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Correções e Reflexões

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Errata
Graças ao auxílio de um dos alunos do curso, fui alertado para três erros que, por falta de atenção, me
passaram desapercebido, a saber:
1) No exercício 1 do teste das aulas 9 e 10, o primeiro gráfico tem mais duas baixas nas
penetrações do primeiro e do segundo fundo que não foram contadas. Portanto, o número
correto de baixas é 9.
2) No exercício 2, do OBV, ao subtrair o saldo do dia 25 do dia 26 cometi um engano. Em vez de
-29, que seria o correto, coloquei –27 e a partir daí os cálculos seguiram corretos. Para corrigir,
diminua o número de baixas para 4.
3) No texto da última página da aula 10, no ante penúltimo parágrafo, onde se lê “Agora você irá
contar todas as ALTAS e baixas como positivas ...”, leia-se “Agora você irá contar todas as
NOVAS ALTAS e baixas como positivas ...”.
Peço desculpas, mas sei que não estarei livre de erros deste tipo até o final deste curso, embora,
daqui a diante, tentarei evitar que se repitam. Mas, não posso negar que me deixou feliz ser
corrigido; foi uma demonstração que o curso está atingindo seu objetivo de ensinar para quem
realmente estiver interessado em aprender.
A SIMETRIA SANFONADA ( reflexão simples)
Assumindo a premissa de que o mercado é um jogo, a Simetria Sanfonada será o tabuleiro
sobre o qual ele será jogado.
A idéia da Simetria Sanfonada me ocorreu após as primeiras experiências com a Reflexão Dupla.
Comentei, no inicio da aula passada, que ao tomar contato com a teoria de Adam, já havia notado
a semelhança existente - falando em termos de Adam, entre o Futuro e o Passado, após um
ponto de retorno no momento AGORA.
Até então, via a simetria de uma forma diferente: o Futuro como um reflexo (espelho) do Passado.
Nunca me ocorrera que poderia transformar aquela visão num componente de uma estratégia
operacional. Depois de praticar algum tempo com as estratégias operacionais da reflexão dupla,
decidi fazer alguns testes aplicando-as em diferentes cenários do mercado utilizando apenas uma
reflexão e depois compara-las. Se conseguisse demonstrar para mim mesmo que com uma
reflexão, em vez de duas, poderia operar no mercado com a mesma eficiência do que com duas,
ficaria mais fácil.
Assim, num desdobramento como o que se segue, as projeções eram as seguintes:
Reflexão Dupla:
Passado FuturoAGORA
Reflexão Simples:
Comparando-as, percebi que enquanto a Reflexão Dupla insinuava que no futuro o mercado
permaneceria um tempo congestionado e depois cairia, na Reflexão Simples ocorria o inverso,
isto é, no futuro o mercado permaneceria um tempo congestionado e depois subiria. Em seguida,
comparei-as numa tendência de alta, conforme abaixo:
Passado FuturoAGORA
AGORA AGORA
Reflexão Dupla Reflexão Simples
Novamente, simetrias opostas e não poderia ser de outra forma. Eu é que ainda não tinha me
tocado!
A partir daí, passei bastante tempo examinando vários gráficos e constatei que quando uma
congestão começava a ficar aparente, tanto a reflexão dupla como a simples projetavam a
continuação da projeção, alternando apenas o lado da perfuração, mas ambas projetavam a
congestão com a mesma eficiência e, quando o mercado encontrava-se em tendência, a reflexão
dupla demorava muito tempo para sinalizar sua reversão, ao passo que a reflexão simples, fazia
esta revelação no primeiro ponto de retorno que surgisse no gráfico.
Mas, havia um problema. Como saber se um dia contra a tendência predominante não era apenas
uma pequena correção dentro dela, sem implicações de mudança? Num primeiro momento, não
encontrei nenhuma resposta. Depois me ocorreu o seguinte: quando é que posso saber que uma
tendência de alta, por exemplo, deixa de ser de alta? Segundo a teoria de Dow, quando ocorrer
uma falha na sucessão de topos e fundos ascendentes. Visto desta maneira, até a segunda
reflexão sinalizar reversão, poderia demorar muito!
Então, imaginei o seguinte: se estiver buscando o reflexo (o espelho) de uma tendência de alta,
estou buscando uma projeção com o ângulo de inclinação inverso ao da tendência em
andamento. Quem pode me fornecer esta informação? Encontrei a resposta na linha de
tendência, ou seja, a quebra de uma linha de tendência de alta me envia, pelo menos em tese,
para um movimento na direção oposta mantendo o ângulo inverso de inclinação.
Com esta idéia em mente, retornei aos gráficos para novas verificações. Notei, então, que na
maioria das vezes que uma linha de tendência de alta (ou de baixa) é perfurada, 70% dos
movimentos posteriores à penetração, se transformam em congestões ou são verdadeiras
reversões.
Verifiquei, também, que quando o mercado começava a se movimentar fazendo o movimento
simétrico de volta, os níveis onde ocorreram trocas durante o desenvolvimento da referência
simétrica à esquerda, correspondiam aproximadamente aos níveis onde se poderia esperar que
ocorresse na reflexão simples desmembramento similar.
A partir daí, tudo ficou mais fácil! Havia encontrado uma variante da reflexão dupla, bem mais fácil
de se trabalhar e, na falta de um nome, a denominei Simetria Sanfonada. Mais adiante saberá
porque assim a denominei.
Em todo mercado onde o preço é determinado pela oferta e procura, sua evolução só pode se dar
em três direções: o preço sobe, o preço cai ou o preço permanece estável. Trazendo este
comportamento para dentro da análise gráfica, podemos afirmar que o preço de um ativo ora está
em tendência de alta, ora em tendência de baixa e na maior parte do tempo em tendência
indefinida. Não existe um quarto caminho.
Vejamos, agora, como projetar as simetrias para estas situações e o que podemos esperar delas.
1) Preço Indefinido – Congestão
Cenário I: congestão num fundo com referência simétrica de alta
Quando um gráfico vem em tendência de baixa, ocorre
um repique, volta a cair até o fundo anterior, e antes
que o fundo tenha sua penetração confirmada, ocorre
um ponto de retorno.
Projetando-se as alternativas simétricas mais prováveis
temos:
Alternativa 1: o preço volta a cair confirmando a
penetração do fundo anterior e entra no espaço vazio.
Alternativa 2: O preço sobe até o topo anterior, bate na
resistência e volta a cair na direção do suporte
proporcionado pelo fundo da congestão.
Alternativa 3: Após cumprir o percurso da Alternativa 2,
em vez de voltar a subir do suporte, penetra-o e entra no espaço vazio.
Alternativa 4: O preço rompe a congestão para cima e descreve o percurso simétrico da alta
com resistências aproximadamente nos níveis onde se formaram suportes durante a
tendência de queda.
Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão de fundo (Dow Jones): Alternativa 4
A1
A2
A4
A3
MNORONHA
Cenário II: congestão num topo com referência simétrica de baixa
Alternativa 1: o preço volta a subir confirmando a penetração
do topo anterior e entra no espaço vazio.
Alternativa 2: O preço cai até o fundo anterior, bate no
suporte e volta a subir na direção da resistência proporcionada
pelo topo da congestão.
Alternativa 3: Após cumprir o percurso da Alternativa 2, em
vez de voltar a cair da resistência, penetra-a e entra no
espaço vazio.
Alternativa 4: O preço rompe a congestão para baixo e
descreve o percurso simétrico da queda com suportes
aproximadamente nos níveis onde se formaram resistências
durante a tendência de alta.
Exemplo de um rompimento para baixo de uma congestão de topo (Bombril pn): Alternativa 4
A1
A2
A4
A3
MNORONHA
Cenário III: congestão no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima
Alternativa 1: o preço
permanece oscilando entre
os limites superior e inferior
da congestão.
Alternativa 2: o preço corta
a congestão para cima.
Alternativa 3: o preço corta
a congestão para baixo.
Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão no meio do caminho com alternativas
simétricas para baixo e para cima (Confab pn): Alternativa 2
A2
A1
A3MNORONHA
Cenário IV: congestão no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima
Alternativa 1: o preço
permanece oscilando entre
os limites superior e inferior
da congestão.Alternativa 2: o preço corta
a congestão para baixo.
Alternativa 3: o preço corta
a congestão para cima.
Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão no meio do caminho com alternativas
simétricas para baixo e para cima (Dow Jones): Alternativa 2
A2
A1
A3
MNORONHA
Cenário V: topo em “ /\ “ (ve invertido) no espaço vazio com simetria para baixo
Alternativa 1: o preço corta a linha de
tendência de alta e segue caindo,
entrando em tendência de baixa, fazendo
uma simetria espelhada da tendência de
alta prévia.
Alternativa 2: o preço, depois de cortar a
linha de tendência de alta e atingir o
suporte proporcionado pelo fundo anterior
da tendência de alta prévia, corta a linha
de tendência de baixa para cima, faz um
pequeno repique simétrico e volta a cair
enquadrando-se no desdobramento da
alternativa 1.
Alternativa 3: o preço, depois de cortar a
linha de tendência de alta, segue caindo
até cortar a linha de tendência de baixa
para cima e prossegue subindo rumo ao
teste da resistência oferecida pelo topo
principal e volta a cair formando um topo
reflexo.
Alternativa 4: o preço, depois de cortar a linha de tendência de alta, segue caindo até cortar a
linha de tendência de baixa, volta a subir e rompe a resistência oferecida pelo topo principal
retornando ao espaço vazio.
Exemplo de um topo em “ /\ “ (ve invertido) no espaço vazio com simetria para baixo (Banco do
Brasil pn): Alternativa 1
A1
A3
A4
A2
MNORONHA
Cenário VI: fundo em” V “ no espaço vazio com simetria para alta
Alternativa 1: o preço corta a linha de
tendência de baixa e segue subindo,
entrando em tendência de alta, fazendo
uma simetria espelhada da tendência de
baixa prévia.
Alternativa 2: o preço, depois de cortar a
linha de tendência de baixa, segue
subindo até cortar a linha de tendência de
alta, e rompe o suporte oferecido pelo
fundo principal retornando ao espaço
vazio.
Alternativa 3: o preço, depois de cortar a
linha de tendência de baixa, segue
subindo até cortar para baixo a linha de
tendência de alta e prossegue caindo
rumo ao teste do suporte oferecido pelo
fundo principal e volta a subir formando
um fundo reflexo.
Alternativa 4: o preço, depois de cortar a
linha de tendência de alta e atingir a
resistência proporcionada pelo topo anterior da tendência de baixa prévia, corta a linha de
tendência de alta para baixo, faz um pequeno repique simétrico e volta a subir enquadrando-se no
desdobramento da alternativa 1.
Exemplo de um fundo em “ V “no espaço vazio com simetria para cima (Copene an): Alternativa 1
Observação: nas alternativas 2 e 4 dos cenários V e VI, respectivamente, o repique simétrico até o suporte ou resistência da tendência
prévia, pode ir além ou aquém dos mesmos. O fato de, no diagrama, serem interrompidos no nível do topo ou fundo anterior foi apenas
para ilustrar, mas não é uma condição obrigatória.
A1
A3
A4
A2
MNORONHA
Cenário VII: topo em “ V “ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima
Alternativa 1: o preço volta a subir de onde se
encontra e executa um novo ziguezague
ascendente, desdobrando-se de acordo com a
simetria de alta.
Alternativa 2: o preço cede até a linha de
tendência de alta, podendo ir um pouco além
ou um pouco aquém, e volta a subir
executando um novo ziguezague ascendente.
Alternativa 3: o preço corta a linha de
tendência de alta e se desdobra de acordo
com a simetria de baixa.
Exemplo de um topo em “ /\ “no meio do caminho com simetria para cima e para baixo (Bco. do
Brasil pn – semanal): Alternativa 3
A1
A2
A3
MNORONHA
Cenário VIII: fundo em “ V “ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima
Alternativa 1: o preço corta a linha de tendência
de baixa e se desdobra de acordo com a simetria
de alta.
Alternativa 2: o preço sobe até a linha de
tendência de baixa, podendo ir um pouco além
ou ficar um pouco aquém, e volta a cair
executando um novo ziguezague descendente.
Alternativa 3: o preço volta a cair de onde se
encontra e executa um novo ziguezague
descendente, desdobrando-se de acordo com a
simetria de baixa.
Exemplo de um fundo em “ V “no meio do caminho com simetria para cima e para baixo (Copel
on): Alternativa 1
A1
A2
A3
MNORONHA
Cenário IX: fundo arredondado com referência simétrica para cima ou continuação para o espaço
vazio
Alternativa 1: após construir a
primeira metade do que poderá
vir a ser um fundo arredondado,
os preços invertem a direção do
seu desdobramento e começam
a fazer simetria para cima com
o passado à esquerda do eixo
central.
Alternativa 2: num ponto
qualquer á direita do eixo
central, o preço aborta a
simetria de alta, perde o fundo e
entra no espaço vazio, dando
prosseguimento à tendência de
baixa prévia.
Este padrão é muito raro e
costuma aparecer em ações de
terceira ou quarta linha, mas é
extremamente confiável.
Algumas vezes, costuma
assumir o formato de uma bunda, formando dois fundos duplos arredondados e o eixo central se
transferindo para o topo entre elas. Raramente, ocorrem nos topos.
Já passei uns 100 gráficos de cabo a rabo e ainda não encontrei um bom exemplo de fundo
arredondado. Vou ficar devendo.
Na próxima aula, entraremos no Jogo e veremos como aplicar as diferentes estratégias sobre os
cenários simétricos apresentados nesta aula, bem como uma série de exercícios para que
possam ir praticando.
Também saberá porque batizei esta variante simétrica de Simetria Sanfonada.
A1
A2
MNORONHA
Eixo virtual central

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