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4 - Funções Essenciais à Justiça

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DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Funções Essenciais à Justiça
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
221027187209
LUCIANO DUTRA
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor 
de livros. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos 
preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e on-line. 
Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela Universidade 
Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado 
em Ciências Militares.
 
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Funções Essenciais à Justiça
Luciano Dutra
SUMÁRIO
Funções Essenciais à Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Considerações Preliminares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Ministério Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1. Funções Institucionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Ministério Público Junto aos Tribunais de Contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4. Conselho Nacional do Ministério Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5. Advocacia Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
6. Advocacia Privada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7. Defensoria Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Questões de Concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
 
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Funções Essenciais à Justiça
Luciano Dutra
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇAFUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
1 . ConsiDEraÇÕEs PrEliMinarEs1 . ConsiDEraÇÕEs PrEliMinarEs
Nobre discente, importantíssimo saber que integram as funções essenciais à Justiça o 
Ministério Público, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e a Advocacia Privada. 
É importante destacar, também, que tais órgãos não integram a estrutura do Poder 
Judiciário, mas atuam perante ele, provocando a tutela jurisdicional.
001. 001. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) São funções essenciais à justiça as do Ministério 
Público, da advocacia pública, da advocacia privada e da defensoria pública.
São as seções I, II, III e IV, do capítulo IV, “das funções essenciais à justiça”, da CF/1988. 
Certo.
2 . MinistÉrio PÚBliCo2 . MinistÉrio PÚBliCo
O conceito e as funções primordiais do Ministério Público são citados pelo art. 127, caput, 
que diz que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional 
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis.
Dizer que é uma instituição permanente significa que o Ministério Público não pode ser 
abolido por emenda à Constituição, traduzindo-se em uma limitação material implícita ao 
poder de reforma da Constituição Federal.
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Funções Essenciais à Justiça
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As funções principais do Ministério Pública são a defesa da ordem jurídica, a defesa do 
regime democrático e a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
DICA DO LD
Caso a prova diga que cabe ao Ministério Pública a defesa 
dos interesses individuais disponíveis, estará errado!
Questão interessante é definir a natureza jurídica do Ministério Público. Prevalece o 
entendimento de que se trata de um órgão com autonomia funcional, administrativa e 
financeira situado fora da estrutura dos 3 Poderes.
002. 002. (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) O Ministério Público é órgão do Poder Judiciário.
Na verdade o Ministério Público, apesar de atuar perante o Poder Judiciário, não pertence 
a este Poder. Aliás, não se enquadra em nenhum dos três Poderes. 
Errado
Outro ponto bastante interessante é conhecer os princípios institucionais do Ministério 
Público presentes no art. 127, § 1º. São eles:
• • unidade: o princípio da unidade deve ser observado sob a ótica administrativa, 
significando dizer que os membros do Ministério Público integram um único órgão, 
possuindo uma única estrutura e sendo chefiado por um só Procurador-Geral. 
Adiantando um pouco “o filme”, este princípio da unidade deve ser observado de acordo 
com cada ramo do Ministério Público da União (composto pelo Ministério Público 
Federal, pelo Ministério Público do Trabalho, pelo Ministério Público Militar e pelo 
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e em cada um dos 26 Ministérios 
Públicos Estaduais. Ou seja, cada órgão aqui citado possui a sua própria unidade;
• • indivisibilidade: observado sob a ótica processual, o princípio da indivisibilidade 
significa que os membros do Ministério Público não estão vinculados aos processos 
em que atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros, sem que isso traga 
prejuízo para a regular tramitação do processo;
• • independência funcional: significa que o membro do Ministério Público, na sua 
atuação finalística, não está subordinado a ninguém, vinculando-se, tão somente, 
à sua consciência jurídica. Em outras palavras, não há vinculação hierárquica na 
interpretação jurídica. Isso significa que cada membro tem total liberdade na sua 
atuação funcional.
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003. 003. (MPE-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2010) Os membros do MP não se 
vinculam aos processos em que atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros na 
forma prevista na lei.
É o princípio da indivisibilidade. 
Certo.
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Será que haveria o reconhecimento pelo STF do princípio do promotor natural? O tema 
não é pacífico na Suprema Corte. Muito embora não haja uma concordância plena 
sobre o assunto, é possível identificar na doutrina e na jurisprudência uma tendência 
ao reconhecimento do princípio do promotor natural.
Por esclarecedor, transcreve-se trecho do voto do Min. Celso de Mello, no julgamento 
do HC 67.759, em que entendeu que “o postulado do Promotor Natural, que se 
revela imanente ao sistema constitucional brasileiro, repele, a partir da vedação de 
designações casuísticas efetuadas pela Chefia da Instituição, a figura do acusador de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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exceção. Esse princípio consagra uma garantia de ordem jurídica, destinada tanto a 
proteger o membro do Ministério Público, na medida em que lhe assegura o exercício 
pleno e independente do seu oficio, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem 
se reconhece o direito de ver atuando, em quaisquer causas, apenas o Promotor 
cuja intervenção se justifique a partir de critérios abstratos e pré-determinados, 
estabelecidos em lei. A matriz constitucional desse princípio assenta-se nas cláusulas 
da independência funcional e da inamovibilidade dos membros da Instituição. O 
postulado do Promotor Natural limita, por isso mesmo, o poder do Procurador-Geral 
que, embora expressão visível da unidade institucional, não deve exercer a Chefia do 
Ministério Público de modo hegemônico e incontrastável”.
Além disso, o Ministério Público possui diversas garantias institucionais. São elas:
a) autonomia funcional: sinônimo de independência funcional;
b) autonomia administrativa: gestão própria daquilo que lhe é próprio. Ou seja, cabe 
ao próprio Ministério Público a administração de seus órgãos, bens e servidores;
c) autonomia orçamentário-financeira: segundo o art. 127, §§ 3º ao 6º, o Ministério 
Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias. Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder 
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na 
lei de diretrizes orçamentárias. Se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo 
com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo procederá 
aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Por fim, 
durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas 
ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais.
004. 004. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é 
obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias.
O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos 
na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Errado.
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d) iniciativa do processo legislativo: de acordo com o art. 128, § 5º, é facultada aos 
respectivos Procuradores-Gerais a iniciativa de leis complementares que estabeleçam a 
organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público. Isto é, cabe ao próprio 
Ministério Público o encaminhamento de projetos de lei de matérias de seu interesse.
e) vedação de promotor ad hoc: conforme o art. 129, § 2º, as funções do Ministério 
Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca 
da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. Ou seja, não pode haver 
designações casuísticas para o exercício das atribuições do Ministério Público.
f) ingresso na carreira por concurso público: segundo o art. 129, § 3º, o ingresso na 
carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, 
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-
se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, 
nas nomeações, a ordem de classificação. Essa exigência de cumprimento de 3 anos de 
atividade jurídica é conhecida doutrinariamente como “quarenta de entrada”. A definição 
do que se entende por atividade jurídica é trazida por Resolução do Conselho Nacional do 
Ministério Público. O importante é saber que esse conceito engloba a atividade advocacia, 
mas também inclui o exercício de cargo, emprego ou função, inclusive de magistério superior, 
que exija a utilização preponderante de conhecimentos jurídicos, o exercício de função de 
conciliador em tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de juizados 
especiais ou de varas judiciais, assim como o exercício de mediação ou de arbitragem na 
composição de litígios e o exercício, por bacharel em Direito, de serviço voluntário em órgãos 
públicos que exija a prática reiterada de atos que demandem a utilização preponderante 
de conhecimentos jurídicos.
g) distribuição imediata de processos: em respeito ao art. 129, § 5º, a distribuição de 
processos no Ministério Público será imediata.
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AUTONOMIAS
ADMINISTRATIVA
E FUNCIONAL
Vistas as garantias institucionais, vamos aprender quais os órgãos que integram o 
Ministério Público.
Segundo o art. 128, o Ministério Público brasileiro abrange o Ministério Público da União, 
que compreende: a) o Ministério Público Federal (MPF); b) o Ministério Público do Trabalho 
(MPT); c) o Ministério Público Militar (MPM); d) o Ministério Público do Distrito Federal e 
Territórios (MPDFT); e e) os Ministérios Públicos dos Estados.
Perceba que a Constituição Federal não traz o Ministério Público Eleitoral como 
integrante da instituição. Na verdade, não existe um Ministério Público Eleitoral, mas sim 
funções eleitorais atribuídas ao Ministério Público. Isso é muito importante!!!
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DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF alterou sua jurisprudência e decidiu que cabe ao Conselho Nacional do Ministério 
Público (CNMP) solucionar conflitos de atribuições entre os diversos ramos dos Ministérios 
Públicos. Ou seja, à luz do entendimento mais recente, caso haja um conflito de atribuições 
entre o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal, por exemplo, caberá 
ao CNMP dirimir esse conflito, uma vez que, segundo o Supremo, é o órgão mais adequado 
para isso, em razão da previsão constitucional que lhe atribui o controle da legalidade das 
ações administrativas dos membros e órgãos dos diversos ramos ministeriais, sem ingressar 
ou ferir a independência funcional. 
005. 005. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP 
Federal e o MP dos estados e do DF.
O Ministério Público brasileiro abrange o Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público 
Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; e e) os Ministérios Públicos 
dos Estados.
Errado.
006. 006. (TRT 5/ANALISTA/2009) O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério 
Público da União.
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O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério Público da União e encontra-se disposto 
no artigo 128, inciso I, alínea “b”, da CF/1988.
Certo.
Ok? Então vamos avançar!
Com toda certeza, você já ouviu falar no Procurador-Geral da República (PGR). Ele é 
o chefe do Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela 
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida 
a recondução (art. 128, § 1º).
DICAS DO LD
1) Quando a Constituição fala “integrantes da carreira” 
significa, à luz da doutrina majoritária, integrantes da 
carreira do Ministério Público Federal. 
2) Há uma corrente minoritária que diz que “integrantes 
da carreira” significa integrantes de qualquer dos ramos 
do Ministério Público da união .
3) Permitida “a recondução” significa que são permitidas 
sucessivas reconduções.
4) Caso o Presidente da República resolva reconduzir o 
PGr, deverá haver nova aprovação do nome pelo senado 
Federal por maioria absoluta .
5) não há previsão constitucional de lista tríplice para a 
escolha do PGr .
007. 007. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) Somente depois de aprovado pelo Senado 
Federal, o procurador-geral da República deverá ser nomeado pelo presidente da República.
Conforme regulamentado no art. 128, § 1º, da CF/1988, “o Ministério Público da União tem 
por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome 
pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução”. 
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A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, 
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal (art. 128, § 
2º). Aqui temos o que a doutrina denomina de “paralelismo das formas”. Se para nomear, o 
Presidente da República depende de autorização do Senado Federal, para destituir no curso 
do mandato, o Presidente deve ter autorização do Senado Federal pelo mesmo quórum da 
aprovação, qual seja, maioria absoluta.
008. 008. (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) O chefe do Ministério Público da União é nomeado 
pelo presidente da República, entre os integrantes da carreira, para mandato de dois anos. 
Todavia, ele poderá ser destituído antes do término do mandato, por iniciativa do presidente 
da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
Está em conformidade com o disposto no art. 128, §§ 1º e 2º, da CF/1988. Segundo o § 1º 
do art. 128, “o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado 
Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução”. Já o § 2º do art. 128, reza que 
“a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, 
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal”.
Certo.
No que tange aos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), que chefiam os Ministérios 
Públicos Estaduais, diz o art. 128, § 3º, que os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito 
Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei 
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respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
DICAS DO LD
1) Para a escolha do PGJ, tem lista tríplice .
2) se o PGJ for do Ministério Público do Distrito Federal 
e territórios, quem escolhe é o Presidente da república .
3) se o PGJ for do Ministério Público Estadual, quem escolhe 
é o Governador .
4) no caso do PGJ, só é possível uma recondução .
O PGJ poderá ser destituído no curso do mandato por deliberação da maioria absoluta 
do Poder Legislativo competente, na forma da lei complementar respectiva (art. 128, § 4º).
009. 009. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) O procurador-geral do Distrito Federal e 
Territórios deverá ser nomeado pelo chefe do Poder Executivo, e seu mandato será de dois 
anos, sendo permitida somente uma recondução.
Está de acordo com o disposto no art. 128, § 3º, da CF/1988, “os Ministérios Públicos dos 
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado 
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução”.
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Tal qual os membros do Poder Judiciário, os integrantes do Ministério Público também 
possuem garantias funcionais para o exercício livre de suas funções. Aliás, pode-se dizer 
que os membros do Ministério Público gozam de garantias funcionais similares às dos juízes 
(art. 128, § 5º, I). Vejamos: 
a) vitaliciedade, após 2 anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por 
sentença judicial transitada em julgado; 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente doMinistério Público, por voto da maioria absoluta de seus membros, 
assegurada ampla defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio. Esta irredutibilidade de subsídio também é nominal, 
não assegurando a recomposição em caso de perda inflacionária.
010. 010. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Entre as garantias concedidas aos membros do MP está 
a estabilidade após três anos de efetivo exercício.
Possui vitaliciedade após 2 anos.
Errado.
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011. 011. (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) Apesar de ser uma garantia assegurada aos membros do 
Ministério Público, a inamovibilidade poderá ser afastada por razões de interesse público, 
mediante decisão fundamentada do chefe da instituição.
Não é decisão do chefe da instituição, mas sim decisão do órgão colegiado competente do 
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.
Errado.
012. 012. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) Um membro do Ministério Público adquire 
estabilidade após três anos de efetivo exercício, podendo, contudo, perder o cargo por 
sentença judicial transitada em julgado ou por processo administrativo específico.
De acordo com o art. 128, § 5º, I, “a”, o membro do Ministério Público adquire vitaliciedade, 
após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial 
transitada em julgado. 
Errado.
Os membros do Ministério Público possuem vedações previstas na Constituição Federal. 
Vale dizer, aos membros do Ministério Público é vedado (art. 128, § 5º, II):
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou 
custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de 
magistério;
e) exercer atividade político-partidária; 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, 
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
É vedado, ainda, o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes 
de decorridos três anos do seu afastamento do cargo por razões de aposentadoria ou 
exoneração (art. 128, § 6º). É o que a doutrina chama de “quarentena de saída”.
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013. 013. (TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Aos membros do Ministério Público, assim como 
aos juízes, é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Conforme o art. 128, § 6º, da CF/1988, aplica-se aos membros do Ministério Público a 
vedação trazida pelo art. 95, parágrafo único, V, da CF/1988, segundo o qual é vedado aos 
juízes exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três 
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Certo.
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014. 014. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Quando um membro do MP se aposenta, é vedado a ele 
advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes de que hajam transcorrido três anos da 
aposentadoria.
É o que prevê o art. 128, § 6º.
Certo.
2 .1 . FunÇÕEs instituCionais2 .1 . FunÇÕEs instituCionais
O art. 129 traz, em rol exemplificativo, as funções institucionais do Ministério 
Público, são elas:
I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. Por isso que se diz 
que o Ministério Público é o “dominus litis” (dono da ação penal), porque possui a competência 
privativa para apresentar a denúncia numa ação penal pública;
DE OLHO NA DIVERGÊNCIA
Há uma divergência doutrinária acerca da possibilidade (ou não) do Ministério Público investigar. 
A doutrina majoritária afirma que o MP possui a competência implícita para a colheita direta 
da prova com intuito de subsidiar a futura ação penal. Como o art. 129, I, garante ao órgão 
ministerial o monopólio da ação penal pública, a Constituição Federal assegura, por via 
implícita, o poder de investigar para a formação da justa causa da ação penal (a prova da 
materialidade delitiva e os indícios mínimos de sua autoria).
II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública 
aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias a 
sua garantia;
III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio 
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Importante 
dizer que essa competência é concorrente, uma vez que existem outros colegitimados. Nesse 
sentido, o art. 128, § 1º, define que a legitimação do Ministério Público para as ações civis 
não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na Constituição 
Federal e na lei.
015. 015. (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) Entre as funções institucionais do Ministério 
Público, está a de promover, em caráter exclusivo, a ação civil pública para a promoção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
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Conforme ensinei, essa competência é concorrente.
Errado.
IV – promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção 
da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição Federal. Essa competência será 
exercida pelo Procurador-Geral da República;
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Súmula 643, do STF: o Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil 
pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.
Súmula 601, do STJ: o Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa 
dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que 
decorrentes da prestação de serviços públicos.
V – defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. Essa 
competência é reforçada pelo art. 232, que determina a intervenção do Ministério Público em 
todos os atos do processo em que os índios, suas comunidades e organizações sejam partes;
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VI – expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, 
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar 
respectiva;
VII – exercer o controle externoda atividade policial, na forma de lei complementar;
VIII – requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados 
os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua 
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades 
públicas. Este inciso demonstra que as funções institucionais do Ministério Público aqui citadas 
estão em rol exemplificativo. Ademais, é vedada a representação judicial e a consultoria 
jurídica das entidades públicas pelo Ministério Público, uma vez que tais atribuições cabem 
às respectivas Advocacias Públicas.
016. 016. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) O rol de funções do Ministério Público constante 
da CF é taxativo, cabendo a esse órgão cingir-se ao exercício das atribuições descritas nos 
dispositivos constitucionais.
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O rol é exemplificativo.
Errado.
017. 017. (TRF 1ª/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2009) A CF enumera, em rol taxativo, as funções 
institucionais do MP.
O rol é exemplificativo. 
Errado.
018. 018. (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Apesar de a CF não prever expressamente 
que cabe ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das populações indígenas, a 
jurisprudência reconheceu-lhe essa importante função institucional.
Tem essa competência expressa no art. 129, V. 
Errado.
3 . MinistÉrio PÚBliCo Junto aos triBunais DE 3 . MinistÉrio PÚBliCo Junto aos triBunais DE 
ContasContas
Já ouviu falar em Ministério Público junto aos Tribunais de Contas? Pois existem e são 
citados no art. 130. Segundo a norma constitucional, aos membros do Ministério Público 
junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições constitucionais sobre o Ministério 
Público comum pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Cuidado com o que eu vou registrar agora: esse Ministério Público que atua junto aos 
Tribunais de Contas não integra a instituição Ministério Público comum que estamos 
estudando. Na verdade, integra o respectivo Tribunal de Contas.
O Ministério Público que atua junto aos Tribunais de Contas é dotado de identidade e de 
fisionomia próprias que o tornam inassimilável à instituição do Ministério Público comum 
da União e dos Estados-membros.
019. 019. (AGU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) O Ministério Público abrange o Ministério Público 
da União, que compreende, entre outros, os Ministérios Públicos dos estados. Todavia, há 
outro órgão estatal, dotado de identidade e de fisionomia próprias que o tornam inassimilável 
à instituição do Ministério Público comum da União e dos estados-membros, qual seja: o 
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.
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O erro está apenas na parte inicial, uma vez que o Ministério Público da União não abrange 
os Ministérios Públicos dos Estados.
Errado.
020. 020. (TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Os membros do Ministério Público junto ao 
Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo compõem o Ministério Público do Estado 
do Espírito Santo.
Não compõem. Conforme ensinei, os membros do Ministério Público junto ao Tribunal de 
Contas do Estado do Espírito Santo integram esta Corte de Contas estadual.
Errado.
Vamos estudar agora o Conselho Nacional do Ministério Público. Venha comigo!!!
4 . ConsElHo naCional Do MinistÉrio PÚBliCo4 . ConsElHo naCional Do MinistÉrio PÚBliCo
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) não é órgão integrante do Ministério 
Público, tratando-se de um tribunal administrativo com a função de controle externo 
da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e cumprimento dos deveres 
funcionais de seus membros. 
É formado por 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada 
a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida 
uma recondução (art. 130-A).
Trata-se de uma composição híbrida formada:
I – pelo Procurador-Geral da República, que o preside;
II – por quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de 
cada uma de suas carreiras;
III – por três membros do Ministério Público dos Estados;
IV – por dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior 
Tribunal de Justiça;
V – por dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados 
do Brasil;
VI – por dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela 
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Os membros do CNMP oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos 
Ministérios Públicos, na forma da lei.
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021. 021. (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A composição de membros do Conselho Nacional 
do Ministério Público deve incluir dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada 
— um indicado pela Câmara dos Deputados, e o outro, pelo Senado Federal.
Conforme o art. 130-A, VI, da CF/1988, o Conselho Nacional do Ministério Público compõe-
se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a 
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida 
uma recondução, sendo dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados 
um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Certo.
A competência do CNMP é determinada pelo art. 130-A, § 2º, segundo o qual compete ao 
Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do 
Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe:
I – zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo 
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, 
a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério 
Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para 
que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da 
competência dos Tribunais de Contas;
III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério 
Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da 
competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares 
em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, 
assegurada ampla defesa;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
IV – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do 
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
V – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a 
situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a 
mensagem prevista no art. 84, XI.
O CNMP escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros 
do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das 
atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
I – receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros 
do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;
II – exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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III – requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, 
e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.
O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao 
CNMP, o que significa que terá direito de voz, mas não poderá votar.
Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para 
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do 
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao 
Conselho Nacional do Ministério Público.
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É isso!!! Estudamos o perfil constitucional do Ministério Público. Vejamos doravante o 
que a Constituição Federal traz sobre a Advocacia Pública.
5 . aDVoCaCia PÚBliCa5 . aDVoCaCia PÚBliCa
A Advocacia Pública da União é exercida pela Advocacia-Geral da União (AGU). Dispõe 
o art. 131, caput, que “a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou 
através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, 
nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as 
atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo”.
DICAS DO LD
1) A representação judicial e extrajudicial é da União, 
englobando todos os órgãos federais dos três Poderes 
(Legislativo, Executivo e Judiciário), inclusive o Ministério 
Público da união, a Defensoria Pública da união e o tribunal 
de Contas da união (que estão fora dos três Poderes);
2) A consultoria e o assessoramento jurídico é só do Poder 
Executivo .
022. 022. (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) A AGU é o órgão que, de modo direto, ou mediante 
órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cumprindo-lhe realizar 
a consultoria e o assessoramento jurídico do Poder Executivo.
Está de acordo com o exposto no art. 131, “caput”, da CF/1988, que diz que “a Advocacia-Geral 
da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, 
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser 
sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento 
jurídico do Poder Executivo”.
Certo.
023. 023. (TRT 1ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2010) De acordo com o disposto na CF e com 
entendimento do STF, a representação judicial de tribunal regional federal, por se tratar 
de órgão da União destituído de personalidade jurídica, cabe à AGU.
É o que se extrai do art. 131, “caput”.
Certo.
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024. 024. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Cabe ao Ministério Público Federal representar a 
União em caso de ação judicial proposta por servidor da justiça militar da União que cobre 
diferenças devidas em razão de erro no cálculo de sua remuneração.
A representação judicial da União compete à Advocacia-Geral da União. 
Errado.
O Advogado-Geral da União é cargo de livre nomeação do Presidente da República 
(não precisa ser integrante das carreiras da AGU) dentre cidadãos maiores de trinta e 
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 131, § 1º).
025. 025. (TRT-1ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2010) O chefe da AGU é escolhido, entre os 
membros das carreiras desse órgão, pelo presidente da República.
Não precisa ser da carreira.
Errado.
O ingresso nas classes iniciais das carreiras da AGU far-se-á mediante concurso público 
de provas e títulos (art. 131, § 2º).
A execução da dívida ativa de natureza tributária cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, observado o disposto em lei (art. 131, § 3º).
026. 026. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO III/2018) Aos membros da Advocacia-Geral da União são 
concedidas as garantias constitucionais previstas para os membros do Ministério Público.
A Constituição não previu isso. 
Errado.
027. 027. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO III/2018) A execução da dívida ativa tributária é de 
competência da Advocacia-Geral da União.
É competência da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, segundo o art. 131, § 3º.
Errado.
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Por seu turno, a Advocacia Pública, nos Estados-membros e no Distrito Federal, 
é exercida pelos procuradores dos Estados e pelos procuradores do Distrito Federal, 
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e 
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, 
cumprindo a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades 
federadas (art. 132).
De acordo com o parágrafo único do art. 132, aos procuradores estaduais e do Distrito 
Federal é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de 
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.
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Eram essas as informações trazidas pela Constituição Federal sobre a Advocacia Pública. 
Vejamos agora a próxima função essencial à Justiça: a advocacia privada.
6 . aDVoCaCia PriVaDa6 . aDVoCaCia PriVaDa
Segundo o art. 133, o advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo 
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
Essa imunidade profissional do advogado possui caráter relativo, podendo, segundo 
entendimento do STF, ser responsabilizado caso aja com dolo ou errogrosseiro. Ademais, 
a indispensabilidade do advogado não é absoluta, haja vista que há situações em que 
a parte não precisa estar representada por um advogado (exemplos: Juizados Especiais, 
impetração de habeas corpus etc.).
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Ok? Para terminar, vejamos o perfil constitucional da Defensoria Pública.
7 . DEFEnsoria PÚBliCa7 . DEFEnsoria PÚBliCa
O art. 134 estabelece que a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime 
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a 
defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma 
integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.
028. 028. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) É função institucional do MP defender judicialmente os 
direitos e os interesses das populações carentes.
É função institucional da Defensoria Pública defender judicialmente os direitos e os 
interesses das populações carentes.
Errado.
Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos 
Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de 
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada 
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora 
das atribuições institucionais (art. 134, § 1º).
Às Defensorias Públicas estaduais, do Distrito Federal e da União são asseguradas 
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro 
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no 
art. 99, § 2º (art. 134, §§ 2º e 3º).
029. 029. (TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) À Defensoria Pública da União e às defensorias 
públicas estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Segundo o art. 134, §§ 2º e 3º, da CF/1988, há a garantia dessa autonomia funcional e 
administrativa e da iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos 
na lei de diretrizes orçamentárias. 
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Por fim, são princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade 
e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 
e no inciso II do art. 96 da Constituição Federal (art. 134, § 4º).
Por fim, conforme o art. 135, os Advogados Públicos e os Defensores Públicos serão 
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de 
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória.
030. 030. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) A Constituição Federal de 1988 estendeu aos 
defensores públicos a garantia de inamovibilidade, originalmente concedida aos magistrados.
A garantia da inamovibilidade aos defensores públicos está normatizada no art. 134, § 1º, 
da CF/1988. 
Certo.
031. 031. (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A unidade, a indivisibilidade e a independência 
funcional são princípios institucionais da defensoria pública e do Ministério Público.
As menções dos três princípios citados nas duas instituições estão presentes nos arts. 127, 
§ 1º, e 134, § 4º, da CF/1988.
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sÚMulas E JurisPruDÊnCia aPliCÁVEissÚMulas E JurisPruDÊnCia aPliCÁVEis
1) RE 985.392: Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal têm legitimidade 
para propor e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em 
trâmite no STF e no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da 
atuação do MPF.
[RE 985.392 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 26-5-2017, P, DJE de 10-11-2017, Tema 
946.]
2) RE 631.111: Considerada a natureza e a finalidade do seguro obrigatório Danos 
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT)(...) o STF 
considerou que sua tutela se revestia de interesse social qualificado, autorizando, por 
isso mesmo, a iniciativa do Ministério Público de, com base no art. 127 da Constituição, 
defendê-los em juízo mediante ação coletiva.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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[RE 631.111, rel. min. Teori Zavascki, j. 7-8-2014, P, DJE de 30-10-2014, Tema 471.]
3) ADPF 482: Por força do princípio da unidade do Ministério Público (art. 127, § 1º, 
da CF), os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a direção única 
de um só Procurador-Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, não 
havendo unidade entre o Ministério Público de um Estado e o de outro, nem entre 
esses e os diversos ramos do Ministério Público da União.
[ADPF 482, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 3-3-2020, P, DJE de 12-3-2020.]
4) ADI 5.434: Os limites do princípio da independência funcional do Ministério Público, 
art. 127, § 1º, CRFB, encontram-se circunscritos pelo respeito à Constituição da 
República e às leis. (...) O Conselho Nacional do Ministério Público age dentro dos limites 
constitucionais ao editar resolução para esclarecer que deve ser referendada, pelo 
órgão de revisão competente, a decisão do membro do Parquet que conclui, após a 
instauração do inquérito civil ou do respectivo procedimento preparatório, ser este ou 
aquele de atribuição de outro ramo do Ministério Público. Regramento que se insere 
na ambiência da estruturação administrativa da instituição e não viola o princípio da 
independência funcional, eis que é compatível com ele e também com o princípio da 
unidade, nos termos do art. 127, § 1º, CRFB.
[ADI 5.434, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 26-4-2018, P, DJE de 23-9-2019.]
5) Pet. 4.863: Tratando-se de divergência interna entre órgãos do Ministério Público, 
instituição que a Carta da República subordina aos princípios institucionais da 
unidade e da indivisibilidade (CF, art. 127, § 1º), cumpre ao próprio Ministério Público 
identificar e afirmar as atribuições investigativas de cada um dos seus órgãos em face 
do caso concreto, devendo prevalecer, à luz do princípio federativo, a manifestação 
do procurador-geral da República.
[Pet 4.863, rel. min. Marco Aurélio, j. 19-5-2016, P, DJE de 16-5-2017.]
6) HC 103.038: Violação do princípio do promotor natural. Inocorrência. (...) No caso, a 
designação prévia e motivada de um promotor para atuar na sessão de julgamento do 
Tribunal do Júri da Comarca de Santa Izabel do Pará se deu em virtude de justificadasolicitação do promotor titular daquela localidade, tudo em estrita observância aos arts. 
10, IX, f, parte final, e 24, ambos da Lei 8.625/1993. Ademais, o promotor designado 
já havia atuado no feito quando do exercício de suas atribuições na Promotoria de 
Justiça da referida Comarca.
[HC 103.038, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 11-10-2011, 2ª T, DJE de 27-10-2011.]
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7) Rcl 9.327: O Supremo Tribunal reconheceu a legitimidade ativa autônoma do 
Ministério Público estadual para ajuizar reclamação no Supremo Tribunal, sem que se 
exija a ratificação da inicial pelo PGR.
[Rcl 7.101, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-2-2011, P, DJE de 9-8-2011.]
= Rcl 9.327 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 23-5-2013, P, DJE de 1º-8-2013
8) HC 92.885: Nenhuma afronta ao princípio do promotor natural há no pedido de 
arquivamento dos autos do inquérito policial por um promotor de justiça e na oferta 
da denúncia por outro, indicado pelo procurador-geral de justiça, após o juízo local 
ter considerado improcedente o pedido de arquivamento.
[HC 92.885, rel. min. Cármen Lúcia, j. 29-4-2008, 1ª T, DJE de 20-6-2008.]
9) ADI 1.757: A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da Constituição para a 
criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira 
do Ministério Público é privativa do procurador-geral de justiça, no âmbito estadual, 
e do PGR, na esfera federal.
[ADI 1.757, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 20-9-2018, P, DJE de 8-10-2018.]
10) ACO 1.936: O Ministério Público, embora não detenha personalidade jurídica própria, 
é órgão vocacionado à preservação dos valores constitucionais, dotado de autonomia 
financeira, administrativa e institucional que lhe conferem a capacidade ativa para a 
tutela da sociedade e de seus próprios interesses em juízo, sendo descabida a atuação 
da União em defesa dessa instituição.
[ACO 1.936 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 28-4-2015, 1ª T, DJE de 27-5-2015.]
11) ADI 5.171: O Ministério Público é o titular da iniciativa de projeto de lei que organiza, 
institui atribuições e estabelece a estrutura da carreira, dispondo também sobre a 
forma de eleição, de composição da lista tríplice e de escolha do Procurador-Geral 
de Justiça, na forma do artigo 128, §§ 3º e 5º, da Constituição Federal, observados 
os limites traçados pelo texto constitucional e pela legislação orgânica nacional (Lei 
8.625/1993). A Emenda Constitucional 48/2014 à Constituição do Estado do Amapá 
revela-se formalmente inconstitucional: (i) por tratar de matéria relativa à alteração 
do estatuto jurídico da carreira do Ministério Público Estadual, porquanto o Poder 
Legislativo não ostenta essa competência, violando diretamente o artigo 128, §§ 3º 
e 5º, do texto constitucional; e (ii) ao consagrar a iniciativa eivada de incompetência, 
a Constituição Estadual viola a Constituição Federal, que reclama lei complementar 
de iniciativa do Procurador-Geral para disciplinar o tema. A lei orgânica do Ministério 
Público é a via legislativa apta a definir os membros da carreira elegíveis para o cargo de 
Procurador-Geral de Justiça. Consectariamente, a emenda constitucional de iniciativa 
parlamentar, ao dispor sobre a data para a realização da eleição, para a formação O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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de lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral de Justiça, viola as disposições do 
artigo 128, § 3º e 5º, da Constituição Federal, que exige lei complementar estadual 
de iniciativa daquela autoridade.
[ADI 5.171, rel. min. Luiz Fux, j. 30-8-2019, P, DJE de 10-12-2019.]
12) ADI 5.700: O modo de investidura do Procurador-Geral de Justiça constitui 
garantia de independência e autogoverno, visando à proteção da Sociedade e à defesa 
intransigente do regime democrático e exige, para sua regulamentação, a edição de 
lei complementar estadual de iniciativa da própria Instituição (CF, art. 128, § 5º). A 
Constituição Federal consagrou os requisitos básicos para a escolha do Procurador-Geral 
de Justiça, bem como a existência de mandato por tempo certo, impossibilitando sua 
demissão ad nutum, garantindo-lhe a imparcialidade necessária para o pleno exercício 
da autonomia administrativa da Instituição, sem possibilidade de ingerências externas.
[ADI 5.700, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 23-8-2019, P, DJE de 9-9-2019.]
13) ADI 3.802: Detém o PGR, de acordo com o art. 128, § 5º, da CF, a prerrogativa, ao 
lado daquela já atribuída ao chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, d, CF), de iniciativa 
dos projetos legislativos que versem sobre a organização e as atribuições do Ministério 
Público Eleitoral, do qual é chefe, atuando como seu procurador-geral. Tratando-se 
de atribuição do MPF (arts. 72 e 78), nada mais natural que as regras de designação 
dos membros do Ministério Público para desempenhar as funções junto à Justiça 
Eleitoral sejam disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a organização, 
as atribuições e o estatuto do MPU, no caso a LC 75, de 20 de maio de 1993. O fato 
de o promotor eleitoral (membro do Ministério Público estadual) ser designado pelo 
procurador regional eleitoral (membro do MPF) não viola a autonomia administrativa 
do Ministério Público estadual. Apesar de haver a participação do Ministério Público 
dos Estados na composição do Ministério Público Eleitoral – cumulando o membro da 
instituição as duas funções –, ambas não se confundem, haja vista possuírem conjuntos 
diversos de atribuições, cada qual na esfera delimitada pela CF e pelos demais atos 
normativos de regência. A subordinação hierárquico-administrativa – não funcional 
– do promotor eleitoral é estabelecida em relação ao procurador regional eleitoral, e 
não em relação ao procurador-geral de justiça. Ante tal fato, nada mais lógico que o 
ato formal de “designação” do promotor eleitoral seja feito pelo superior na função 
eleitoral, e não pelo superior nas funções comuns. A designação do promotor eleitoral é 
ato de natureza complexa, resultando da conjugação de vontades tanto do procurador-
geral de justiça – que indicará o membro do Ministério Público estadual – quanto do 
procurador regional eleitoral – a quem competirá o ato formal de designação. O art. 
79, caput e parágrafo único, da LC 75/1993 não tem o condão de ofender a autonomia 
do Ministério Público estadual, já que não incide sobre a esfera de atribuições do O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Parquet local, mas sobre ramo diverso da instituição – o Ministério Público Eleitoral, 
não interferindo, portanto, nas atribuições ou na organização do Ministério Público 
estadual.
[ADI 3.802, rel. min. Dias Toffoli, j. 10-3-2016, P, DJE de 14-11-2016.]
14) MS 34.472: Não compete ao CNMP ou ao Colégio de Procuradores de Justiça “revisar 
ato do procurador-geral, no âmbito de seu dever-poder de gestão e administração de 
sua unidade ministerial, que não desborde os limites da legalidade, proporcionalidade 
e moralidade”. Inexistênciade garantia constitucional ao duplo grau de jurisdição na 
seara administrativa. (...) Não há obrigatoriedade de previsão de recurso administrativo 
para revisão de decisão de autoridade, máxime quando se trata de decisão prolatada no 
exercício de competência discricionária e exclusiva do agente público. Não há previsão 
de recurso administrativo para a hipótese na LC 72/2008, que institui a Lei Orgânica 
e o Estatuto do Ministério Público do Estado do Ceará.
[MS 34.472 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 6-10-2017, 2ª T, DJE de 26-10-2017.]
 
15) ADI 2.622: Não pode norma de constituição estadual proibir nomeação de membro 
do Ministério Público para cargo de confiança que integre a administração da própria 
instituição.
[ADI 2.622, rel. min. Cezar Peluso, j. 10-11-2011, P, DJE de 16-2-2012.]
16) Súmula 643, do STF: O Ministério Público tem legitimidade para promover ação 
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidade escolares.
17) RE 643.978: (...) o Ministério Público tem legitimidade para a propositura de ação 
civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao FGTS.
[RE 643.978, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 9-10-2019, P, DJE de 25-10-2019, Tema 
850.]
18) RE 409.356: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública 
(ACP) que vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao 
patrimônio público. 
[RE 409.356, rel. min. Luiz Fux, j. 25-10-2018, P, Informativo 921, Tema 561.]
19) RE 605.533: O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar ação civil pública 
com objetivo de compelir entes federados a entregarem medicamentos a portadores 
de certa doença.
[RE 605.533, rel. min. Marco Aurélio, j. 15-8-2018, P, DJE de 12-2-2020.]
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20) ARE 823.347: A questão constitucional discutida nos autos é a possibilidade de 
execução das decisões de condenação patrimonial proferidas pelos tribunais de contas 
por iniciativa do Ministério Público, atuante ou não junto às cortes de contas, seja 
federal, seja estadual. (...) a jurisprudência pacificada do STF firmou-se no sentido 
de que a referida ação de execução pode ser proposta tão somente pelo ente público 
beneficiário da condenação imposta pelos tribunais de contas. (...) Por conseguinte, 
é ausente a legitimidade ativa do Parquet. 
[ARE 823.347 RG, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 2-10-2014, P, DJE de 28-10-2014, 
Tema 768.]
21) ARE 694.294: Ilegitimidade ativa ad causam do Ministério Público para, em ação civil 
pública, deduzir pretensão relativa à matéria tributária. Reafirmação da jurisprudência 
da Corte.
[ARE 694.294 RG, rel. min. Luiz Fux, j. 25-4-2013, P, DJE de 17-5-2013, Tema 645.]
22) RE 629.840: (...) o Ministério Público possui legitimidade ativa para ajuizar ação 
civil pública que tenha por objeto a condenação de agente público ao ressarcimento 
de prejuízos causados ao erário.
[RE 629.840 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 4-8-2015, 1ª T, DJE de 28-8-2015.]
23) MS 26.969: As instâncias judicial e administrativa não se confundem, razão pela 
qual a fiscalização do TCU não inibe a propositura da ação civil pública (...).
[MS 26.969, rel. min. Luiz Fux, j. 18-11-2014, 1ª T, DJE de 12-12-2014.]
24) AI 698.478: Esta Corte (...) reconheceu a legitimidade do Ministério Público para 
ajuizar ação civil pública em defesa de menores.
[AI 698.478, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 18-5-2012, dec. monocrática, DJE de 
28-5-2012.]
25) HC 97.969: A CF de 1988, ao regrar as competências do Ministério Público, o fez 
sob a técnica do reforço normativo. Isso porque o controle externo da atividade 
policial engloba a atuação supridora e complementar do órgão ministerial no campo 
da investigação criminal. Controle naquilo que a polícia tem de mais específico: a 
investigação, que deve ser de qualidade. Nem insuficiente, nem inexistente, seja por 
comodidade, seja por cumplicidade. Cuida-se de controle técnico ou operacional, e 
não administrativo-disciplinar.
[HC 97.969, rel. min. Ayres Britto, j. 1º-2-2011, 2ª T, DJE de 23-5-2011.]
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26) Súmula 524, do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a 
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas 
provas.
27) RE 593.727: O Ministério Público dispõe de competência para promover, por 
autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que 
respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer 
pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses 
de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais 
de que se acham investidos, em nosso país, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º, 
notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre 
presente no Estado Democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional 
dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos 
membros dessa instituição.
[RE 593.727, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 14-5-2015, P, DJE de 8-9-2015, Tema 
184.]
28) MS 26.415: (...) o pagamento do auxílio-moradia por prazo certo constitui legítima 
atuação discricionária do PGR, a fim de indenizar a despesa realizada com moradia pelos 
membros do Parquet que optaram por residir e trabalhar nas localidades alcançadas 
pela vantagem. É uma forma de indenizar e de incentivar o provimento inicial e imediato 
de vagas nos locais considerados de difícil acesso. Entretanto, não há justificativa para 
a dilação indeterminada no recebimento do benefício.
[MS 26.415, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 17-3-2020, 2ª T, Informativo 970.]
29) AO 1.773: Magistratura e Ministério Público. Simetria constitucional entre carreiras. 
Ajuda de custo para fins de moradia. Art. 65, II, da LOMAN (LC nº 35/79). Art. 227, VII, da 
Lei Complementar nº 75/1993 e art. 50, II, da Lei nº 8.625/1993. Extensão aos membros 
do MP. Necessidade de garantia de um padrão simétrico entre as carreiras de Estado. 
Modificações no contexto fático-jurídico. Novo cenário orçamentário. Promulgação 
de leis que garantem a recomposição parcial da inflação de 16,38% nos subsídios dos 
membros do STF e do Procurador-geral da República. Lei n.º 13.752/2018 e Lei n.º 
13.753/2018. Nova medida adotada em circunstância de gravíssima crise financeira. 
Impacto orçamentário. Consequencialismo. Lei nº 13.655/2018. Efeito prático das 
decisões desta Suprema Corte. Economicidade. Isonomia. Impossibilidade prática do 
cenário atual que legitime o pagamento de auxílio-moradia simultaneamente à parcial 
recomposição inflacionária do subsídio. Alcance do decisum: magistratura, Ministério 
Público, Defensoria Pública, Tribunais de Contas, Procuradorias e qualquer carreira 
jurídica que receba o auxílio-moradia com fundamento: I) no princípio constitucional O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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da simetria com a magistratura; II) nas liminares deferidas nesta ação e nas que lhe 
são correlatas, ou III) com amparo em atos normativos locais (leis, resoluções ou de 
qualquer outra espécie). Revogação da tutela antecipada com efeitos prospectivos 
(ex nunc).
[AO 1.773, rel. min. Luiz Fux, j. 26-11-2018, dec. monocrática, DJE de 28-11-2018.]
30) MS 27.601: Concurso. Atividade jurídica. Especificidade. Art. 129, § 3º, da CF. 
Alcance. A expressão “três anos de atividade jurídica”, contida no art. 129 da CF, não 
encerra vinculação a atividade privativa de bacharel em direito.
[MS 27.601, rel. min. Marco Aurélio, j. 22-9-2015, 1ª T, DJE de 17-11-2015.]
31) MS 27.339: Está assente na jurisprudência deste STF que o Ministério Público junto 
ao Tribunal de Contas possui fisionomia institucional própria, que não se confunde 
com a do Ministério Público comum, sejam os dos Estados, seja o da União, o que 
impede a atuação, ainda que transitória, de procuradores de justiça nos Tribunais de 
Contas (...). Escorreita a decisão do CNMP que determinou o imediato retorno de dois 
procuradores de justiça, que oficiavam perante o Tribunal de Contas do Estado do Rio 
Grande do Sul, às suas funções próprias no Ministério Público estadual, não sendo 
oponíveis os princípios da segurança jurídica e da eficiência, a legislação estadual ou 
as ditas prerrogativas do procurador-geral de justiça ao modelo institucional definido 
na própria Constituição.
[MS 27.339, rel. min. Menezes Direito, j. 2-2-2009, P, DJE de 6-3-2009.]
= ADI 3.307, rel. min. Cármen Lúcia, j. 2-2-2009, P, DJE de 29-5-2009
32) ADI 4.263: O Plenário, por maioria, julgou improcedente o pedido formulado em ação 
direta ajuizada em face da Resolução 36/2009 do CNMP, que dispõe sobre o pedido e a 
utilização de interceptações telefônicas, no âmbito do Ministério Público, nos termos 
da Lei 9.296/1996. (...) No mérito, ao reconhecer sua constitucionalidade, o Colegiado 
asseverou que a norma foi editada pelo CNMP no exercício das atribuições previstas 
diretamente no art. 130-A, § 2º, I e II, da CF. Nesse contexto, apenas regulamentou 
questões administrativas e disciplinares relacionadas ao procedimento de interceptação 
telefônica, sem adentrar em matéria de direito penal, processual ou relativa a nulidades. 
(...) A Corte ressaltou, ainda, que o CNMP possui competência para regular os parâmetros 
a serem utilizados na análise de processos disciplinares submetidos ao órgão. Em 
realidade, trata-se de medida conveniente e desejável que confere previsibilidade à 
atuação do Conselho, bem como oferece segurança jurídica e tratamento isonômico 
àqueles sujeitos a seu controle. Por outro lado, padronizou procedimentos formais 
sobre a matéria, de modo a concretizar o princípio da eficiência (...), cuja observância 
deve ser tutelada pelo Conselho (...). A existência de um grau mínimo de uniformização 
atende ao princípio da eficiência, além de ser conveniente para a continuidade das O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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investigações, especialmente ao se considerar a possibilidade de atuação de mais de 
um membro do Parquet no mesmo processo e em momentos distintos.
[ADI 4.263, rel. min. Roberto Barroso, j. 25-4-2018, P, Informativo 899.]
33) MS 27.744: O CNMP não ostenta competência para efetuar controle de 
constitucionalidade de lei, posto consabido tratar-se de órgão de natureza administrativa, 
cuja atribuição adstringe-se ao controle da legitimidade dos atos administrativos 
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público federal e estadual (...).
[MS 27.744, rel. min. Luiz Fux, j. 6-5-2014, 1ª T, DJE de 8-6-2015.]
34) MS 34.712: O constituinte, ao erigir o CNMP como órgão de controle externo do 
Ministério Público, atribuiu-lhe, expressamente, competência revisional ampla, de sorte 
que não há vinculação à aplicação da penalidade ou à gradação da sanção imputada 
pelo órgão correcional local (CRFB/1988, art. 130-A, § 2º, IV).
[MS 34.712 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 6-10-2017, 1ª T, DJE de 25-10-2017.]
35) Súmula 644, do STF: Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige 
a apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo.
36) AO 1.757: Representação processual. Pessoa jurídica de direito público. União. 
Instrumento de mandato. Dispensa. Uma vez subscrito o ato por detentor do cargo 
de advogado da União, dispensável é a apresentação de instrumento de mandato, da 
procuração.
[AO 1.757, rel. min. Marco Aurélio, j. 3-12-2013, 1ª T, DJE de 19-12-2013.]
37) ADI 3.536: O Plenário, por maioria, julgou procedente pedido formulado em ação 
direta ajuizada contra dispositivos da Lei Complementar 226/2002 do Estado de 
Santa Catarina, a qual confere à Procuradoria-Geral do Estado competência para 
controlar os serviços jurídicos de entidades da administração estadual indireta, inclusive 
a representação judicial, com a possibilidade de avocação de processos e litígios 
judiciais, de empresas públicas e sociedades de economia mista. O Colegiado declarou 
a inconstitucionalidade da expressão ‘sociedades de economia mista e empresas 
públicas estaduais’, constante dos arts. 1º, 2º, 3º, 4º, VI, 12, caput e parágrafo único, 
16, caput e II, e 17, da lei impugnada. Entendeu que os referidos dispositivos violam 
o art. 132 da Constituição Federal (CF), que confere às procuradorias dos estados 
atribuições para as atividades de consultoria jurídica e representação judicial das 
respectivas unidades federadas, mas apenas relativamente à administração pública 
direta, autárquica e fundacional. Asseverou que a lei cria uma ingerência indevida do 
Governador na administração das empresas públicas e sociedades de economia mista, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para FERNANDA GOMES DE LIMA - 70361360142, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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pessoas jurídicas de direito privado, o que impede a defesa dessas entidades. No ponto, 
observou que o chefe do poder executivo estadual é quem escolhe o Procurador-Geral 
do Estado. Num eventual litígio, por exemplo, entre uma sociedade de economia mista 
e a administração pública direta, o Governador poderia determinar a avocação do 
processo e defender o seu próprio interesse. Haveria, portanto, partes conflituosas, 
no mesmo litígio, com o mesmo advogado.
[ADI 3.536, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 2-10-2019, P, Informativo 954.]
38) ADI 1.246: A Procuradoria-Geral do Estado é o órgão constitucional e permanente 
ao qual se confiou o exercício da advocacia (representação judicial e consultoria jurídica) 
do Estado-membro (CF/88, art. 132). A parcialidade é inerente às suas funções, sendo, 
por isso, inadequado cogitar-se independência funcional, nos moldes da Magistratura, 
do Ministério Público ou da Defensoria Pública (CF/88, art. 95, II; art. 128, § 5º, I, 
b; e art. 134, § 1º). A garantia da inamovibilidade é instrumental à independência 
funcional, sendo, dessa forma, insuscetível de extensão a uma carreira cujas funções 
podem envolver relativa parcialidade e afinidade de ideias, dentro da instituição e em 
relação à Chefia do Poder Executivo, sem prejuízo da invalidação de atos de remoção 
arbitrários ou caprichosos.
[ADI 1.246, rel. min. Roberto Barroso, j. 11-4-2019, P, DJE de 23-5-2019.]
39) ADI 5.2015: (...) as universidades estaduais também podem criar e organizar 
procuradorias jurídicas, em razão de sua autonomia

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