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O Novo que nasceu velho – Entendendo o Constitucionalismo Pós-segunda Guerra mundial The New Born Old - Understanding Post World War II Constitutionalism Felipe Gabriel Silva Santos RESUMO: Os tribunais do mundo têm sido excelentes defensores do processo de direitos de acusados criminais e de refugiados. Mas isso não tem impedido as populações carcerárias de disparar e os países ricos de fechar suas fronteiras. A fragilidade das constituições "rígidas" tem especialmente demonstrado no direito dos refugiados. Após a constituição tribunais da Alemanha e da França encontraram suas medidas sumárias para expulsando os requerentes de refugiados inconstitucionais, seus governos, com a ajuda dos partidos socialistas da oposição, encontraram facilmente votos suficientes para superar as maiorias especiais necessárias para emendar suas constituições se inverta as explorações. A desculpa foi o aumento de racistas e até neo-Violência nazista contra imigrantes. Nesse artigo falarei sobre esse novo constitucionalismo pós-segunda guerra que em sua maior parte defende apenas o direito da elite em nome da lei - oh, as lições da Segunda Guerra Mundial! ABSTRACT: The courts of the world have been excellent advocates of copyright for criminal and refugee defendants. But this has not prevented as prison threats and rich countries from closing their borders. The fragility of "rigid" constitutions is especially demonstrated in refugee law. After the constitution of courts in Germany and France, their summary measures to expel unconstitutional refugee applicants, their governments, with the help of opposition socialist parties, easily select the lower votes to overcome the greatest special odds for their constituted members. explorations. One excuse was the rise of racists and even Nazi neo- violence against immigrants. In this article, I will talk about this new constitutionalism after World War II that mostly defends only the right of the elite in the name of the law - oh, like the editions of World War II! 2 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com Introdução; Os italianos têm uma palavra para o que eu quero dizer sobre o constitucionalismo moderno: "gattopardo", que é "leopardo", não como no animal, mas como no romance O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa. O romance trata de uma nobre família siciliana na época da unificação da Itália em meados do século XIX. A unificação italiana foi principalmente uma questão da monarquia do norte da Sabóia de Piemonte conquistando a península e derrotando os vários outros monarcas, príncipes etc., incluindo os governantes Bourbon da Sicília e Nápoles. Mas havia outros elementos sobre e provocando problemas, anti-monarquistas e até elementos socialistas. Em uma cena no início do romance, o príncipe siciliano de Salina, o personagem principal, fica chocado ao saber que seu sobrinho favorito, Tancredi Falconeri, vai se juntar aos invasores do norte. Ele lembrou a briga com o menino: - Você é doido, meu filho. Para ir e se colocar com essas pessoas ... um Falconeri deve estar conosco, pelo rei. A que o sobrinho responde: - Para o rei, certamente, mas qual rei? Se não estamos lá com eles, esse bando vai fazer uma república sobre nós. Se queremos tudo para permanecer o mesmo, então tudo terá que mudar. Parece-me que o novo constitucionalismo pode ser melhor entendido como uma daquelas mudanças de tudo, para que tudo conservar-se o mesmo. O que define o constitucionalismo moderno - o que o torna "moderno" é a transformação nas relações entre tribunais e representantes de instituições. Os tribunais foram promovidos por meros fiéis executores da vontade legislativa ao status elevado de igualdade mais ou menos igual protagonistas. As instituições representativas foram rebaixadas de entidades soberanas com poder legalmente ilimitado do século XIX grande parte do século XX a instituições cercadas por legalmente limitações constitucionais aplicáveis, mais caracteristicamente encontradas. Cartas e Declarações de Direitos "rígidas". Estes são aplicados por processos judiciais ou órgãos quase judiciais de todas as formas e tamanhos imagináveis, nacionais e tribunais internacionais que não apenas impõem a lei, mailto:felipeadgabriel@gmail.com 3 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com mas na verdade determine isso. A distinção fundamental de Montesquieu entre legislação futuras fazendo e juízes que aplicam a lei tornou-se não só arcaico, mas realmente ininteligível. O resultado foi uma "legalização de politicagem", que cada vez mais move o lugar da atividade política para fora dos parlamentos e nos tribunais. Veja o "Mapa Mundial da Constituição Justiça Internacional "mantida de maneira tão acomodada na Internet pela República da Eslovênia (de todos os lugares), e você verá um mundo quase totalmente povoado por tribunais constitucionais. Abra qualquer jornal no mundo industrializado e você verá com regularidade quase deprimente os mesmos debates sobre se esses tribunais estão fazendo lei ou política com os perdedores inevitavelmente chorando "política" e os tribunais inevitavelmente respondendo que eles estão apenas cumprindo seu dever legal. "Novamente, não há liberdade se o poder judicial não for separado do legislativo e executivo. Se juntou ao legislativo, à vida e à liberdade do sujeito seria exposto a controle arbitrário; para o juiz seria então o legislador... Mas, embora os tribunais não devam ser consertados, os julgamentos devem; e a tal grau de conformidade com a letra da lei ...Mas, como já observamos, os juízes nacionais não passam de boca que pronuncia as palavras da lei, meros seres passivos, incapazes de moderar sua força ou rigor ".Charles de Secondat, Barão de Montesquieu, (Hafner, 1949) Passamos a considerar isso como um recurso lógico, quase necessário. constituições "democráticas" e, de certa forma, é, porque quanto mais constituição democrática, no sentido de que suas instituições representativas e efetivas, maior a probabilidade de encontrar essa forma moderna de constitucionalismo. Até que ponto essa identificação se foi e pode ser medido a partir da reivindicação do juiz Aharon Barak, Presidente do Supremo Tribunal de Israel, essa revisão judicial é a "própria essência da democracia". Eu quero argumentar que a revisão judicial não é a essência, mas o oposto de democracia, e não apenas no sentido familiar e de definição de não eleito os juízes que anulam as legislaturas eleitas. Na minha opinião, isso é apenas um apesar de importante, do problema. No Brasil, a interpretação do Supremo Tribunal Federal mostra que o novo constitucionalismo pretendia mailto:felipeadgabriel@gmail.com 4 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com operar e funciona como um antídoto à democracia, que era para preservar a oligarquia (poder nas mãos de poucos) de propriedade privada do perigo mortal representado por instituições representativas instituições eleitas por pessoas sem propriedades, também conhecidas como demonstrações. Enquanto instituições representativas foram mantidas as posses pessoais dos ricos, através de limitações no sufrágio e em outros dispositivos, sua constituição teórico internacionais cantaram louvores à soberania parlamentar. Mas o momento em que as classes proprietárias perderam o controle dessas instituições, geralmente como resultado de ter que conceder um sufrágio mais amplo, o que significava entregar eles até seus inimigos de classe, esses mesmos teóricos constitucionais começaram a se preocupar com a "tirania da maioria" do jeito que nunca preocupado com a tirania da minoria. Eles foram ao conselho e voltou com revisão judicial. Eles mudaram tudo (teoria constitucional)para que tudo (ou seja, a oligarquia dos ricos) permaneceria o mesmo. Eles colocaram limites ao redor da ação governamental e solicitou a profissão de advogado a policiar os limites. "Democracia" é claramente um termo contestado e não quero nada para ativar definições particulares dele. De fato, o importante é entender como radicalmente a definição de democracia tenha mudado como parte do constitucionalismo moderno. Na minha opinião, o constitucionalismo moderno foi concebido como um contraveneno para certos aspectos da democracia que uma vez formou seu núcleo conceitual e ainda constitui seu apelo central, mas atribuídos à periferia distante precisamente como parte dessa mudança para manter as coisas iguais. No sentido original grego, democracia significava "governar pelos pobres" ou "a massa de pessoas que ganham a vida". Aristóteles, Politica, Livro III, Capítulo 8 em R. McKeon, ed., Introdução a Aristóteles(Random House, 1947) 592-593:"Oligarquia é quando homens de propriedade têm o governo em suas mãos; democracia o oposto, quando o indigente, e não os homens de propriedade, são os governantes ... Para a verdadeira diferença entre democracia e oligarquia é pobreza e riqueza. Onde quer que os homens governam em razão de sua riqueza, sejam poucos ou muitos, isso é uma mailto:felipeadgabriel@gmail.com 5 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com oligarquia, e onde os pobres governam, isso é uma democracia. Mas, de fato, os ricos são poucos e os muitos pobres... e riqueza e liberdade são os fundamentos sobre os quais os interesses oligárquicos e os partidos democráticos reivindicam poder no estado ". No CB MacPherson'stermos, a democracia era "um assunto de classes". Assim, enquanto propriedade sufrágio era a expressão natural da oligarquia, a democracia passou a ser resumida no slogan "uma pessoa, um voto", para significar que o direito a participação plena e igualitária era uma condição, não de propriedade, mas de pura humanidade. As implicações disso para a propriedade eram enormes e os teóricos da democracia oposta e rica em unhas e dentes. Para Aristóteles, a democracia como atrevimento era uma "perversão" porque tinha em vista apenas os interesses "dos necessitados” Platão deu esta descrição não faz jus: A democracia se origina quando os pobres vencem, matam ou exilam sua oposição dê ao restante direitos e oportunidades iguais para o cargo ... [it]trata todos os homens como iguais, sejam iguais ou não ... A massadas pessoas que ganham a vida sustentam pouco interesse em política, e não estão muito bem... são a maior classe de uma democracia, e uma vez montados, são supremos. Desses gregos de nascimento elevado, empregando reis e tiranos, até a Convenção da Filadélfia dos mais ricos da América, até Perto do final do século XIX, a democracia permaneceu uma sujeira (palavra entre pessoas respeitáveis). Somente comunistas chamavam com confiança democratas. Para conciliar democracia com desigualdade, sua teoria e prática tiveram que ser radicalmente transformadas. Se a democracia fosse para ser admitido, mas propriedade salva, então a democracia tinha que ser esvaziada do seu conteúdo de classe. O político e o econômico tiveram que ser cirurgicamente separados no quadril. A democracia poderia ser permitida nos campos do governo, desde que estes foram cuidadosamente delimitados e o governo não ultrapassou seus limites e interferiu nas prerrogativas de propriedade. Foi aqui que o constitucionalismo moderno entrou, para traçar uma linha precisa entre o político e o econômico, declarar o econômico uma "prioridade esfera social ", apesar do enorme poder social exercido ali, um domínio de mailto:felipeadgabriel@gmail.com 6 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com "liberdade", mesmo que a única coisa que estava livre era o exercício forças de mercado poderosas e massivamente desiguais e onde, cada voto teve que ser comprado em moeda forte de acordo com o princípio de "um real, um voto". O desmantelamento do setor público e a enorme concentração de fatores econômicos completamente irresponsáveis o poder que caracteriza nossa própria era tornou isso mais claro do que nunca. Se, de acordo com a nova moda, todas as decisões sociais importantes são ser levado ao mercado de acordo com a lógica de um real por um voto e todos os reais estão em tão poucas mãos, como poderíamos nos chamar de "demo-crítico "em qualquer sentido que não seja o mais criativo da palavra? Incluir deferência à maioria. Ronald Dworkin é o campeão proponente desse ponto de vista e nós o confrontaremos mais tarde. Mas o próprio Dworkin diz que, em última análise, o caráter democrático de revisão judicial é uma questão empírica: Não vejo outra alternativa a não ser usar um processo orientado a resultados e não um procedimento padrão orientado para decidir as questões institucionais. A melhor estrutura institucional é a mais bem calculada para produzir o melhores respostas para a questão essencialmente moral do que a democracia condições e garantir a conformidade estável com as condições. Eu não poderia concordar mais. Também concordo com a invocação do juiz Barakdo famoso ditado de Holmes de que "uma página da história vale um volume de lógica ". O que a história nos diz? A história nos diz que há uma forte conexão entre democracia e revisão judicial. Apenas olhando para a nossa metade deste século, o pós-Segunda Guerra Mundial, a revisão judicial parece sempre estar associada a par dos desenvolvimentos democráticos. Quando a Itália e a Federal República da Alemanha passou do fascismo e nazismo para o governo por instituições representativas eleitas por sufrágio universal, elas também constituições "rígidas" corporativas (juridicamente vinculativas, impostas judicialmente) com Bills of Rights e revisão judicial. O mesmo vale para a Espanha na Década de mailto:felipeadgabriel@gmail.com 7 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com 1970 emergindo do fascismo após a morte de Franco. No passado, os estados pós-soviéticos saindo do domínio burocrático da nomenclatura adotaram uma revisão judicial e, quando a República da África do Sul passou do domínio da minoria branca para o sufrágio universal de adultos, o fez sob os auspícios de uma constituição rígida policiada por uma Constituição Tribunal Institucional. Mas é claro que esses fatos não podem resolver a questão de saber se a revisão judicial é democrática, porque eles falam apenas da contemporaneidade. Eles não dizem nada sobre porque esses fenômenos apareceram juntos no tempo. Se, toda vez que eles mantiverem a paz israelense-palestina discussões em Washington, o primeiro-ministro Netanyahu, não diz nada sobre se ele vai ajudar ou prejudicar o processo de paz. A questão é se, nessas situações históricas, o fenômeno foi destina-se a operar e operou como parte ou em oposição a tendências em andamento. Em outras palavras, precisamos saber a explicação da relação temporal entre revisão judicial e democracia. Os defensores da revisão judicial argumentam que ela foi adicionada para representar o governo sentimental para ajudar a democracia, para defendê-la, para garantir sua sobrevivência. Mauro Cappelletti avança esta tese em "Repudiar Montesquieu? A expansão e a legitimidade da 'Constituição Justiça institucional '" A revolução constitucional... ocorreu na Europa com a aquisição da consciência de que uma constituição e uma declaração de direitos constitucional precisa de um mecanismo judicial para ser efetivado. Os Estados Unidos certamente forneceram um precedente influente. Mas a lição mais convincente veio da experiência doméstica, a experiência de tirania e opressão por um poder políticonão controlado por máquinas acessíveis tanto às vítimas de abuso do governo quanto capaz de reprimir tais abusos. A lição foi finalmente aprendida: tribunais constitucionais foram criados e processos constitucionais foram projetados para fazê-los funcionar... De fato, parece que não, na Europa, emergindo de alguma forma de regime não democrático séria contenda doméstica, poderia encontrar uma resposta melhor à exigência de reagir contra e possivelmente impedir o retorno de males passados, do que introduzir a justiça constitucional em seu novo sistema de governamental. mailto:felipeadgabriel@gmail.com 8 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com Quando o juiz Aharon Barak apresentou o pedido de revisão judicial em Israel, essas mesmas "lições da história" figuravam com destaque: Israel é uma democracia constitucional. Agora entramos na comunidade de países democráticos (entre eles Brasil, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália e África do Sul) com cartas de direitos constitucionais. Tornamo-nos parte da revolução dos direitos humanos que caracteriza a segunda metade do século XX. As lições da Segunda Guerra Mundial, e em seu centro o holocausto dos judeus pessoas, bem como a supressão dos direitos humanos em totalitária Estados Unidos, levaram a questão dos direitos humanos ao topo do mundo. E de novo: Os valores fundamentais e os direitos humanos básicos são tão profundos e importante que os tribunais de vários países estejam preparados – sem qualquer texto constitucional - negar o poder parlamentar de prejudicar esses valores. De fato, em várias nações com aceitação de sistemas legais, o reconhecimento está lentamente desenvolvendo que certos valores fundamentais não podem ser prejudicados pelo legislador, mesmo sem uma constituição escrita. A amarga experiência da Alemanha nazista, entrepor outro lado, contribuiu para o entendimento desta questão. E, finalmente, citando Cappelletti: Uma das lições da Segunda Guerra Mundial foi que constitucional supremacia e revisão judicial da constitucionalidade são poderosas armas contra os inimigos da democracia. Como a Segunda Guerra Mundial nos ensinou uma lição sobre revisão judicial e democracia? O que poderia ter acontecido para nós mostrar que revisão judicial teria sido uma "arma potente"? Parece que duas condições lógicas: primeiro, faltava uma revisão judicial onde os inimigos da democracia triunfaram e, segundo, que isso tinha coisa a ver com seu triunfo. A reivindicação padrão para a Alemanha vai assim: os hitleritas exploraram a "flexibilidade" da constituição de Weimar Constituição, que previa poder governamental ilimitado, e eles foram, portanto, capazes de realizar seu programa desumano, usando estritamente meios legais e constitucionais. Na falta de constituição apropriada mailto:felipeadgabriel@gmail.com 9 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com salvaguardas e aprisionados em uma filosofia jurídica positivista que exigia a obediência inflexível à lei como promulgada, não havia nada que o Judiciário alemão poderia fazer, mas obedecer ao governo legal, não importa que mal fizesse. Quando o nazismo foi finalmente derrotado, para se proteger contra qualquer coisa como tal eventualidade recorrente, os autores da constituição do pós-guerra decidiram fortalecer a democracia, colocando limitações aos parlamentos através da promulgação de constituições rígidas que garantam direitos fundamentais executórios por revisão judicial. Agora, já li muitas mais de uma página da história no Weimar República e na Alemanha de Hitler, e não consigo imaginar como alguém que fez o mesmo poderia chegar a esta conclusão. Simplesmente não suporta relação à realidade histórica. Se alguma coisa, o problema com o Weimar República foi um excesso de revisão judicial, dificultando o processo democrático forças e ajudando os nazistas. Além disso, além de julgamentos e revisão oficial, o sistema legal tinha todas as ferramentas necessárias para deter os nazistas em suas trilhas, se ao menos houvesse vontade por parte de seus agentes. É verdade que o judiciário imperial alemão, famoso por sua recusa em admitir qualquer forma de discrição judicial, muito menos revisão judicial, sobreviveu à revolução republicana de 1918 quase intacta. Mas não foi seu "positivismo" que era o problema, era seu arco de conservação política antipatia, não apenas pelo reformismo dos social-democratas, mas para a própria República, cujos governos foram, pela primeira vez na história alemã, eleitos por sufrágio universal para adultos. De fato, os juízes de Weimar mudaram muito rapidamente as filosofias judiciais para descobrir poderes de revisão judicial que anteriormente haviam se negado, usando as disposições da Constituição de Weimar que não diziam nada sobre proteger assiduamente a propriedade privada e interesses comerciais, interpretando amplamente os direitos contra a expropriação e interpretar de forma restrita o direito de greve, ignorando os copiosos direitos sociais pelos quais a constituição era famosa. Uma grande virada ocorreu durante a grande inflação de 1923-24, quando, tendo reverteu sua jurisprudência para ajudar credores ricos, o Supremo Tribunal alertou oficialmente o governo que não toleraria nenhuma tentativa de ajustar dívidas a mailto:felipeadgabriel@gmail.com 10 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com favor dos devedores. O caráter surpreendentemente revolucionário desta declaração deve ter aparente a todos familiarizados com as tradições alemãs. Por mais de um século, juízes alemães foram treinados para honrar incondicionalmente "a lei positiva".... Esse tipo de coisa nunca ocorreu enquanto a Alemanha fosse uma monarquia; a revolta de uma associação de juízes contra o governo do rei da Prússia teria atingido toda justiça ou professor alemão como totalmente inconcebível. Mas contra a República eles ousaram fazê-lo. Nem foram eles restringiram a consideração de que, neste momento, o governo já possuía obstáculos sobre-humanos, os intencionais aumentos que deveria ter dado a todo patriota alemão uma boa causa parar e pensar. Tão pouco poderia a República Alemã confiar na sua própria instituições do governo! Mas os apoiadores da Corte perceberam que as coisas tinham que ser mudadas se eles permanecerem os mesmos: É exatamente em nosso estado democrático, com um parlamento todo- poderoso que existe uma necessidade premente da existência de uma autoridade que servirá de barreira contra a transgressão dos limites para legislaturas estabelecidas na constituição. Os judiciários alemães também conservaram o conservadorismo político encontrou expressão no tratamento de casos criminais. Os tribunais foram notoriamente fáceis em crimes nazistas e severo com a esquerda. Hitler ele próprio recebeu uma sentença ilegalmente leve no julgamento de Beer Hall Putsch, e apesar do fato de os réus terem chamado o governo de "judeu governo ", o tribunal elogiou seu" espírito puramente patriótico e intenções mais nobres ". Hitler serviu apenas seis meses por uma infracção que cumprisse uma pena mínima de cinco anos. Embora a lei exigia que, como austríaco, fosse deportado, o tribunal julgasse: "no caso de um homem cujos pensamentos e sentimentos são tão alemães quanto os de Hitler, o tribunal julga que a intenção e a finalidade da lei não têm aplicação”. A dolorosa verdade é que uma simples aplicação da lei poderia ter enviado Hitler para o caixote do lixo da história. E quando os Nazistas chegaram ao poder, foram os escrúpulos positivistas do judiciário e dedicação à aplicação fiel da lei que lhes permitiu obter embora com assassinato? Absolutamente não. Os judeus foram enganados como Shylock e mailto:felipeadgabriel@gmail.com11 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com a lei foi anulada pela ideologia nazista. Fomos condenados a morte por casos amorosos intrincados com mulheres "arianas" sob leis que só punia infratores violentos habituais com a morte. Perdemos todos os civis direitos de processar em contrato e sob a legislação trabalhista e de proteção do inquilino, não por causa da redação das leis, mas contra a redação das leis. Como um juiz disse: A questão não é uma que possa ser resolvida através de uma interpretação da Lei de Proteção de Inquilinos, mas é uma questão de ideologia. Terminar as concessões de inquilinos judeus é: feito difícil pela Lei de Proteção de Inquilinos e, em certos casos, impossível. Isso se opõe à necessidade de acabar com todas as associações de relações com judeus na comunidade o mais rápido possível. O novo tribunal constitucional usou ativamente sua jurisdição para ajudar o governo nacional e seus apoiadores assediam "Viena Vermelha", mas, se é claro que essa instituição "efetiva" de revisão judicial não era "anátema" tirano e não mais impediu o golpe de Dolfuss na Áustria do que fez o golpe de Hitler na Alemanha. Também não parece haver lições positivas a serem aprendidas sobre a revisão judicial da experiência da República Espanhola, a terceiro e último exemplo de julgamento constitucional na Europa entre as guerras. Mais uma vez, parece que a revisão judicial veio por insistência das forças conservadoras como forma de restringir a democracia, a esquerda e impulso anticlerical da república. Garantias institucionais foram eletivas para minimizar sua interferência com reforma republicana, quando as eleições chegaram ao país já virou para a direita. O Tribunal era, portanto, um conservador de força na política pré-Guerra Civil. Está escrito de sua decisão de 1934 contra Reforma agrária da Catalunha. A decisão do tribunal deveria ser política e não legal. Em 8 de junho, por 13 a 10 votos, sem maioria absoluta do tribunal. Tendo ouvido o caso, o Tribunal confirmou as objeções dos senhores da terra. Foi uma votação a favor do centralismo e dos conservadores interesses adquiridos contra o regionalismo e a reforma agrária. mailto:felipeadgabriel@gmail.com 12 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com Obviamente, a presença de tal revisão judicial "eficaz" não proteger a Espanha da Guerra Civil e do fascismo que se seguiu e durou quarenta anos. Para adicionar às "lições da história" da Europa antes da guerra, poderíamos apontar-nos casos em que não houve revisão judicial nem autoridade autorizada aquisição asiática. A França chegou perigosamente perto, mas era uma popular mobilização que salvou o dia, não um tribunal constitucional. Na Checoslováquia Eslováquia, a falha em ativar o tribunal constitucional que foi escrito na constituição não a impediu de sobreviver (ao contrário da Alemanha, Áustria e Espanha) com suas instituições representativas intactas até a aquisição alemã em 1938. Então, quais são as lições do período entre guerras? Primeiro, que a falta de revisão judicial não teve nada a ver com o aumento dessas ditaduras e sua derrubada de representantes democráticas instituições. De fato, havia muito ativismo judicial constitucional e foi empregado pelos inimigos da democracia, primeiro para frustrar o reformismo social dos parlamentos e depois ajudar os anti-democratas por interpretar a lei de acordo com princípios de direito superior que meramente espelhava seu autoritarismo. Segundo que não eram as teorias jurisprudenciais dos juízes, mas suas simpatias políticas que determinaram os resultados, quando adotaram doutrinas de conveniência (ativismo, deferência, etc.) para promover suas causas literárias, mostrando tolerância à violência e subversão da direita, intolerância ao reformismo parlamentar e ativismo entusiasmado em defesa da propriedade. O constitucionalismo entre guerras mudou tudo (teoria constitucional e jurisprudência) para que tudo (a oligar-regra geral da propriedade privada) permaneceria a mesma. A partir disso e o histórico, era possível prever apenas que os juízes, se atendidos o caso, agiria da mesma maneira (isto é, de acordo com suas políticas e simpatias) quaisquer que sejam os documentos constitucionais que possam ser chamados a "interpretar" ou as teorias jurisprudenciais que possam pretender subscrever. Terceiro, essa "flexibilidade" constitucional (sua incapacidade de substituir as legislações nacionais) não poderia ter desempenhado nenhum papel na falha do judiciário se opor ao autoritarismo, porque do início ao fim os autoritários mailto:felipeadgabriel@gmail.com 13 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com usaram a violência criminal para atingir seus objetivos. Uma simples aplicação da lei penal comum teria feito o truque. Quando as autoridades judiciais não quiseram ou não puderam fazer isso, o que possível diferença poderia a disponibilidade de rígidas garantias constitucionais e fizeram? Quarto, que o sistema concentrado de revisão judicial do tipo Kelsen por um tribunal especial, politicamente sensível, era o que menos dificulta democracia (porque era o mínimo de tribunal e o menos "independente"); mas que, como se tratava de uma emanação direta dos representantes instituições, poderia ser tão democrático quanto era. Quando essas instituições foram ocupadas por forças autoritárias, os tribunais especiais naturalmente seguido as verdadeiras lições do período entre guerras, que os tribunais constitucionais. A revisão não é apenas inútil e desnecessária na defesa da democracia, mas na verdade é uma arma nas mãos de seus inimigos, eram familiares a todos que viveram o período e sobreviveram para participar do pós-debates constitucionais de guerra. São essas verdadeiras lições que melhor explicam os desenvolvimentos pós-guerra e esta é também a forma como foi entendida pelos participantes. CONCLUSÃO O artigo foi movida pela relevância temática, veio com o mister de responder a dois questionamentos: i) qual o tratamento regalado, sob o prisma do novo constitucionalismo latino-americano, à questão dos direitos fundamentais?; e ii) face à tutela jurídica concedida aos direitos fundamentais, mais especificamente os sociais, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, cabe falar em novo constitucionalismo latino americano no Estado brasileiro? Para tanto, a presente análise desenvolveu-se da seguinte forma: no Capítulo 1 estudou-se a evolução das teorias constitucionais, indagando perspectivas conceituais e dimensionais da própria formação do Estado e do Direito. Desta feita, ultrapassou-se o constitucionalismo liberal, o constitucionalismo clássico, até o advento do neoconstitucional, tese da monografia. No segundo capítulo, cuidou-se em analisar os desafios encontrados pelo neoconstitucionalismo tendo como lócus a pós-modernidade e mailto:felipeadgabriel@gmail.com 14 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com seus desafios hodiernos e, desta feita, vem a lume a proposta de uma análise individualizada de países latinos que recentemente modificaram suas cartas constitucionais, no mister de questionar se estes compartilham de similitudes e convergências suficientes que apontem a um novo constitucionalismo latino- americano - antítese. Já no que concerne ao terceiro capítulo, neste recaiu a síntese da pesquisa, na medida em que, sob uma perspectiva da hermenêutica constitucional, prestou-se à transposição epistêmica dos conceitos previamente construídos. Desta feita, no que tange às hipóteses previamente estipuladas, tem-se que: I. O novo constitucionalismo latino-americano, ao propor uma releitura de institutosclássicos do Direito, consagrando as cosmovisões indígenas e os aspectos pluriculturais e multiétcnicos, nega a visão monocultural estampada 87 pelo neoconstitucionalismo e, com isso, representa um novo paradigma constitucional, negando as conquistas epistemológicas adquiridas no modelo constitucional pós-1948. Hipótese refutada. Como visto, para ser cabível pensar em uma superação de paradigmas, o suposto “novo paradigma” deve refutar os pontos principais do conhecimento tradicional, o que não ocorre uma vez que o novo constitucionalismo latino-americano não nega as conquistas auferidas pelo neoconstitucionalismo, razão pela qual, ao propor avanços epistemológicos, deve ser considerado como condição de perpetuação e não como simples ruptura. II. Não obstante o novo constitucionalismo latino- americano refute a visão monocultural sustentada pelo neoconstitucional na construção dos Estados Modernos e, seja inegável que se trate de proposição de uma nova roupagem à teoria constitucional, não cabe falar em novo paradigma, na medida em que não contraria diretamente o neoconstitucionalismo, apenas procura reformá-lo naquilo em que aquele foi omisso, funcionando, assim, como sua condição de perpetuação. Hipótese confirmada como consectário lógico da refutação da hipótese primeira. III. A geografia política instituída com a promulgação da Constituição Federal de 1988, com destaque à tutela jurídica concedida aos direitos sociais, permite falar em um amoldamento de princípios entre o Estado brasileiro e os ditames do movimento do novo constitucionalismo latino-americano, sendo certo que este foi adotado, em determinadas esferas, pelo ordenamento pátrio. Hipótese confirmada: o Estado brasileiro refundado com a promulgação da Constituição mailto:felipeadgabriel@gmail.com 15 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com Federal de 1988, não obstante, tenha adotado como parâmetro epistêmico o aspecto monocultural, em determinadas esferas, rompe paradigmas ao reconhecer as cosmovisões indígenas – o direito do índio a ser índio. Da mesma forma, a jurisprudência pátria, especialmente sob influência das teorias de Peter Häberle, aponta à construção de um Estado Comunitário pluricultural latino- americano, no qual o pluralismo e a plurinacionalidade atuam justamente como pontes de transição. Desta feita, é correto posicionar o Brasil como país que adota, ainda que de forma embrionária, os ideais do novo constitucionalismo latinoamericano, assertiva esta epistemologicamente possível quando se adota o posicionamento de que o novo constitucionalismo latino-americano não vem 88 como ruptura ou negação ao neoconstitucionalismo, mas sim como condição de perpetuação e de sua legitimidade, reconstruindo os pontos epistêmicos nos quais aquele foi omisso ou insuficiente. VI - Não cabe falar em reflexos do novo constitucionalismo latino-americano no ordenamento jurídico brasileiro, haja vista tal fenômeno ser incompatível com o Estado arquitetado pela Constituição Federal de 1988. Hipótese negada, como consectário lógico da confirmação da hipótese terceira. Diante de todo o exposto, tem-se que, fomentando, no plano jurídico, uma série de modificações com a fadiga de preservar os direitos fundamentais dos diversos grupos sociais, o movimento constitucional latino- americano, no âmbito dos países que o adota, representa verdadeira releitura de institutos constitucionais clássicos e, com isso, configura-se como uma tentativa de consagrar os direitos fundamentais dos diversos grupos sociais, inseridos em um Estado pluricultural. O novo constitucionalismo latino-americano vem como movimento em busca de uma epistemologia do Sul, fundada no mister de descolonização emancipatória fundado numa filosofia da libertação. Para tanto, nega-se os dogmas jurídicos, políticos e sociais construídos a partir de uma linha eurocêntrica do conhecimento e reconhece-se a importância das cosmovisões pluriculturais e multitécnicas, propiciando, nesse mister, uma releitura dos direitos fundamentais, tudo por meio da construção epistemológica de uma ecologia de saberes, o que, ainda que de forma tímida, recebe respaldo em terra e brasilis. mailto:felipeadgabriel@gmail.com 16 Acadêmico de Direito pelo Centro Universitário UNA – Divinópolis/MG – felipeadgabriel@gmail.com REFERENCIAS O Espírito das Leis, trad. Por Thomas Nugent (Hafner, 1949), livro XI.6, pp. 152, 153, 159 ALBERNAZ, Renata Ovenhausen; MARQUES, Camila Salgueiro da Purificação. O pluralismo jurídico e a cidadania plural. In: Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI, Fortaleza - CE, 2010. Disponível em http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/fortaleza/3193.pdf: Acesso em: 30 mar. 2015. ALEXY, Robert. A existência dos direitos humanos. 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