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Apostila Concurso CEFET 2024 Assistente Administrativo

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CÓD: SL-016MR-24
7908433250593
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA 
CELSO SUCKOW DA FONSECA
CEFET - RJ
Assistente em 
Administração
a solução para o seu concurso!
Editora
EDITAL Nº 3, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2024
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como 
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação textual, considerando a norma culta da Língua Portuguesa, tipologia textual, normas gramati-
cais e ortográficas, coesão e coerência textual, estrutura frasal, pontuação, acentuação e adequação, frente a textos atuais e 
clássicos literários ...................................................................................................................................................................... 7
2. Ortografia oficial ........................................................................................................................................................................ 12
3. Acentuação gráfica ..................................................................................................................................................................... 16
4. Emprego da crase ...................................................................................................................................................................... 17
5. Análise de relações de intertextualidade e interdiscursividade, identificação de posicionamentos ou de perspectivas, compre-
ensão de paráfrases, paródias e estilizações, entre outras possibilidades ................................................................................ 18
6. Emprego das classes de palavras. Emprego/correlação de tempos e modos verbais. Valor semântico das preposições, conjun-
ções, locuções e advérbios ........................................................................................................................................................ 19
7. Sintaxe da oração e do período. Pontuação. Recursos e variações linguísticas. Pronomes e regras pronominais. Orações coor-
denadas e subordinadas ............................................................................................................................................................ 31
8. Regras de formação de palavras ................................................................................................................................................ 34
9. Concordância ............................................................................................................................................................................. 36
10. Regência nominal e verbal ......................................................................................................................................................... 37
11. Significação das palavras ............................................................................................................................................................ 39
12. Normas para elaboração de redações. Adequação da linguagem ao tipo de documento. Adequação do formato do texto ao 
gênero ........................................................................................................................................................................................ 40
13. Práticas de linguagem: oralidade, leitura/escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica (que 
envolve conhecimentos linguísticos - sobre o sistema de escrita, o sistema da língua e a norma-padrão -, textuais, discursivos 
e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses) .................................................................................... 48
Raciocínio Lógico e Matemático
1. Raciocínio lógico numérico: Resolução de problemas envolvendo números reais .................................................................... 57
2. Conjuntos ................................................................................................................................................................................... 59
3. Porcentagem .............................................................................................................................................................................. 63
4. Médias .......................................................................................................................................................................................64
5. Sequências e padrões (com números, figuras ou palavras) ....................................................................................................... 65
6. Raciocínio lógico: Proposições. Conectivos. Negação. Tabela-verdade. Equivalência e implicação lógica. Argumentação lógica. 
Estruturas lógicas. Condição necessária e suficiente ................................................................................................................. 66
7. Problemas de contagem: Princípio Aditivo e Princípio Multiplicativo. Arranjos. Combinações. Permutações ......................... 71
8. Noções de probabilidade ........................................................................................................................................................... 73
Informática
1. Conceito de internet e intranet. Conceitos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos 
associados à internet/intranet. Ferramentas e aplicativos de navegação, de correio eletrônico, de grupos de discussão, de 
busca, de pesquisa e de redes sociais. Redes de comunicação - Redes Sociais e Telecomunicações ........................................ 81
2. Noções de sistema operacional (ambiente Linux e Windows) .................................................................................................. 92
3. Acesso à distância a computadores, transferência de informação e arquivos, aplicativos de áudio, vídeo e multimídia ......... 117
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
4. Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e LibreOffice). Planilhas - elaboração, fórmulas e 
conceitos ligados ao Excel. Apresentações - formatos, designs, comandos e conceitos ligados ao Powerpoint ....................... 118
5. Redes de computadores ............................................................................................................................................................ 150
6. Conceitos de proteção e segurança. Noções de vírus, worms e pragas virtuais. Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, 
antispyware etc.) ....................................................................................................................................................................... 156
7. Computação na nuvem (cloud computing) ................................................................................................................................ 160
8. Conceitos de informação, dados, representação de dados, de conhecimentos, segurança e inteligência. Banco de dados. Base 
de dados, documentação e prototipação .................................................................................................................................. 162
9. Noções de aprendizado de informática - software e hardware ................................................................................................. 171
Legislação e Ética
1. Constituição da República Federativa do Brasil - artigos 1.º ao 15º .......................................................................................... 179
2. Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990 - Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autar-
quias e das fundações públicas federais .................................................................................................................................... 188
3. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação .................................................................. 246
4. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.......................................................................... 266
5. Lei n.º 13.185, de 6 de novembro de 2015 - Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) ................ 303
6. Regimento Geral do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ ....................................... 304
7. Lei n.º 8.027, de 12 de abril de 1990 - Código de Ética dos Servidores Públicos ....................................................................... 309
8. Ética no serviço público em todo o seu teor – Ética e Moral; Ética, princípios e valores .......................................................... 310
9. ética e democracia – exercício da cidadania .............................................................................................................................. 316
10. ética e função pública ................................................................................................................................................................ 317
11. princípios do Direito Administrativo .......................................................................................................................................... 320
Conhecimentos Específicos
Assistente em Administração
1. Conhecimentos básicos de administração (conceitos, funções básicas da administração, natureza e finalidade) ................... 327
2. administração de materiais e patrimônio (logística de armazenagem, transporte e distribuição) ........................................... 341
3. correspondências a atos administrativos (ata, carta, comunicado, edital, fax, memorando, ofício, ordem de serviço, porta-
ria) .............................................................................................................................................................................................. 366
4. serviço de protocolo e arquivo (tipos de arquivos, acessórios do arquivo, fases de arquivamento, técnicas); protocolo (recep-
ção, classificação, registro e distribuição de documentos) ........................................................................................................ 380
5. política de atendimento à criança e ao adolescente ................................................................................................................. 388
6. crimes e infrações administrativas praticadas contra a criança e o adolescente ....................................................................... 389
7
a solução para o seu concurso!
Editora
LÍNGUA PORTUGUESA
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL, CONSI-
DERANDO A NORMA CULTA DA LÍNGUA PORTUGUESA, 
TIPOLOGIA TEXTUAL, NORMAS GRAMATICAIS E ORTO-
GRÁFICAS, COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL, ESTRUTURA 
FRASAL, PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E ADEQUAÇÃO, 
FRENTE A TEXTOS ATUAIS E CLÁSSICOS LITERÁRIOS
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois 
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo 
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é 
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que 
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, 
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, 
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada 
em nossos conhecimentos prévios. 
Compreensão de Textos 
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do 
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. 
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso 
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. 
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem 
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a 
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, 
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito 
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado 
evento. 
Interpretação de Textos 
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os 
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias 
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar 
é decodificar o sentido de um texto por indução. 
A interpretação de textos compreende a habilidade de se 
chegar a conclusões específicasapós a leitura de algum tipo de 
texto, seja ele escrito, oral ou visual. 
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado 
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado 
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, 
podendo ser diferente entre leitores. 
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de 
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em 
um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
cial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a 
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com 
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou 
menos severas.”
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 
1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos 
severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes 
ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser in-
cluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Comentário da questão:
Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas 
com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. = 
afirmativa correta.
Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à 
“deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação, 
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o 
texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. = 
afirmativa correta.
Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. = 
afirmativa correta.
Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão, 
visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o 
texto. 
LÍNGUA PORTUGUESA
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a solução para o seu concurso!
Editora
Definição Geral: as tipologia textuais classificam os textos de 
acordo com seus aspectos linguísticos, em termos de estruturação 
e apresentação. Também podem ser denominados tipos textuais, 
modo textual ou ainda de organização do discurso, essas 
categorizações consistem em formas distintas sob as quais um 
texto pode ser apresentado, com fins de responder a diferentes 
propósitos comunicativos.
Critérios utilizados pela tipologia textual: elementos sintáticos, 
objetivo da comunicação, vocabulário, estrutura, construções 
frásicas, linguagem, emprego dos tempos verbais, modo de 
interação com o leitor, conexões lógicas, entre outros. 
Objetivos comunicativos: os elementos que compõem um 
texto diversificam-se conforme a finalidade do texto, que pode ser 
narrar, argumentar, informar, descrever e etc. 
Os tipos de texto: de acordo com as tipologias textuais, um 
texto pode ser narrativo, descritivo, dissertativo (argumentativo e 
expositivo) ou explicativo (prescritivo e injuntivo). 
Tipologia textual x gênero textual: são dois modos de 
classificação de um texto que se baseiam em critérios distintos. 
Enquanto o gênero textual se dedica aos aspectos formais (modelo 
de apresentação do texto e função social), as tipologias textuais 
têm seu foco na estrutura linguística de um texto, na organização 
do discurso e suas características morfossintáticas. 
— Texto dialogal
Essa tipologia apresenta um diálogo entre, pelo menos, dois 
locutores. O que difere essa classe da narração é o fato de que, no 
texto dialogal, o narrador não é obrigatório e, nos casos em que ele 
se apresenta, sua função se limita a introduzir o diálogo; este, por 
sua vez, se dará na primeira pessoa. Os principais gêneros textuais 
que se enquadram nessa tipologia são: peças de teatro, debates, 
entrevistas, conversas em aplicativos eletrônicos. 
As principais características do texto dialogal: 
– Predomínio dos verbos na primeira pessoa do singular;
– Discurso direto: emprego de verbos elocutivos e dos sinais 
dois-pontos, aspas ou travessões para, respectivamente, indicar o 
princípio de uma fala ou para marcá-las;
– Traços na linguagem oral.
— Texto explicativo
A finalidade básica dessa tipologia é instruir o leitor em relação 
a um procedimento específico. Para isso, o texto expõe informações 
que prepara o leitor para agir conforme uma determinada 
conduta. Essa tipologia se divide dois subtipos:
– Texto explicativo prescritivo: exige que o leitor se conduza de 
um modo determinado. Ex.: editais de concursos, leis e cláusulas 
contratuais. 
– Texto explicativo injuntivo: permite que o leitor proceda com 
certa autonomia. Ex.: manuais de instruções, receitas culinárias e 
bulas. 
A semântica textual é uma área da linguística que se dedica 
ao estudo do significado dos textos, considerando tanto o seu 
conteúdo quanto a forma e a estruturação frasal e textual.
No que diz respeito ao conteúdo, a semântica textual busca 
compreender como as palavras e expressões utilizadas no texto se 
relacionam para transmitir uma mensagem coerente e significativa. 
Nesse sentido, é importante considerar não apenas o significado 
isolado de cada palavra, mas também o contexto em que elas são 
empregadas.
Além disso, a semântica textual também se preocupa com a 
forma e a estruturação frasal e textual do texto, analisando como 
as frases se relacionam entre si para produzir um sentido global. 
Isso inclui aspectos como a ordem das palavras na frase, a utilização 
de conectivos e pontuação, e a organização geral do texto em 
parágrafos e seções. Conheça como se dá cada um deles:
– Ordem das palavras na frase: A ordem das palavras pode 
afetar o significado da frase. Por exemplo, em português, a ordem 
sujeito-verbo-objeto é a mais comum, mas em outras línguas, como 
o latim, a ordem pode ser diferente. Alterar a ordem das palavras 
na frase pode enfatizar diferentes elementos ou mudar o sentido 
da frase.
– Pausas e pontuação: O uso de pausas e pontuação, como 
vírgulas, ponto e vírgula e ponto final, é importante para a clareza 
e compreensão do texto. Eles ajudam a indicar as relações entre as 
frases e elementos dentro das frases.
– Conectivos: Os conectivos são palavras ou expressões que 
estabelecem uma relação entre frases ou elementos dentro das 
frases. Exemplos de conectivos são “e”, “ou”, “mas”, “porque”, 
“como resultado”, entre outros.
– Parágrafos e seções: A organização do texto em parágrafos e 
seções ajuda a estruturar as ideias e a transmitir um sentido global 
ao texto. Cada parágrafo deve ter um tema ou ideia central e estar 
relacionado com os outros parágrafos.
É importante lembrar que a estrutura deve estar a serviço 
do conteúdo do texto, ou seja, deve ser utilizada para transmitir 
as ideias e informações de forma clara e eficaz. Ela também deve 
ser adequada ao gênero textual e ao público-alvo, e deve estar em 
consonância com a norma padrão da língua utilizada.
Ao considerar tanto o conteúdo quanto a forma do texto, a 
semântica textual pode contribuir para uma melhor compreensão 
dos significados implícitos e explícitos presentes nas mensagens 
transmitidas pela linguagem escrita. Essa compreensão é essencial 
para a produção de textos coerentes e eficazes, capazes de 
transmitir com clareza e precisão as ideias e informações que se 
deseja comunicar.
A semântica textual também leva em consideração aspectos 
pragmáticos da comunicação, ou seja, como as intenções e 
expectativas do emissor e do receptor afetam a interpretação do 
texto. Por exemplo, o uso de ironia ou sarcasmo pode alterar o 
significado literal das palavras, mas ainda assim ser compreendido 
pelo receptor devido ao conhecimento compartilhado entre eles.
Outro aspecto importante da semântica textual é a análisedo 
discurso, que se concentra na relação entre o texto e o contexto 
social, cultural e histórico em que ele é produzido e recebido. Isso 
inclui a análise de elementos como a ideologia, a identidade e o 
poder presentes no discurso, bem como as estratégias discursivas 
utilizadas para persuadir, convencer ou manipular o receptor.
Existem diversos exemplos que podem ser utilizados sobre o 
tema da semântica textual. Confira alguns dos tipos de análises que 
se pode fazer:
– Análise do conteúdo: Em um texto sobre o meio ambiente, 
pode-se analisar como as palavras e expressões utilizadas estão 
relacionadas para transmitir uma mensagem coerente e significativa. 
Por exemplo, pode-se observar como as palavras “sustentabilidade”, 
LÍNGUA PORTUGUESA
9
a solução para o seu concurso!
Editora
“reciclagem”, “energias renováveis” e “preservação” estão 
interligadas para transmitir a ideia de que é importante cuidar do 
planeta e agir de forma responsável em relação ao meio ambiente.
– Análise da forma e estruturação frasal: Em um texto 
jornalístico, pode-se analisar como as frases se relacionam entre 
si para produzir um sentido global. Por exemplo, pode-se observar 
como as frases são organizadas em parágrafos e como os conectivos 
são utilizados para estabelecer uma relação entre as informações 
apresentadas.
– Análise pragmática: Em um diálogo entre duas pessoas, 
pode-se analisar como as intenções e expectativas do emissor 
e do receptor afetam a interpretação do texto. Por exemplo, se 
uma pessoa diz “que bonito” em tom irônico, o receptor pode 
compreender que ela na verdade está expressando uma opinião 
contrária.
– Análise do discurso: Em um texto político, pode-se analisar 
como a ideologia e as estratégias discursivas utilizadas afetam a 
interpretação do texto. Por exemplo, pode-se observar como as 
palavras e expressões utilizadas pelo autor são escolhidas para 
persuadir o leitor a aceitar determinada ideia ou posição política.
A semântica textual é uma área de estudo complexa e 
multidisciplinar que busca compreender como os textos funcionam 
como instrumentos de comunicação e como eles são construídos 
para transmitir significados específicos. Ao considerar tanto o 
conteúdo quanto a forma dos textos, bem como os aspectos 
pragmáticos e discursivos da comunicação, a semântica textual 
oferece ferramentas valiosas para a análise e produção de textos 
mais eficazes e significativos.
PONTUAÇÃO,
Pontuação é um aspecto fundamental da língua escrita, pois 
ajuda a organizar e estruturar o texto, indicando pausas, entona-
ções e relacionamentos entre os elementos. Diferentes autores têm 
abordado esse assunto, fornecendo regras e implicações de sentido 
relacionadas à pontuação.
Evanildo Bechara é um linguista brasileiro que tem contribuído 
com estudos sobre a gramática da língua portuguesa. Em seu livro 
“Moderna Gramática Portuguesa”, ele apresenta regras precisas 
para o uso da pontuação, destacando a necessidade de marcar as 
pausas e separar as unidades de pensamento. Além disso, enfatiza 
a importância de seguir as normas acadêmicas e evitar excessos ou 
omissões na pontuação.
Domingos Paschoal Cegalla é outro renomado estudioso da lín-
gua portuguesa, conhecido especialmente por seu livro “Novíssima 
Gramática da Língua Portuguesa”. Ele também aborda as regras de 
pontuação, mas de uma forma mais didática e acessível. Cegalla en-
fatiza a importância de pontuar corretamente para evitar ambigui-
dades e garantir a clareza do texto.
Celso Cunha e Lindley Cintra são autores do livro “Nova Gramá-
tica do Português Contemporâneo”, uma obra bastante influente na 
área. Eles apresentam as regras e implicações de sentido da pontu-
ação de forma detalhada e completa, destacando a importância de 
observar as regras gramaticais e considerar o sentido e a estrutura 
do texto ao realizar a pontuação.
Em geral, os autores concordam sobre a importância da pontu-
ação para a clareza e organização do texto. Porém, existem algumas 
diferenças de abordagem e ênfase entre eles, o que pode levar a 
variações nas regras e implicações de sentido apresentadas. É im-
portante consultar diferentes fontes e ter um bom domínio da lín-
gua para pontuar corretamente e transmitir a mensagem desejada.
— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais 
gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial 
de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas 
e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) 
em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os 
gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a 
compreensão da frase. 
O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: 
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos 
tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– Demarcar das unidades de um texto; 
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um 
enunciado
Vírgula 
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado 
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem 
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, 
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes 
não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo 
tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em 
outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser 
empregada: 
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
 
REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
2 – Isolar o vocativo 
“Crianças, venham almoçar!” 
“Quando será a prova, professora?” 
3 – Separar apostos 
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 
4 – Isolar expressões explicativas: 
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi 
responsabilizado.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
1010
a solução para o seu concurso!
Editora
5 – Separar conjunções intercaladas 
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: 
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários 
do setor.” 
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: 
“Estas alegações, não as considero legítimas.” 
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas 
por conjunções) 
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” 
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 
10 – Marcar a omissão de um termo: 
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo 
“fazer”). 
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas 
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e 
assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: 
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos 
ajudasse.” 
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a 
principal: 
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas 
ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: 
Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!
Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!
5 – Separar as sentenças intercaladas: 
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu 
leito, até que você se recupere por completo.”
• Antes da conjunção “e”
1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire 
valores que não expressam adição, como consequência ou 
diversidade, por exemplo. 
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto,ou seja, sempre 
que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar 
alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; 
e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o 
esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas 
apresentam sujeitos distintos, por exemplo: 
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito 
e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome 
e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração 
substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja 
apositiva nem se apresente inversamente). 
Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa: 
“O almoço está pronto e será servido.”
2 – Abrevia palavras: 
– “p.” (página) 
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria) 
– “Dr.” (Doutor) 
3 – Para separar períodos: 
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto e Vírgula 
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou 
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: 
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; 
nossa amiga, de praticar esportes.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: 
Mercúrio; 
Vênus; 
Terra; 
Marte; 
Júpiter; 
Saturno; 
Urano;
Netuno.” 
Dois Pontos
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, 
enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem 
ideias anteriores. 
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela 
grande ofensa.” 
2 – Para introduzirem citação direta: 
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente 
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’.” 
3 – Para iniciar fala de personagens: 
“Ele gritava repetidamente: 
– Sou inocente!” 
Reticências 
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta 
sintaticamente: 
“Quem sabe um dia...” 
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: 
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar 
ainda.” 
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a solução para o seu concurso!
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3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o 
objetivo de prolongar o raciocínio: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas 
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - 
Raimundo Fagner).
Ponto de Interrogação 
1 – Para perguntas diretas: 
“Quando você pode comparecer?” 
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para 
destacar o enunciado: 
“Não brinca, é sério?!” 
Ponto de Exclamação 
1 – Após interjeição: 
“Nossa Que legal!” 
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva 
“Infelizmente!” 
3 – Após vocativo 
“Ana, boa tarde!” 
4 – Para fechar de frases imperativas: 
“Entre já!” 
Parênteses 
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases 
intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou 
a vírgula: 
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) 
quem seria promovido.” 
Travessão 
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: 
“O rapaz perguntou ao padre: 
— Amar demais é pecado?” 
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
“— Vou partir em breve. 
— Vá com Deus!” 
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: 
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: 
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” 
Aspas 
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, 
como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos, 
arcaísmos, palavrões, e neologismos. 
“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” 
“A reunião será feita ‘online’.” 
2 – Para indicar uma citação direta: 
“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de 
Assis)
— Definições e diferenciação
Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um 
texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum 
entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais 
para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão 
textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação 
interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação 
externa da mensagem. 
— Coesão Textual
Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado 
das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e 
parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se 
realiza por meio de palavras denominadas conectivos. 
As técnicas de coesão
A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos 
principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à 
mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como 
endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora 
o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. 
 
As regras de coesão 
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as 
regras relacionadas abaixo sejam seguidas.
Referência 
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. 
Exemplo: 
«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de 
departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica 
(retoma termo já mencionado). 
– Comparativa: emprego de comparações com base em 
semelhanças. 
Exemplo: 
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência 
comparativa endofórica. 
– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes 
demonstrativos. 
Exemplo: 
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” 
Temos uma referência demonstrativa catafórica. 
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja 
nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido. 
Analise o exemplo: 
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” 
Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é 
evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao 
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o 
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar 
quaisquer informações ao texto. 
LÍNGUA PORTUGUESA
1212
a solução para o seu concurso!
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– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – 
nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. 
Exemplo: 
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que 
proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica 
ciente de que o locutor está procurando por Ana. 
– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. 
Exemplo: 
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente 
aconteceu.” Conjunção concessiva. 
– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem 
parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido 
aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, 
entre outros. 
Exemplo: 
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está 
dando conta da demanda populacional.” 
— Coerência Textual 
A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto 
que se origina da sua argumentação – consequência decorrente 
dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto 
redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não 
apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência 
prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer 
que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte 
dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da 
emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. 
Observe os exemplos: 
“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo 
até o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um 
inacabado. 
“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não 
consomemprodutos de origem animal. 
Princípios Básicos da Coerência 
– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. 
Fatores de Coerência 
– As inferências: se partimos do pressuposto que os 
interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências 
podem simplificar as informações. 
Exemplo: 
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que 
voltagem da lavadora é 220w”. 
Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de 
que existe um local adequado para ligar determinado aparelho. 
– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem 
de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa 
memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts 
(roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo 
com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de 
funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, 
sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc. 
Exemplo: 
“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” 
O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na 
frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os 
chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e 
nada têm a ver com o Natal. 
ORTOGRAFIA OFICIAL
A ortografia oficial prescreve a maneira correta de escrever as 
palavras, baseada nos padrões cultos do idioma. Procure sempre 
usar um bom dicionário e ler muito para melhorar sua escrita. 
Alfabeto
O alfabeto passou a ser formado por 26 letras: A – B – C – D – E 
– F – G – H – I – J – K – L – M – N – O – P – Q – R – S – T – U – V – W – 
X – Y – Z.. As letras “k”, “w” e “y” não eram consideradas integrantes 
do alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades de me-
dida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em 
geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano.
Vogais: a, e, i, o, u, y, w. 
Consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, z.
Alfabeto: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, 
x, y, z.
Observações:
A letra “Y” possui o mesmo som que a letra “I”, portanto, ela é 
classificada como vogal.
A letra “K” possui o mesmo som que o “C” e o “QU” nas pala-
vras, assim, é considerada consoante. Exemplo: Kuait / Kiwi.
Já a letra “W” pode ser considerada vogal ou consoante, de-
pendendo da palavra em questão, veja os exemplos:
No nome próprio Wagner o “W” possui o som de “V”, logo, é 
classificado como consoante.
Já no vocábulo “web” o “W” possui o som de “U”, classificando-
-se, portanto, como vogal.
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; 
conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da 
tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra 
vem do latim hodie.
Emprega-se o H:
- Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, he-
sitar, haurir, etc.
- Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boli-
che, telha, flecha, companhia, etc.
- Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, 
etc.
LÍNGUA PORTUGUESA
13
a solução para o seu concurso!
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- Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, 
hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, heliporto, hematoma, hífen, 
hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, hera, 
húmus;
- Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, baia-
nada, etc.
Não se usa H:
- No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológi-
co, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua 
por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respec-
tivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eru-
ditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispânico, 
hibernal, hibernar, etc.
Emprego das letras E, I, O e U
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ 
e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem 
as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, má-
goa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.
Escreve-se com a letra E:
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: con-
tinue, habitue, pontue, etc.
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: 
abençoe, magoe, perdoe, etc.
- As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior): 
antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc.
- Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemi-
tério, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdício, Destilar, Disenteria, 
Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico, 
Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, Sequer, Serie-
ma, Seringa, Umedecer.
Emprega-se a letra I:
- Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer 
/–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc. 
- Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, 
Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
- Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, arti-
manha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar, criador, 
criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio, feminino, 
Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualável, invólucro, 
lajiano, lampião, pátio, penicilina, pontiagudo, privilégio, requisito, 
Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio.
Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, 
botequim, bússola, chover, cobiça, concorrência, costume, engolir, 
goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa, nó-
doa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo.
Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chu-
viscar, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua, jabuti, 
jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, toni-
truante, trégua, urtiga.
Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam 
pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o 
significado dos seguintes:
área = superfície
ária = melodia, cantiga
arrear = pôr arreios, enfeitar
arriar = abaixar, pôr no chão, cair
comprido = longo
cumprido = particípio de cumprir
comprimento = extensão
cumprimento = saudação, ato de cumprir
costear = navegar ou passar junto à costa
custear = pagar as custas, financiar
deferir = conceder, atender
diferir = ser diferente, divergir
delatar = denunciar
dilatar = distender, aumentar
descrição = ato de descrever
discrição = qualidade de quem é discreto
emergir = vir à tona
imergir = mergulhar
emigrar = sair do país
imigrar = entrar num país estranho
emigrante = que ou quem emigra
imigrante = que ou quem imigra
eminente = elevado, ilustre
iminente = que ameaça acontecer
recrear = divertir
recriar = criar novamente
soar = emitir som, ecoar, repercutir
suar = expelir suor pelos poros, transpirar
sortir = abastecer
surtir = produzir (efeito ou resultado)
sortido = abastecido, bem provido, variado
surtido = produzido, causado
vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vau
vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio
Emprego das letras G e J
Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Gra-
fa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de acordo 
com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito 
(do latim jactu) e jipe (do inglês jeep).
Escrevem-se com G:
- Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: gara-
gem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem. 
Exceção: pajem
- As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: 
contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio.
- Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagis-
ta (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso (de fer-
rugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria (de 
selvagem), etc.
- Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu,auge, es-
trangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gíria, giz, hegemonia, 
herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela.
Escrevem-se com J:
- Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (la-
ranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), gorja 
(gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja 
(cerejeira).
LÍNGUA PORTUGUESA
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a solução para o seu concurso!
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- Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em 
–jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear (gor-
jeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo).
- Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje 
(lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, rejeitar, 
sujeito, trajeto, trejeito).
- Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) 
ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jiboia, 
jiló, jirau, pajé, etc.
- As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, 
cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jericó, Jerônimo, jérsei, 
jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, 
pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista.
Atenção: Moji, palavra de origem indígena, deve ser escrita 
com J. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia 
com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim.
Representação do fonema /S/
O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:
- C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, 
dança, contorção, exceção, endereço, Iguaçu, maçarico, maço, ma-
ciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paçoca, pança, pinça, Suíça, 
vicissitude.
- S: ansioso, cansar, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, 
pretensão, propensão, remorso, sebo, tenso, utensílio.
- SS: acesso, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, concessão, 
discussão, escassez, essencial, expressão, fracasso, impressão, mas-
sa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão, pêssego, 
procissão, profissão, ressurreição, sessenta, sossegar, submissão, 
sucessivo.
Grafa-se com SS a correlação CED - CESS: cessão, intercessão, 
acessível, concessão.
- SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, cres-
cer, cresço, descer, desço, disciplina, discípulo, discente, discernir, 
fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressusci-
tar, seiscentos, suscetível, víscera.
- X: aproximar, auxiliar, máximo, próximo, trouxe.
- XC: exceção, excedente, excelência, excelso, excêntrico, ex-
cepcional, excesso, exceto, excitar.
Homônimos
São palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma 
grafia, mas significação diferente.
acento = inflexão da voz, sinal gráfico
assento = lugar para sentar-se
acético = referente ao ácido acético (vinagre)
ascético = referente ao ascetismo, místico
cesta = utensílio de vime ou outro material
sexta = ordinal referente a seis
círio = grande vela de cera
sírio = natural da Síria
cismo = pensão
sismo = terremoto
empoçar = formar poça
empossar = dar posse a
incipiente = principiante
insipiente = ignorante
intercessão = ato de interceder
interseção = ponto em que duas linhas se cruzam
ruço = pardacento
russo = natural da Rússia
Emprego de S com valor de Z
- Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracio-
so, graciosa, teimoso, teimosa.
- Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portu-
guesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa.
- Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: 
burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, campone-
ses, freguês, freguesa, fregueses.
- Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: ana-
lisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás), extasiar (de 
êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso).
- Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pu-
semos, compôs, impuser, quis, quiseram.
- Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brás, 
Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Queirós, Re-
sende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês.
- Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês, ás, 
ases, através, avisar, besouro, colisão, convés, cortês, cortesia, defe-
sa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, fase, frase, 
freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, manganês, 
mês, mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso, pêsames, 
pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, represa, 
requisito, rês, reses, retrós, revés, surpresa, tesoura, tesouro, três, 
usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita.
Emprego da letra Z
- Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, 
cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita.
- Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro 
(de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio).
- Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: 
fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização.
- Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e de-
notando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza (de 
limpo), frieza (de frio).
- As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, 
aprazível, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, 
prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez.
Sufixo –ÊS e –EZ
- O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substan-
tivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte), 
cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), 
francês (de França), chinês (de China).
- O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos deriva-
dos de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez (de rá-
pido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) 
palidez (de pálido) lucidez (de lúcido).
Sufixo –ESA e –EZA
Usa-se –esa (com s):
- Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados 
em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despen-
der), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpre-
ender), etc.
LÍNGUA PORTUGUESA
15
a solução para o seu concurso!
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- Nos substantivos femininos designativos de títulos: baronesa, 
dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa, etc.
- Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: bur-
guesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de campo-
nês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc.
- Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, 
mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. 
Usa-se –eza (com z):
- Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e 
denotando qualidade, estado, condição: beleza (de belo), franqueza 
(de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc.
Verbos terminados em –ISAR e -IZAR
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes corres-
pondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se 
–izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + 
liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar (impro-
viso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa + ar), pisar 
(piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + 
izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno 
+ izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar 
(motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), 
deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar).
Emprego do X
- Esta letra representa os seguintes fonemas:
Ch – xarope, enxofre, vexame, etc.
CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc.
Z – exame, exílio, êxodo, etc.
SS – auxílio, máximo, próximo, etc.
S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc.
- Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder, 
excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc.
- Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar, 
expirar, expoente, êxtase,extasiado, extrair, fênix, texto, etc.
- Escreve-se x e não ch: 
Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, 
ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os derivados 
cauchal, recauchutar e recauchutagem. 
Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, en-
xamear, enxaguar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar, 
enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: en-
charcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preen-
cher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se 
trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. 
Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavan-
te, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc. 
Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, la-
gartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, 
xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.
Emprego do dígrafo CH
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, 
charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, fachada, fi-
cha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.
Consoantes dobradas
- Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R, 
S.
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam 
distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, fac-
ção, sucção, etc.
- Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos, 
representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: 
carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando um elemento de compo-
sição terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra 
começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bisse-
manal, girassol, minissaia, etc.
CÊ - cedilha[ https://vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portu-
gues/ortografia-quando-usar-c.htm.]
É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de 
/SS/. O Ç só é usado antes de A, O, U.
O Ç é utilizado em palavras derivadas de vocábulos terminados 
em -TO, -TOR e -TIVO:
- Canto = canção
- Ereto = ereção
- Setor = seção
- Condutor = condução
- Ativo = ação
- Intuitivo = intuição
Também se utiliza Ç em substantivos que terminam em -TEN-
ÇÃO, que por sua vez derivam de verbos terminados em -TER:
- Conter = contenção
- Reter = retenção
- Deter = detenção
Em verbos terminados em -ÇAR, mas somente quando seu 
substantivo equivalente terminar em -CE ou -ÇO:
- Lance = lançar
- Alcance = alcançar
- Abraço = abraçar
Em substantivos que terminam em -ÇÃO desde que sejam deri-
vados de verbos onde a letra R é retirada:
- Abreviar = abreviação
- Exportar = exportação
- Enrolar = enrolação
Emprego do M antes de P e B
Antes das letras P e/ou B, sempre será utilizado a letra M. 
Ex:
- Pombo, também, tempo, campo.
Quando se tratar das demais consoantes, utiliza-se a letra N.
Ex:
- Canto, tanto, manto, ente, quente.
R ou RR?
A consoante R pode ser pronunciada com uma vibração mais 
forte e prolongada ou mais fraca e curta.
No início das palavras, a pronúncia é sempre forte (rato, remo, 
rosa), e também quando se encontra duplicada entre duas vogais 
(correção, serrote, derramar).
LÍNGUA PORTUGUESA
1616
a solução para o seu concurso!
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Quando a consoante R se encontra sozinha entre duas vogais, 
no meio das palavras, assumirá uma pronúncia fraca (caro, loiro, 
dourado).
Ou seja, a utilização de R ou RR está relacionada à estrutura 
fonética da palavra, à maneira como é pronunciada.
Dica:
Palavras como genro, enredo e enrolar, por exemplo, a pronún-
cia do r é forte e com vibração prolongada, porém se utiliza r, pois 
a letra se encontra entre uma consoante e uma vogal, e não entre 
duas vogais.
Nunca se utiliza RR no inicia das palavras!
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
— Definição
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas 
palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas 
regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. 
Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba 
tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com 
as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na 
língua portuguesa:
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som 
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.
– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e 
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, 
âncora, avô. 
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com 
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba 
tônica!
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de 
determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a 
sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que 
indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til 
(˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro 
exemplo semelhante é a palavra bênção. 
— Monossílabas Tônicas e Átonas
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer 
alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe 
o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração 
da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos, 
percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, 
temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. 
Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica 
(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como 
abaixo:
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”
“Finalmente encontrei a chave do carro.”
Recebem acento gráfico: 
– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); 
-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. 
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, 
-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. 
Não recebem acento gráfico:
– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. 
– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas 
quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo 
acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles 
lêem leem.
Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos 
terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. 
Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → 
Eles têm; Ele vem → Eles vêm. 
Acentuação das palavras Oxítonas 
As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas 
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e 
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, 
vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. 
Ex.: caqui, urubu. 
Acentuação das palavras Paroxítonas
São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima 
sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as 
palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados 
abaixo. Observe as exceções: 
– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, 
hóquei, jóquei, pônei, saudáveis. 
– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, 
esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax. 
– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, 
grátis, júri, lápis, oásis, táxi. 
– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, 
tônus. 
– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons. 
– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, 
quórum, quóruns. 
– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, 
órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos. 
Acentuação das palavras Proparoxítonas
Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é 
tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore, 
bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, 
tática, trânsito. 
Ditongos e Hiatos 
Acentuam-se: 
– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, 
“_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói, 
mausoléu, sóis, véus. 
– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de 
um hiato e estejam isoladasou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí 
(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). 
Não se acentuam: 
– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: 
moinho, rainha, bainha. 
– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: 
juuna, xiita. xiita. 
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, 
enjoo, magoo. 
LÍNGUA PORTUGUESA
17
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O Novo Acordo Ortográfico 
Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem 
acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou 
em vigor em 2009:
1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. 
Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; 
vôo – voo; zôo – zoo. 
2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. 
Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide 
– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; 
européia – europeia.
3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. 
Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – 
taoismo. 
4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que 
possuem -e tônico em hiato. 
Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo 
ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; 
revêem.
5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua 
portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; 
linguïça – linguiça.
6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma 
grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo 
PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo 
“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição 
“para”.
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: 
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
EMPREGO DA CRASE
Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou 
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, 
em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a 
(preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela 
(pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + 
aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção 
das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras 
femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos 
aquilo e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal 
inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno 
de união representado pelo acento grave. 
A crase pode ser a contração da preposição a com: 
– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não 
assistiu às aulas.” 
– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.” 
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: 
“Retorne àquele mesmo local.” 
– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às 
quais devemos o maior respeito e consideração”. 
Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de 
duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na 
construção sintática. 
Técnicas para o emprego da crase 
1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe 
semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da 
palavra feminina. 
Exemplos: 
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.” 
“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
“Comprei o carro / a moto.” 
“Irei ao evento / à festa.” 
2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, 
chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da, 
ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não 
deve ser empregado.
Exemplos: 
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.” 
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.” 
“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que 
estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não 
se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas 
pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá. 
Exemplos:
“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta 
de estudar / Insiste em estudar.” 
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha 
/ Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.” 
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / 
Gosto de você / Penso em você.”
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que 
expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada 
se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como 
núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase. 
Exemplos: 
“Tudo às avessas.” 
“Barcos à deriva.” 
5 – Outros casos envolvendo locuções e crase: 
Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão 
“moda de”, ficando somente o à explícito. 
Exemplos: 
“Arroz à (moda) grega.”
“Bife à (moda) parmegiana.” 
Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso 
de horas especificadas e definidas: Exemplos: 
“À uma hora.” 
“Às cinco e quinze”. 
LÍNGUA PORTUGUESA
1818
a solução para o seu concurso!
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ANÁLISE DE RELAÇÕES DE INTERTEXTUALIDADE E INTER-
DISCURSIVIDADE, IDENTIFICAÇÃO DE POSICIONAMENTOS 
OU DE PERSPECTIVAS, COMPREENSÃO DE PARÁFRASES, 
PARÓDIAS E ESTILIZAÇÕES, ENTRE OUTRAS POSSIBILIDA-
DES
— Definições gerais
Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação 
entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de 
elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência 
a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto 
de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos 
não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e 
envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas, 
esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, 
desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.).
— Intertextualidade Explícita x Implícita 
– Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral 
da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas 
palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a 
obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da 
existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade 
evidente. 
As características da intertextualidade explícita são: 
– Conexão direta com o texto anterior; 
– Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem 
necessidade de esforço ou deduções; 
– Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar 
do conteúdo;
– Os elementos extraídos do outro texto estão claramente 
transcritos e referenciados.
– Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos 
acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade 
explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste 
justamente na contribuição de novas informações aos saberes já 
produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode 
ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou 
indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem 
transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor. 
– Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos 
que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em 
produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem 
integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em 
outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la. 
De qualquer forma, para que se compreenda o significado da 
relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de 
reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos, 
ter lido e compreendido o primeiro material. As características da 
intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte; 
o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento 
prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor; 
os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova 
estrutura.— Tipos de Intertextualidade
1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da 
crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original 
do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a 
estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no 
cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira 
estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel 
Bandeira:
TEXTO ORIGINAL
“Vou-me embora para Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei?”
PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES
“Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de 
Pasárgada
Sou inimigo do Rei
Não tenho nada que eu quero
Não tenho e nunca terei”
2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto 
inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com 
a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem 
escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são 
preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos: 
observe as frases originais e suas respectivas paráfrases: 
“Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem 
muito estuda.
“To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that 
is the question.
3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada 
obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores, 
de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja 
o exemplo a seguir: 
“Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os 
troianos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a 
Guerra de Troia.
4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, 
consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. 
A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como 
artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma 
falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo 
judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção 
entre aspas. Exemplo: 
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
(Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773).
5 – Crossover: com denominação em inglês que significa 
“cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito 
explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries 
e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de 
um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & 
Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema.
LÍNGUA PORTUGUESA
19
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Exemplo:
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br
6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está 
localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre 
relacionado ao teor do novo texto.
 Exemplo: 
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
aquilo que todo mundo vê.”
Arthur Schopenhauer
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. VALOR SEMÂNTICO DAS 
PREPOSIÇÕES, CONJUNÇÕES, LOCUÇÕES E ADVÉRBIOS
— Definição
As classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa 
condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe 
gramatical. 
— Artigo 
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero. 
A classificação dos artigos 
– Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para se referirem a um ser específico por já ter sido mencionado ou 
por ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
– Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento 
não é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero. 
Observe: 
NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS
Singular Um Uma Preciso de um pedreiro.
Vi uma moça em frente à casa.
Plural Umas Umas Localizei uns documentos antigos.
Joguei fora umas coisas velhas.
LÍNGUA PORTUGUESA
2020
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Outras funções do artigo 
– Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do 
artigo. Observe: 
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado. 
– Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de 
posse. Por exemplo: “No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.” 
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronomes possessivo dela.
– Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor 
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e 
“aproximadamente. Observe: “Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.” e Acrescente aproximadamente umas três ou quatro 
gotas de baunilha.” 
Contração de artigos com preposições
Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo 
ocorre: 
— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos 
se subdividem em: 
– Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares 
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro). 
– Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra 
palavra, é substantivo derivado (carruagem, planetário). 
– Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que 
nomeiam sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos. 
– Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado), 
constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães). 
— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma 
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração ou pronome.
Os tipos de adjetivos 
– Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um 
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão). 
– Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, 
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte → adjetivo mortal; verbo lamentar → adjetivo 
lamentável). 
– Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino). 
O gênero dos adjetivos 
– Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” / 
“Ana é uma amiga leal.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
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– Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que 
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.”/”Menina 
travessa”. 
O número dos adjetivos 
Por concordarem com o número do substantivo a que se 
referem, os

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