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INTRODUÇÃO AOS MODELOS PROBABILÍSTICOS PROFESSOR: FELIPE FERNANDES Noções sobre conjuntos e análise combinatória Conjuntos ■ Um conjunto pode ser pensado como uma coleção de “elementos” elemento elemento Coleção de elementos conjunto ■ Cada elemento pode ser chamado de unidade elementar ou conjunto elementar; ■ Na estatística estamos interessados, em especial, na coleção de números. elemento elemento Coleção de elementos conjunto ■ Vamos representar o nosso conjunto pela letra grega Ω Ω pertence ao conjunto Ω ∈ Ω não pertence ao conjunto Ω ∉ Ω ■ Tem-se também conjuntos sem elementos, os quais chamamos de conjunto vazio; ■ É importante definir este conjunto, uma vez que, algumas propriedades e outras definições fazem o uso dele; ■ Por ser importante, tem-se uma notação especial para o conjunto vazio 𝜙. ■ Dois conjuntos muito conhecidos na matemática são o conjunto dos números naturais e o conjunto dos números inteiros: ℕ = {1, 2, 3, 4, … } ℤ = {… ,−2,−1, 0, 1, 2, … } naturais inteiros 2 ∈ ℕ 2 ∈ ℤ −2 ∉ ℕ −2 ∈ ℤ 3 ∉ ℤ 3 ∉ ℕ ■ Além da representação de conjuntos entre chaves, uma forma muito usada é a utilização de diagramas 1 5 7 1 6 7 9 5 4 A B ■ Todo elemento de A também é elemento de B 𝜔 ∈ 𝐴 ⇒ 𝜔 ∈ 𝐵 ■ A é subconjunto de B, desta forma podemos dizer que A está contido em B: A ⊂ B. 1 5 7 1 5 7 4 9 6 A B ■ Nem todo elemento de A também é elemento de C ■ A não é subconjunto de C, desta forma podemos dizer que A não está contido em C: A ⊄ C. 1 5 8 1 5 4 9 6 A C ■ É comum representarmos um conjunto como sendo formado por elementos de um “conjunto maior” ou “conjunto universo” ■ Digamos que, os elementos de Ω que satisfazem uma determinada lei ou propriedade de 𝒢 {𝜔 ∈ Ω:𝜔 satisfaz 𝒢} {2, 4, 6, 8, 10, … } {𝑛 ∈ ℕ: 𝑛 é par} {𝑛 ∈ ℕ: 𝑛 é divisível por 2} ■ Existem outros conjuntos, como dos números racionais e complexos por exemplo. Relações entre conjuntos ■ Lembremos que as operações básicas em teoria de conjuntos permitem definir novos conjuntos a partir de conjuntos dados. Mais precisamente, sejam A e B subconjuntos de um mesmo conjunto Ω. ■ Definimos a união entre A e B, como o conjunto que contém todos os elementos de A ou de B, e apenas estes A ∪ B = {s ∈ Ω : s ∈ A ou s ∈ B} Ω ■ A interseção de A e B é o conjunto dos elementos em comum entre A e B: A ∩ B = {s ∈ Ω : s ∈ A e s ∈ B} ■ A diferença de conjuntos de B e A é o conjunto dos elementos que estão em B mas não em A: B \ A = {s ∈ Ω : s ∈ B e s ∉ A}. Ω Ω 𝐴 𝐵 ■ O complementar de A é o conjunto de elementos de Ω que não estão em A: 𝐴𝐶 = {s ∈ Ω : s ∉ A} = Ω \ A ■ Dizemos que os conjuntos A e B são disjuntos se sua interseção for o conjunto vazio: A ∩ B = ∅ Ω Ω Exemplo: Considere que Ω é o conjunto dos números naturais, e que dois eventos A = {1, 3, 5, 6, 7} e B = {2, 4, 6, 8} , temos: A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 6, 7, 8} A ∩ B = {6} B \ A = {2, 4, 8} 𝐴𝐶 = {2, 4, 8, 9, 10, ...} 𝐵𝐶 = {1, 3, 5, 7, 9, 10, ...} Como A ∩ B ≠ ∅, então os eventos não são disjuntos. Análise combinatória ■ Os problemas de contagem fazem parte da chamada análise combinatória. ■ Em geral, a dificuldade não está em como contar mas o que contar. ■ O princípio multiplicativo constitui a ferramenta básica para resolver problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos (como veremos nos exemplos a seguir). Exemplo 01: Maria vai sair com suas amigas e, para escolher a roupa que usará, separou 2 saias e 3 blusas. Vejamos de quantas maneiras ela pode se arrumar. Se uma decisão d1 pode ser tomada de n maneiras e, em seguida, outra decisão d2 puder ser tomada de m maneiras, o número total de maneiras de tornarmos as decisões d1 e d2 será n × m. Neste exemplo há duas decisões a serem tomadas: d1 : escolher uma dentre as 3 blusas d2 : escolher uma dentre as 2 saias Assim, Maria dispõe de 3 × 2 = 6 maneiras de tomar as decisões d1 e d2 , ou seja, 6 possibilidades diferentes de se vestir. O primeiro cabo C1 pode ocupar qualquer uma das 20 entradas, logo o segundo cabo C2 pode ocupar qualquer uma das 19 restantes, o número total de maneiras de conectar os dois cabos C1 e C2 será: Exemplo 02: Um laboratório da Unicamp adquiriu um novo equipamento que possui um adaptador de cabo de rede com 20 entradas. Atualmente existe a necessidade de utilizar duas dessas entradas. De quanto modos distintos esses cabos podem ser conectados. × =20 19 380 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝐶1 𝐶2 Dado um conjunto de n elementos, chama-se permutação simples dos n elementos qualquer sequência (agrupamento ordenado) desses n elementos, diferindo apenas pela ordem dos elementos. Para determinar o número de permutações em um grupo com n elementos, basta calcular o fatorial desse n. 𝑷𝒏 = 𝒏! Permutação simples Exemplo: Uma veterinária tem três calopsitas de características diferentes, das quais ela quer fotografar para um álbum. De quantas maneiras essa fotografia pode ser tirada: 𝑃3 = 3! = 3 × 2 × 1 = 6 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 Fonte: Guia Animal São agrupamentos em que se considera a ordem dos elementos, isto é, qualquer mudança na ordem dos elementos altera o agrupamento. Por exemplo, ao formar números naturais de 3 algarismos distintos escolhido entre os algarismos 2, 4, 6, 7 e 8, estaremos arranjando esses 5 algarismos 3 a 3. Por exemplo, o número 246 é diferente de 642. Note que os algarismos são os mesmos, mas diferem pela ordem. Arranjos Simples Dado um conjunto de n elementos distintos, chama-se arranjo dos n elementos, tomados de p a p, (n ≥ p) a qualquer sequência ordenada de p elementos distintos escolhidos entre os n existentes. 𝑨𝒏,𝒑 = 𝒏! 𝒏 − 𝒑 ! São agrupamentos em que não se considera a ordem dos elementos, isto é, mudanças na ordem dos elementos não alteram o agrupamento. Por exemplo, ao formar conjuntos de números naturais de 3 algarismos distintos, escolhido entre os algarismos 2, 4, 6, 7 e 8, estaremos combinando esses 5 algarismos 3 a 3. Por exemplo, o conjunto {2, 4, 6} é igual ao conjunto {6, 4, 2}. Note que a ordem dos algarismos mudou, mas o conjunto é o mesmo, ou seja, os elementos não diferem pela ordem. Combinação Simples Para encontrar essa quantidade de agrupamentos formados em uma combinação simples utilizamos a seguinte fórmula: 𝑪𝒏,𝒑 = 𝒏! 𝒑! 𝒏 − 𝒑 ! n é a quantidade de elementos de um conjunto; p é um número natural menor ou igual a n, que representa a quantidade de elementos que irão formar os agrupamentos. Exemplo para ser feito com os alunos: Quantas comissões de 4 elementos podemos formar com 10 alunos de uma turma de ciência da computação? 𝑪𝒏,𝒑 = 𝒏! 𝒑! 𝒏 − 𝒑 ! = 𝑪𝟏𝟎,𝟒 = 𝟏𝟎! 𝟒! 𝟏𝟎 − 𝟒 ! = 𝑪𝟏𝟎,𝟒 = 𝟏𝟎! 𝟒! 𝟔! = 𝑪𝟏𝟎,𝟒 = 𝟏𝟎 × 𝟗 × 𝟖 × 𝟕 × 𝟔! 𝟒! 𝟔! = ? ■ Os coeficientes multinomiais são uma extensão natural dos coeficientes binomiais; ■ É a alocação de n elementos em g grupos; ■ Coeficiente binomiais: caso particular quando g=2. Teorema: Sejam 𝑟1, 𝑟2, … , 𝑟𝑔 inteiros naturais tais que 𝑟1 + 𝑟2, +⋯ ,+𝑟𝑔 = 𝑛. O número de maneiras que uma população de tamanho 𝑛 pode ser dividida em g subpopulações, cujas respectivas frequencias absolutas são 𝑟1, 𝑟2, … , 𝑟𝑔 é o coeficiente multinomial 𝑛 𝑟1, 𝑟2, … , 𝑟𝑔 = 𝑛! 𝑟1! 𝑟2! … 𝑟𝑔! Coeficientes Multinomiais Quantos anagramas podemos formar com a palavra PEPPER ? Podemos utilizar o coeficiente multinomal para encontrar quantas anagramas distintos podemos obter. Seja 𝑛 o número total de letras e 𝑟𝑖 a multiplicidade de cada letra. Então temos 𝑛 = 6 letras e 3𝑃𝑠, 2𝐸𝑠 𝑒 1𝑅 . O número de anagramas distintos é: 6 3, 2, 1 = 6! 3! 2! 1! = 60 Coeficientes Multinomiais Slide 1: Introdução aos modelos Probabilísticos professor: Felipe Fernandes Slide 2: Noções sobre conjuntos e análise combinatória Slide 8: Conjuntos Slide 9 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide21 Slide 22 Slide 23 Slide 25 Slide 26: Análise combinatória Slide 27 Slide 28 Slide 29: Permutação simples Slide 30: Arranjos Simples Slide 31 Slide 32: Combinação Simples Slide 33 Slide 34 Slide 35: Coeficientes Multinomiais Slide 37: Coeficientes Multinomiais Slide 38
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