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Direito Desportivo - Modulo 5

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Direito Desportivo
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan de Moraes
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Justiça Desportiva
• Introdução;
• Princípios da Justiça Desportiva;
• Previsão Constitucional da Justiça Desportiva;
• A Justiça Desportiva na Lei n.º 9.615/98 – Lei Pelé;
• Aspectos gerais do Código Brasileiro de Justiça Desportiva;
• Organização da Justiça Desportiva;
• Competência da Justiça Desportiva;
• Composição dos órgãos da Justiça Desportiva;
• Procuradoria;
• Defensores;
• Do Processo Desportivo – Regras Gerais;
• Das Provas;
• Justiça Desportiva Antidopagem.
• Organização da Justiça Desportiva e da Justiça Antidopagem no Brasil
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Justiça Desportiva
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Justiça Desportiva
Introdução
Antes de entrar no assunto da Justiça Desportiva, é sempre cabível a reflexão 
de Álvaro Melo Filho sobre ela: “O grande desafio da Justiça Desportiva é impedir 
que a razoabilidade exigida da Justiça não seja comprometida pela emocionalidade 
inerente ao Desporto” (MELO FILHO, 2005).
Princípios da Justiça Desportiva
Sobre os Princípios da Justiça Desportiva, merece destaque o texto doutrinário de 
Paulo Marcos Schmitt, extraído do Código Brasileiro de Justiça Desportiva Comentado: 
Princípios são proposições diretoras de uma ciência. Como bem observa José 
Afonso da Silva, ‘princípios são ordenações que irradiam e imantam o sistema 
de normas’. Na perspectiva de um sistema desportivo, são os seus sustentácu-
los, alicerces, bases e fundamentos. (...) Os princípios têm a função de auxiliar 
no processo interpretativo das normas aplicáveis ao desporto, permitindo o 
adequado preenchimento de lacunas aparentes. (SCHMITT, 2006. p. 22)
O artigo 2º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prescreve os 
princípios que devem ser observados em sua aplicação, a exemplo da ampla defe-
sa, celeridade, contraditório, economia processual, impessoalidade, independên-
cia, legalidade, moralidade, motivação das decisões, oficialidade, proporcionalida-
de, publicidade, razoabilidade e devido processo legal, além dos especialíssimos 
da oralidade, tipicidade desportiva, prevalência, continuidade e estabilidade das 
competições, espírito esportivo (fair play), dentre outros.
Em rápida análise superficial dos princípios aplicados no processo desportivo, 
pode-se notar que há uma clara intenção do legislador em salvaguardar a celeridade 
na prestação jurisdicional, sem, contudo, deixar de garantir o direito à ampla defe-
sa e ao contraditório – que são imprescindíveis para um processo justo.
Previsão Constitucional 
da Justiça Desportiva
A Constituição Federal de 1988, em clara demonstração do prestígio, alçou o 
desporto à questão de grande relevância para a ordem social, reservando à questão 
o artigo 217 que, em seus parágrafos 1º e 2º, trata do assunto relativo à Justiça 
Desportiva, ao prever:
Constituição Federal
Artigo 217 - [...] 
§ 1º – O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às com-
petições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, 
reguladas em lei.
8
9
§ 2º – A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados 
da instauração do processo, para proferir decisão final.
Considerando essas disposições, menciona Uadi Lammêgo Bulos que:
Aí está a previsão da justiça desportiva. O constituinte, considerando a espe-
cificidade desse campo, previu um organismo, não integrado ao Poder Judi-
ciário, para resolver pendências relativas ao setor. (BULOS, 2000. p. 1214)
Dessa forma, a Constituição, além de reconhecer a Justiça Desportiva, deu-lhe 
completa autonomia, ao dispor que só serão admitidas, pelo Poder Judiciário, 
as ações relativas à disciplina e competições esportivas, após esgotarem-se 
todas as instâncias da Justiça Desportiva. Porém, a própria Lei Maior lhe impôs 
limites, estabelecendo o prazo máximo de 60 dias para proferir decisão final e 
facultando à parte o ajuizamento de ação, perante o Poder Judiciário, nos casos de 
desrespeito a esse prazo. Nesse sentido, merece destaque a jurisprudência advinda 
do Tribunal de Justiça de Santa Catarina:
O § 1º do artigo 217 da CF constitui uma exceção à garantia constitu-
cional de que “a lei não excluíra da apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça de direito” (CF, art. 5º, XXXV) e como exceção deve ser 
aplicada estritamente.1
A Justiça Desportiva na 
Lei n.º 9.615/98 – Lei Pelé
A Justiça Desportiva é regulamentada pelo Capítulo VII da Lei n.º 9.615/98, 
inclusive reiterando, em seu artigo 52, a autonomia e a independência de seus ór-
gãos, conforme constitucionalmente previsto.
Lei Pelé
Art. 52. Os órgãos integrantes da Justiça Desportiva são autônomos e inde-
pendentes das entidades de administração do desporto de cada sistema [...]
§ 1º Sem prejuízo do disposto neste artigo, as decisões finais dos Tribu-
nais de Justiça Desportiva são impugnáveis nos termos gerais do direito, 
respeitados os pressupostos processuais estabelecidos nos §§ 1º e 2º do 
art. 217 da Constituição Federal
§ 2º O recurso ao Poder Judiciário não prejudicará os efeitos desportivos 
validamente produzidos em consequência da decisão proferida pelos Tri-
bunais de Justiça Desportiva.
A Lei Pelé recriou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), como ór-
gão recursal de demandas que envolvam competições interestaduais ou nacionais e 
1 BRASIL. TJSC – 4ª Câm. Civ. – Agravo de Instrumento 97000651-9 – Rel. Dês. João José 
Schaefer – j. em 06.03.97 – Agravante Federação Catarinense de Futebol – Agravado Clube 
Náutico Marcilio Dias. Disponível em: <tj.sc.gov.br>, acessado em 01/08/2012.
9
UNIDADE Justiça Desportiva
ampliou a participação dos principais segmentos desportivos na composição desse 
Tribunal Superior.
Além do mais, determinou que as Comissões Disciplinares (órgãos de Primeira 
Instância Desportiva) fossem compostas e integradas por membros diversos dos 
participes do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e dos Tribunais de 
Justiça Desportiva (TJD), com o intuito de que eles não se tornassem “julgadores 
de seus próprios julgamentos”.
Aspectosgerais do Código Brasileiro 
de Justiça Desportiva
O atual Código Brasileiro de Justiça Desportiva foi editado para ter incidência 
em todas as modalidades esportivas. Esse Código trouxe inovações importantes e 
necessárias, a exemplo da exigência de que todas as decisões da Justiça Desportiva 
sejam fundamentadas (art. 38).
Além de estabelecer a estrutura da Justiça Desportiva, esse código apresenta as 
infrações disciplinares aplicáveis ao esporte e as suas respectivas sanções.
Organização da Justiça Desportiva
Estabelece a Lei Pelé que a organização, o funcionamento e as atribuições da 
Justiça Desportiva devem ser definidas em códigos desportivos, que devem ser ela-
borados pelo Conselho Nacional do Esporte – CNE (artigo 50).
Seguindo as prescrições da lei, foi elaborado o Código Brasileiro de Justiça 
Desportiva (CBJD), que dispõe sobre a organização e a competência da Justiça 
Desportiva, no âmbito de qualquer modalidade desportiva (profissional ou não pro-
fissional) praticada no país.2
Porém, apesar de delegar aos códigos desportivos a competência para deter-
minar a organização e funcionamento da justiça especializada, a Lei Pelé traçou 
regras mínimas para o regramento da Justiça Desportiva, inclusive determinando 
os órgãos que a compõem:
• o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), funcionando junto às 
entidades nacionais de administração do desporto (Confederações);
• os Tribunais de Justiça Desportiva (TJD), funcionando junto às entidades 
regionais da administração do desporto (Federações Estaduais); e
2 Em dezembro de 2003 foi editada a Resolução 1, do CNE, instituindo o Código Brasileiro de 
Justiça Desportiva – CBJD, aplicável a todas as modalidades esportivas praticadas no Brasil. 
Posteriormente, o CBJD passou por algumas alterações realizadas por outras resoluções. 
10
11
• as Comissões Disciplinares Nacionais (que atuam junto ao STJD) e Re-
gionais (que atuam junto ao TJD).
Devemos destacar que essa organização se faz por modalidades organizadas 
em federações e confederações, assim, existe, por exemplo, um Superior Tribunal 
de Justiça Desportiva do Futebol, um Superior Tribunal de Justiça Desportiva da 
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos etc.
Das decisões proferidas pelas Comissões, cabe recurso para os órgãos Plenos dos 
Tribunais Desportivos a que estiverem ligados (STJD ou TJD).
• Superior Tribunal de Justiça Desportiva: Composto pelo Tribunal Pleno e 
suas Comissões Disciplinares, é o órgão máximo da Justiça Desportiva de sua 
modalidade (artigo 50 da Lei nº 9.615/98) e sua competência é determinada 
da seguinte forma:
 » Cabe ao Tribunal Pleno processar e julgar, originariamente, seus auditores e os 
membros da entidade nacional de administração, assim como os litígios entre en-
tidades regionais, e, em grau de recurso, as matérias descritas no artigo 25, II do 
CBJD inciso, dentre outras atribuições elencadas no inciso I do mesmo artigo.
 » A competência das Comissões Disciplinares, por sua vez, é determinada pelo 
artigo 26 do CBJD, atuando em competições interestaduais ou nacionais.
• Tribunal de Justiça Desportiva: são os órgãos judicantes das entidades regio-
nais de administração de desporto (Federações), sendo igualmente compostos 
por dois órgãos: o Tribunal Pleno e as Comissões Disciplinares.
 » O órgão pleno tem suas atribuições especificadas no artigo 27 do CBJD;
 » Já a competência e as atribuições das Comissões Disciplinares dos Tribunais 
são especificadas no artigo 28 do CBJD, competindo a elas, em linhas ge-
rais, processar e julgar as infrações praticadas por entidades ou agentes des-
portivos subordinados às entidades regionais de administração do desporto, 
além de declarar os impedimentos de seus próprios auditores, ou seja, elas 
atuam nas matérias relativas a competições regionais e municipais.
Competência da Justiça Desportiva
É certo que a competência da Justiça Desportiva é definida pelo artigo 217 da 
Constituição Federal, sendo esta detalhada no artigo 24 do CBJD.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 24. Os órgãos da Justiça Desportiva, nos limites da jurisdição terri-
torial de cada entidade de administração do desporto e da respectiva mo-
dalidade, têm competência para processar e julgar matérias referentes às 
11
UNIDADE Justiça Desportiva
competições desportivas disputadas e às infrações disciplinares cometidas 
pelas pessoas naturais ou jurídicas mencionadas no art. 1º, § 1º.
A Justiça Desportiva tem competência para processar e julgar matérias referentes às 
competições desportivas e às infrações disciplinares cometidas pelas pessoas natu-
rais ou jurídicas ligadas ao desporto.
Nessa linha, os órgãos da Justiça Desportiva têm limites de jurisdição territorial, 
de acordo com a sede da entidade de administração do desporto e da modalidade 
de prática respectiva. 
Além disso, os Tribunais Desportivos (Tribunais de Justiça Desportiva e os Supe-
riores Tribunais de Justiça Desportiva) têm competência em razão da matéria, refe-
rente às infrações praticadas pelas entidades compreendidas pelo Sistema Nacional 
do Desporto e pessoas físicas ou jurídicas que lhes forem direta ou indiretamente 
filiadas ou vinculadas.
Dessa forma, pode-se dizer que é a Justiça Desportiva competente para julgar as 
infrações às regras ou regulamentos de qualquer das modalidades esportivas, bem 
como punir qualquer tipo previsto em seus códigos disciplinares. 
É importante reiterar que cada modalidade desportiva ou grupo de esportes liga-
dos a uma mesma Confederação dispõe de órgãos judicantes específicos e próprios.
Sobre as pessoas e entidades que podem ser processadas na Justiça Desportiva, 
dispõe o Código Brasileiro de Justiça Desportiva que:
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 1º [...]
§ 1º Submetem-se a este Código, em todo o território nacional:
I - as entidades nacionais e regionais de administração do desporto;
II - as ligas nacionais e regionais;
III - as entidades de prática desportiva, filiadas ou não às entidades de 
administração mencionadas nos incisos anteriores;
IV - os atletas, profissionais e não-profissionais;
V - os árbitros, assistentes e demais membros de equipe de arbitragem;
VI - as pessoas naturais que exerçam quaisquer empregos, cargos ou funções, 
diretivos ou não, diretamente relacionados a alguma modalidade esportiva, 
em entidades mencionadas neste parágrafo, como, entre outros, dirigentes, 
administradores, treinadores, médicos ou membros de comissão técnica;
VII - todas as demais entidades compreendidas pelo Sistema Nacional do 
Desporto que não tenham sido mencionadas nos incisos anteriores, bem 
como as pessoas naturais e jurídicas que lhes forem direta ou indiretamen-
te vinculadas, filiadas, controladas ou coligadas.
12
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Como pode ser observada, a competência da Justiça Desportiva abrange uma 
série de pessoas físicas, jurídicas, entidades, dirigentes, árbitros etc., não restringin-
do sua atuação aos atletas profissionais.
Convém, contudo, fazer uma ressalva de que deve haver um tratamento diferen-
ciado para as práticas profissionais e não profissionais.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 1º [...]
§ 2º Na aplicação do presente Código, será considerado o tratamento 
diferenciado ao desporto de prática profissional e ao de prática não-pro-
fissional, previsto no inciso III do art. 217 da Constituição Federal.
Composição dos órgãos 
da Justiça Desportiva
Os órgãos da Justiça Desportiva são formados por julgadores denominados de 
auditores (STJD, TJD e Comissões Disciplinares), havendo a proibição de integrar 
o mesmo órgão judicante, auditores que tenham parentesco na linha ascendente 
ou descendente, nem auditor que seja cônjuge, irmão, cunhado, tio, sobrinho, so-
gro, padrasto ou enteado de outro auditor.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 17. Não podem integrar concomitantemente o Tribunal Pleno, ou 
uma mesma Comissão Disciplinar, auditores que tenham parentesco na 
linha ascendente ou descendente, nemauditor que seja cônjuge, com-
panheiro, irmão, tio, sobrinho, sogro, padrasto, enteado ou cunhado, 
durante o cunhadio, de outro auditor.
Além disso, eles não podem ser dirigentes das entidades de administração do 
desporto ou das entidades de prática desportiva.
Vamos ver como se compõem cada um dos órgãos da Justiça Desportiva:
• O Tribunal Pleno do STJD compõe-se de nove membros, denominados au-
ditores, que devem ter reconhecido saber jurídico desportivo e de reputação 
ilibada. Eles são indicados pelas seguintes entidades:
 » dois indicados pela entidade nacional de administração do desporto (Confederação);
 » dois indicados pelas entidades de prática desportiva que participem da prin-
cipal competição da entidade nacional de administração do desporto;
 » dois advogados indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados 
do Brasil;
13
UNIDADE Justiça Desportiva
 » um representante dos árbitros, indicado por entidade representativa; e
 » dois representantes dos atletas, indicados por entidade representativa.
• Comissões Disciplinares Nacionais: que atuam perante o STJD, como pri-
meiro grau de jurisdição são compostas por cinco auditores, de reconheci-
do saber jurídico desportivo e de reputação ilibada, que não pertençam ao 
Tribunal Pleno daquele tribunal. Essas comissões atuam nos campeonatos e 
torneios nacionais, dessa forma, podem ser criadas quantas comissões disci-
plinares nacionais que forem necessárias. Esses auditores são indicados pela 
maioria dos membros do Tribunal Pleno do STJD.
• Cada TJD: compõe-se de nove auditores, de reconhecido saber jurídico des-
portivo e de reputação ilibada, sendo eles indicados:
 » dois indicados pela entidade regional de administração de desporto (Federação);
 » dois indicados pelas entidades de prática desportiva que participem da prin-
cipal competição da entidade regional de administração do desporto;
 » dois advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil, por intermé-
dio da seção correspondente à territorialidade;
 » um representante dos árbitros, indicado por entidade representativa; e
 » dois representantes dos atletas, indicados por entidade representativa. 
• Comissões Disciplinares Regionais: que atuam junto aos TJD, representando 
a primeira instância das matérias relacionadas às competições regionais e mu-
nicipais, sendo compostas por cinco auditores, de reconhecido saber jurídico 
desportivo e de reputação, que não pertençam ao Tribunal Pleno do respectivo 
TJD, sendo que esses realizam a indicação dos membros dessas comissões.
Procuradoria
Junto aos Tribunais (STJD e TJD), funcionam as Procuradorias da Justiça Des-
portiva (dirigidas sempre por um procurador-geral), exercidas por, no mínimo, 
dois procuradores, sendo responsável pelos processos destinados a promover a 
responsabilização dos agentes e entidades desportivas que violarem as disposi-
ções do CBJD.
Nesse aspecto, compete aos procuradores: requerer a instauração de inquérito 
(quando provocado), oferecer denúncia; dar parecer nos processos de competência 
dos órgãos aos quais seja vinculado; exercer as atribuições conferidas pela legis-
lação desportiva e interpor os recursos previstos em lei ou propor medidas que 
visem à preservação dos princípios que regem a Justiça Desportiva, dentre outras 
atribuições estabelecidas nos regimentos dos Tribunais. 
14
15
Defensores
No que se refere aos defensores, a redação do art. 29 do CBJD estabelece que 
as pessoas maiores e capazes podem exercitar seu direito de defesa “em causa 
própria” ou ser representado por advogado regularmente inscrito na Ordem dos 
Advogados do Brasil.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 29. Qualquer pessoa maior e capaz é livre para postular em causa 
própria ou fazer-se representar por advogado regularmente inscrito na 
Ordem dos Advogados do Brasil, observados os impedimentos legais. 
[...]
Outra possibilidade estabelecida pelo Código é a atuação de estagiário inscrito 
na Ordem dos Advogados do Brasil, que poderá, com orientação de um advogado, 
realizar sustentação oral nos processos da Justiça Desportiva.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 29 [...]
§ 1º O estagiário de advocacia regularmente inscrito na Ordem dos Ad-
vogados do Brasil poderá sustentar oralmente, desde que instruído por 
advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º A instrução a que se refere o § 1º deverá ser comprovada mediante 
declaração por escrito do advogado, que assumirá a responsabilidade pela 
sustentação oral do estagiário.
Os advogados podem ser credenciados pelas entidades de administração do 
desporto (Confederações e Federações) e pelas entidades de prática desportiva 
(clubes e associações) para atuar em seu favor, de seus dirigentes, seus atletas e 
outras pessoas que lhes forem subordinadas, exceto quando houver a colidência de 
seus interesses.
Ainda quanto aos defensores, o Código, em seu art. 31, estabelece que tanto 
o STJD como o TJD deverão nomear defensores dativos para exercer a defesa 
técnica daqueles que expressamente o requererem, bem como ao atleta menor de 
dezoito anos de idade, este independentemente de requerimento.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 31. O STJD e o TJD, por meio das suas Presidências, deverão no-
mear defensores dativos para exercer a defesa técnica de qualquer pes-
soa natural ou jurídica que assim o requeira expressamente, bem como 
de qualquer atleta menor de dezoito anos de idade, independentemente 
de requerimento.
15
UNIDADE Justiça Desportiva
Do Processo Desportivo – Regras Gerais
Por determinação contida no próprio CBJD, como regra geral, os processos 
correm publicamente e os atos processuais não dependem de forma determinada 
(senão quando expressamente exigida), reputando-se válidos os que preencham 
sua finalidade essencial.
Como dito anteriormente, um ponto importante é a obrigatoriedade de que to-
das as decisões, emanadas de seus órgãos judicantes, deverão ser fundamentadas3, 
mesmo que de maneira sucinta.
Importante inovação foi a obrigatoriedade das decisões proferidas pelos ór-
gãos da Justiça Desportiva serem publicadas na forma da lei, inclusive na inter-
net, em atendimento ao princípio da publicidade, estampado no artigo 35 da Lei 
10.671/03 (Estatuto do Torcedor).
Estatuto do Torcedor
Art. 35. As decisões proferidas pelos órgãos da Justiça Desportiva devem 
ser, em qualquer hipótese, motivadas e ter a mesma publicidade que as 
decisões dos tribunais federais.
§ 1º Não correm em segredo de justiça os processos em curso perante a 
Justiça Desportiva.
[...]
Aliás, o uso da internet também se faz importante no caso de citação e intima-
ção por edital. Esses atos devem ser afixados em local de fácil acesso localizado na 
sede do órgão judicante e no sítio eletrônico da respectiva entidade de administra-
ção do desporto.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 47. A citação e a intimação far-se-ão por edital instalado em local de 
fácil acesso localizado na sede do órgão judicante e no sítio eletrônico da 
respectiva entidade de administração do desporto.
Além da publicação do edital, a citação e a intimação deverão ser realizadas 
por telegrama, fac-símile ou ofício, dirigido à entidade a que o destinatário estiver 
vinculado, podendo ser realizada por outros meios eletrônicos, desde que possível 
a comprovação de entrega (art. 47, § 1°).
3 Fundamentar uma decisão significa expor as razões de fato (provas) e de direito (normas aplicáveis) que serviram de 
base para a decisão.
16
17
Das Provas
Em relação às provas, dispõe o artigo 56 e seguintes do CBJD que, no processo 
desportivo, são hábeis para provar a verdade dos fatos alegados todos os meios le-
gais, e os moralmente legítimos, ainda que não especificados. Importante destacar 
que os fatos notórios, os alegados por uma parte e confessados pela parte contrária 
e os que gozem de presunção de veracidade, independem de prova.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 56. Todosos meios legais, ainda que não especificados neste Có-
digo, são hábeis para provar a verdade dos fatos alegados no processo 
desportivo. 
Art. 57. A prova dos fatos alegados no processo desportivo incumbirá à 
parte que a requerer, arcando esta com os eventuais custos de sua pro-
dução.
[...]
Dessa forma, estabeleceu o CBJD, como meios de prova legalmente previstos: 
súmula e/ou relatório dos árbitros, depoimento pessoal, prova documental, exibi-
ção de documento ou coisa necessária à apuração dos fatos, prova testemunhal, os 
meios audiovisuais e prova pericial (consistente em exame ou vistoria e a inspeção). 
Deve-se ressaltar que tal rol é meramente exemplificativo.
Sobre as provas, é necessário salientar que, no tocante à sumula e ao relatório 
dos árbitros, auxiliares e representantes das entidades de administração do despor-
to, tais provas gozam de presunção relativa de veracidade. A súmula nada mais 
é do que um documento, elaborado pela arbitragem, que contém todos os dados 
da partida, como data, local e suas condições, nomes das equipes, membros dos 
times, pontuação alcançada, advertências e expulsões.
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 58. A súmula, o relatório e as demais informações prestadas pelos 
membros da equipe de arbitragem, bem como as informações prestadas 
pelos representantes da entidade desportiva, ou por quem lhes faça as 
vezes, gozarão da presunção relativa de veracidade.
[...]
Justiça Desportiva Antidopagem
Em razão da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016, houve 
a necessidade de que a legislação desportiva em nosso país passasse por mudanças 
em relação à antidopagem, seguindo as disposições do Código Mundial Antidopa-
gem – World Anti-Doping Code –, instituído por uma organização internacional 
denominada Agência Mundial Antidoping – World Anti-Doping Agency –, tam-
bém conhecida pela sigla WADA-AMA.
17
UNIDADE Justiça Desportiva
Sua criação ocorreu após uma série de denúncias do uso de substâncias ilícitas em 
competições de ciclismo, veiculadas no verão de 1998, sendo que, como resposta 
o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu convocar uma Conferência Mundial 
sobre Doping, reunindo todas as partes envolvidas na luta contra o doping.
A Primeira Conferência Mundial sobre Doping no Esporte realizada em Lausanne, 
Suíça, de 2 a 4 de fevereiro de 1999, produziu a Declaração de Lausanne sobre 
Doping no Esporte. Este documento previa a criação de uma agência internacional 
antidoping independente para estar operacional nos Jogos da XXVII Olimpíada de 
Sydney em 2000.
De acordo com os termos da Declaração de Lausanne, a Agência Mundial Antido-
pagem (WADA) foi criada em 10 de novembro de 1999, em Lausanne (Suíça), para 
promover e coordenar a luta contra a dopagem no esporte internacionalmente. A 
WADA-AMA foi criada como uma fundação sob a iniciativa do COI com o apoio e a 
participação de organizações intergovernamentais, governos, autoridades públicas 
e outros órgãos públicos e privados que combatem o doping no esporte.
A Agência é composta por representantes iguais do Movimento Olímpico e autori-
dades públicas.
Fonte: disponível em https://goo.gl/j3wbCN 
Atualmente, a WADA-AMA é uma agência independente, mantendo fortes li-
gações com o Comitê Olímpico Internacional (COI), atuando em parceria com a 
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultu-
ra para eliminar a nefasta influência da dopagem nos esportes.
Internamente, a adesão aos compromissos internacionais assumidos por nosso 
país nessa área resultou na Lei n.º 13.322/16, que realizou mudanças na Lei Pelé 
– Lei n.º 9.615/98. Essas mudanças se concentram em três principais frentes:
• Criação do Código Brasileiro Antidopagem;
• Criação da ABCD – Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem;
• Criação da Justiça Desportiva Antidopagem.
Essas alterações são também reguladas pelo Decreto n.º 8.692/16.
Vamos conhecer esse sistema.
Criação do Código Brasileiro Antidopagem
O Código Brasileiro de Antidopagem foi criado pelo Conselho Nacional do Es-
porte (CNE) em razão de sua competência dada pela Lei Pelé (com as alterações 
produzidas pela Lei n.º 13.322/16.
Lei Pelé
Art. 11. O CNE é órgão colegiado de normatização, deliberação e as-
sessoramento, diretamente vinculado ao Ministro de Estado do Esporte, 
cabendo-lhe:
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[...]
VII - aprovar o Código Brasileiro Antidopagem - CBA e suas alterações, 
no qual serão estabelecidos, entre outros:
a) as regras antidopagem e as suas sanções; 
b) os critérios para a dosimetria das sanções; e
c) o procedimento a ser seguido para processamento e julgamento das 
violações às regras antidopagem; e 
VIII - estabelecer diretrizes sobre os procedimentos relativos ao controle 
de dopagem exercidos pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopa-
gem - ABCD. 
O Código Brasileiro Antidopagem não é uma criação nacional, pois ele, na 
realidade, realiza a internalização do Código Mundial de Antidopagem, conforme 
consta de seu preâmbulo.
Código Brasileiro Antidopagem
Preâmbulo
[...]
Este Código Brasileiro Antidopagem regula a Luta conta a Dopagem no 
Esporte no Brasil, contribuindo para a sua harmonização mundial e para 
a eficácia e eficiência do Programa Mundial Antidopagem. Foi elaborado 
para dar cumprimento à decisão do Conselho Nacional do Esporte, na 
29ª Reunião Ordinária, realizada no dia 16 de junho de 2015 de interna-
lizar o Código Mundial Antidopagem de forma a promover a harmoniza-
ção legal com o Código Mundial Antidopagem. [...]
Criação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) é um órgão vinculado 
ao Ministério do Esporte, constituindo a organização nacional antidopagem, cuja 
competência está estabelecida no artigo 48-B da Lei Pelé:
• estabelecer a política nacional de prevenção e de combate à dopagem;
• coordenar nacionalmente o combate de dopagem no esporte, respeitadas as 
diretrizes estabelecidas pelo CNE;
• conduzir os testes de controle de dopagem, durante os períodos de compe-
tição e em seus intervalos, a gestão de resultados, de investigações e outras 
atividades relacionadas à antidopagem, respeitadas as atribuições de entidades 
internacionais previstas no Código Mundial Antidopagem;
• expedir autorizações de uso terapêutico, respeitadas as atribuições de entida-
des internacionais previstas no Código Mundial Antidopagem;
• certificar e identificar profissionais, órgãos e entidades para atuar no controle 
de dopagem;
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UNIDADE Justiça Desportiva
• editar resoluções sobre os procedimentos técnicos de controle de dopagem, 
observadas as normas previstas no Código Mundial Antidopagem e a legisla-
ção correlata;
• manter interlocução com os organismos internacionais envolvidos com ma-
térias relacionadas à antidopagem, respeitadas as competências dos demais 
órgãos da União;
• divulgar e adotar as normas técnicas internacionais relacionadas ao controle 
de dopagem e a lista de substâncias e métodos proibidos no esporte, editada 
pela Agência Mundial Antidopagem; e
• informar à Justiça Desportiva Antidopagem as violações às regras de dopagem, 
participando do processo na qualidade de fiscal da legislação antidopagem.
Como acima está mencionado, a ABCD realiza testes, em períodos de compe-
tição ou fora deles, sendo que, para tanto, esse órgão realiza o credenciamento de 
laboratórios que sigam às diretrizes estabelecidas pela WADA-AMA.
As substâncias e métodos vedados são também estipulados por aquela organiza-
ção internacional, sendo publicados para ampla divulgação, ao menos, uma vez por 
ano, contudo, podem ser realizadas novas publicações sempre que for necessário.
Criação da Justiça Desportiva Antidopagem
Diversamente do que ocorre com a Justiça Desportiva em geral, que é organiza-
da por modalidades ou modalidades ligadas a uma mesma Confederação, a Justiça 
Desportiva Antidopagem (JAD) é única, sendo ligada, diretamente, ao Conselho 
Nacional do Esporte (CNE), compostapor representantes de entidades de admi-
nistração do desporto, de entidades sindicais dos atletas e do Poder Executivo, 
nomeados pelo Ministro dos Esportes.
O mandato dos membros da JAD tem duração de três anos, sendo permitida 
uma única recondução por igual período.
Sua competência está definida no artigo 55-A da Lei Pelé.
Lei Pelé
Art. 55-A. Fica criada a Justiça Desportiva Antidopagem - JAD, com-
posta por um Tribunal e por uma Procuradoria, dotados de autonomia e 
independência, e com competência para:
I - julgar violações a regras antidopagem e aplicar as infrações a elas co-
nexas; e
II - homologar decisões proferidas por organismos internacionais, decor-
rentes ou relacionadas a violações às regras antidopagem.
[...]
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Sua competência não está restrita às modalidades e competições no âmbito 
profissional, abrangendo, de igual forma, as de caráter não profissional.
Internamente, a JDA é composta pelos seguintes órgãos:
• Câmaras especializadas;
• Plenário integrado pela totalidade de seus membros.
Sendo que das decisões das Câmaras especializadas é cabível recurso para 
o Plenário.
É ainda necessário pontuar que:
• Das decisões do Plenário, é cabível recurso para a Corte Arbitral do Esporte, 
situada em Lausanne (Suíça);
• Atletas de nível internacional podem se valer da Corte Arbitral do Esporte, 
mesmo antes de esgotadas das instâncias recursais em nosso país.
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UNIDADE Justiça Desportiva
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Constituição Federal
https://goo.gl/zaRrL
Código Brasileiro de Justiça Desportiva
https://goo.gl/KjSmBy
Código Brasileiro Antidopagem
https://goo.gl/XqxNk1
Estatuto do Torcedor – Lei n.º 10.761/03
https://goo.gl/VeACmf
Lei n.º 9.615/98 – Lei Pelé
https://goo.gl/jvPvAV
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Referências
BRASIL. TJSC – 4ª Câm. Civ. – Agravo de Instrumento 97000651-9 – Rel. 
Dês. João José Schaefer – j. em 06.03.97 – Agravante Federação Catarinense de 
Futebol – Agravado Clube Náutico Marcilio Dias. Disponível em: <.tj.sc.gov.br>, 
acessado em 01/08/2012.
BULOS, U. L. Constituição Federal Anotada. São Paulo: Saraiva, 2000. 
MELO FILHO, Á. As recentes alterações do Código Brasileiro de Justiça Des-
portiva. Disponível em <http://cidadedofutebol.com.br/cidade2006/Materia.
aspx?IdArtigo=2005>.
MORAES, A. Direito Constitucional. 34. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
SARLET, I. W; MARIONI, L. G; MITIDIERO, D. Curso de direito constitucional. 
6. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
SCHMITT, P. M. (coord.). Código Brasileiro de Justiça Desportiva Comentado. 
São Paulo: Quartier Latin, 2006.
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