Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A R T I G O S 334 A T É 388 CC ConsignaçãoConsignaçãoConsignação ART. 334 A 345 - CÓDIGO CIVIL O QUE É CONSIGNAÇÃO? A CONSIGNAÇÃO É UM MEIO DE PAGAMENTO INDIRETO QUE CONSISTE NA EXTINÇÃO DA DÍVIDA POR MEIO DE UM DEPÓSITO JUDICIAL OU EM ESTABELECIMENTO BANCÁRIO. ESTA PRÁTICA DE PAGAMENTO PODE SER INVOCADA QUANDO O DEVEDOR QUISER PAGAR, MAS O CREDOR NÃO QUEIRA OU NÃO POSSA RECEBER QUAL A RAZÃO DE SER O ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO NÃO INTERESSA SOMENTE AO CREDOR, MAS TAMBÉM AO DEVEDOR, ANTE O FATO DE QUE ESTE PODERÁ ESTAR SUJEITO, ALÉM DA MORA, A ÔNUS E RESPONSABILIDADES ADICIONAIS. POR EXEMPLO, QUANDO O PAGAMENTO SE DER MEDIANTE A ENTREGA DE UM BEM, ENQUANTO O DEVEDOR NÃO O ENTREGAR, FICARÁ RESPONSÁVEL PELA GUARDA, RESPONDENDO, INCLUSIVE, PELA SUA PERDA HIPÓTESES DE CABIMENTO I - SE O CREDOR NÃO PUDER, OU, SEM JUSTA CAUSA, RECUSAR RECEBER O PAGAMENTO, OU DAR QUITAÇÃO NA DEVIDA FORMA; II - SE O CREDOR NÃO FOR, NEM MANDAR RECEBER A COISA NO LUGAR, TEMPO E CONDIÇÃO DEVIDOS; III - SE O CREDOR FOR INCAPAZ DE RECEBER, FOR DESCONHECIDO, DECLARADO AUSENTE, OU RESIDIR EM LUGAR INCERTO OU DE ACESSO PERIGOSO OU DIFÍCIL; IV - SE OCORRER DÚVIDA SOBRE QUEM DEVA LEGITIMAMENTE RECEBER O OBJETO DO PAGAMENTO; V - SE PENDER LITÍGIO SOBRE O OBJETO DO PAGAMENTO. REQUISITOS CONFORME SE INFERE DO ART. 336, REPRESENTAM OS REQUISITOS DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO TODOS OS REQUISITOS EM RELAÇÃO: • ÀS PESSOAS; • AO OBJETO; • AO MODO E TEMPO. CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL • NESSE CASO, O DEVEDOR DEVERÁ DEPOSITAR A QUANTIA QUE ENTENDE SER DEVIDA EM UMA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA OFICIAL NO MESMO LUGAR DO PAGAMENTO; • O CREDOR DEVERÁ, ENTÃO, SER NOTIFICADO PARA, EM ATÉ 10 DIAS, RECUSAR A IMPORTÂNCIA DEPOSITADA; • CASO O CREDOR NÃO SE MANIFESTE, SERÁ O DEPÓSITO CONSIDERADO VÁLIDO E A OBRIGAÇÃO ADIMPLIDA. CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL • CASO O CREDOR MANIFESTE RECUSA QUANTO À QUANTIA DEPOSITADA, O DEVEDOR DEVERÁ, EM ATÉ 30 DIAS, INGRESSAR COM A AÇÃO DE PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO; SE O DEVEDOR NÃO O FIZER, TORNARÁ O DEPÓSITO SEM EFEITO (DEVEDOR FICARÁ EM MORA). CONSIGNAÇÃO JUDICIAL UMA VEZ INICIADA A AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO: • ENQUANTO O CREDOR NÃO SE MANIFESTAR NO PROCESSO (SEJA PARA ACEITAR OU RECUSAR), O DEVEDOR PODERÁ LEVANTAR O VALOR, PAGANDO AS RESPECTIVAS DESPESAS; • CASO O CREDOR, APÓS CONTESTAR OU ACEITAR O DEPÓSITO, CONSINTA NO LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO PELO DEVEDOR, PERDERÁ A GARANTIA E A PREFERÊNCIA QUE LHE COMPETIA; CONSIGNAÇÃO JUDICIAL UMA VEZ INICIADA A AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO: • CASO O DEPÓSITO SEJA JULGADO PROCEDENTE, SOMENTE PODERÁ O DEVEDOR LEVANTAR OS VALORES COM ANUÊNCIA DOS CODEVEDORES E FIADORES; CONSIGNAÇÃO JUDICIAL APONTAMENTOS SOBRE A AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO: • O PAGAMENTO DAS DESPESAS COM O DEPÓSITO SERÁ DO CREDOR, EM CASO DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO, OU DO DEVEDOR, EM CASO DE IMPROCEDÊNCIA. • SE A COISA DEVIDA FOR BEM IMÓVEL OU CORPO QUE DEVA SER ENTREGUE NO LUGAR ONDE ESTÁ, O CREDOR PODERÁ SER CITADO PARA IR BUSCÁ-LA, SOB PENA DE SER DEPOSITADA. CONSIGNAÇÃO JUDICIAL APONTAMENTOS SOBRE O INSTITUTO DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO: • SE O DEVEDOR, SABENDO DE LITÍGIO PENDENTE SOB A OBRIGAÇÃO, PAGAR A QUALQUER DOS PRETENDIDOS CREDORES, ASSUMIRÁ O RISCO DO PAGAMENTO; Sub-RogaçãoSub-RogaçãoSub-Rogação ART. 346 A 351 - CÓDIGO CIVIL O QUE É SUBROGAÇÃO? É A SUBSTITUIÇÃO DO CREDOR ORIGINÁRIO POR TERCEIRO QUAIS SÃO OS TIPOS EXISTENTES? EXISTEM DOIS TIPOS, A SUBROGAÇÃO LEGAL, EM QUE OCORRE INDEPENDENTE DE VONTADE DAS PARTES, E A CONVENCIONAL, ONDE DEPENDE DE DECLARAÇÃO EXPRESSA DE VONTADE. SUBROGAÇÃO LEGAL QUANDO OCORRE? 1. O CREDOR PAGA A DÍVIDA DO DEVEDOR COMUM; 2. O ADQUIRENTE DO IMÓVEL HIPOTECADO, PAGA A CREDOR HIPOTECÁRIO, BEM COMO DO TERCEIRO QUE EFETIVA O PAGAMENTO PARA NÃO SER PRIVADO DE DIREITO SOBRE IMÓVEL; 3. O TERCEIRO INTERESSADO PAGA A DÍVIDA PELA QUAL ERA OU PODIA SER OBRIGADO, NO TODO OU EM PARTE. SUBROGAÇÃO LEGAL QUAL A RAZÃO DE SER? COMO VISTO NA LÂMINA ANTERIOR, TRATA-SE SEMPRE DE UMA SITUAÇÃO ONDE UM TERCEIRO PODE VIR A SE PREJUDICAR PELA DÍVIDA CONTRAÍDA PELO DEVEDOR ORIGINAL. LOGO, A SUBROGAÇÃO VEM COMO UMA FORMA DE, EM CASO DE O TERCEIRO ADIMPLIR ESSA OBRIGAÇÃO, GARANTIR QUE NÃO SAIA TOTALMENTE PREJUDICADO. QUANDO O CREDOR ORIGINÁRIO RECEBE PAGAMENTO DE TERCEIRO E EXPRESSAMENTE LHE TRANSFERE TODOS SEUS DIREITOS. QUANDO TERCEIRO EMPRESTA AO DEVEDOR A QUANTIA NECESSÁRIA PARA SOLVER A DÍVIDA, SOB A CONDIÇÃO EXPRESSA DE FICAR SUBROGADO NOS DIREITOS DO CREDOR ORIGINÁRIO. SUBROGAÇÃO CONVECIONAL QUAL A DIFERENÇA? ESSA, AO CONTRÁRIO DA ANTERIOR, NÃO DECORRE DA LEI E INEXISTE SEM A EXPRESSA DECLARAÇÃO DE VONTADE DAS PARTES QUANDO OCORRE? 1. 2. SUBROGAÇÃO APONTAMENTOS SOBRE O INSTITUTO DA SUBROGAÇÃO: • NA SUBROGAÇÃO LEGAL O CREDOR SUBROGADO SOMENTE PODERÁ EXERCER OS DIREITOS DO CREDOR ORIGINÁRIO ATÉ A SOMA DO QUE DESEMBOLSOU; • É POSSÍVEL A SUBROGAÇÃO PARCIAL, DESDE QUE O PAGAMENTO EFETUADO PELO TERCEIRO NÃO SEJA TOTAL. ImputaçãoImputaçãoImputação ART. 352 A 355 - CÓDIGO CIVIL O QUE É A IMPUTAÇÃO? CONSISTE NA INDICAÇÃO A QUAL SE REFERE O PAGAMENTO EFETUADO PELO DEVEDOR, QUANDO ELE ESTÁ OBRIGADO POR DOIS OU MAIS DÉBITOS DA MESMA NATUREZA, A UM SÓ CREDOR, E ESTES FOREM LÍQUIDOS E VENCIDOS. QUEM INDICA? EM REGRA, O DEVEDOR, MAS EXISTEM EXCEÇÕES. IMPUTAÇÃO PELO DEVEDOR É A REGRA E PODE OCORRER SEMPRE QUE PREENCHIDOS TODOS OS REQUISITOS. IMPUTAÇÃO PELO CREDOR QUANDO O DEVEDOR NÃO INDICAR QUAL DÉBITO QUER QUITAR, O CREDOR PODERÁ FAZER A IMPUTAÇÃO. SE O DEVEDOR A ACEITAR, NÃO TERÁ DIREITO A RECLAMAR. IMPUTAÇÃO LEGAL OCORRE QUANDO AMBAS AS PARTES, DEVEDOR E CREDOR, FOREM OMISSAS QUANTO À IMPUTAÇÃO. NESSE CASO, OBSERVA-SE-ÃO AS DÍVIDAS VENCIDAS PRIMEIRO. CASO TODAS TENHAM SE VENCIDO AO MESMO TEMPO, A IMPUTAÇÃO FAR-SE-Á NA MAIS ONEROSA. REQUISITOS DA IMPUTAÇÃO SÃO REQUISITOS COMUNS PARA QUE A IMPUTAÇÃO SEJA POSSÍVEL: • PLURALIDADE DE DÉBITOS LÍQUIDOS E VENCIDOS: DOIS OU MAIS DÉBITOS LÍQUIDOS E JÁ VENCIDOS; • UNICIDADE DE CREDOR: A OBRIGAÇÃO DEVE ESTAR VINCULADA A APENAS UM CREDOR; • IGUAL NATUREZA DAS DÍVIDAS: OS DÉBITOS DEVEM SER DA MESMA NATUREZA, OU SEJA, IMPOSSÍVEL IMPUTAR QUANDO UMA DÍVIDA FOR DE DINHEIRO E A OUTRA DE ENTREGAR GADO. • PRESTAÇÃO COMPATÍVEL: O VALOR OFERECIDO DEVE SER SUFICIENTE PARA PAGAR MAIS DE UM DÉBITO, MAS INSUFICIENTE PARA PAGAR TODOS. IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO APONTAMENTOS SOBRE O INSTITUTO DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO: • É IMPOSSÍVEL A IMPUTAÇÃO DE DÍVIDA NÃO VENCIDA; • EM CASO DE HAVER CAPITAL E JUROS, O DEVEDOR NÃO PODE IMPUTAR O PAGAMENTO NO CAPITAL SEM ANTES PAGAR OS JUROS, SALVO ESTIPULAÇÃO EM CONTRÁRIO. DaçãoDaçãoDação ART. 356 A 359 - CÓDIGO CIVIL O QUE É DAÇÃO EM PAGAMENTO? É O ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO POR MEIO DE PRESTAÇÃO DIVERSA DA INICIALMENTE PACTUADA, MEDIANTE CONSENTIMENTO DO CREDOR. PODE SE DAR PELA SUBSTITUIÇÃO DE UMA COISA POR DINHEIRO (REM PRO PECUNIA), DE UMA COISA POR OUTRA COISA (REM PRO REM), DE UMA COISA POR UM FATO (REM PRO FACTO), DE UM FATO POR OUTRO FATO ETC. REQUISITOS • DÍVIDA VENCIDA; • CONSENTIMENTO DO CREDOR; • ENTREGA DE COISA DIVERSA DA DEVIDA; • ÂNIMO DE SOLVER. NovaçãoNovaçãoNovação ART. 360 A 367 - CÓDIGO CIVIL O que é novação? Novação é um meio de pagamento indireto que consiste na extinção da dívida antiga para a criação de uma nova. Em geral, esta prática demanda um acordo feito pelas duas partes – devedor e credor. Logo, não se trata de uma decisão unilateral, por isso tende a ser benéfica a ambos. PRINCIPAL DIFERENCIAL Seu principal diferencial é que, obrigatoriamente, há o desejo de ambas as partes em extinguir uma dívida ou contrato anterior e criar um novo. Este é chamado de animus novandi Considerando o que significa extinguir, a novação significa que o contrato anterior deixará de existir. Inclusive as garantias existentes no anterior, a não ser que isto seja acordado no novo contrato. COMO FUNCIONA A NOVAÇÃO? Esse tipo de dívida pode ser classificada em três situaçõesespecíficas. A primeira situação ocorre quando uma pessoa possui uma dívida de R$1000 e não consegue realizar o pagamento da mesma Dessa forma, sua dívida só aumenta a partir dos juros rotatórios, alcançando o valor de R$1200. Neste caso, o devedor faz um acordo com uma operadora de cartão, e essa dívida anterior é novada por outra, podendo ser parcelada em 4 vezes de R$300. https://www.suno.com.br/artigos/inadimplencia/ https://www.suno.com.br/artigos/inadimplencia/ A segunda situação é quando outro devedor assume uma nova dívida com o mesmo credor e, dessa forma, a dívida original deixa de existir. Esta prática também é bastante corriqueira no mercado brasileiro. Por fim, temos a terceira situação que de forma contrária a segunda, é quando o mesmo assume uma nova dívida com um novo credor. E assim, a dívida com o credor original deixa de existir. Objetiva; Subjetiva; Mista. QUAIS OS TIPOS DE NOVAÇÃO? Há três tipos de novação de dívida existentes e utilizadas com frequência. Sua aplicação varia de acordo com a forma e a situação em que ela ocorre. São elas: NOVAÇÃO OBJETIVA ocorre quando o acordo resulta em um novo objeto, que pode resultar em alteração de valor, prazo ou forma de pagamento da dívida. Logo, um montante que deveria ser pago em dinheiro passa a ser quitado com a entrega de um bem, por exemplo. Neste caso, são mantidos o credor e o devedor anteriores, a alteração é feita só no objeto do pagamento. NOVAÇÃO SUBJETIVA é aplicada quando se muda o sujeito do contrato, seja ele o devedor ou o credor. Dentro desta opção existem ainda duas vertentes: a novação subjetiva ativa e a novação subjetiva passiva. Assim, a ativa é quando a alteração é feita no credor. Ou seja, o valor ou bem passa a ser devido a outro indivíduo e a dívida com o primeiro perde o valor. Por fim, a passiva ocorre quando a mudança é no sujeito do devedor, com outra pessoa assumindo a dívida, seja por expromissão (quando não há o consentimento do devedor) ou por delegação, quando há o consentimento do devedor na troca. https://www.suno.com.br/artigos/mercado-de-credito/ https://www.suno.com.br/artigos/mercado-de-credito/ https://www.suno.com.br/artigos/mercado-de-credito/ NOVAÇÃO MISTA A novação mista, por sua vez, é uma mistura das duas opções anteriores, o que significa uma alteração no valor ou nas condições do pagamento e também em um dos sujeitos do contrato. esta é a única opção que não está diretamente prevista em lei, mas é aceita pela magistratura. EXEMPLO BANCO COM O SEU CREDOR. Este, querendo quitar sua dívida, procura a empresa em busca de uma renegociação do débito. Se as condições acordadas forem favoráveis para ambas as partes, o contrato anterior será extinto e um novo será criado, para abranger as condições e forma de pagamento definidos na nova negociação. Assim, há a novação objetiva da dívida. CompensaçãoCompensaçãoCompensação ART. 368 A 380 - CÓDIGO CIVIL O QUE É COMPENSAÇÃO? Quando duas pessoas são, ao mesmo tempo, credoras e devedoras uma da outra, teremos dois subsídios contrapostos, que se compensam com o intuito de alcançar o adimplemento. A principal vantagem é evitar a duplicidade de pagamento e facilitar o negócio. A BR$10.000 R$12.000 EXEMPLO Para exemplificar e facilitar. Imaginemos que A tem uma dívida com B no valor de R$ 10 mil, por uma reforma feita em seu imóvel. Ao mesmo tempo, B tem uma dívida com A no valor de R$ 12 mil pela compra de uma motocicleta há cerca de um ano atrás. Para facilitar as negociações, podem as dívidas serem compensadas não que sejam equivalentes, ou seja, A deixa de receber 10 mil de B, ficando, dessa forma, obrigado a pagar apenas os 2 mil reais de diferença entre as dívidas. Assim, evita-se o envio de quantidades desnecessárias. legal; convencional; judicial. QUAIS ESPÉCIES DE COMPENSAÇÃO? Divide-se em três espécies: legal, judicial ou convencional. COMPENSAÇÃO LEGAL São aqueles que funcionam automaticamente, independentemente da oposição de qualquer um dos particulares. o arte. 369, então, diz que “A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. “ Logo, é preciso observar os quatro requisitos que permitirão que a compensação opere de pleno direito: REQUISITOS Liquidez do subsídio — dívidas líquidas são aquelas certas quanto à existência e determinada quanto ao objeto. Tendo liquidez, portanto, temos certeza de que o objeto é preciso quanto à natureza, qualidade e quantidade. Exigibilidade do subsídio — dívida exigível é aquela que já ultrapassou o termo de vencimento ou condição, o que significa dizer que agora ela pode ser cobrada. Refere-se às dívidas vencidas, portanto. Sendo vencida, poderá ser compensada. REQUISITOS Fungibilidade das prestações — outro requisito necessário para que seja possível a cobrança é que os objetos das prestações sejam fungíveis, ou seja, possam ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade. Isso garante que as dívidas só serão compensadas automaticamente com outras do mesmo gênero e nenhum dos indivíduos será prejudicado. Reciprocidade das obrigações — apesar da característica não ser trabalhada no art. 369, nos termos ela é mencionada na norma geral do art. 368, que determina como pressuposto para a compensação a reciprocidade das obrigações. COMPENSAÇÃO CONVENCIONAL É aquilo que resulta da autonomia das partes, onde os contratantes podem livremente dispor de seu crédito, deliberando por extinguir os créditos (e débitos) reciprocamente. Ocorrerão nas hipóteses em que não existam os pressupostos para a indenização legal dos artigos 369 e 370. Em outras palavras, nada impede que as partes compensem subsídios ilíquidos, inexigíveis ou infungíveis. Nesses casos, contudo, a indenização não será de pleno direito, mas por desejo das partes. É importante ressaltar que as qualidades de permissão para a compensação legal não são qualidades de permissão para que exista compensação, mas, apenas, para que ela ocorra “automaticamente”. Assim, a vontade das partes pode suprir a falta de qualquer um desses requisitos e a compensação ocorre normalmente. COMPENSAÇÃO JUDICIAL Apesar de o nome parecer indicar, a especificidade da liquidação judicial reside na questão da liquidez dos créditos envolvidos, pois embora, originalmente ausente a liquidez, pode esta ser determinada por uma decisão judicial. Assim, embora as compensações legais e convencionais também possam ser declaradas judicialmente, aqui, o pronunciamento do juiz não tem papel meramente declarativo. Aqui, a decisão do juiz serve para suprir uma qualificação necessária (liquidar o objeto) para que ele ocorra (como a vontade das partes, que supre a falta dos requisitos legais para a compensação). LIMITES DA COMPENSAÇÃO Como a faculdade de compensação não é norma de ordem pública, poderá ser limitada pela autonomia privada das partes. O acordo impeditivo da compensação poderá ocorrer na formalização do contrato de qualquer um dos subsídios ou em algum pacto “extra”, devendo indicar, necessariamente, quais débitos não estarão sujeitos à indenização. No caso de renúncia ao poder de compensação, o art. 375 do Código exige que ela seja prévia, o que significa que ela deve ser apresentada antes que se verifiquem as qualidades que permitem a compensação legal (liquidez, ou exigibilidade). Será expresso quando ocorrer diretamente da declaração do indivíduo e tácita quando agir em sentido contrário à compensação, por exemplo, pagando a dívida. TAMBÉM NESSE SENTIDO, PARA RESGUARDAR A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO, QUALQUER FORMA DE RENÚNCIA OU ACORDO QUE IMPOSSIBILITE A INDENIZAÇÃO SERÁ ANULADA QUANDO IMPLICAR DANOS QUE CAUSEM PREJUÍZOS A DIREITOS DE TERCEIROS (COMO TODOS OS OUTROS ATOS DE AUTONOMIA DAS PARTES SERÃO, SE CAUSAREM DANO A TERCEIROS, LIMITANDO SUAS LIBERDADES DE NEGOCIAR). DIFERENÇA DE CAUSA A diferença de causas nas dívidas não impede a compensação, exceto: ·Se provier de esbulho, furto ou roubo; ·Se uma se originar de comodato,depósito ou alimentos; ·Se uma for de coisa não suscetível de penhora. https://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/alimentos.htm COMPENSAÇÃO DE DIVIDAS COM PAGAMENTO EM LOCAIS DIVERSOS Quando as dividas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação. EFEITOS EM RELAÇÃO A TERCEIROS Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia. ConfusãoConfusãoConfusão ART. 381 A 384 - CÓDIGO CIVIL O QUE É A CONFUSÃO? ocorre sempre que o credor e o devedor se fundem na mesma pessoa. Nestes casos, perde-se a definição de quem deve pagar e quem deve receber, já que credor e devedor se tornam a mesma pessoa. Isto pode ocorrer, por exemplo, em casos de herdeiros credores caso o devedor faleça. “CONFUSÃO É A AGLUTINAÇÃO, EM UMA ÚNICA PESSOA E RELATIVAMENTE À MESMA RELAÇÃO JURÍDICA, DAS QUALIDADES DE CREDOR E DEVEDOR, POR ATO INTER VIVOS OU CAUSA MORTIS, OPERANDO A EXTINÇÃO DO CRÉDITO. EM RAZÃO DO IMPEDIMENTUM PRESTANDI, OU SEJA, DA IMPOSSIBILIDADE DO EXERCÍCIO SIMULTÂNEO DA PRESTAÇÃO E DA AÇÃO CREDITÓRIA, TER-SE-Á A EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO.” (DINIZ, 2007, P. 350) REQUISITOS Para caracterizar a confusão, são necessários os seguintes requisitos: UNIDADE DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL Esta unidade pressupõe, portanto, a existência do mesmo crédito ou da mesma obrigação; UNIÃO, NA MESMA PESSOA, DAS QUALIDADES DE CREDOR E DEVEDOR Pois apenas quando a pretensão e a obrigação concorrerem no mesmo titular é que se terá a confusão; AUSÊNCIA DE SEPARAÇÃO DOS PATRIMÔNIOS De modo que, por exemplo, aberta a sucessão, não se verificará a confusão enquanto os patrimônios do de cujus e do herdeiro permanecerem distintos, não incorporando o herdeiro, em definitivo, o crédito ao seu próprio patrimônio. FONTES A confusão pode se originar de uma transmissão universal de patrimônio, o mais comum é a causa mortis. Pode ocorrer por ato entre vivos quando, por exemplo, uma empresa, credora de outra, vem a receber todo o patrimônio da outra. Pode também, o fenômeno derivar de cessão de crédito, de sub-rogação. “O CASAMENTO SOB O REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL PODERÁ ACARRETAR CONFUSÃO, QUANDO MARIDO E MULHER, ANTES DAS NÚPCIAS, ERAM CREDOR E DEVEDOR, DANDO-SE, ENTÃO, A COMUNICAÇÃO DOS MATRIMÔNIOS E CONSEQÜENTEMENTE A EXTINÇÃO DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL.” (DINIZ, 2007, P. 350) A CONFUSÃO OCORRE COM MAIS FREQÜÊNCIA NAS HERANÇAS ONDE O CASO MAIS COMUM É O DO FILHO QUE DEVE AO PAI E É SUCESSOR DESTE. MORTO O CREDOR, O CRÉDITO TRANSFERE AO FILHO, QUE É EXATAMENTE O DEVEDOR (GONÇALVES, 2004, P. 339). ESPÉCIES Pode ser, total ou parcial. Na última, o credor não recebe a totalidade da dívida, por não ser o único herdeiro do devedor. Por exemplo: os sucessores do credor são dois filhos e o valor da quota recebida pelo descendente devedor é menos do que a sua dívida EFEITOS os efeitos da confusão é operar a extinção da obrigação, desde que na mesma pessoa se aglutinem as qualidades de credor e devedor. Se acarretar a extinção da obrigação principal, ipso facto extinguir- se-á a relação acessória, já que accessorium sequitur principale A obrigação principal que foi contraída pelo devedor permanecerá, se a confusão ocorrer nas pessoas do credor e fiador ou fiador e devedor. No primeiro caso (credor e fiador), extingue-se a fiança, porque ninguem pode ser fiador de si próprio. Já no segundo (fiador e devedor), desaparece a garantia porque deixa de oferecer qualquer vantagem para o credor. RemissãoRemissãoRemissão ART. 385 A 388 - CÓDIGO CIVIL O QUE É A REMISSÃO? A remissão de dívida acontece quando o credor perdoa a dívida de alguém. Isso acontece quando há um acordo entre os envolvidos. Por ser uma possível renúncia do credor, o devedor não precisa estar necessariamente de acordo. COMO FUNCIONA A REMISSÃO DE DÍVIDA? SILÊNCIO DO CREDOR Nesse caso, o credor não se manifesta, fazendo com que haja uma aprovação tácita para o fim da dívida. Caso devedor não concorde, sua única forma de manter o valor em aberto é negar a renúncia. COMO FUNCIONA A REMISSÃO DE DÍVIDA? EXPRESSAMENTE outra maneira é o consentimento expresso da vontade. o credor formaliza por escrito esse desejo por meio de um termo. dessa forma, o devedor terá um comprovante por escrito de que não há mais a dívida. TIPOS PARCIAL HÁ LIBERAÇÃO DO PAGAMENTO DE APENAS UMA PARTE DA DÍVIDA. INTEGRAL O DEVEDOR FICA LIVRE DE TODO O VALOR DEVIDO. COMO FAZER A REMISSÃO DE DÍVIDA SE HOUVER MAIS DE UM CREDOR? NESSA SITUAÇÃO, A DÍVIDA SE MANTÉM, UMA VEZ QUE OS OUTROS CREDORES TÊM O DIREITO DE RECEBER SUA PARTE. MAS É PRECISO RESSALTAR QUE ELES PRECISARÃO FAZER O DESCONTO DO QUE FOI PERDOADO E COBRAR APENAS O VALOR RESTANTE. O PROCESSO SE TORNA MAIS FÁCIL QUANDO O VALOR DEVIDO PODE SER DIVIDIDO. VAMOS A UM EXEMPLO PRÁTICO: DOIS CREDORES PRECISAM RECEBER R$ 15 MIL CADA, MAS UM DELES PERDOA A DÍVIDA. ASSIM, FICA FALTANDO O PAGAMENTO DOS OUTROS R$ 15 MIL. O GRANDE PROBLEMA É QUANDO O PAGAMENTO DA DÍVIDA É FEITO COM UM BEM, COMO UM IMÓVEL POR EXEMPLO. ISSO DIFICULTA O PROCESSO, POIS O IMÓVEL É UM OBJETO INDIVISÍVEL. ELE PODERÁ SER USADO COMO PAGAMENTO, MAS O DEVEDOR DEVERÁ RECEBER EM DINHEIRO A PARTE QUE FOI PERDOADA, NESSE CASO, OS R$15 MIL.
Compartilhar