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GUIA DE ESTUDO LATÍSSIMO DO DORSO/GRANDE DORSAL Quais os pontos de fixações (origem e inserção) do músculo latíssimo do dorso ou grande dorsal? O latíssimo do dorso ou grande dorsal está localizada na região posterior do tronco e é considerado o maior músculo do corpo humano. É um músculo que apresenta a característica de multipenado. Um músculo com essa característica (multipenado) tem uma área de seção transversal muito grande e consequentemente ótima capacidade para produzir força. Esse músculo (latíssimo do dorso) tem sua origem localizada no processos espinhosos da sétima vertebra torácica até o processo espinhosos da quinta vértebra lombar. Ainda tem ponto de origem na região posterior da crista ilíaca e por fim na face dorsal do sacro a partir da aponeurose toracolombar. Já seu ponto de inserção está localizado na face anterior do osso úmero mais precisamente na crista do tubérculo menor do úmero. Um ponto importante a salientar é que as fibras mais superiores (próximo as escapulas) apresentam um sentido mais verticalizado. Por outro lado, as fibras mais mediais apresentam-se em um sentido mais oblíquo em relação as superiores. E por fim, as fibras mais inferiores apresentam ainda mais oblíquas quase que verticalizadas em relação ao sentido das fibras mediais e superiores. A seguir no texto serão apresentados os movimentos produzidos por esse músculo. Quais os movimentos que o latíssimo do dorso é capaz de produzir? Como descrito acima no texto em virtude da análise dos pontos de fixações, pode-se visualizar que esse músculos “cruza” apenas a articulação glenoumeral posteriormente e tem seu ponto de inserção anteriormente em relação a essa articulação. Entretanto, esse músculos não apresenta braço de potência para produzir torque em movimento de flexão Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com do ombro, pois todo o seu ventre muscular está localizado posteriormente em relação ao úmero. Dessa forma, o latíssimo do dorso apresenta um braço de potência, ou seja, é o motor primário para produzir os movimentos de adução frontal glenoumeral em sinergismo com os músculos peitoral maior fibras costais, redondo maior, coracobraquial, cabeça longa do tríceps braquial e bíceps cabeça curta, quando essa articulação (glenoumeral) encontra-se em previa abdução. Também participará dos movimentos de abdução transversal ou horizontal glenoumeral em sinergismo com os músculos deltoide porção/feixe posterior, infraespinhal e redondo menor, partindo de uma prévia adução transversal. É principal motor primário do movimento extensão glenoumeral partindo-se de um prévia flexão glenoumeral até o ponto em que o membro superior fique alinhado com o tronco. Para esse movimento ocorrerá o trabalho sinérgico dos músculos deltoide porção/feixe espinhal, redondo maior, tríceps braquial cabeça longa e peitoral maior fibras costais. Por fim, da rotação medial glenoumeral, partindo da posição anatômica ou de uma rotação lateral, em sinergismo com os músculos deltoide porção/feixe clavicular, peitoral maior, redondo maior e subescapular. Um ponto importante a salientar, é que em virtude de apresentar um ponto de origem na região na face dorsal do sacro via aponeurose toracolombar, ele (latíssimo do dorso) também terá a capacidade de auxiliar os eretores da espinha (longuíssimo, espinhal, multifidios) para produzir o movimento de extensão e hiperextensão da coluna vertebral. Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com Além de produzir os movimentos descritos acima, o latíssimo do dorso apresenta uma capacidade de estabilizar a cabeça do osso úmero dentro da cavidade glenoide. Ou seja, em movimento em que se produz tendência a decoaptar a articulação glenoumeral, projetando a cabeça do úmero superiormente e assim para fora da cavidade glenoide, o latíssimo do dorso, principalmente as fibras mais mediais e inferiores, que apresentam um sentido mais oblíquo serão acionados para fixar o úmero. Diante dos conhecimentos básicos de cinesiologia quais os movimento que se deve reproduzir nas salas de treinamento resistido com pesos para treinar o latíssimo do dorso? Como descrito acima no texto, pode-se notar que o músculo latíssimo do dorso/grande dorsal tem seu ventre muscular posicionado em quase toda fase posterior do tronco. Além disso, é um músculo multipenado com uma grande área de secção transversal e ainda apresenta suas fibras com diferentes sentidos. Por exemplo, as fibras mais superiores do latíssimo do dorso apresentam um sentido mais obliquo. Por outro lado, as fibras mais inferiores apresentam um sentido mais verticalizado. Diante da disposição do sentido das fibras, parece ser interessante executar diferentes exercícios quando se está realizando uma sessão de treino para esse músculo. Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com Portanto, se o objetivo do personal trainer seja produzir ajustes hipertróficos mais intenso nas fibras superiores/mediais desse músculos, parece ser interessante que ele (personal trainer) venha prescrever os exercício de puxador frente com a pegada mais aberta. Dessa forma, essas fibras superiores/medias serão mais alongadas em relação as fibras mais inferiores. Diante disso, elas (fibras superiores/mediais) terão maior capacidade para “projetar” o osso úmero em direção ao tronco. Por outro lado, se o objetivo do personal trainer seja produzir no seu cliente ajustes hipertróficos mais nas fibras inferiores do latíssimo do dorso, é interessante que ele (personal) trainer venha a prescrever por exemplo o puxador vertical na frente com uma pegava mais fechada, remada com corda na polia entre outros exercícios com pegadas mais fechadas. A maior solicitação das fibras mais inferiores ocorrerá, pois com uma pegada mais fechada solicita-se maior alongamento delas em relação as fibras superiores e mediais. Diante disso, essas fibras estarão em um melhor comprimento para realizar a tração do úmero em direção ao tronco. Porém, o personal trainer poderá vir a trabalhar com um cliente que em algumas sessões venha a querer realizar treinos diferentes, ou seja, por exemplo ao ar livre em um parque ou em uma praia. Qual a estratégia que o personal trainer poderá utilizar com um cliente que em alguns momentos deseje realizar sessões de treinamento de força fora do ambiente de academia, como por exemplo em parques ou em um praia? Em alguns momentos o personal trainer poderá deparar-se com um cliente que solicite a ele a possibilidade de realizar sessões de treinamento de força ao ar livre, por exemplo Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com em parques ou em uma praia. Diante disso, uma metodologia de treinamento de força que está em forte evolução é o Treinamento Resistido Manual (TRM). Como já se sabe, essa metodologia caracteriza-se pela aplicação de resistência manual do personal contra os movimentos articulares. Ou seja, o personal trainer utilizará seu corpo para bloquear ou aplicar resistência contra os movimentos articulares produzidos pelo seu cliente. Para produzir uma sessão de TRM, o personal trainer poderá solicitar ao seu cliente que reproduza os dois principais movimentos que o latíssimo do dorso produz, e ele (personal) utiliza do seu corpo para bloquear esses movimentos e assim, treinar esse músculo. Diante disso, para execução do movimento de adução frontal glenoumeral em que o latíssimo do dorso é motor primário, o personal trainer solicitará que seu cliente venha a posicionar de pé na posição anatomia. Em seguida, deverá orientar ao seu cliente que realize uma semiflexão dos joelhos e com um afastamento dos pés da largura dos quadris ou dos ombros. Apóso posicionamento dos membros inferiores, solicitará ao seu cliente que com um dos membros superiores venha a realizar o movimento de abdução frontal glenoumeral até aproximadamente 90°. Na sequência, ele (personal trainer) posicionara-se por “baixo” do seu cliente e em seguida venha, a posicionar suas mãos próximo a articulação do cotovelo na face posterior do seguimento braço e por fim o personal venha a apoiar todo o seu membro superior que está em contato com o braço de cliente sobre o seu ombro. Assim, diante desse posicionamento o personal trainer conseguirá realizar um bloqueio efetivo do movimento do cliente. Após esse posicionamento, o personal trainer deverá orientar o seu cliente que ele busque a todo momento realizar o movimento de adução frontal glenoumeral, já que o personal trainer buscará a todo momento realizar o movimento de abdução glenoumeral. Um ponto importante a salientar é que durante o trabalho dinâmico é interessante que o personal trainer venha a produzir um alivio na tensão para a realização do movimento de abdução frontal glenoumeral no momento da fase concêntrica do movimento, para que o cliente consiga executara adução glenoumeral e essa fase efetivamente ocorra. Por outro lado, se o objetivo do personal trainer seja produzir um trabalho isométrico pra latíssimo do dorso, deverá travar o movimento do seu cliente sem realizar alivio na tensão para ocorrer a fase concêntrica. Por fim, é importante frisar que nessa variação de exercício além da atuação do latíssimo do dorso e peitoral maior fibras costais e tríceps braquial cabeça longa para produzir o movimento de adução frontal glenoumeral, ocorrerá movimentos da escapulas. Em virtude do ritmo escapuloumeral, as escapulas sofrerão uma rotação inferior ou medial durante a fase concêntrica. Assim, os músculos trapézio inferior, romboides maior/menor, atuarão como sinergistas desse movimento. Já durante a fase excêntrica do movimento, onde o personal aplicará mais força para vencer o movimento de adução frontal glenoumeral produzido pelo cliente, o latíssimo do dorso, peitoral maior fibras costais, tríceps cabeça longa atuarão agora em contração isotônica excêntrica para evitar o movimento de abdução. Já os romboides maior e menor, trapézio e elevador da escápulas atuarão em contração isotônica excêntrica para lutar contra o movimento de rotação superior ou lateral das escápulas. Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com Entretanto, o personal trainer poderá aplicar outra variação de exercício para treinar o músculo latíssimo do dorso ou grande dorsal. Para isso, o personal deverá orientar o seu cliente a permanecer na posição ortostática e em seguida solicitar ao mesmo que realize um afastamento lateral dos pés da largura dos quadris e um afastamento anteroposterior. Em seguida, o cliente deverá realizar o movimento de flexão do ombro até aproximadamente 90°. Na sequência, o personal trainer posicionará seus ombros por baixo dos membros superiores e sua mão na altura dos cotovelos do seu cliente. Após esse posicionamento inicial, o personal trainer solicitará que seu cliente realize o movimento de extensão dos ombros. Por sua vez, o personal deverá buscar com a força do seu corpo produzir o movimento de flexão dos ombros. Ou seja, o personal buscará a todo momento da execução do exercício, produzir o movimento contrário ao qual o seu cliente está executando. Dessa forma, ocorrerá um acionamento do latíssimo do dorso/grande dorsal, atrelado ao trabalho sinérgico do redondo maior, do deltoide posterior e tríceps braquial. É preciso lembrar que em virtude do ritmo escapuloumeral as escapulas realizarão o movimento de rotação medial ou inferior em conjunto com o movimento de extensão glenoumeral. Dessa forma, os músculos romboides maio/menor e elevador da escapular serão também acionados. Um ponto importante a salientar, é que o personal trainer deverá estar atento nesse exercício pois ocorrerá a tendência que o cliente venha a realizar um movimento de hiperextensão da coluna vertebral, movimento esse que deverá ser evitado para a segurança do exercício. Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com Como realizar alongamento para o latíssimo dorso/grande dorsal? Como já se sabe para produzir um trabalho de alongamento ou flexionamento de um músculo ou grupo muscular é necessário que o personal trainer venha a produzir os movimentos contrários ao qual esse músculo ou grupo muscular produz quando contrair. Ou seja, ao realizar o movimento contrário ao qual o músculos produz estará sendo realizado um afastamento dos pontos de origem e inserção. Portanto, como o latíssimo do dorso/grande dorsal é motor primário dos movimentos de adução frontal glenoumeral e extensão glenoumeral, para alongar o flexionar esse músculos é necessário produzir os movimentos de abdução glenoumeral no plano frontal e flexão dessa articulação no plano sagital. É importante lembra, que como redondo maior trabalha em sinergismo com o latíssimo do dorso realizar, ao realizar exercício de alongamento ou flexionamento o personal estará produzindo um trabalho de alongamento ou flexionamento também do músculo redondo maior. Para isso, o personal orientará o seu cliente a posicionar-se de pé realizando uma abdução dos membros inferiores até um limite em que ele (cliente) sinta-se confortável. Em seguida, o personal deverá posicionar-se atrás do seu cliente e solicitar que realize uma abdução até que o membro superior fique próximo ao seguimento cabeça. Após esse posicionamento inicial, o personal trainer deverá orientar ao seu cliente realizar o movimento de inclinação ou flexão lateral da coluna vertebral até um ponto em que sinta um leve desconforto, se o objetivo do exercício seja produzir um trabalho de alongamento, onde o foco seria manter o nível de extensibilidade das fibras musculares. Já se o objetivo seja aumentar os níveis de extensibilidade realizar essa inclinação ou flexão da coluna vertebral até o ponto em que sinta uma dor moderada, parece ser interessante. Um ponto importante a salientar, é que o personal deverá estar atento para que seu cliente não venha a realiza conjuntamente a flexão lateral da coluna vertebral inclinações laterais da pelve. Outro ponto a estar atento é que alguns clientes poderão “sentir” também a musculatura de oblíquo interno externo. Ou seja, se o cliente apresentar um forte Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com encurtamento dos músculos obliquo interno e externo é provável que ele (cliente) venha a sentir um desconforto mais forte nesses músculos do que no latíssimo. Por outro lado, poderá ter clientes que apresentem um desconforto mais forte de latíssimo ao invés dos oblíquos. Um último ponto a salientar, é que se o cliente realizar o movimento desse exercício descrito acima, a cabeça longa do tríceps que é biarticular (cruza articulações do cotovelo e ombro) não estará sendo alongada. Entretanto, se o personal orientar seu cliente a realizar o exercício em conjunto com a abdução uma flexão do cotovelo, ele “sentirá” a cabeça longa do tríceps braquial pois a mesma entrará em insuficiência passiva, pois estará sendo alongada no ombro e cotovelo. Uma outra variação para produzir o trabalho de alongamento ou flexionamento do músculo latíssimo do dorso e redondo maior é no solo. Para isso, o personal deverá solicitar ao seu cliente que sente-se ao solo com os membros inferiores estendidos. Em seguida, deverá orientar que o mesmo (cliente) venha a flexionar um dos membros inferiores e com isso encostar o pé na face interna da coxa do membro inferior contralateral. Em seguida, o personal deverá orientar ao cliente que realize uma flexão da coluna vertebral e em seguidauma rotação do tronco, projetando um dos membros superiores para o lado contrário em direção para trás do corpo, e o outro membro superior em direção ao pé do membro inferior que está com o joelho estendido. Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com O personal trainer deverá estar atento pois alguns clientes devido a extensão completa dos joelhos e flexão do quadril, poderá “sentir” forte a musculatura de isquiotibiais, devido a entrada em insuficiência passiva desse grupo muscular. Diante disso, para que o enfoque do trabalho seja sobre o latíssimo do dorso e redondo maior, o personal deverá orientar o seu cliente a flexionar o joelho do membro que está estendido. Dessa forma, os isquiotibiais estarão sendo encurtados no joelho e com isso, produzindo um equilíbrio entre encurtamento alongando, portanto não entrando em insuficiência passiva. Por enquanto é isso personal trainer, seguimos em frente evoluindo. Conteúdo licenciado para Daiane Lourenco Rodrigues - daianelourencorodriguess@gmail.com