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12/01/2017 1 Alergia Alimentar Profa. Lílian Gonçalves Teixeira Universidade Federal de Lavras Reações adversas a alimentos Turnbull JL et al. Review article: the diagnosis and management of food allergy and food intolerances. Alimentary Pharmacology and Therapeutics, 2014. Reações adversas a alimentos Envolvendo mecanismo imunológico Alergia alimentar Doença celíaca Não envolvendo mecanismo imunológico Intolerância alimentar Reações tóxicas Mediada por IgE Não Mediada por IgE Mistas Deficiência enzimática Farmacológica Doenças gastrointestinais Alergia alimentar “Reação adversa, mediada pelo sistema imunológico, que ocorre todas as vezes que a pessoa entra em contato com determinado alimento.” Sintomas - amplo espectro: manifestações gastrointestinais, cutâneos e sistêmicos Boyce et al. J Allergy Clin Immunol 2010; 126:S1-58 Oliveira, VCD. Universidade Federal de Juiz de Fora. Dissertação de Mestrado, 2013. Proteínas Intolerância alimentar Reação do organismo em consequência de digerir o alimento Não envolve resposta imune Principal - Intolerância à lactose: • afecção da mucosa intestinal • incapacita a digestão e absorção da lactose da dieta • baixa atividade ou baixa produção da enzima β-D- galactosidase (lactase) Oliveira, VCD. Universidade Federal de Juiz de Fora. Dissertação de Mestrado, 2013. 12/01/2017 2 Intolerância à lactose Fisiopatologia Intolerância à lactose Fisiopatologia Milkpoint, 2005 Intolerância à lactose Fisiopatologia Classificação: • Primária • Secundária • Congênita Com o passar dos anos: produção de lactase em humanos: programada e irreversível, mas lenta e gradual Primária: • A partir dos 3 anos de idade • Transmissão autossômica e recessiva Secundária: o Origem em doença ou medicamento que: • danos à mucosa do intestino delgado • aumente de forma significativa o tempo de trânsito intestinal • diminua a superfície de absorção o Exemplos: ressecções intestinais, enterites infecciosas, giardíase, doença celíaca, doença inflamatória intestinal o Prognóstico favorável, ao se tratar a doença de origem Congênita: o Manifestação extremamente rara o Herdada geneticamente: autossômica recessiva. o Modificação do gene que codifica a enzima lactase: enzima lactase ausente ou truncada Intolerância à lactose Sinais e Sintomas Tipicamente abdominais: • flatulência • Desconforto/dor abdominal: pela fermentação da lactose pela microbiota intestinal que leva à produção AGCC, hidrogênio, metano e CO2 • diarreia • náusea • vômito • Constipação: produção de metano Se manifestam de 30 minutos a 2 horas após o consumo Alguns indivíduos: conseguem ingerir pequenas porções de lactose sem apresentar os sintomas 12/01/2017 3 Intolerância à lactose Sinais e Sintomas Outros: • Cefaleia • Perda de concentração e alteração da memória de curta duração • Fadiga crônica • Dores articulares • Alergias respiratórias Intolerância à lactose Diagnóstico Teste de excreção de hidrogênio através da respiração após ingestão de lactose: H2 formado pela fermentação bacteriana sobre a lactose não digerida é absorvido e então eliminado pelos pulmões – PADRÃO OURO Biopsia Teste de tolerância oral: ingestão de 50g de lactose (1L de leite) Exame de urina: galactose excretada Biologia molecular: extração de DNA de leucócitos sanguíneos e detecção do polimorfismo genético (mutação que permite ao homem tolerar o leite por persistência da enzima lactase) Intolerância à lactose Tratamento Retirada da lactose da dieta/ substituição dos alimentos Administração exógena de lactase Orientação da família e do paciente – problema de base Deficiência congênita de lactase: dieta isenta de lactose Intolerância à lactose Tratamento Grupo Tipo % Tipo % Leite Desnatado 4,8 Cabra 4,4 Integral 4,6 Ovelha 5,1 Semi-desnatado 4,7 Condensado 12,3 Humano 7,2 Creme de leite 2,2 Queijos Brie, Camembert, Gouda, Mussarela Tr Cheddar De cabra e parmesão 0,1 0,9 Cottage 3,1 Requeijão 4,4 Iogurte Natural 4,7 Com frutra Bebida Fermentada 4,0 Sorvete 5,0 Mattar, R; Mazo, DFC. Rev Assoc Med 2010:56 (2): 230-6 12/01/2017 4 Intolerância à lactose Tratamento Leites/fórmulas sem lactose Queijos não frescos Iogurtes podem ser tolerados: • lactose do iogurte - fermentada em ácido lático na fabricação • lactose pode ser adicionado leite em pó ou soro de leite ao produto pronto: teor de lactose fica equivalente Importante: leitura de rótulos Intolerância à lactose Tratamento Quando não é necessária a restrição total de lácteos da dieta: • Ingestão de lácteos junto com outros alimentos • Fracionamento dos lácteos ao longo do dia • Consumo de produtos fermentados e maturados Intolerância à lactose Fórmulas infantis e leites isentos de lactose Alergia Alimentar 12/01/2017 5 Tolerância Oral “estado de não reatividade local e sistêmica do sistema imunológico que é induzida por um antígeno administrado pela via oral” Guia prático da APLV mediada pela IgE - ASBAI & SBAN. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 Alimentos e bebidas ingeridas – carga antigênica mais ampla à qual seres humanos estão sujeitos Trato gastrointestinal • Imunológicos • Não-imunológicos Mecanismos para prevenção de entrada de PTNs estranhas no organismo Tolerância Oral Defesas do organismo Mecanismos de defesa não-imunológicos: • Permeabilidade intestinal seletiva • Flora local • Mucinas • Acidez gástrica • Enzimas proteolíticas • Movimento peristáltico • Digestão intracelular Tolerância Oral Defesas do organismo Mecanismos de defesa imunológicos: • GALT (Gut associated lymphoid tissues): o Folículos linfoides na mucosa intestinal, placas de Peyer e apêndice o Plasmócitos e linfócitos na lâmina própria o Linfonodos mesetéricos • GALT+Ag formação de Ac estimulação da imunidade celular e produção de tolerância gastrintestinal Tolerância Oral Defesas do organismo 12/01/2017 6 Mecanismos de defesa imunológicos: • IgA secretória o Fator de defesa luminal mais importante o Resistente à proteólise o Proteção contra captação de Ag o Impede aderência de toxinas e bactérias Tolerância Oral Defesas do organismo Mecanismos de defesa imunológicos: • Imunidade celular local o Linfócitos intraepiteliais o Linfócitos T o Mastócitos o Macrófagos o Eosinófilos Tolerância Oral Defesas do organismo Alergia alimentar “Reação adversa, mediada pelo sistema imunológico, que ocorre todas as vezes que a pessoa entra em contato com determinado alimento.” Sintomas - amplo espectro: manifestações gastrointestinais, cutâneos e sistêmicos Boyce et al. J Allergy Clin Immunol 2010; 126:S1-58 Oliveira, VCD. Universidade Federal de Juiz de Fora. Dissertação de Mestrado, 2013. Proteínas Alergia alimentar Prevalência Sicherer & Sampson. J Allergy Clin Immunol 2014;133:291-307 Mullins. MJA 2007; 186:618–621 12/01/2017 7 Alergia Alimentar Fisiopatologia Forte interferência no estado nutricional da criança • Repercussões gastrintestinais Antígenos alimentares de maior potencial sensibilizante, comumente encontrados na alimentação: Teoricamente: qualquer proteína pode ser causadora de alergia Alergia Alimentar Fisiopatologia Crianças até 3 anos de idade • leite de vaca, ovo, amendoim, trigo e soja Crianças > 3 anos / Adultos : • crustáceos (camarão, frutos do mar) • oleaginosas (amendoim, nozes, castanhas) • aditivos alimentares: corantes, conservantes, flavorizantes (glutamato monosódico, sulfitos, tartranzina, etc) Alergia Alimentar Fisiopatologia Alimento causadores de alergia – macromoléculas com propriedades comuns: • Baixo peso molecular • Glicosilação • Alta solubilidade em fluidos corporais • protegem os antígenos da desnaturação e da degradação no trato gastrointestinal e permitem sua absorção intacta Alergia Alimentar Fisiopatologia 12/01/2017 8ALERGIA ALIMENTAR Genética Flora intestinal do hospedeiro Dosagem do alérgeno alimentar Frequência de exposição ao alérgeno alimentar Alergenicidade da proteína alimentar Imaturidade da barreira mucosa intestinal Anormalidades na indução ou manutenção da tolerância oral Alergia Alimentar Fisiopatologia Alergia Alimentar Fisiopatologia 2 níveis de sensibilização para ocorrência de fenômenos alérgicos a alimentos: • Reações mediadas por IgE • Reações não mediadas por IgE Alergia alimentar Fisiopatologia Mediada por IgE - imediata Adaptado de Goldsy RA et al. Immunology 5th Ed, 2003, p 363. Alergia alimentar Fisiopatologia Mediada por IgE - imediata 1. . Boden and Burks Page 15 Immunol Rev. Author manuscript; available in PMC 2012 July 1. N IH -P A A u th o r M a n u s c rip t N IH -P A A u th o r M a n u s c rip t N IH -P A A u th o r M a n u s c rip t Boden e Burks, 2011 - Immunol Rev 12/01/2017 9 Alergia alimentar Fisiopatologia Mediada por IgE - imediata Mediada por IgE: • Sem prévia lesão da mucosa • Mais significativo em crianças pequenas • Fortemente associado a imaturidade fisiológica Alergia alimentar Fisiopatologia Mediada não por IgE - tardia Adaptado de Goldsy RA et al. Immunology 5th Ed, 2003, p 363. Reações não mediadas por IgE: • Após infecção aguda no trato gastrintestinal • A partir de dano prolongado na mucosa intestinal • Absorção excessiva de macromoléculas da dieta • Sensibilidade local ou sistêmica Alergia alimentar Fisiopatologia Mediada não por IgE - tardia Fatores relacionados com o excesso de entrada de Ag, ao nível local – potencializar processo de sensibilização: • Antigenicidade da PTN – capacidade de sensibilizar o indivíduo • Quantidade de Ag ofertado – dose sensibilizante • Gravidade e extensão do dano à mucosa – permite que maior variedade de Ag alimentares seja absorvidos através da mucosa Alergia Alimentar Fisiopatologia 12/01/2017 10 Fatores relacionados com o excesso de entrada de Ag, ao nível local – potencializar processo de sensibilização: • Fatores do hospedeiro: o Estado nutricional o Fatores imunológicos • Aumento da permeabilidade intestinal o Fisiológico o Patológico Alergia Alimentar Fisiopatologia Início: mucosa intestinal agredida ou alterada Mucosa intestinal Mecanismos de defesa imunológicos ou não Modificados primária ou secundariamente Desenvolvimento do processo de intolerância Alergia Alimentar Fisiopatologia Manifestações clínicas Manifestações clínicas Gastrintestinais – mediados por IgE Síndrome alérgica oral Vômitos e diarreia Náuseas e Cólicas abdominais • Relacionada à alergia ao leite de vaca • Lactentes com distensão abdominal, irritação e dor à palpação abdominal 12/01/2017 11 Manifestações clínicas Extraintestinais – mediadas por IgE Dérmicas: Urticária Dermatite atópica Respiratórias: Rinoconjuntivite Edema laríngeo Asma Gerais: Choque anafilático Manifestações clínicas Gastrintestinais – não mediados por IgE Enterocolite induzida por alimentos Proctocolite eosinofílica induzida por alimentos Doença celíaca enteropática induzida por alimentos Gastroenterite eosinofílica alérgica Refluxo gastroesofágico Cólica infantil (rara) Manifestações clínicas Extraintestinais – não mediado por IgE Respiratórias: Síndrome de Heiner Dérmica: Dermatite Outras: Enxaqueca Anemia por deficiência de Fe associada à perda de sangue Artrite Manifestações clínicas Não comprovados – atribuídos às alergias alimentares Gerais: Fadiga Nervosismo Fraqueza Distúrbios do sono Distúrbios do aprendizado Hiperatividade Neuroses Depressão Obesidade 12/01/2017 12 Manifestações clínicas Não comprovados – atribuídos às alergias alimentares Gastrintestinais: Doença de Crohn Colite ulcerativa Síndrome do intestino irritável Geniturinários: Enurese Dismenorreia Cardiovascular: Vasculite Flebite recorrente Arritmias cardíacas Diagnóstico Teste de provocação oral (TPO) Avaliação inicial • Anamnese • Exame físico o Alimento suspeito o Quantidade aproximanda ingerida o Tempo entre ingestão e desenvolvimento dos sintomas o Descrição dos sintomas o Frequência e reprodutibilidade dos sintomas o Recorrências mais recentes o Características atópicas o Presentes em indivíduos com alergia alimentar Diagnóstico Indicações do Teste de provocação oral (TPO) • confirmação da suspeita após reações agudas; • avaliação periódica da aquisição de tolerância clínica; • avaliação da tolerância a alimentos responsáveis por reações cruzadas; • avaliação da reatividade clínica em pacientes com dieta restritiva a múltiplos alimentos; • exclusão da possibilidade de reações imediatas em condições crônicas como dermatite atópica e esofagite eosinofílica; • avaliação da reatividade clínica em alimentos processados (assado ou cozidos a altas temperaturas). Diagnóstico Quadro clínico Estado geral da criança Histórico alimentar da criança Histórico alimentar dos pais Avaliação nutricional periódica • Diagnóstico e nortear a resposta da criança ao tratamento Fundamentais para o diagnóstico 12/01/2017 13 Manejo da alergia alimentar Eliminar e evitar alérgenos específicos Tratamentos medicamentosos Medidas preventivas Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional • 1. Identificação dos alérgenos envolvidos • 2. Orientação da dieta de exclusão/dieta de restrição • 3. Substituição apropriada Exclusão do alimento suspeito Orientações pra família • O que evitar • Leitura de rótulos • Risco de contaminação cruzada • Educação continuada para família e cuidadores Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional 1. Crianças em aleitamento materno: • Manter aleitamento materno – benefícios da conduta • Possibilidade de passagem de Ag alimentares pela barreira alveolar • Restringir suposto alimento da dieta materna • Monitorar aporte de nutrientes comprometido • Uso de suplementos ou complementos nutricionais Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional 12/01/2017 14 2. Dieta composta por alimentos hipoalergênicos: • Retirar alimentos suspeitos • Usar alimentos hipoalergênicos: não devem ser de uso habitual da criança – se houver sensibilização não estará relacionada a proteínas de ingestão frequente • Após determinado período de exclusão – depois da recuperação nutricional da criança – reiniciar a dieta com 1 alimento suspeito por vez • Avaliar a ocorrência de sintoma Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional 3. Dieta em que se retira um alimento suspeito de cada vez e reintroduz-se um por vez. • Observar sintomas. Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional Base do tratamento: • Retirar totalmento do cardápio da criança o alimento alergênico o Forma original o Parte de preparações o Derivados desse alimentos Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional Ficar atento: • Risco de contaminação cruzada o Cortador de frios o Chapa o Liquidificador o Utensílios (facas, colheres, pegadores) o Esponjas de limpeza o Utensílios de plástico (porosos) Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional 12/01/2017 15 Restrições e comprometimento intestinal: • Ofertar dieta adequada em: o Energia o Proteínas o Micronutrientes: Papel na função imune: vit. Complexo B, vit. C, Zinco, Selênio Garantem estabilidade celular: Vit. A e Vit. E • Suplementos medicamentos – grau de restrição alimentar Evitar desnutrição Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional Substituições adequadas: • Fórmulas especiais • Receitas alternativas • Suplementação (se necessário) • Orientação nutricional individualizada Manejo da alergia alimentar Tratamento nutricional Alergia ao leite de vaca 12/01/2017 16 Alergia ao leite de vaca Forma mais comum de sensibilidade alérgica alimentar Leite de vaca – mais de 20 componentes protéicos βLactoglobulina• Proteína que mais induz a sensibilização • Ausente no leite humano Alergia ao leite de vaca Fração protéica % de indivíduos sensíveis βlactoglobulina 66-82 Caseína 43-60 αlactoalbumina 41-53 Globulina sérica bovina 27 Albumina sérica bovina 18 Guia prático da APLV mediada pela IgE - ASBAI & SBAN. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 Guia prático da APLV mediada pela IgE - ASBAI & SBAN. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 12/01/2017 17 Avaliação da condição nutricional; Dieta de exclusão do LV e derivados com substituição apropriada; Educação continuada para família e cuidadores (Orientações nutricionais). Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Tratamento medicamentoso: •Crise alérgica aguda •Manifestações crônicas de alergia mediada por IgE •Choque anafilático Avaliação da condição nutricional • De ser realizada em todas as consultas • Avaliação de parâmetros clínicos, antropométricos e laboratoriais. • Avaliação do consumo alimentar: R24 horas: o Avaliar se houve a exclusão completa de LV e derivados o Corrigir eventuais inadequações por meio da educação nutricional o Avaliar necessidade de suplementação de nutrientes que não atinjam as recomendações nutricionais: evitar desnutrição, comprometimento estatural e carências nutricionais específicas Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Crianças em aleitamento materno • Excluir leite e derivados da dieta materna • Manter aleitamento materno • Avaliar suplementação nutricional para a lactante Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Substituição do leite de vaca por: • Fórmulas à base de soja oDevem ser enriquecidos com Cálcio • FI extensamente hidrolisadas • FI com peptídeos • FI elementares (aminoácidos) • Formulação modular hipoalergênica à base de carnes brancas (frango, peru, rã, coelho) Observar deficiência de nutrientes: • Ácido fólico • Vit. B12, A, C e D Risco de sensibilidade cruzada Boa tolerância e eficácia Alergia ao leite de vaca - Tratamento nutricional 12/01/2017 18 Extrato solúvel de soja: • 1a estratégia utilizada – facilidade e custo • 65% das crianças – podem apresentar reação cruzada • Alto teor de alumínio • Fitoestrógenos Uso com cautela Manejo da alergia alimentar Tratamento dietético Manejo da alergia alimentar Tratamento dietético Segurança do uso do leite de soja: • 156 estudos selecionados inicialmente • 35 estudos analisados • Fito estrógeno encontrado no plasma de bebês que receberam FIS - forma conjugada – não exerce função hormonal. • Não há evidências de efeito significativo da soja nas funções reprodutivas importantes em seres humanos. • Nos EUA a FDA aprovou o uso das FIS. Manejo da alergia alimentar Tratamento dietético Vandenplas et al. British Journal of Nutrition (2014), 111, 1340–1360 Fórmulas de seguimento a base de soja Guia prático da APLV mediada pela IgE - ASBAI & SBAN. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 12/01/2017 19 Bebidas à base de soja Guia prático da APLV mediada pela IgE - ASBAI & SBAN. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 Elementares ou extensamente hidrolisadas: • Sabor marcante • Alto custo • Proteínas solúveis do leite de vaca – mais utilizado o Também pode induzir sintomas – alta quantidade de peptídeos • Uso do hidrolisado de caseína – frações menos alergênicas do leite de vaca • Uso hidrolisado de soja misto Restrição do uso Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Fórmulas extensamente hidrolisadas Guia prático da APLV mediada pela IgE - ASBAI & SBAN. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 Fórmulas elementares ou à base de aminoácidos Guia prático da APLV mediada pela IgE - ASBAI & SBAN. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 12/01/2017 20 Formular a base de carne: • Baixo custo • Melhor aceitação e evolução entre lactentes jovens • Desvantagem: Manipulação excessiva o Técnicas de congelamento: risco de contaminação • Necessidade de suplementação de micronutrientes: Ca Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Formular a base de carne: Exemplo: hidrolisado de frango • 1 copo polpa de abacaxi • 1 copo de peito de frango picado, sem pele e sem gordura • Usar em receitas de pães, tortas, bolos, purês, sopas, feijão http://www.girassolinstituto.org.br/site/index.php/component/content/article/2-conteudo-cientifico/conteudo-comum/15-downloads Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Ficar atento aos substitutos: Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Ficar atento aos substitutos: Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional 12/01/2017 21 Não deve ser oferecido a crianças com APLV • leite de outros mamíferos (p.ex.: cabra e ovelha) • fórmulas parcialmente hidrolisadas • fórmulas isentas de lactose a base de leite de vaca Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Seguir mesmas regras • Evitar oferecer 2 novos alimentos fonte de proteína no mesmo dia • Não é necessário restringir carne bovina Alergia ao leite de vaca Alimentação complementar Introdução de alimentos à base de prebióticos, probióticos e simbióticos • Manejo e prevenção de processos de sensibilização alimentar • Alternativa mais natural – tratamento e profilaxia Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Prebióticos: • Não sofrem hidrólise ou absorção no intestino delgado; • Alteram a microflora colônica para uma microflora bacteriana saudável, induzindo efeitos favoráveis à saúde • Absorção intestinal de Cálcio • Proteção contra infecções Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional 12/01/2017 22 Probióticos: • pH intestinal • Competição da disponibilidade de nutrientes no colón • Alta capacidade de aderência aos receptores específicos presentes na mucosa • Estimulação da produção de muco pela mucosa intestinal • Hidrólise de PTNs com alto potencial alergênico • Produção de PTNs metabolicamente ativas - bacteriocina Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Prebiótico ProbióticoSimbiótico Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Leite materno: • Simbiótico • Fundamental no equilíbrio da flora intestinal • Estimulador do sistema imune Simbióticos, prebiótiocos e probióticos – diversas fórmulas no mercado Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Crianças já introduzidas na dieta familiar • Cuidado com alimentos industrializados, preparações e derivados – podem conter o alimento alergênico Processo alergênico – reação qualitativa • Qualquer fração ou quantidade ingerida – desencadeamento de manifestações clínicas Alergia alimentar Tratamento nutricional Orientações pra família 12/01/2017 23 Leitura e interpretação da rotulagem • Ingredientes indicativos de presença de leite: http://poenorotulo.com. br/CartilhaAlergiaAlimen tar_29AGO.pdf Alergia alimentar Tratamento nutricional Orientações pra família Leitura e interpretação da rotulagem • Produtos que podem conter leite na sua composição: biscoitos, sorvetes, achocolatados, pudins, pães, embutidos, purês • Podem ser consumidos – não contêm proteínas do leite: ácido lático, lactato de sódio e de cálcio, estearoil lactil lactato de cálcio ou de sódio, leite de coco, conservador propionato de cálcio, manteiga de cacau, cacau em pó, gordura vegetal hidrogenada Alergia alimentar Tratamento nutricional Orientações pra família Cuidado com ambientes de alto risco (p. ex. escolas, praças de alimentação, festas, entre outros), Orientação quanto a reações graves, Promoção da qualidade de vida, Orientação nutricional individualizada. Alergia alimentar Tratamento nutricional Orientações pra família • Apoio e Informação http://poenorotulo.com.br/Cartilha AlergiaAlimentar_29AGO.pdf Alergia ao leite de vaca Tratamento nutricional Orientações pra família 12/01/2017 24 Receitas para crianças alérgicas • http://menubacana.com/ • http://saborsemlimite.com.br/ • http://eupossoisso.com/ • http://www.girassolinstituto.org.br • http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/ Alergia alimentar Tratamento nutricional Orientações pra família Alergia ao leite de vaca • Pode ser fenômeno transitório • Maioria das crianças – tolerância aos 12 a 18 meses o Persistência até 3 anos de idade Alergia alimentar Tratamento nutricional Orientações pra família Momento oportuno • Criança em bom estado geral • Sem manifestações de quadros alérgicos Oferta de quantidades pequenas, aumentadas gradativamente – observar reações Alergia alimentar Tratamento nutricional Reintrodução de alimentos Promover aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade Em caso de suspeita de alergia: manter aleitamento materno por mais tempo – introduzir alimentos aos poucos Avaliar retardo na introdução de alimentos alergênicos (leite de vaca, ovo, trigo, carnes) – mães que não os consumiram durante a gestação ou com predisposição genética Alergia alimentar Tratamento nutricional Prevenção 12/01/2017 25 • ASBAI & SBAN. Guia prático de diagnóstico e tratamento da Alergia às Proteínas do Leite de Vaca mediada pela imunoglobulina E. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 2012 • Koletzko, E. et al. Diagnostic Approach and Management of Cow’s-Milk Protein Allergy in Infants and Children: ESPGHAN GI Committee Practical Guidelines. JPGN 2012;55: 221–229 • Instituto Girassol. Grupo de Apoio a Portadores de Necessidades Nutricionais Especiais. Receitas Culinárias para Crianças com Alergia Alimentar / Instituto Girassol - Grupo de Apoio a Portadores de Necessidades Nutricionais Especiais. São Paulo, SP: Instituto Girassol, 2008 128 p. Referências • Oliveira, V.C. Alergia à proteína do leite de vaca e intolerância à lactose: abordagem nutricional e percepções dos profissionais da área de saúde. Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados, da Universidade Federal de Juiz de Fora -UFJF, 2013 • Dourado, LPA - Participação das citocinas na aversão e alergia alimentar induzida à ovalbumina em camundongos. Dissertação de Mestrado - Pós-Graduação em Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, 2006 • Accioly, E. et al. Nutrição em obstetrícia e pediatria – 2a edição – Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009 • Shills, et al. Tratado de Nutrição Moderna na saúde e na doença – 9a edição – São Paulo: Editora Manole, 2003 Referências
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