, o ciclo do PDCA tem como objetivo planejar as mudanças, colocá-
las em prática, checar se tiveram o efeito desejado e, caso positivo, implementá-
las. Quando o resultado difere do idealizado, é possível entender os motivos,
corrigir os possíveis gaps com incrementos, e alinhar novas metas.
4. Lean Startup – ao valorizar o contato com clientes reais, o método valida ou
elimina o produto, reduzindo desperdícios, a longo prazo. Ao trabalhar de forma
enxuta e desenvolver produtos minimamente viáveis (protótipos MVP), as possíveis
falhas são corrigidas a tempo da reconstrução, agora com novos incrementos.
Diferentes segmentos podem se beneficiar do Lean Startup. Este método é largamente
utilizado por empreendedores para desenvolver produtos e mercados, ampliando as suas
aplicabilidades para além do nicho de alta tecnologia.
Saiba mais
Neste saiba mais separamos um artigo do Banco Digital NuBank com algumas dicas de
como as metodologias ágeis podem nos ajudar para além da gestão de projetos mas,
inclusive, na nossa vida pessoal:
https://blog.nubank.com.br/metodologia-agil-metas-pessoais/. Acesso em 15 de janeiro de
2022.
REFERÊNCIAS
MONTES, E. Introdução ao Gerenciamento de Projetos: Como gerenciar projetos pode
fazer a diferença na sua vida. São Paulo:Guia PMBOK, 2017.
CALÔBA, G. Gerenciamento de risco em projetos: ferramentas, técnicas e exemplos para
gestão integrada. Rio de Janeiro: Alta Books 2018.
 
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
Aula 4
FERRAMENTAS DO DESIGN THINKING
Durante nossos estudos vamos abordar algumas estratégias que podem nos auxiliar na
estruturação das mudanças através do Design Thinking. Vamos juntos?
INTRODUÇÃO
Os avanços sociais trouxeram inúmeras mudanças ao longo dos anos, tais mudanças
exigem adaptações constantes que exigem que todos os setores se adaptem. Assim, de
indivíduos a empresas todos estão constantemente se adaptando a novos meios de agir,
de pensar e de se posicionar no mundo.
Durante nossos estudos vamos abordar algumas estratégias que podem nos auxiliar na
estruturação das mudanças através do Design Thinking. Vamos juntos?
MAPA DE EMPATIA E IMERSÃO COMO FERRAMENTAS DE DEFINIÇÃO DE
PROBLEMAS
Brown (2016) classifica a empatia em quatro capacidades: assumir a perspectiva de outra
pessoa; afastar-se do julgamento; reconhecer a emoção nos outros; e comunicá-la.
Dominar o conceito da empatia é fundamental dentro das primeiras etapas do Design
Thinking (Exploração e Definição). Ele impulsiona a equipe a entender o contexto do
problema e identificar as necessidades e oportunidades que norteiam a geração de
soluções. Nessas fases, é essencial o mergulho a fundo no ambiente de vida dos atores e
do assunto trabalhado. O foco é no ser humano, e o objetivo é levantar informações de
quatro tipos:
1. O que as pessoas falam?
2. Como as pessoas agem?
3. O que as pessoas pensam?
4. Como as pessoas se sentem?
A ideia é identificar comportamentos extremos e mapear seus padrões e necessidades
latentes. A pesquisa é qualitativa e não pretende esgotar o conhecimento sobre
segmentos de consumo e comportamento. Porém, ao levantar oportunidades de perfis
extremos, ela permite que soluções específicas sejam criadaspara atender a um número
maior de grupos, as quais não teriam surgido se o olhar não fosse direcionado para as
diferenças.
Imagine adentrar na mente do seu público-alvo, compreender o que ele deseja e, assim,
oferecer produtos, serviços e atendimentos mais adequados.
Mapa da Empatia
Parece improvável, mas, em certa medida, isso já pode ser feito por meio de algumas
ferramentas. Uma das mais conhecidas e utilizadas é o Mapa da Empatia. Batista e Alves
(2019) o definem como um material utilizado para conhecer melhor o seu cliente. A partir
dele, é possível detalhar a personalidade do cliente e compreendê-la melhor. O Mapa faz
seis perguntas para identificar seu público-alvo e assim conhecer seus sentimentos, dores
e necessidades. São elas:
1. O que ele pensa e sente?
2. O que ele vê?
3. O que ele escuta?
4. O que ele diz e faz?
5. Quais são as suas dores?
6. Quais são os seus ganhos?
O objetivo é identificar e compreender o perfil do usuário ou ator, de forma visual e
tangível, gerando maior aproximação e empatia. A partir das respostas obtidas, podemos
estabelecer hipóteses claras a respeito das necessidades e comportamentos de um grupo
de pessoas. Alguns materiais são necessários após a impressão do template do mapa,
como notas adesivas e canetas.
Figura 1 | Template do mapa de empatia desenvolvido pela consultoria internacional de
design thinking Xplane
O mapa de empatia é construído com base em histórias reais, mas é preciso tomar
cuidado para que o perfil criado não seja apenas a descrição de um único entrevistado. O
mapa deve refletir os principais pontos em comum de usuários com perfis semelhantes.
Para isso, é importante que os participantes tenham vivenciado outras atividades
relacionadas ao entendimento do usuário, como entrevistas de profundidade, por
exemplo. Assim, eles poderão compartilhar suas experiências e observações.
Algumas dicas que podem ajudá-lo a construir o seu mapa da empatia:
• Nas entrevistas com clientes, escute, deixe que os usuários dividam suas
experiências. Faça perguntas abertas e ouça com cuidado e atenção, sem
interromper as respostas.
• Veja o mundo como seu cliente. Deixe suas ideias pré-definidas sobre o projeto de
lado e mergulhe na visão do outro sobre as coisas.
• Não julgue outras experiências. Você pode aprender muito tendo empatia por
outras situações. Por isso, procure apenas ouvir e entender.
• Busque por padrões. A repetição demonstra padrões valiosos para a construção do
seu mapa de empatia. Por esse motivo, quanto mais informações você recolher,
melhor.
WORKSHOPS ÁGEIS, BRAINSTORMINGS E PESQUISAS PARA POPULAR
BACKLOG
O que é workshop?
Entender o que é workshop abre diversas portas quando o assunto é inovação. Nesse
tipo de encontro é possível reunir todos os atores envolvidos no processo e consolidar
parcerias bem construídas, fundamentais para o sucesso de um projeto. Mas, afinal, o
que é um workshop?
Em um site de tradução ou um dicionário bilíngue, a palavra workshop significa oficina.
Pode até ser um resumo bem objetivo, mas está correto. Workshop é um tipo de evento
que combina conhecimentos teóricos com exercícios práticos.
Segundo Hunt (2019), workshop é um modelo de treinamento que tem um tema
específico e pessoas interessadas em aprender sobre ele para desenvolver habilidades
relacionadas. Para que ele seja posto em prática, é preciso que haja um instrutor, uma
pessoa ciente dos objetivos e resultados esperados da oficina para facilitar os
participantes e que consiga extrair as informações necessárias para o projeto.
Um workshop pode ser feito, por exemplo, para que membros de uma equipe aprendam
uma nova ferramenta de trabalho ou para extrair ideias sobre resolução de problemas
como, por exemplo, um brainstorming. De todo modo, o workshop é sempre um evento
em que os visitantes têm participação ativa.
O que é brainstorming?
Brainstorming é uma técnica que, por meio do compartilhamento espontâneo de ideias,
busca encontrar a solução para um problema ou gerar insights de criatividade. A ideia
desse processo é dar vida à máxima “duas cabeças pensam melhor do que uma”.
Para Rocha (2021), é fundamental que o brainstorming envolva um número mais elevado
de participantes, de preferência reunindo pessoas ativas na empresa, mas que tragam
perspectivas diferentes. A pluralidade de ideias é o seu pilar. Para que seja bem-sucedido,
o processo deve focar em quantidade, não em qualidade.
Assim, é importante que o brainstorming seja completamente livre de críticas. Mesmo as
ideias que parecem ineficientes devem ser levadas em conta, afinal, elas podem ser o
ponto de partida para a construção de pensamentos mais aprofundados.
Contudo, para Oliveira (2020), é importante não confundir essa liberdade de ideias com a
falta de um objetivo claro. É crucial que os participantes do processo tenham em mente
qual problema querem solucionar ou que tipo de novidade querem desenvolver. Ao final,
os melhores insights são extraídos e convertidos em estratégia. As ideias também podem
entrar em uma lista para serem implementadas posteriormente: é o que chamamos de
backlog.
E backlog, o que é?
Basicamente, o backlog corresponde a um registro ou histórico de requisições a serem
entregues. Essas requisições, em geral, partem do próprio cliente, embora também
possam ser internas. Como o registro inclui a data da requisição, ele permite controlar a
quanto tempo cada uma das entradas está em aberto.
Portanto, não é bom ter requisições em aberto, não atendidas, durante muito tempo. Isso
afeta negativamente a satisfação do cliente e, consequentemente, o sucesso do seu
projeto. Seu objetivo, portanto, deve ser “limpar” o backlog rapidamente.
O backlog funciona como uma ferramenta auxiliar para garantir que um determinado
projeto esteja sendo desenvolvido e aprimorado de maneira consistente, especialmente
em relação ao cumprimento dos prazos, sendo, portanto, um forte aliado para o sucesso
da empresa.
ESTUDO DE CASO DE DEFINIÇÃO DE PERSONA
Para que você consiga se aprofundar ainda mais no seu usuário-alvo, é possível fazer a
criação de uma persona.
O que é persona?
Persona é um personagem semifictício, baseado em dados e comportamentos reais que
representam o cliente ideal de uma marca ou empresa. Para Branson et al. (2017), a
persona orienta a criação de conteúdos, produtos, soluções e, principalmente,
experiências que façam sentido para o público.
O objetivo é criar um perfil que sintetize as principais características dos clientes para que
a marca consiga criar estratégias alinhadas ao seu público e que sejam capazes de
atender suas demandas.
Para criar a persona, é preciso pesquisar: quem são os seus clientes, com o que
trabalham, o que fazem durante o dia, como se informam, quais são suas maiores
necessidades, etc. Assim, a persona se embasa em dados, não em suposições da equipe
de marketing.
Como criar a sua persona?
A criação da persona é um processo. Não podemos simplesmente descrever alguém que
supomos representar nossos clientes. Para que cumpra o seu papel, a persona deve ser
resultado de pesquisa, análise e construção. Basicamente, sua construção deve seguir
estes cinco passos:
• Coletar os dados de clientes.
• Realizar perguntas a esses clientes.
• Analisar os dados coletados.
• Estruturar a persona.
• Compartilhar a persona com a equipe.
3 exemplos de personas
De acordo com o modelo de personas que acabamos de apresentar, criamos três
exemplos para você entender como funciona na prática. Suponhamos que a empresa em
questão seja um banco. Ela optou por criar três personas para representar diferentes
grupos do seu público-alvo.
• Pedro, o jovem estudante que busca crédito universitário:
Pedro tem 19 anos e está no segundo período do curso de Publicidade e
Propaganda da PUC Rio. O jovem estudante é solteiro, não tem filhos e mora com
os pais. Ele já éestagiário em uma agência de comunicação e recebe uma bolsa-
auxílio no valor de um salário-mínimo.
Os pais de Pedro o ajudam a pagar a mensalidade, mas, com a crise financeira no
Brasil, o jovem está à procura de um financiamento com uma taxa de juros
honesta.
• Flávia, a empreendedora que quer financiamento para abrir seu
negócio:
Flávia tem 25 anos, é paulistana e acabou de se formar em Administração na
Universidade de São Paulo. De espírito empreendedor, ela sonha ser dona do
próprio negócio.
Atualmente, ela mora em uma república universitária e foi efetivada na
multinacional em que fazia estágio. Sua renda mensal varia de 2 a 3 mil reais. Ela
busca por um banco que ofereça vantajosas condições de financiamento para abrir
seu próprio pet shop.
• Esther, a precavida: ela já está pensando na aposentadoria:
Esther tem 37 anos, é arquiteta e trabalha como autônoma. Ela pensa em poupar
parte da sua renda mensal, que é cerca de 3 mil reais, e fazer um investimento a
longo prazo a fim de garantir uma aposentadoria confortável.
Esther quer se aposentar aos 60 anos e procura um banco que a ajude a ter bons
rendimentos no dinheiro investido, pois ela entende muito pouco sobre assuntos
financeiros.
Ficou claro como funciona o modelo de personas? Com elas é possível direcionar seus
momentos de cocriação e validação de soluções.
Saiba mais
AFETOTERAPIA. O Poder da Empatia (Animações RSA) - Dr Brené Brown. YouTube,
2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Q6rAV_7J5T0. Acesso em: 28
jan. 2022.
REFERÊNCIAS
BATISTA, L.; ALVES, K. Mapa de empatia: Conhecendo o usuário para criar produtos
melhores. [s. l.]: Kindle eBooks, 2019.
BRANSON, R. et al. O Jeito Disney de Encantar os Clientes. São Paulo: Benvirá, 2017.
BROWN, B. A coragem de ser imperfeito. Rio de Janeiro: Sextante, 2016.
HUNT, D. The Workshop Survival Guide: How to design and teach educational workshops
that work every time. [s. l.]: Kindle eBooks, 2019.
OLIVEIRA, R. Brainstorming: Gere ideias e propostas de solução para os problemas do
dia a dia com sua equipe (brainstorm tempestade de ideias - como ter boas ideias e
solucionar problemas). [s. l.]: Kindle eBooks, 2020.
ROCHA, L. Brainstorming: Guia prático. [s. l.]: Kindle eBooks, 2021.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNIDADE 2 - Aula 1
CRIATIVIDADE: COMO GERENCIAR PESSOAS EM PROL DA
INOVAÇÃO
Nosso propósito nesta aula é ampliar o conhecimento sobre o processo criativo, sua
aplicação na resolução de problemas, no processo de tomada de decisão e na
implementação de soluções inovadoras.
NTRODUÇÃO
Criatividade e inovação são a mesma coisa?
A criatividade é algo que existe dentro da nossa mente e pode ser canalizada ou não para
uma ação. Já a inovação está totalmente relacionada à ação. É quando a ideia é colocada
em prática e passa a impactar a vida das pessoas. Ou seja, a criatividade é o primeiro
passo para a inovação. Portanto, criatividade e inovação costumam caminhar juntas,
especialmente no mundo dos negócios.
Nosso propósito nesta aula é ampliar o conhecimento sobre o processo criativo, sua
aplicação na resolução de problemas, no processo de tomada de decisão e na
implementação de soluções inovadoras.
E você, se considera uma pessoa criativa? 
Sabia que a criatividade é considerada uma habilidade e como tal podemos desenvolvê-
la?
Venha, vamos entender melhor o que é criatividade e inovação e como utilizá-las a nosso
favor, na busca por soluções para situações cotidianas.
DEFINIÇÃO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO E DO CONCEITO DE
CRIATIVIDADE
Nos tempos atuais, em que o desenvolvimento técnico e científico avançou como nunca
na história da humanidade, a inovação e a criatividade são determinantes para a
sobrevivência de um projeto ou negócio, além de ser um aspecto fundamental para que
empresas alcancem e mantenham uma posição de liderança e vanguarda no mundo dos
negócios. Nesse contexto, surge o Design Thinking com um modo próprio de pensar, cujo
principal objetivo é a produção criativa de soluções inovadoras.
Você sabe diferenciar Criatividade de Inovação?
A criatividade é essencial para lidarmos com as mais diversas situações que surgem em
nosso cotidiano, seja na vida pessoal ou profissional. Com a versatilidade com que tudo
acontece atualmente, precisamos ser ágeis e dinâmicos, ser criativo tornou-se um
diferencial na busca de soluções inteligentes para os mais diversos problemas. E inovar
envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade na busca de novas soluções.
É importante deixar claro que criatividade e inovação apesar de caminharem juntas, não
possuem o mesmo significado, a principal diferença entre elas é o foco de cada uma.
Quando pensamos em criatividade, logo lembramos de pessoas muito especiais e com
talentos extraordinários, como Leonardo da Vinci, Mozart, Einstein, Picasso, Santos
Dumont, Henry Ford e Steve Jobs. No entanto, existem outras valiosas expressões de
criatividade que se incorporaram ao nosso cotidiano e nem sempre são lembradas, muito
do que consideramos trivial e corriqueiro já foi considerado uma notável invenção na
ocasião de sua introdução, como:
• Clipe de prender papel, por Samuel Fay (1867).
• Lâmpada, por Thomas Edison (1879).
• Cinema, pelos irmãos Lumière (1895).
• Penicilina, por Alexander Fleming (1928).
• Supercola, por Harry Coover (1942).
• Velcro, por Jorge de Mestral (1951).
Entre tantas outras, aparentemente simples, mas indispensáveis em nosso dia a dia,
como a escada, a tesoura, a chave de fenda, o lápis, o carrinho de supermercado, etc.
Ser criativo é ter a habilidade de gerar ideias originais e úteis para solucionar os
problemas do cotidiano. É olhar para as mesmas coisas como todo mundo, mas ver e
pensar de modo diferente. 
Já a inovação é fazer coisas novas e que agregue valor ao cotidiano das pessoas. Nessa
perspectiva, no âmbito organizacional, uma nova ideia pode ser um novo produto, um
novo serviço, um novo método ou a solução de um problema. Lembrando que nem
sempre a inovação é o resultado da criação de algo totalmente novo, mas o resultado da
combinação original de coisas já existentes.
Em síntese, a criatividade é a mola propulsora da inovação e uma competência requerida
e valorizada no âmbito organizacional, não apenas pela capacidade de gerar ideias, mas
também pela capacidade de materializar e implementar tais ideias. Apesar da sensação
que temos, de que tudo já foi inventado, na verdade a inovação encontra-se em todos os
lugares e é possível a partir do momento em que a criatividade entra em ação.
APLICAÇÃO DA SOFT SKILL (CRIATIVIDADE) NA GERAÇÃO DE VALOR
ATRAVÉS DA INOVAÇÃO
Você sabe como funcionam a criatividade e a inovação no ambiente organizacional?
Como você pôde perceber na aula anterior, a criatividade e a inovação são essenciais no
ambiente de trabalho para o sucesso das organizações. Ser criativo é mais do que ter
boas ideias, é colocá-las em prática. Atualmente, tanto a criatividade quanto a inovação
são muito valorizadas, o profissional considerado criativo agrega valor à organização pela
sua visão e capacidade de potencializar ideias e conceitos ao trabalho.
Pessoas criativas têm uma mente bem desenvolvida, no sentido de visualizar formas de
pensar e agir que sejam mais ricas em detalhes, visionárias e interessantes. Pensando
assim, podemos dizer que a criatividade é uma característica desejável para todos os
profissionais.
E a boa notícia é que tanto a criatividade quanto a inovação podem ser desenvolvidas.
Qualquer pessoa pode desenvolver essas habilidades se receber as condições
adequadas. Para Robinson (2019), todo mundo tem talento criativo. O desafio é
desenvolvê-lo. Uma cultura de inovação precisa incluir todos, não só um grupo seleto”.
Mais do que isso, ambas devem ser estimuladas, pois todos nascemos com o poder de
sermos criativos, e a criatividade, quando aplicadaao ambiente organizacional, é uma
verdadeira força motriz utilizada para gerar inovação.
Agora que você já sabe do conceito e das diferenças entre a criatividade e a inovação, o
que nos resta é colocar em prática.
Mas como desenvolver a criatividade?
A criatividade envolve a transformação de nossos talentos, conhecimentos e visão em
uma nova realidade externa original e valiosa. É a habilidade de combinar elementos
existentes, conceitos, técnicas, objetos e materiais para gerar novas ideias e soluções
para os desafios e problemas de nosso cotidiano. Essa habilidade pode ser desenvolvida.
Para tanto, devemos estar cientes de que ela resulta da combinação de vários fatores
internos e externos ao indivíduo, como a personalidade, o temperamento, a motivação e
as habilidades mentais, socioemocionais e técnicas do processo criativo.
Para desenvolvê-la, existem cursos e atividades que estimulam a criatividade e o
pensamento dinâmico. Fica o desafio para as organizações, de despertar a criatividade
para formar e desenvolver um time de profissionais de alta performance, inclinados para a
inovação.
Algumas pessoas veem a criatividade como uma atividade relativamente não estruturada
de pular em torno de ideias até se deparar com a ideia certa. Embora isso funcione para
algumas pessoas, muitas situações da vida real requerem uma abordagem mais
estruturada. A liberdade para experimentar é essencial para a criatividade, como também
alguma disciplina para assegurar objetividade e consistência. Seja qual for o nível de
estruturação adotado, o processo criativo se fundamenta em três princípios: atenção, fuga
e movimento. O primeiro princípio nos diz: concentre-se na situação ou no problema; o
segundo: escape do pensamento convencional; o terceiro: dê vazão à sua imaginação.
Essas três ações mentais formam uma estrutura integrada em que se baseiam todos os
métodos de pensamento criativo.
O grande desafio do mercado global é compreender a criatividade como uma das
principais habilidades e explorar o seu valor para o mundo dos negócios, promovendo um
ambiente de inovação e mudanças tecnológicas significativas para a evolução humana.
Podemos concluir que a criatividade é um diferencial nas organizações e a inovação é
uma condição de sobrevivência no mercado atual. Por esse motivo, o Design Thinking se
distingue dos demais profissionais, pela capacidade de pensar de maneira diferente. 
E você, como exerce sua criatividade no ambiente de trabalho? 
Qual foi a última vez que fez algo criativo?
PROJETOS DE INOVAÇÃO QUE ACIONAM A REDE DE PESQUISADORES
EM GRANDES INDÚSTRIAS: EXEMPLOS DE COMO OXIGENAR O
REPERTÓRIO DO TIME INTERNO
Agora que entendemos o que é a criatividade e a inovação, como podemos aplicar elas
dentro das empresas?
Vivemos em uma época de mudanças revolucionárias, impulsionadas pela criatividade e
inovação tecnológica, onde é possível ser criativo em qualquer atividade que envolva a
inteligência.
Muitas das inovações que aconteceram nos últimos tempos são frutos de um
melhoramento de produtos e métodos já existentes. Um exemplo são os bancos digitais.
Já tínhamos os bancos físicos e também essas mesmas instituições já ofertavam alguns
serviços on-line por meio do internet banking.
Porém, algumas startups viram que era possível transformar os bancos físicos em digitais.
Assim, não é mais preciso ter agências físicas e os consumidores criam contas e realizam
todas as transações por meio do aplicativo do banco que é instalado no smartphone. Não
foi preciso criar algo novo, apenas olhar de uma forma criativa para o que já existia e
inovar ao criar um produto mais atualizado.
Nesse mundo de rápidas transformações, cabe às organizações encontrarem formas de
pensar e de propor soluções para acompanharem as mudanças. As empresas têm o
desafio de inovar em produtos, serviços, projetos e soluções. Com profissionais que
pensam de forma criativa, elas podem ficar alguns passos mais próximas dessa realidade.
As empresas precisam de pessoas que saibam pensar com criatividade, comunicar-se
bem e trabalhar em equipe, pessoas flexíveis e capazes de se adaptar rapidamente. O
grande problema é encontrar profissionais com essas habilidades, mas como desenvolver
essas habilidades? Como promover uma cultura de inovação e estimular a criatividade?
Uma cultura de inovação precisa emergir em todas as áreas da organização, como
exemplo, podemos citar a empresa Apple, que ficou famosa por sua capacidade de criar
novos produtos, focada em tecnologia avançada, design atraente e uma visão profunda
sobre o que as pessoas desejam. A Walmart se destaca pela força criativa na área de
sistemas, com a gestão da cadeia de suprimentos e precificação. A Starbucks, que não
inventou o café, mas criou uma cultura especial de atendimento ao redor dela e conseguiu
agregar valor à nova experiência. Para esse processo de inovação acontecer, foi
necessário utilizar a criatividade.
No entanto, sabemos que o ambiente organizacional encontra-se carente de profissionais
que sejam capazes de analisar informações, de implementar novas ideias, que saibam se
comunicar com clareza e trabalhar em equipe.
Podemos perceber que a criatividade é uma habilidade importantíssima para os
profissionais dentro do ambiente organizacional.
E você, se considera criativo e adaptado às inovações tecnológicas? Consegue descrever
como sua criatividade impacta no seu trabalho e no resultado de sua equipe? Qual seu
maior desafio no ambiente organizacional?
Permita-se descobrir e despertar todo o poder da criatividade que existe dentro de você e
direcione para a realização de seus desejos, para atitudes empreendedoras e inovativas.
Agora você sabe que isso é possível, basta desenvolvê-la.
Saiba mais
Para compreender melhor esse universo da criatividade e inovação associado ao Design
Thinking, sugerimos os talks de Tim Brow, CEO e presidente da IDEO, considerada a
maior e mais respeitada consultoria de design e inovação do mundo.
BROWN, T. Contos de criatividade e brincadeira. TED Talk. 2008. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/tim_brown_tales_of_creativity_and_play. Acesso em: 5 dez.
2021.
BROWN, T. Designers - pense grande!. TED Talk. 2009. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/tim_brown_designers_think_big. Acesso em: 5 dez. 2021.
REFERÊNCIAS
BROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
ideais. Rio de Janeiro, RJ: Alta Books, 2020.
CAVALCANTI, C. C.; FILATRO, A. C. Design Thinking na educação presencial, a distância
e corporativa. 5. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2019.
INOVAR. In: MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo:
Melhoramento. 2022. Disponível em:
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/inovar/.
Acesso em: 26 nov. 2021.
MONTEIRO, J. G. (org.). Criatividade e Inovação. São Paulo: Editora Pearson. 2011.
Disponível em: www.pearson.com.br/academia. Acesso em: 26 nov. 2021.
PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Zahar,
1982.
ROBINSON, S. K. Somos todos criativos: os desafios para desenvolver uma das
principais habilidades do futuro. 3. ed. Los Angeles, EUA: Benvirá, 2019.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNIDADE 2 - Aula 2
GERAÇÃO DE CONHECIMENTO E COCRIAÇÃO DENTRO DAS
ORGANIZAÇÕES
Com a versatilidade e o dinamismo com que tudo acontece atualmente, é essencial
experimentar novas abordagens, conectar a curiosidade com outras áreas, descobrir
novos temas para ter um repertório de soluções diversificado que atenda às necessidades
da sociedade atual.
INTRODUÇÃO
Com a versatilidade e o dinamismo com que tudo acontece atualmente, é essencial
experimentar novas abordagens, conectar a curiosidade com outras áreas, descobrir
novos temas para ter um repertório de soluções diversificado que atenda às necessidadesda sociedade atual. Precisamos de novas escolhas, novos produtos, novas ideias que
lidem com os desafios, com novas estratégias que tragam resultados e impactem
positivamente na vida das pessoas.
Estamos acostumados a lidar com as situações-problemas do cotidiano a partir de uma
perspectiva própria de resolução. Você já parou para avaliar como está seu repertório de
ideias? Você se permite aprender assuntos diferentes de sua área de atuação? Quando
foi a última vez que fez um curso?
Vamos conhecer um pouco sobre a geração de conhecimento e a cocriação dentro das
organizações.
GESTÃO DO CONHECIMENTO, REPOSITÓRIO DE INFORMAÇÕES E
FOMENTO À INOVAÇÃO
No mundo atual, versátil e instável, é preciso aprender a refletir, formular ideias,
questionar e saber onde procurar as respostas para evoluir nossa percepção, nosso
pensamento e a capacidade de análise crítica. Estamos acostumados a lidar com as
situações-problemas do cotidiano a partir de uma perspectiva própria de resolução,
normalmente nos perguntamos: Como eu faria isso? Como resolvo essa situação?
Dificilmente consideramos o olhar e as necessidades das outras pessoas. 
O Design Thinking traz uma proposta diferente para a solução dos problemas, propõe
olhar com os olhos do outro, se colocar no lugar do outro para entender a problemática e
as possíveis alternativas para a resolução do problema. De acordo com Campos (2021, p.
7), “é na combinação entre o exercício de desapego que faço das minhas velhas ideias e
a jornada em direção ao território desconhecido do outro que podemos finalmente chegar
a uma nova descoberta”. A prática do desapego, o acesso ao desconhecido e a
descoberta de novas possibilidades impulsionam a criatividade e a inovação, provocando
um estado de disruptura dos padrões tradicionais.
Para alimentar esse processo de disruptura e inovação, se faz necessário estimular o
cérebro por meio do conhecimento e de um repositório de informações e experiências que
possibilitem fomentar novas ideias e padrões de pensamento. Existem estudos que
afirmam que a neuroplasticidade é definida como a capacidade do sistema nervoso de
alterar sua estrutura e função em decorrência das experiências e dos aprendizados do
indivíduo (LENT, 2018). Ou seja, o cérebro consegue ser estimulado para ser flexível e
mutável, adaptando-se a novos contextos.
Essa capacidade de aprendizado também chamamos de learnability, que significa saber
adaptar e desenvolver os conhecimentos ao longo da vida profissional, estar disposto a
aprender constantemente e produzir conhecimento, conteúdo e desenvolver habilidades.
Cabe às organizações encontrarem estratégias para a gestão do conhecimento, as
formas de pensar, cocriar e de propor soluções para acompanhar todas essas mudanças.
As empresas têm o desafio de despertar e desenvolver habilidades em seus profissionais
que os permita ser mais criativos, dinâmicos, versáteis, comunicativos, resilientes,
protagonistas e inovadores. 
Com a extrema velocidade com que tudo acontece atualmente, é essencial experimentar
novas abordagens, conectar a curiosidade com outras áreas, descobrir novos assuntos
para ter um repertório de soluções diversificado e atual. Por conta disso, acreditamos ser
primordial proporcionar um ambiente de trabalho dinâmico e que permita o colaborador
vivenciar novas experiências, exercer o poder de tomada de decisão, de análise e
resposta da situação com ações rápidas, ágeis e focadas.
Um ambiente de trabalho ultrapassado, onde tudo acontece da mesma forma há anos,
não permite o amplo desenvolvimento de seus profissionais, pois se acostumam a agir
dentro da zona de conforto e não são estimulados a pensar diferente.
É preciso encontrar a harmonia entre o ambiente de trabalho, as habilidades e
competências de cada profissional e a valorização dos talentos de cada um. Essas seriam
as condições perfeitas para a cocriação e inovação dentro das organizações.
QUAL O VALOR DO CAPITAL INTELECTUAL PARA A PERENIDADE DOS
NEGÓCIOS?
O capital intelectual de uma organização representa todo o seu ativo humano, isso inclui o
conhecimento dos colaboradores e parceiros que tornam o negócio perene, bem como o
relacionamento da organização com a comunidade onde está inserida.
Para Edvinsson e Malone (1998), o gerenciamento do capital intelectual visa maximizar o
valor da empresa e a utilização de seu potencial conhecimento, engloba três elementos:
• Capital Humano – conjunto de todo recurso humano, habilidade e conhecimento
gerados pelos colaboradores e parceiros para contribuir com o negócio.
• Capital Estrutural – refere-se às ferramentas que dão suporte ao capital humano,
por exemplo: sistemas, planilhas, programas de treinamentos, assim como
segredos comerciais, marcas registradas, valor de mercado e outras propriedades
intelectuais.
• Capital Relacional – relacionamento com o mercado e os stakeholders, clientes,
fornecedores, acionistas, agências reguladoras governamentais, a percepção do
público em relação à imagem da empresa, entre outras.
Na definição de Stewart (1998, p. 69), “o capital intelectual constitui a matéria intelectual –
conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência – que pode ser utilizada
para gerar riqueza”. É a capacidade organizacional que uma empresa possui de suprir as
exigências de mercado.
O valor que a empresa recebe ao incentivar a composição de um repositório de
conhecimento é inestimável, pois esse celeiro de informações pode gerar oportunidades
de colaboração, comunicação e muitas conexões importantes para o negócio. 
O conhecimento, as ideias, a confiança na capacidade de gestão e o nível de inovação
são ativos intangíveis, devem ser geridos para resultar em vantagem competitiva e
lucratividade para as empresas. Nesse sentido, potencializar o capital humano da
organização é fundamental, no entanto, é preciso se atentar para não sobrecarregar o
colaborador, levando-o a desenvolver a síndrome de Burnout ou outros problemas
relacionados à saúde mental, como estresse e ansiedade, fatos que tornam o ambiente
de trabalho pesado e complexo, gerando um desconforto e tensão entre os
colaboradores.
Desenhar um processo no qual os colaboradores possam compartilhar todo seu
conhecimento individual acumulado sobre seu trabalho ao longo do tempo é, sem dúvida,
um dos maiores desafios das organizações.
O método de Design Thinking utilizado em treinamentos tem se mostrado uma excelente
alternativa para uma aprendizagem significativa e prazerosa dentro das organizações. Um
bom exemplo é a multinacional Nestlé, que tem desenvolvido vários cursos e
treinamentos para seus colaboradores, totalmente experimentais, práticos e dinâmicos,
onde o colaborador aprende a base conceitual teórica e logo em seguida é colocado em
uma situação prática para vivenciar o que foi aprendido.
As empresas precisam estar preparadas para inovar, para competir, para acompanhar as
mudanças do comportamento do consumidor, para novos significados que os
consumidores atribuam a seus serviços ou produtos. O Design Thinking traz uma visão
holística para a inovação, com equipes multidisciplinares que seguem um processo,
entendendo os consumidores, funcionários e fornecedores no contexto em que se
encontram, cocriando com os especialistas as soluções e prototipando para entender
melhor as suas necessidades, gerando ao final novas soluções, geralmente inusitadas e
inovadoras.
Diante da complexidade do mundo atual, cabe às organizações buscar formas de pensar
e de propor soluções para acompanhar as mudanças. A metodologia do Design Thinking
se mostra eficaz na identificação de problemas de gestão nas organizações e na
contribuição com soluções adequadas e assertivas. Podemos, por exemplo, utilizá-la após
uma Pesquisa de Clima Organizacional, para identificaras situações-problemas, pensar
sobre os diversos pontos de vista, buscar alternativas para a resolução, desenvolver
possíveis planos de ação, prototipar, testar e implementar as melhores soluções para a
organização. 
Nesse contexto, em meio à tanta tecnologia e novas formas de lidar com os negócios, fica
evidente a importância de as empresas compreenderem que o seu valor está naquilo que
as pessoas são capazes de produzir. Esse desafio de inovar em produtos, serviços,
projetos e soluções requer cuidados com o capital intelectual, apostando em profissionais
que pensam de forma criativa para garantir a perenidade dos negócios. Portanto, investir
no capital intelectual é essencial para o aumento da produtividade e o sucesso das
operações.
• Como maximizar esse ativo na sua empresa?
• Como estão cuidando do capital intelectual na sua empresa?
COMO STARTUPS TÊM GANHADO MARKET-SHARE E CONQUISTADO
INVESTIDORES COM EQUIPES ENXUTAS?
A complexidade da burocracia no mundo dos negócios se configura como um obstáculo
para o crescimento e sucesso das organizações, por isso que as startups surgem como
uma alternativa interessante, visto que seu processo é mais simples e
extraordinariamente dinâmico.
Startups são soluções modernas para os negócios, que envolvem fatores como baixos
investimentos, altos lucros e crescimento acelerado. Seu grande desafio é ser sustentável
mesmo sem uma base confiável. Criar um modelo de negócio que gere algum tipo de
valor e que seja escalonável, capaz de crescer sem a necessidade de reestruturações
constantes.
Empresas que seguem esse modelo de negócio têm como base de atuação um
crescimento rápido e econômico, como a Amazon, o Facebook e o Nubank, empresas
que começaram como startups e rapidamente se tornaram gigantes no mercado.
A sua adoção nas empresas proporciona solucionar as necessidades do consumidor de
maneira assertiva, a partir da disponibilidade de tecnologia e a viabilidade de aplicação na
organização.Uma das características marcantes das startups é o investimento em
inteligência artificial (AI) e equipes enxutas e dinâmicas, que facilita o processo de
liderança e otimiza a comunicação e o foco em resultados.
Muitas empresas já optaram por diminuir suas equipes para possibilitar um melhor
gerenciamento dos negócios. No entanto, mais do que uma equipe enxuta e alinhada, é
fundamental disponibilizar os recursos adequados para a realização das tarefas, as
startups se diferenciam por sua capacidade tecnológica e de inovação, que podem ser
utilizadas de diversas formas. Um exemplo é o investimento em inteligência artificial (AI),
que permite a realização dos processos com a mínima interferência humana.
Antes de investir, os investidores normalmente analisam o tamanho potencial do mercado
em que a startup atua, chamado market-share. Para os investidores, isso é de extrema
importância, pois eles conseguem mensurar se esse mercado ainda está em crescimento,
se sua startup cresce acima ou abaixo da média de mercado e, principalmente, se existe
real potencial de retorno.
Um exemplo prático dessa situação de mercado são as paleterias mexicanas, que
surgiram com um enorme potencial de mercado em 2014 e hoje estão em declínio. O
timing é a representação da mudança do comportamento do consumidor, que gera uma
nova demanda. Tem coisas que são passageiras, como as paleterias mexicanas, e outras
que vêm para ficar, como os bancos digitais.
Outro ponto importante levado em consideração na decisão de um investimento é a
concorrência da startup. Por isso, é interessante mapear quem são seus concorrentes,
diretos e indiretos, em quais pontos da jornada do consumidor eles atuam, no que a sua
startup se diferencia deles e qual sua estratégia para captar os clientes dos seus
concorrentes.
É preciso analisar se o mercado é grande o suficiente para que a startup possa ter espaço
para crescer e escalar. Fazer uma boa análise de mercado é importante para se preparar
para tomar decisões estratégicas baseadas em dados e ter o domínio do mercado em que
você está atuando.
Em síntese, uma boa análise de mercado é imprescindível para o investidor e
empreendedor. O mercado de uma startup é um dos fatores determinantes para os
investidores na hora de avaliar um potencial investimento.
• Como você identifica o potencial de escalonamento de uma
startup?
• No seu ponto de vista, quais fatores são determinantes para o
sucesso de uma startup?
Saiba mais
A seguir apresentamos alguns materiais complementares para seus estudos com o
propósito de ampliar seu repertório sobre a geração de conhecimento, a disruptura dos
pensamentos pragmáticos e o estímulo à criatividade e inovação.
Vídeos no YouTube:
DESIGN Thinking e a Gravidade Zero | Reinaldo Campos | TEDxIndaiatuba. Indaiatuba,
[s. d.]. 1 vídeo (13 min.). Publicado pelo canal TEDx Talks. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4nJLp6CiJLE. Acesso em: 12 dez. 2021.
AEVO Innovate - Histórias de Sucesso - Aviva [TEASER]. [s. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (30
min). Publicado pelo canal AEVO. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=5VXQHxMvek0. Acesso em: 12 dez. 2021.
A HISTÓRIA da Amazon - A História de Jeff Bezos - Histórias de Sucesso #2. [S. l.: s. n.],
2020. 1 vídeo (15 min.). Publicado pelo canal Elementar. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ttU4V7i_mmo. Acesso em: 12 dez. 2021.
A HISTÓRIA da Apple - Histórias de Sucesso #18. [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (23 min.).
Publicado pelo canal Elementar. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=jru7YWoeBmk. Acesso em: 12 dez. 2021.
E-book: 
CAMPOS, R. Toolkit Design Thinking. São Paulo, SP: Echos. Disponível em:
https://materiais.escoladesignthinking.echos.cc/design-thinking-toolkit. Acesso em: 10 dez.
2021.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, R. Toolkit Design Thinking. São Paulo, SP: Echos, 2021. Disponível em:
https://materiais.escoladesignthinking.echos.cc/design-thinking-toolkit. Acesso em: 10 dez.
2021.
EDVINSSON, L.; MALONE, M. S. Capital Intelectual. São Paulo, SP: Makron Books,
1998.
LENT, R. O cérebro aprendiz: Neuroplasticidade e educação. São Paulo, SP: Editora
Atheneu, 2018.
STEWART, T. A. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 9. ed.
Rio de Janeiro, RJ: Campus, 1998.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNDADE 2 - Aula 3
GESTÃO DA MUDANÇA E FOMENTO À CULTURA ORIENTADA A TESTE
Com o avanço das inovações e as rápidas evoluções nos processos gerenciais das
empresas, ter uma gestão de mudança se tornou essencial.
INTRODUÇÃO
Com o avanço das inovações e as rápidas evoluções nos processos gerenciais das
empresas, ter uma gestão de mudança se tornou essencial. Isso porque o ambiente
organizacional sofre influências internas e externas, e se a empresa não as acompanha,
acaba perdendo a competitividade. A necessidade de inovar pode ocorrer frente à
transformação digital ou com o objetivo de se reestruturar equipes, processos e
estratégias, entre outros fatores, além da implementação de uma cultura de inovação.
Independentemente do contexto, nunca é fácil implementar transformações. Por isso, é
preciso estar preparado para enfrentar tal cenário e saber gerenciar sua equipe da melhor
maneira possível, e isso é o que você vai aprender nesta aula. Vamos ver a importância
da gestão de mudanças e como implementá-la em sua empresa e/ou negócio.
GESTÃO DA MUDANÇA: DO ENGAJAMENTO À IMPLEMENTAÇÃO
A gestão de mudança é um conjunto de ações e ferramentas que tem como objetivo
auxiliar as empresas e os stakeholders na execução de transformações. Ela pode ser
utilizada para compor processos operacionais, estruturais ou táticos, entretanto, se a
organização deseja implementar mudanças que realmente tenham retorno sobre o
investimento,

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