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CÓD: SL-016MR-24 7908433250593 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA CEFET - RJ Assistente em Administração a solução para o seu concurso! Editora EDITAL Nº 3, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2024 INTRODUÇÃO a solução para o seu concurso! Editora Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação. Então mãos à obra! • Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho; • Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área; • Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total; • Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo; • Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. • Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame; • Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos! ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora Língua Portuguesa 1. Compreensão e interpretação textual, considerando a norma culta da Língua Portuguesa, tipologia textual, normas gramati- cais e ortográficas, coesão e coerência textual, estrutura frasal, pontuação, acentuação e adequação, frente a textos atuais e clássicos literários ...................................................................................................................................................................... 7 2. Ortografia oficial ........................................................................................................................................................................ 12 3. Acentuação gráfica ..................................................................................................................................................................... 16 4. Emprego da crase ...................................................................................................................................................................... 17 5. Análise de relações de intertextualidade e interdiscursividade, identificação de posicionamentos ou de perspectivas, compre- ensão de paráfrases, paródias e estilizações, entre outras possibilidades ................................................................................ 18 6. Emprego das classes de palavras. Emprego/correlação de tempos e modos verbais. Valor semântico das preposições, conjun- ções, locuções e advérbios ........................................................................................................................................................ 19 7. Sintaxe da oração e do período. Pontuação. Recursos e variações linguísticas. Pronomes e regras pronominais. Orações coor- denadas e subordinadas ............................................................................................................................................................ 31 8. Regras de formação de palavras ................................................................................................................................................ 34 9. Concordância ............................................................................................................................................................................. 36 10. Regência nominal e verbal ......................................................................................................................................................... 37 11. Significação das palavras ............................................................................................................................................................ 39 12. Normas para elaboração de redações. Adequação da linguagem ao tipo de documento. Adequação do formato do texto ao gênero ........................................................................................................................................................................................ 40 13. Práticas de linguagem: oralidade, leitura/escuta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica (que envolve conhecimentos linguísticos - sobre o sistema de escrita, o sistema da língua e a norma-padrão -, textuais, discursivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses) .................................................................................... 48 Raciocínio Lógico e Matemático 1. Raciocínio lógico numérico: Resolução de problemas envolvendo números reais .................................................................... 57 2. Conjuntos ................................................................................................................................................................................... 59 3. Porcentagem .............................................................................................................................................................................. 63 4. Médias .......................................................................................................................................................................................64 5. Sequências e padrões (com números, figuras ou palavras) ....................................................................................................... 65 6. Raciocínio lógico: Proposições. Conectivos. Negação. Tabela-verdade. Equivalência e implicação lógica. Argumentação lógica. Estruturas lógicas. Condição necessária e suficiente ................................................................................................................. 66 7. Problemas de contagem: Princípio Aditivo e Princípio Multiplicativo. Arranjos. Combinações. Permutações ......................... 71 8. Noções de probabilidade ........................................................................................................................................................... 73 Informática 1. Conceito de internet e intranet. Conceitos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à internet/intranet. Ferramentas e aplicativos de navegação, de correio eletrônico, de grupos de discussão, de busca, de pesquisa e de redes sociais. Redes de comunicação - Redes Sociais e Telecomunicações ........................................ 81 2. Noções de sistema operacional (ambiente Linux e Windows) .................................................................................................. 92 3. Acesso à distância a computadores, transferência de informação e arquivos, aplicativos de áudio, vídeo e multimídia ......... 117 ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora 4. Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e LibreOffice). Planilhas - elaboração, fórmulas e conceitos ligados ao Excel. Apresentações - formatos, designs, comandos e conceitos ligados ao Powerpoint ....................... 118 5. Redes de computadores ............................................................................................................................................................ 150 6. Conceitos de proteção e segurança. Noções de vírus, worms e pragas virtuais. Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.) ....................................................................................................................................................................... 156 7. Computação na nuvem (cloud computing) ................................................................................................................................ 160 8. Conceitos de informação, dados, representação de dados, de conhecimentos, segurança e inteligência. Banco de dados. Base de dados, documentação e prototipação .................................................................................................................................. 162 9. Noções de aprendizado de informática - software e hardware ................................................................................................. 171 Legislação e Ética 1. Constituição da República Federativa do Brasil - artigos 1.º ao 15º .......................................................................................... 179 2. Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990 - Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autar- quias e das fundações públicas federais .................................................................................................................................... 188 3. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação .................................................................. 246 4. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.......................................................................... 266 5. Lei n.º 13.185, de 6 de novembro de 2015 - Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) ................ 303 6. Regimento Geral do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ ....................................... 304 7. Lei n.º 8.027, de 12 de abril de 1990 - Código de Ética dos Servidores Públicos ....................................................................... 309 8. Ética no serviço público em todo o seu teor – Ética e Moral; Ética, princípios e valores .......................................................... 310 9. ética e democracia – exercício da cidadania .............................................................................................................................. 316 10. ética e função pública ................................................................................................................................................................ 317 11. princípios do Direito Administrativo .......................................................................................................................................... 320 Conhecimentos Específicos Assistente em Administração 1. Conhecimentos básicos de administração (conceitos, funções básicas da administração, natureza e finalidade) ................... 327 2. administração de materiais e patrimônio (logística de armazenagem, transporte e distribuição) ........................................... 341 3. correspondências a atos administrativos (ata, carta, comunicado, edital, fax, memorando, ofício, ordem de serviço, porta- ria) .............................................................................................................................................................................................. 366 4. serviço de protocolo e arquivo (tipos de arquivos, acessórios do arquivo, fases de arquivamento, técnicas); protocolo (recep- ção, classificação, registro e distribuição de documentos) ........................................................................................................ 380 5. política de atendimento à criança e ao adolescente ................................................................................................................. 388 6. crimes e infrações administrativas praticadas contra a criança e o adolescente ....................................................................... 389 7 a solução para o seu concurso! Editora LÍNGUA PORTUGUESA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL, CONSI- DERANDO A NORMA CULTA DA LÍNGUA PORTUGUESA, TIPOLOGIA TEXTUAL, NORMAS GRAMATICAIS E ORTO- GRÁFICAS, COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL, ESTRUTURA FRASAL, PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E ADEQUAÇÃO, FRENTE A TEXTOS ATUAIS E CLÁSSICOS LITERÁRIOS Definição Geral Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada em nossos conhecimentos prévios. Compreensão de Textos Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado evento. Interpretação de Textos É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar é decodificar o sentido de um texto por indução. A interpretação de textos compreende a habilidade de se chegar a conclusões específicasapós a leitura de algum tipo de texto, seja ele escrito, oral ou visual. Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, podendo ser diferente entre leitores. Exemplo de compreensão e interpretação de textos Para compreender melhor a compreensão e interpretação de textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em um texto misto (verbal e visual): FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe- cial > 2015 Português > Compreensão e interpretação de textos A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social. “A Constituição garante o direito à educação para todos e a inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou menos severas.” A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta. (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 1988. (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos severas. (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes ou não. (D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser in- cluídos socialmente. (E) “Educação para todos” inclui também os deficientes. Comentário da questão: Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. = afirmativa correta. Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta. Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/ adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação, além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta. Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. = afirmativa correta. Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. = afirmativa correta. Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão, visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o texto. LÍNGUA PORTUGUESA 88 a solução para o seu concurso! Editora Definição Geral: as tipologia textuais classificam os textos de acordo com seus aspectos linguísticos, em termos de estruturação e apresentação. Também podem ser denominados tipos textuais, modo textual ou ainda de organização do discurso, essas categorizações consistem em formas distintas sob as quais um texto pode ser apresentado, com fins de responder a diferentes propósitos comunicativos. Critérios utilizados pela tipologia textual: elementos sintáticos, objetivo da comunicação, vocabulário, estrutura, construções frásicas, linguagem, emprego dos tempos verbais, modo de interação com o leitor, conexões lógicas, entre outros. Objetivos comunicativos: os elementos que compõem um texto diversificam-se conforme a finalidade do texto, que pode ser narrar, argumentar, informar, descrever e etc. Os tipos de texto: de acordo com as tipologias textuais, um texto pode ser narrativo, descritivo, dissertativo (argumentativo e expositivo) ou explicativo (prescritivo e injuntivo). Tipologia textual x gênero textual: são dois modos de classificação de um texto que se baseiam em critérios distintos. Enquanto o gênero textual se dedica aos aspectos formais (modelo de apresentação do texto e função social), as tipologias textuais têm seu foco na estrutura linguística de um texto, na organização do discurso e suas características morfossintáticas. — Texto dialogal Essa tipologia apresenta um diálogo entre, pelo menos, dois locutores. O que difere essa classe da narração é o fato de que, no texto dialogal, o narrador não é obrigatório e, nos casos em que ele se apresenta, sua função se limita a introduzir o diálogo; este, por sua vez, se dará na primeira pessoa. Os principais gêneros textuais que se enquadram nessa tipologia são: peças de teatro, debates, entrevistas, conversas em aplicativos eletrônicos. As principais características do texto dialogal: – Predomínio dos verbos na primeira pessoa do singular; – Discurso direto: emprego de verbos elocutivos e dos sinais dois-pontos, aspas ou travessões para, respectivamente, indicar o princípio de uma fala ou para marcá-las; – Traços na linguagem oral. — Texto explicativo A finalidade básica dessa tipologia é instruir o leitor em relação a um procedimento específico. Para isso, o texto expõe informações que prepara o leitor para agir conforme uma determinada conduta. Essa tipologia se divide dois subtipos: – Texto explicativo prescritivo: exige que o leitor se conduza de um modo determinado. Ex.: editais de concursos, leis e cláusulas contratuais. – Texto explicativo injuntivo: permite que o leitor proceda com certa autonomia. Ex.: manuais de instruções, receitas culinárias e bulas. A semântica textual é uma área da linguística que se dedica ao estudo do significado dos textos, considerando tanto o seu conteúdo quanto a forma e a estruturação frasal e textual. No que diz respeito ao conteúdo, a semântica textual busca compreender como as palavras e expressões utilizadas no texto se relacionam para transmitir uma mensagem coerente e significativa. Nesse sentido, é importante considerar não apenas o significado isolado de cada palavra, mas também o contexto em que elas são empregadas. Além disso, a semântica textual também se preocupa com a forma e a estruturação frasal e textual do texto, analisando como as frases se relacionam entre si para produzir um sentido global. Isso inclui aspectos como a ordem das palavras na frase, a utilização de conectivos e pontuação, e a organização geral do texto em parágrafos e seções. Conheça como se dá cada um deles: – Ordem das palavras na frase: A ordem das palavras pode afetar o significado da frase. Por exemplo, em português, a ordem sujeito-verbo-objeto é a mais comum, mas em outras línguas, como o latim, a ordem pode ser diferente. Alterar a ordem das palavras na frase pode enfatizar diferentes elementos ou mudar o sentido da frase. – Pausas e pontuação: O uso de pausas e pontuação, como vírgulas, ponto e vírgula e ponto final, é importante para a clareza e compreensão do texto. Eles ajudam a indicar as relações entre as frases e elementos dentro das frases. – Conectivos: Os conectivos são palavras ou expressões que estabelecem uma relação entre frases ou elementos dentro das frases. Exemplos de conectivos são “e”, “ou”, “mas”, “porque”, “como resultado”, entre outros. – Parágrafos e seções: A organização do texto em parágrafos e seções ajuda a estruturar as ideias e a transmitir um sentido global ao texto. Cada parágrafo deve ter um tema ou ideia central e estar relacionado com os outros parágrafos. É importante lembrar que a estrutura deve estar a serviço do conteúdo do texto, ou seja, deve ser utilizada para transmitir as ideias e informações de forma clara e eficaz. Ela também deve ser adequada ao gênero textual e ao público-alvo, e deve estar em consonância com a norma padrão da língua utilizada. Ao considerar tanto o conteúdo quanto a forma do texto, a semântica textual pode contribuir para uma melhor compreensão dos significados implícitos e explícitos presentes nas mensagens transmitidas pela linguagem escrita. Essa compreensão é essencial para a produção de textos coerentes e eficazes, capazes de transmitir com clareza e precisão as ideias e informações que se deseja comunicar. A semântica textual também leva em consideração aspectos pragmáticos da comunicação, ou seja, como as intenções e expectativas do emissor e do receptor afetam a interpretação do texto. Por exemplo, o uso de ironia ou sarcasmo pode alterar o significado literal das palavras, mas ainda assim ser compreendido pelo receptor devido ao conhecimento compartilhado entre eles. Outro aspecto importante da semântica textual é a análisedo discurso, que se concentra na relação entre o texto e o contexto social, cultural e histórico em que ele é produzido e recebido. Isso inclui a análise de elementos como a ideologia, a identidade e o poder presentes no discurso, bem como as estratégias discursivas utilizadas para persuadir, convencer ou manipular o receptor. Existem diversos exemplos que podem ser utilizados sobre o tema da semântica textual. Confira alguns dos tipos de análises que se pode fazer: – Análise do conteúdo: Em um texto sobre o meio ambiente, pode-se analisar como as palavras e expressões utilizadas estão relacionadas para transmitir uma mensagem coerente e significativa. Por exemplo, pode-se observar como as palavras “sustentabilidade”, LÍNGUA PORTUGUESA 9 a solução para o seu concurso! Editora “reciclagem”, “energias renováveis” e “preservação” estão interligadas para transmitir a ideia de que é importante cuidar do planeta e agir de forma responsável em relação ao meio ambiente. – Análise da forma e estruturação frasal: Em um texto jornalístico, pode-se analisar como as frases se relacionam entre si para produzir um sentido global. Por exemplo, pode-se observar como as frases são organizadas em parágrafos e como os conectivos são utilizados para estabelecer uma relação entre as informações apresentadas. – Análise pragmática: Em um diálogo entre duas pessoas, pode-se analisar como as intenções e expectativas do emissor e do receptor afetam a interpretação do texto. Por exemplo, se uma pessoa diz “que bonito” em tom irônico, o receptor pode compreender que ela na verdade está expressando uma opinião contrária. – Análise do discurso: Em um texto político, pode-se analisar como a ideologia e as estratégias discursivas utilizadas afetam a interpretação do texto. Por exemplo, pode-se observar como as palavras e expressões utilizadas pelo autor são escolhidas para persuadir o leitor a aceitar determinada ideia ou posição política. A semântica textual é uma área de estudo complexa e multidisciplinar que busca compreender como os textos funcionam como instrumentos de comunicação e como eles são construídos para transmitir significados específicos. Ao considerar tanto o conteúdo quanto a forma dos textos, bem como os aspectos pragmáticos e discursivos da comunicação, a semântica textual oferece ferramentas valiosas para a análise e produção de textos mais eficazes e significativos. PONTUAÇÃO, Pontuação é um aspecto fundamental da língua escrita, pois ajuda a organizar e estruturar o texto, indicando pausas, entona- ções e relacionamentos entre os elementos. Diferentes autores têm abordado esse assunto, fornecendo regras e implicações de sentido relacionadas à pontuação. Evanildo Bechara é um linguista brasileiro que tem contribuído com estudos sobre a gramática da língua portuguesa. Em seu livro “Moderna Gramática Portuguesa”, ele apresenta regras precisas para o uso da pontuação, destacando a necessidade de marcar as pausas e separar as unidades de pensamento. Além disso, enfatiza a importância de seguir as normas acadêmicas e evitar excessos ou omissões na pontuação. Domingos Paschoal Cegalla é outro renomado estudioso da lín- gua portuguesa, conhecido especialmente por seu livro “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”. Ele também aborda as regras de pontuação, mas de uma forma mais didática e acessível. Cegalla en- fatiza a importância de pontuar corretamente para evitar ambigui- dades e garantir a clareza do texto. Celso Cunha e Lindley Cintra são autores do livro “Nova Gramá- tica do Português Contemporâneo”, uma obra bastante influente na área. Eles apresentam as regras e implicações de sentido da pontu- ação de forma detalhada e completa, destacando a importância de observar as regras gramaticais e considerar o sentido e a estrutura do texto ao realizar a pontuação. Em geral, os autores concordam sobre a importância da pontu- ação para a clareza e organização do texto. Porém, existem algumas diferenças de abordagem e ênfase entre eles, o que pode levar a variações nas regras e implicações de sentido apresentadas. É im- portante consultar diferentes fontes e ter um bom domínio da lín- gua para pontuar corretamente e transmitir a mensagem desejada. — Visão Geral O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a compreensão da frase. O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades: – Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos tipos textuais; – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados; – Demarcar das unidades de um texto; – Sinalizar os limites das estruturas sintáticas. — Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um enunciado Vírgula De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser empregada: • No interior da sentença 1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição: ENUMERAÇÃO Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate. Paguei as contas de água, luz, telefone e gás. REPETIÇÃO Os arranjos estão lindos, lindos! Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada. 2 – Isolar o vocativo “Crianças, venham almoçar!” “Quando será a prova, professora?” 3 – Separar apostos “O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 4 – Isolar expressões explicativas: “As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi responsabilizado.” LÍNGUA PORTUGUESA 1010 a solução para o seu concurso! Editora 5 – Separar conjunções intercaladas “Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: “Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários do setor.” “Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: “Estas alegações, não as considero legítimas.” 8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas por conjunções) “Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” 9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: “São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 10 – Marcar a omissão de um termo: “Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo “fazer”). • Entre as sentenças 1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas “Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: “Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos ajudasse.” 3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a principal: “Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção! Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção! 5 – Separar as sentenças intercaladas: “Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu leito, até que você se recupere por completo.” • Antes da conjunção “e” 1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire valores que não expressam adição, como consequência ou diversidade, por exemplo. “Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto,ou seja, sempre que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar alguma ideia, por exemplo: “(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha) 3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas apresentam sujeitos distintos, por exemplo: “A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.” O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja apositiva nem se apresente inversamente). Ponto 1 – Para indicar final de frase declarativa: “O almoço está pronto e será servido.” 2 – Abrevia palavras: – “p.” (página) – “V. Sra.” (Vossa Senhoria) – “Dr.” (Doutor) 3 – Para separar períodos: “O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.” Ponto e Vírgula 1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: “Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nossa amiga, de praticar esportes.” 2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: “Os planetas que compõem o Sistema Solar são: Mercúrio; Vênus; Terra; Marte; Júpiter; Saturno; Urano; Netuno.” Dois Pontos 1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores. “Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” “Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela grande ofensa.” 2 – Para introduzirem citação direta: “Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’.” 3 – Para iniciar fala de personagens: “Ele gritava repetidamente: – Sou inocente!” Reticências 1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta sintaticamente: “Quem sabe um dia...” 2 – Para indicar hesitação ou dúvida: “Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar ainda.” LÍNGUA PORTUGUESA 11 a solução para o seu concurso! Editora 3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o objetivo de prolongar o raciocínio: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar). 4 – Suprimem palavras em uma transcrição: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner). Ponto de Interrogação 1 – Para perguntas diretas: “Quando você pode comparecer?” 2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para destacar o enunciado: “Não brinca, é sério?!” Ponto de Exclamação 1 – Após interjeição: “Nossa Que legal!” 2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva “Infelizmente!” 3 – Após vocativo “Ana, boa tarde!” 4 – Para fechar de frases imperativas: “Entre já!” Parênteses a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou a vírgula: “Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) quem seria promovido.” Travessão 1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: “O rapaz perguntou ao padre: — Amar demais é pecado?” 2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: “— Vou partir em breve. — Vá com Deus!” 3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: “Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.” 4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: “Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” Aspas 1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos, arcaísmos, palavrões, e neologismos. “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” “A reunião será feita ‘online’.” 2 – Para indicar uma citação direta: “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de Assis) — Definições e diferenciação Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação externa da mensagem. — Coesão Textual Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se realiza por meio de palavras denominadas conectivos. As técnicas de coesão A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. As regras de coesão Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as regras relacionadas abaixo sejam seguidas. Referência – Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: «Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica (retoma termo já mencionado). – Comparativa: emprego de comparações com base em semelhanças. Exemplo: “Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência comparativa endofórica. – Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes demonstrativos. Exemplo: “Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” Temos uma referência demonstrativa catafórica. – Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido. Analise o exemplo: “Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar quaisquer informações ao texto. LÍNGUA PORTUGUESA 1212 a solução para o seu concurso! Editora – Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. Exemplo: “Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica ciente de que o locutor está procurando por Ana. – Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. Exemplo: “Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente aconteceu.” Conjunção concessiva. – Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, entre outros. Exemplo: “Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está dando conta da demanda populacional.” — Coerência Textual A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto que se origina da sua argumentação – consequência decorrente dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. Observe os exemplos: “A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um inacabado. “Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não consomemprodutos de origem animal. Princípios Básicos da Coerência – Relevância: as ideias têm que estar relacionadas. – Não Contradição: as ideias não podem se contradizer. – Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. Fatores de Coerência – As inferências: se partimos do pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências podem simplificar as informações. Exemplo: “Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que voltagem da lavadora é 220w”. Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de que existe um local adequado para ligar determinado aparelho. – O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc. Exemplo: “Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e nada têm a ver com o Natal. ORTOGRAFIA OFICIAL A ortografia oficial prescreve a maneira correta de escrever as palavras, baseada nos padrões cultos do idioma. Procure sempre usar um bom dicionário e ler muito para melhorar sua escrita. Alfabeto O alfabeto passou a ser formado por 26 letras: A – B – C – D – E – F – G – H – I – J – K – L – M – N – O – P – Q – R – S – T – U – V – W – X – Y – Z.. As letras “k”, “w” e “y” não eram consideradas integrantes do alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades de me- dida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano. Vogais: a, e, i, o, u, y, w. Consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, z. Alfabeto: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z. Observações: A letra “Y” possui o mesmo som que a letra “I”, portanto, ela é classificada como vogal. A letra “K” possui o mesmo som que o “C” e o “QU” nas pala- vras, assim, é considerada consoante. Exemplo: Kuait / Kiwi. Já a letra “W” pode ser considerada vogal ou consoante, de- pendendo da palavra em questão, veja os exemplos: No nome próprio Wagner o “W” possui o som de “V”, logo, é classificado como consoante. Já no vocábulo “web” o “W” possui o som de “U”, classificando- -se, portanto, como vogal. Emprego da letra H Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do latim hodie. Emprega-se o H: - Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, he- sitar, haurir, etc. - Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boli- che, telha, flecha, companhia, etc. - Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, etc. LÍNGUA PORTUGUESA 13 a solução para o seu concurso! Editora - Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, heliporto, hematoma, hífen, hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, hera, húmus; - Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, baia- nada, etc. Não se usa H: - No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológi- co, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respec- tivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eru- ditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc. Emprego das letras E, I, O e U Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, má- goa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais. Escreve-se com a letra E: - A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: con- tinue, habitue, pontue, etc. - A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: abençoe, magoe, perdoe, etc. - As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior): antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc. - Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemi- tério, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdício, Destilar, Disenteria, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico, Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, Sequer, Serie- ma, Seringa, Umedecer. Emprega-se a letra I: - Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc. - Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc. - Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, arti- manha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar, criador, criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio, feminino, Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualável, invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina, pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio. Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, botequim, bússola, chover, cobiça, concorrência, costume, engolir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa, nó- doa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo. Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chu- viscar, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua, jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, toni- truante, trégua, urtiga. Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes: área = superfície ária = melodia, cantiga arrear = pôr arreios, enfeitar arriar = abaixar, pôr no chão, cair comprido = longo cumprido = particípio de cumprir comprimento = extensão cumprimento = saudação, ato de cumprir costear = navegar ou passar junto à costa custear = pagar as custas, financiar deferir = conceder, atender diferir = ser diferente, divergir delatar = denunciar dilatar = distender, aumentar descrição = ato de descrever discrição = qualidade de quem é discreto emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrar = sair do país imigrar = entrar num país estranho emigrante = que ou quem emigra imigrante = que ou quem imigra eminente = elevado, ilustre iminente = que ameaça acontecer recrear = divertir recriar = criar novamente soar = emitir som, ecoar, repercutir suar = expelir suor pelos poros, transpirar sortir = abastecer surtir = produzir (efeito ou resultado) sortido = abastecido, bem provido, variado surtido = produzido, causado vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vau vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio Emprego das letras G e J Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Gra- fa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do latim jactu) e jipe (do inglês jeep). Escrevem-se com G: - Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: gara- gem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem. Exceção: pajem - As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio. - Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagis- ta (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso (de fer- rugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria (de selvagem), etc. - Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu,auge, es- trangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gíria, giz, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela. Escrevem-se com J: - Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (la- ranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja (cerejeira). LÍNGUA PORTUGUESA 1414 a solução para o seu concurso! Editora - Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear (gor- jeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo). - Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, rejeitar, sujeito, trajeto, trejeito). - Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jiboia, jiló, jirau, pajé, etc. - As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jericó, Jerônimo, jérsei, jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista. Atenção: Moji, palavra de origem indígena, deve ser escrita com J. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim. Representação do fonema /S/ O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por: - C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, dança, contorção, exceção, endereço, Iguaçu, maçarico, maço, ma- ciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paçoca, pança, pinça, Suíça, vicissitude. - S: ansioso, cansar, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, pretensão, propensão, remorso, sebo, tenso, utensílio. - SS: acesso, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, concessão, discussão, escassez, essencial, expressão, fracasso, impressão, mas- sa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão, pêssego, procissão, profissão, ressurreição, sessenta, sossegar, submissão, sucessivo. Grafa-se com SS a correlação CED - CESS: cessão, intercessão, acessível, concessão. - SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, cres- cer, cresço, descer, desço, disciplina, discípulo, discente, discernir, fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressusci- tar, seiscentos, suscetível, víscera. - X: aproximar, auxiliar, máximo, próximo, trouxe. - XC: exceção, excedente, excelência, excelso, excêntrico, ex- cepcional, excesso, exceto, excitar. Homônimos São palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente. acento = inflexão da voz, sinal gráfico assento = lugar para sentar-se acético = referente ao ácido acético (vinagre) ascético = referente ao ascetismo, místico cesta = utensílio de vime ou outro material sexta = ordinal referente a seis círio = grande vela de cera sírio = natural da Síria cismo = pensão sismo = terremoto empoçar = formar poça empossar = dar posse a incipiente = principiante insipiente = ignorante intercessão = ato de interceder interseção = ponto em que duas linhas se cruzam ruço = pardacento russo = natural da Rússia Emprego de S com valor de Z - Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracio- so, graciosa, teimoso, teimosa. - Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portu- guesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa. - Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, campone- ses, freguês, freguesa, fregueses. - Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: ana- lisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás), extasiar (de êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso). - Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pu- semos, compôs, impuser, quis, quiseram. - Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Queirós, Re- sende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês. - Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês, ás, ases, através, avisar, besouro, colisão, convés, cortês, cortesia, defe- sa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, fase, frase, freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, manganês, mês, mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso, pêsames, pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, represa, requisito, rês, reses, retrós, revés, surpresa, tesoura, tesouro, três, usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita. Emprego da letra Z - Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita. - Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio). - Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização. - Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e de- notando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio). - As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, aprazível, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez. Sufixo –ÊS e –EZ - O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substan- tivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), francês (de França), chinês (de China). - O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos deriva- dos de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez (de rá- pido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido). Sufixo –ESA e –EZA Usa-se –esa (com s): - Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despen- der), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpre- ender), etc. LÍNGUA PORTUGUESA 15 a solução para o seu concurso! Editora - Nos substantivos femininos designativos de títulos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa, etc. - Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: bur- guesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de campo- nês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc. - Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. Usa-se –eza (com z): - Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotando qualidade, estado, condição: beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc. Verbos terminados em –ISAR e -IZAR Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes corres- pondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar (impro- viso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa + ar), pisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar). Emprego do X - Esta letra representa os seguintes fonemas: Ch – xarope, enxofre, vexame, etc. CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc. Z – exame, exílio, êxodo, etc. SS – auxílio, máximo, próximo, etc. S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc. - Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc. - Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar, expirar, expoente, êxtase,extasiado, extrair, fênix, texto, etc. - Escreve-se x e não ch: Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, en- xamear, enxaguar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: en- charcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preen- cher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavan- te, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc. Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, la- gartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. Emprego do dígrafo CH Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, fachada, fi- cha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha. Consoantes dobradas - Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R, S. - Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, fac- ção, sucção, etc. - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando um elemento de compo- sição terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bisse- manal, girassol, minissaia, etc. CÊ - cedilha[ https://vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portu- gues/ortografia-quando-usar-c.htm.] É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de /SS/. O Ç só é usado antes de A, O, U. O Ç é utilizado em palavras derivadas de vocábulos terminados em -TO, -TOR e -TIVO: - Canto = canção - Ereto = ereção - Setor = seção - Condutor = condução - Ativo = ação - Intuitivo = intuição Também se utiliza Ç em substantivos que terminam em -TEN- ÇÃO, que por sua vez derivam de verbos terminados em -TER: - Conter = contenção - Reter = retenção - Deter = detenção Em verbos terminados em -ÇAR, mas somente quando seu substantivo equivalente terminar em -CE ou -ÇO: - Lance = lançar - Alcance = alcançar - Abraço = abraçar Em substantivos que terminam em -ÇÃO desde que sejam deri- vados de verbos onde a letra R é retirada: - Abreviar = abreviação - Exportar = exportação - Enrolar = enrolação Emprego do M antes de P e B Antes das letras P e/ou B, sempre será utilizado a letra M. Ex: - Pombo, também, tempo, campo. Quando se tratar das demais consoantes, utiliza-se a letra N. Ex: - Canto, tanto, manto, ente, quente. R ou RR? A consoante R pode ser pronunciada com uma vibração mais forte e prolongada ou mais fraca e curta. No início das palavras, a pronúncia é sempre forte (rato, remo, rosa), e também quando se encontra duplicada entre duas vogais (correção, serrote, derramar). LÍNGUA PORTUGUESA 1616 a solução para o seu concurso! Editora Quando a consoante R se encontra sozinha entre duas vogais, no meio das palavras, assumirá uma pronúncia fraca (caro, loiro, dourado). Ou seja, a utilização de R ou RR está relacionada à estrutura fonética da palavra, à maneira como é pronunciada. Dica: Palavras como genro, enredo e enrolar, por exemplo, a pronún- cia do r é forte e com vibração prolongada, porém se utiliza r, pois a letra se encontra entre uma consoante e uma vogal, e não entre duas vogais. Nunca se utiliza RR no inicia das palavras! ACENTUAÇÃO GRÁFICA — Definição A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na língua portuguesa: – Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som aberto. Ex.: área, relógio, pássaro. – Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e “o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, âncora, avô. – Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba tônica! – Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til (˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro exemplo semelhante é a palavra bênção. — Monossílabas Tônicas e Átonas Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos, percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica (forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como abaixo: “Sinto grande dó ao vê-la sofrer.” “Finalmente encontrei a chave do carro.” Recebem acento gráfico: – As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); -e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. – As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. Não recebem acento gráfico: – As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. – As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles lêem leem. Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → Eles têm; Ele vem → Eles vêm. Acentuação das palavras Oxítonas As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. Ex.: caqui, urubu. Acentuação das palavras Paroxítonas São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados abaixo. Observe as exceções: – Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, hóquei, jóquei, pônei, saudáveis. – Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax. – Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, grátis, júri, lápis, oásis, táxi. – Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, tônus. – Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons. – Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, quórum, quóruns. – Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos. Acentuação das palavras Proparoxítonas Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore, bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, tática, trânsito. Ditongos e Hiatos Acentuam-se: – Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, “_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói, mausoléu, sóis, véus. – As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de um hiato e estejam isoladasou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). Não se acentuam: – A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: moinho, rainha, bainha. – As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: juuna, xiita. xiita. – Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, enjoo, magoo. LÍNGUA PORTUGUESA 17 a solução para o seu concurso! Editora O Novo Acordo Ortográfico Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor em 2009: 1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; vôo – voo; zôo – zoo. 2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide – alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; européia – europeia. 3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – taoismo. 4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e tônico em hiato. Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; revêem. 5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; linguïça – linguiça. 6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição “para”. Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / preposição] Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / preposição] EMPREGO DA CRASE Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou “contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a (preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela (pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos aquilo e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno de união representado pelo acento grave. A crase pode ser a contração da preposição a com: – O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não assistiu às aulas.” – O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.” – Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: “Retorne àquele mesmo local.” – O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às quais devemos o maior respeito e consideração”. Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na construção sintática. Técnicas para o emprego da crase 1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da palavra feminina. Exemplos: “Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.” “Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.” “Comprei o carro / a moto.” “Irei ao evento / à festa.” 2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da, ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não deve ser empregado. Exemplos: “Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.” “Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.” “Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.” 3 – Troque o termo regente da preposição a por um que estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá. Exemplos: “Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta de estudar / Insiste em estudar.” “Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.” “Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / Gosto de você / Penso em você.” 4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase. Exemplos: “Tudo às avessas.” “Barcos à deriva.” 5 – Outros casos envolvendo locuções e crase: Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão “moda de”, ficando somente o à explícito. Exemplos: “Arroz à (moda) grega.” “Bife à (moda) parmegiana.” Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso de horas especificadas e definidas: Exemplos: “À uma hora.” “Às cinco e quinze”. LÍNGUA PORTUGUESA 1818 a solução para o seu concurso! Editora ANÁLISE DE RELAÇÕES DE INTERTEXTUALIDADE E INTER- DISCURSIVIDADE, IDENTIFICAÇÃO DE POSICIONAMENTOS OU DE PERSPECTIVAS, COMPREENSÃO DE PARÁFRASES, PARÓDIAS E ESTILIZAÇÕES, ENTRE OUTRAS POSSIBILIDA- DES — Definições gerais Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas, esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.). — Intertextualidade Explícita x Implícita – Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade evidente. As características da intertextualidade explícita são: – Conexão direta com o texto anterior; – Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem necessidade de esforço ou deduções; – Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar do conteúdo; – Os elementos extraídos do outro texto estão claramente transcritos e referenciados. – Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste justamente na contribuição de novas informações aos saberes já produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor. – Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la. De qualquer forma, para que se compreenda o significado da relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos, ter lido e compreendido o primeiro material. As características da intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte; o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor; os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova estrutura.— Tipos de Intertextualidade 1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira: TEXTO ORIGINAL “Vou-me embora para Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei?” PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES “Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de Pasárgada Sou inimigo do Rei Não tenho nada que eu quero Não tenho e nunca terei” 2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos: observe as frases originais e suas respectivas paráfrases: “Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem muito estuda. “To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that is the question. 3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores, de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja o exemplo a seguir: “Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os troianos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a Guerra de Troia. 4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção entre aspas. Exemplo: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” (Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773). 5 – Crossover: com denominação em inglês que significa “cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema. LÍNGUA PORTUGUESA 19 a solução para o seu concurso! Editora Exemplo: Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br 6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre relacionado ao teor do novo texto. Exemplo: “A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.” Arthur Schopenhauer EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES, CONJUNÇÕES, LOCUÇÕES E ADVÉRBIOS — Definição As classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe gramatical. — Artigo É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero. A classificação dos artigos – Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para se referirem a um ser específico por já ter sido mencionado ou por ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino). – Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero. Observe: NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS Singular Um Uma Preciso de um pedreiro. Vi uma moça em frente à casa. Plural Umas Umas Localizei uns documentos antigos. Joguei fora umas coisas velhas. LÍNGUA PORTUGUESA 2020 a solução para o seu concurso! Editora Outras funções do artigo – Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do artigo. Observe: – Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado. – Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de posse. Por exemplo: “No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.” Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronomes possessivo dela. – Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e “aproximadamente. Observe: “Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.” e Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.” Contração de artigos com preposições Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo ocorre: — Substantivo Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos se subdividem em: – Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares (São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro). – Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra, é substantivo derivado (carruagem, planetário). – Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos. – Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado), constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães). — Adjetivo É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração ou pronome. Os tipos de adjetivos – Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão). – Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte → adjetivo mortal; verbo lamentar → adjetivo lamentável). – Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino). O gênero dos adjetivos – Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” / “Ana é uma amiga leal.” LÍNGUA PORTUGUESA 21 a solução para o seu concurso! Editora – Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.”/”Menina travessa”. O número dos adjetivos Por concordarem com o número do substantivo a que se referem, os