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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA APLICAÇÃO DO TESTE VERBAL DE INTELIGÊNCIA - V-47, TESTE NÃO VERBAL DE INTELIGÊNCIA - R-1 E BATERIA PSICOLÓGICA PARA AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO (BPA) Alexandre Gomes Rodrigues Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Estácio de Sá como parte das atividades da disciplina Técnicas de Observação e Testes Objetivos (ARA1214). Profa. Olga Folly. Campos dos Goytacazes-RJ 2023 Resumo O Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) foi desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) com o objetivo de avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos psicológicos para uso profissional, a partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos e divulgar informações sobre os testes psicológicos à comunidade e aos psicólogos. Os testes de inteligência verbal e não verbal são ferramentas úteis para avaliar a capacidade cognitiva das pessoas em diferentes áreas. A escolha entre eles depende dos objetivos da avaliação e das necessidades específicas de quem está sendo testado, levando em consideração as habilidades linguísticas e culturais. Já a Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção (BPA) é uma ferramenta essencial para a avaliação de habilidades de atenção em diversos assuntos e contextos clínicos. Ela fornece informações úteis para o diagnóstico de distúrbios de atenção e auxilia no planejamento de intervenções terapêuticas abordadas. O uso da BPA ajuda a compreender e abordar problemas de atenção de forma mais precisa e eficaz. Este relatório explora as técnicas de observação e os testes objetivos, destacando suas definições e aplicações. Ambos os tipos de testes forneceram insights importantes sobre as capacidades intelectuais dos indivíduos e são frequentemente usados em contextos educacionais, clínicos e profissionais. Sumário 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 03 2 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 05 3 DISCUSSÃO E RESULTADOS ........................................................................... 06 3.1 Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) ........................... 06 3.2 Teste V-47 ......................................................................................................... 07 3.3 Teste R-1 ........................................................................................................... 08 3.4 Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção ........................................... 09 4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 12 1 INTRODUÇÃO A Resolução CFP Nº 31/2022 estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional do psicólogo e regulamenta o SATEPSI, bem como estabelece quais requisitos mínimos os instrumentos devem apresentar para serem reconhecidos como testes psicológicos. No site do SATEPSI são apresentados os instrumentos que podem ser usados pelos psicólogos na prática profissional (testes psicológicos favoráveis e instrumentos não privativos do psicólogo) e aqueles que não podem ser utilizados na prática profissional (testes psicológicos desfavoráveis e testes psicológicos não avaliados). A observação e os testes objetivos são duas ferramentas fundamentais no campo da pesquisa, psicologia, educação, ciências sociais e em muitos outros domínios. Uma observação é um método de coleta de dados que envolve a vigilância direta de eventos, comportamentos ou ocorrências, geralmente sem interferência ou manipulação por parte do observador. É uma técnica qualitativa que fornece uma compreensão detalhada e descritiva do que está sendo observado. Os testes objetivos são procedimentos padronizados de avaliação que medem características ou habilidades específicas de forma quantitativa e imparcial. Esses testes são específicos para serem isentos de subjetividade e fornecer resultados mensuráveis. Os testes de inteligência, usados para avaliar a capacidade cognitiva das pessoas, podem ser categorizados em testes de inteligência verbais e não verbais. Ambos desempenham um papel fundamental na compreensão das capacidades intelectuais de um indivíduo, mas extensamente em suas abordagens e áreas de avaliação. Os testes de inteligência verbal avaliam a capacidade de compreensão e uso eficaz da linguagem escrita e falada. Isso envolve habilidades como vocabulário, compreensão de leitura, raciocínio verbal e fluência verbal. Os testes de inteligência verbal frequentemente incluem tarefas de resolução de problemas que dependem de habilidades linguísticas. Algumas características dos testes de inteligência verbal incluem: 1. Sinônimos e Antônimos: os testes frequentemente incluem questões que pedem aos participantes para identificar sinônimos (palavras com significados semelhantes) e necessariamente (palavras com significados opostos); 2. Compreensão de Texto: os participantes podem ser solicitados a ler um texto e responder a perguntas para avaliar sua compreensão do conteúdo; 3. Analogias: testes de inteligência verbal incluem frequentemente questões de analogia, onde os participantes devem encontrar relações lógicas entre palavras. Já os testes de inteligência não verbais se concentram em avaliar a capacidade cognitiva de uma pessoa sem depender fortemente da linguagem. Isso envolve a resolução de problemas visuais, espaciais e lógicos. Esses testes são frequentemente usados em situações em que a linguagem pode ser uma barreira, como na avaliação de crianças ou de indivíduos que não falam a língua do teste. Algumas características dos testes de inteligência não verbais incluem: 1. Quebra-Cabeças Visuais: os participantes são apresentados a padrões, figuras ou quebra-cabeças visuais e devem identificar relações, completar respostas ou encontrar soluções; 2. Raciocínio Espacial: esses testes avaliam a capacidade de compreender e manipular objetos em um espaço tridimensional; 3. Lógica Numérica: avaliar o cálculo lógico e a capacidade de resolver problemas matemáticos sem depender de números escritos ou cálculos verbais. A Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção, ou BPA, é uma ferramenta de avaliação psicológica desenvolvida para medir a capacidade de atenção em indivíduos. A atenção é uma função cognitiva essencial que desempenha um papel crucial em diversas áreas da vida, como aprendizado, trabalho e funcionamento diário. A BPA é projetada para auxiliares psicólogos, educadores e profissionais de saúde na avaliação da atenção e no desenvolvimento de intervenções. Consiste em uma série de testes padronizados, projetados para avaliar diferentes aspectos de atenção, incluindo: 1. Atenção Sustentada: avaliar a capacidade de manter o foco em uma tarefa contínua por um período prolongado; 2. Atenção Seletiva: mede a habilidade de se concentrar em estímulos específicos, ignorando distrações; 3. Atenção Alternada: avalia a capacidade de alternância entre diferentes tarefas ou estímulos; 4. Atenção Dividida: testa a habilidade de dividir a atenção entre várias tarefas simultaneamente. A BPA fornece uma avaliação abrangente desses componentes de atenção e gera dados quantitativos que podem ser usados para identificar deficiências ou problemas de atenção. Os resultados da BPA podem ser úteis em contextos clínicos para o diagnóstico de transtornos de atenção, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), bem como em situações de avaliação psicológica em escolas, empresas e outros ambientes. Além disso, o BPA geralmente é projetado para ser aplicado em uma ampla faixa etária, tornando-a adequada para crianças, adolescentes e adultos. Os resultados serão usados para fornecer insights sobre o desenvolvimento da atençãoao longo do tempo e adaptar intervenções educacionais ou terapêuticas, quando necessário. 2 MATERIAIS E MÉTODOS O professor iniciou a aula com uma breve introdução sobre a importância de saber realizar consultas no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), explicando como os motores de busca funcionam através de uma demonstração prática na tela do projetor, mostrando como abrir o site em um navegador da web (Google Chrome) e demonstrou como inserir palavras-chave relevantes na barra de pesquisa, além de navegar pelos resultados da pesquisa e abrir páginas relevantes, de acordo com as seguintes orientações: 1. Acesse a aba “Lista do SATEPSI” clique em “Psicólogo pode usar” e clique em “Testes Psicológicos Favoráveis”; 2. Abrirá a tela na qual é possível fazer as buscas. No campo “nome” insira o nome do teste que pretende consultar; 3. Role a página para baixo e aparecerá o nome do teste psicológico ao final da tela; 4. Clique no nome do teste e poderá conferir diversas informações sobre o teste, inclusive o formato de sua aplicação. Os alunos foram instruídos a acessar o site e repetir o processo demonstrado pelo professor. Eles tiveram a oportunidade de realizar suas próprias consultas em mecanismos de busca, e foram orientados a coletar informações específicas dos sites visitados, relacionadas ao teste que escolheram, que nesse caso foi o teste não-verbal de inteligência G-36. Eles foram instruídos a registrar essas informações, como instruções, links ou resumos. Nas demais práticas, as aplicações dos testes foram realizadas em sala de aula, através de uma dinâmica de grupo para coletar dados e compreender comportamentos humanos, contextos sociais e outros indicadores de bem-estar, além de medir características ou habilidades específicas de forma quantitativa e imparcial, sem que houvesse interferência ou manipulação por parte do avaliador. No caso do teste BPA, foi avaliado também os seus subtestes, que incluem atenção alternada, atenção concentrada e atenção dividida, cada um dos quais se concentrando em um aspecto específico da atenção. Os resultados dos testes foram interpretados com base em normas e tabelas de comparações com grupos de referência. Isso permitiu que os avaliadores do grupo identificassem as áreas de força e fraqueza do indivíduo avaliado, permitindo uma compreensão mais aprofundada das suas habilidades cognitivas. 3 DISCUSSÃO E RESULTADOS 3.1 Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) Os resultados desta aula prática permitiram a capacidade de realização de consultas práticas no SATEPSI e coleta de informações relevantes. Além disso, a discussão pós-prática permitiu a troca de ideias e a resolução de dúvidas. De acordo com a pesquisa realizada nessa aula prática através do site do SATEPSI, e considerando a escolha do teste não-verbal de inteligência G-36, foram apresentados os seguintes resultados, baseados na tabela abaixo: Favorável · Idade: 18 a 66 anos · Construto: inteligência · Validade: 27/09/2023 – página 15 · Normatização – página 37-41 · Padronização – página 29-32 · Fidedignidade – página 33 3.2 Teste V-47 No teste V-47 que avalia a inteligência verbal, o indivíduo avaliado teve 40 acertos no total, resultando em um percentil maior ou igual 70%, tendo uma classificação média. O resultado foi comparado com as amostras da tabela de classificação de ensino superior e geral, conforme descrito abaixo, e nesse caso, não havendo necessidade de intervenções terapêuticas. V-47 Classificação Percentil Ensino Médio Ensino Superior Geral Inferior 1 5 11 9 5 12 18 16 Média Inferior 10 16 23 19 20 23 28 27 25 26 30 28 Média 30 27 32 30 40 30 35 34 50 34 37 36 60 36 39 38 70 38 40 40 Média Superior 75 39 41 41 80 40 42 42 90 42 43 43 Superior 95 43 45 44 Muito Superior 99 45 46 46 3.3 Teste R-1 O teste R-1 avaliou a inteligência não-verbal baseado na teoria de Spearman. A avaliação foi feita através da correção do gabarito, onde o indivíduo em questão teve 37 acertos, ficando com um percentil maior ou igual a 99%, considerando o ensino superior e a avaliação geral. A classificação ficou descrita como muito superior, que demonstra também não haver necessidade de intervenções. R-1 Classificação Percentil Ensino Médio Ensino Superior Feminino Masculino Geral Inferior 1 16 23 17 11 13 5 21 25 24 17 18 Média Inferior 10 23 27 25 21 22 20 25 29 26 23 25 25 26 - 28 24 26 Média 30 27 30 29 26 27 40 28 31 30 28 28 50 30 32 31 29 30 60 31 - 32 31 31 70 32 33 - 32 32 Média Superior 75 - 34 33 - - 80 33 35 34 33 33 90 35 - 35 - 35 Superior 95 36 36 36 35 36 Muito Superior 99 37 37 37 37 37 3.4 Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção (BPA) O teste BPA avalia três tipos de atenção, sendo elas a atenção concentrada, alternada e dividida. No teste de atenção concentrada, o indivíduo fez 69 pontos no total, com 74 acertos e 5 omissões, resultando em um percentil maior ou igual a 10%, apresentando uma classificação inferior. O resultado foi comparado com as amostras da tabela de classificação de 26 a 30 anos da atenção concentrada. Atenção Concentrada por Faixa Etária Classificação Percentil 6 a 10 anos 11 a 17 anos 18 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 50 anos 51 anos ou mais Geral Inferior 1 -15 15 51 32 15 -9 15 10 22 40 70 68 47 32 42 20 34 50 81 77 66 45 59 Média inferior 25 36 55 84 80 72 48 67 30 37 59 87 83 77 52 71 40 41 69 92 88 84 61 81 Média 50 44 74 97 95 91 70 87 Média superior 60 48 80 103 99 98 79 94 70 52 88 107 105 104 86 102 75 55 93 110 107 106 89 104 Superior 80 59 96 114 110 109 94 107 90 66 108 118 115 116 107 116 99 108 120 120 120 120 120 120 E no teste de atenção alternada, o indivíduo fez 88 pontos no total com 94 acertos, 3 erros e 3 omissões, resultando em um percentil maior ou igual a 40%, tendo uma classificação média inferior. O resultado foi comparado com as amostras da tabela de classificação de 26 a 30 anos da atenção alternada. Atenção Alternada por Faixa Etária Classificação Percentil 6 a 10 anos 11 a 17 anos 18 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 50 anos 51 anos ou mais Geral Inferior 1 0 -27 47 29 -1 -60 0 10 25 39 75 62 40 23 40 20 31 48 86 72 58 38 56 Média inferior 25 36 53 91 77 64 41 63 30 37 58 95 81 71 47 69 40 40 65 103 87 80 56 79 Média 50 44 73 108 94 87 63 88 Média superior 60 47 83 112 98 95 71 96 70 51 90 116 104 101 80 105 75 56 95 117 108 105 84 109 Superior 80 58 100 118 111 108 88 112 90 64 108 120 116 114 98 119 99 109 120 120 120 120 119 120 Já no teste de atenção dividida o indivíduo fez 60 pontos no total, com 74 acertos, 1 erro e 10 omissões, resultando em um percentil maior ou inferior a 25%, apresentando uma classificação média inferior. O resultado foi comparado com as amostras da tabela de classificação de 26 a 30 anos da atenção dividida. E conforme estes resultados, são necessários jogos de memória, leitura, quebra-cabeça e jogos de tabuleiro como intervenções terapêuticas para a melhora das três atenções. Atenção Dividida por Faixa Etária Classificação Percentil 6 a 10 anos 11 a 17 anos 18 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 50 anos 51 anos ou mais Geral Inferior 1 -69 -46 26 -3 -48 -64 -37 10 6 12 58 39 23 -8 21 20 19 32 70 52 38 12 37 Média inferior 25 22 38 73 59 44 16 44 30 27 42 76 62 50 23 50 40 32 47 82 68 60 31 61 Média 50 36 54 87 74 67 40 70 Média superior 60 42 62 94 80 74 46 78 70 51 72 98 90 83 59 8675 53 77 100 92 86 63 90 Superior 80 56 80 104 94 90 68 94 90 64 94 110 103 98 80 103 99 95 113 118 117 116 108 117 4 CONCLUSÃO Tanto a observação como os testes objetivos desempenham papéis importantes na coleta de dados e na pesquisa. A escolha entre essas técnicas depende dos objetivos da pesquisa, das características do objeto de estudo e das limitações de tempo e recursos. A combinação dessas técnicas muitas vezes é uma abordagem mais eficaz para obter uma compreensão completa de um determinado problema de pesquisa e no desenvolvimento de estratégias de intervenção adequadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUENO, J. M. H.; PEIXOTO, Evandro Morais. Avaliação psicológica no Brasil e no mundo.In: Psicologia: Ciência e Profissão, 2018, v. 38. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Avaliação psicológica: diretrizes na regulamentação da profissão. Brasília: CFP, 2010. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. CFP. Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI). Disponível em: https://satepsi.cfp.org.br/. Acesso em 21 de outubro de 2023. FLORES-MENDOZA, C.; SARAIVA, R. B. Avaliação da inteligência: uma introdução. In: C. S.Hutz, D. R. Bandeira, & C. M. Trentini. Avaliação Psicológica da Inteligência e da Personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2018. p. 17-33. HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. Avaliação Psicológica da inteligência e da Personalidade. 1. ed. 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