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Prévia do material em texto

Empregado
Apresentação
A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT é o diploma legal responsável por regulamentar as 
relações de trabalho e emprego no Brasil e, de acordo com as suas disposições, empregados e 
empregadores são sujeitos diferentes da relação trabalhista, com direitos e deveres distintos.
Entre outros importantes aspectos e classificações, empregado é aquele que exerce suas atividades 
profissionais com características como pessoalidade, subordinação, onerosidade e habitualidade. 
Nesse contexto, destacam-se os tipos de empregado, cujo enquadramento é fundamental para a 
compreensão dos desdobramentos das relações trabalhistas, em muitos aspectos alterada com a 
Reforma Trabalhista de 2017.
Nesta unidade de aprendizagem, você irá conhecer as características e os tipos de empregado, além 
de diferenciá-los do empregado público.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Apontar as características do empregado.•
Nomear os vários tipos de empregado.•
Identificar as diferenciações de empregado público.•
Desafio
O empregado poderá ser contratado sob diversas formas, considerando principalmente a natureza 
e a forma de execução das atividades laborais. Olhando as atuais relações entre 
empregado\empregador, é possível perceber que o modelo de vínculo tradicional é flexibilizado 
progressivamente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conhecendo os tipos de empregado, quais são as suas orientações para Sérgio? Justifique.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7465ae26b44ba71ecfb21d7b3d5cacc9
Infográfico
A Lei Complementar 150/15 trouxe algumas alterações para o empregado doméstico, conferindo-
lhe direitos importantes. Trata- de uma evolução legislativa cujo objetivo principal é valorizar e 
garantir melhores condições de trabalho a esses profissionais.
Conheça na imagem abaixo alguns desses direitos conquistados pelos empregados domésticos.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c8e9e1c7-b57b-4ac4-a794-ad8513177bb2/1971274d-2f6f-4eb2-ac0e-a09cd248d01f.jpg
 
Conteúdo do livro
Para entender bem o que é um empregado, é preciso conhecer o que o define e os vários tipos de 
empregados, tais como: empregado em domicílio, temporário, rural etc. É necessário também 
conhecer as características de um funcionário público, além da diferença entre funcionário público 
e servidor público. Para saber mais sobre este assunto, leia com atenção o texto retirado da apostila 
Direito do Trabalho e Legislação Social, de Ione de Faria Belo.
Boa leitura. 
DIREITO DO 
TRABALHO E 
LEGISLAÇÃO 
SOCIAL
Ione de Faria Belo
BELO, Ione de Faria.
Direito do Trabalho e Legislação Social. 1ª ed. – Cursos de graduação. 197 p.
Bibliografia
1. Direito 2. Direito do Trabalho 3. Título.
Todos os direitos em relação ao design deste material didático são reservados à SAGAH. 
Todos os direitos quanto ao conteúdo deste material didático são reservados ao autor.
Todos os direitos de Copyright deste material didático são reservados à SAGAH.
Direito do Trabalho e Legislação Social
36 UNIDADE 1
Empregado
Conceito
Segundo o artigo 3º da CLT empregado 
é toda pessoa física que prestar serviços 
de natureza não eventual a empregador, 
sob a dependência deste e mediante 
salário.
Verifica-se que a definição de empregado 
explicita pessoa física, isto significa 
que somente a pessoa natural pode 
ser empregado. Não se admitindo uma 
pessoa jurídica como empregado.
Outro fato incontroverso para 
configuração da relação de emprego 
é a pessoalidade. Isto quer dizer que o 
contratante se compromete a executar 
ele mesmo os serviços contratados, não 
podendo fazer-se substituir na execução 
do contrato. 
Doutro, verifica-se, também, a não 
eventualidade do serviço prestado. 
Assim, para caracterização de 
empregado é necessário estar presente 
à continuidade, habitualidade na 
prestação do serviço que se insere nas 
necessidades permanentes da empresa 
ditadas por suas atividades. 
MÓDULO 03
A dependência também é uma 
característica do empregado. Valendo 
esclarecer a impropriedade do termo 
dependência, o termo mais adequado é 
subordinação. Significa que o empregado 
tem que cumprir ordens ditadas pelo 
empregador em decorrência do contrato 
e do poder de direção deste.
Também, a onerosidade é outra 
característica do empregado. Haja vista 
que há prestação de serviços por parte 
do empregado e em contraprestação a 
este serviço prestado recebe o salário 
de quem recebe os serviços, qual seja: o 
empregador.
Assim, são requisitos do empregado: 
pessoa física, pessoalidade, não even-
tualidade, dependência (subordinação) e 
onerosidade.
Dos Vários Tipos de Empregado
Do empregado doméstico
O trabalho doméstico não dispunha de 
regulamentação específica, aplicava-se 
de maneira genérica o disposto no Artigo 
1.216, do Código Civil de 1916, uma vez 
que o dispositivo previa a retribuição para 
37UNIDADE 1
todo serviço lícito prestado. Enquanto o 
Decreto 16.107/1923 regulamentou os 
serviços domésticos, elencando como 
pertencentes à categoria: lavadeiras, 
jardineiros, porteiros, amas-secas, 
costureiras etc.
Já o Decreto 3.079, de 27 de novembro 
de 1941, regulamentou o trabalho 
doméstico dizendo ser aquele que 
prestava serviço em residências particu-
lares ou em benefício destas mediante 
remuneração. Por força desse dispositivo 
os domésticos faziam jus ao aviso prévio 
de oito dias, após o período de prova de 
seis meses de trabalho. O empregado 
poderia rescindir o contrato caso ataque 
à sua honra, integridade física, mora sala-
rial etc. O empregador deveria conceder 
ao trabalhador ambiente higiênico de 
alimentação e habitação.
Com o advento do Decreto-Lei n.º 5.452, 
de 1º de maio de 1943 os empregados 
domésticos ficaram à margem da proteção 
ali estabelecida, por força do disposto 
no Artigo 7º, “a” do texto consolidado, 
ao determinar que “aos empregados 
domésticos, assim considerados, de um 
modo geral, os que prestam serviços de 
natureza não-econômica à pessoa ou à 
família, no âmbito residencial destas”, 
não se aplicam os preceitos constantes 
da CLT salvo quando for em cada 
caso, expressamente determinado em 
contrário.
A situação do empregado doméstico foi 
alterada apenas em 11 de dezembro de 
1972 que passou a gozar de proteção da 
Lei Federal 5.859, regulamentada pelo 
Decreto Federal nº 71.885/73.
Com o advento da Carta Magna de 1988, 
o trabalhador doméstico passou a ter 
direito as seguintes prerrogativas: salário 
mínimo, irredutibilidade de salário, 13º 
salário, repouso semanal remunerado, 
férias anuais mais um terço, licença 
a maternidade, licença paternidade, 
aposentadoria. 
Vale ressaltar que a Emenda 
Constitucional nº 72/2013 alterou 
o parágrafo único do artigo 7º da 
Constituição da República, que agora tem 
a seguinte redação: São assegurados à 
categoria dos trabalhadores domésticos 
os direitos previstos nos incisos IV, VI, 
VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, 
XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII 
e, atendidas as condições estabelecidas 
em lei e observada a simplificação do 
cumprimento das obrigações tributárias, 
principais e acessórias, decorrentes da 
relação de trabalho e suas peculiaridades, 
os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, 
XXV e XXVIII, bem como a sua integração 
à previdência social. 
A Lei Complementar 150/15 revogou a lei 
5.859/72 e trouxe novas regulamentações 
para o empregado doméstico. Entre 
os novos direitos atinentes a esses 
Direito do Trabalho e Legislação Social
38 UNIDADE 1
profissionais destacam-se o adicional 
noturno, o período para descanso e 
alimentação, adicional noturno, FGTS e 
seguro desemprego,entre outros.
Empregado em domicílio
O trabalho em domicílio é aquele 
prestado em favor do empregador, 
com subordinação, sob a dependência 
deste, mediante salário, mas fora do 
ambiente da empresa, normalmente, 
no domicilio do próprio empregado. 
Valendo, esclarecer que domicílio tanto 
pode ser o trabalho realizado na casa 
do empregado, ou seja, sua habitação, 
mas, também o domicílio legal ou até 
mesmo na casa de um intermediário. O 
que caracteriza o trabalho em domicílio 
é o desenvolvimento do trabalho fora 
da fiscalização imediata e direta do 
empregador. 
Esta é uma prática originária do trabalho 
artesanal, indústria caseira etc. e é 
adotada em muitos países há algum 
tempo. No Brasil, as empresas têm usado 
cada vez mais desta alternativa. Visando 
a economia de despesas com espaço 
físico, gastos com transporte, riscos 
de acidentes etc., e, ao empregado 
economia de tempo de deslocamento 
para o trabalho, fiscalização do lar 
enquanto trabalha, entre outros 
benefícios gerados tanto para a empresa 
quanto para o empregado.
O art. 6º da CLT traz que: “não se 
distingue entre o trabalho realizado no 
estabelecimento do empregador e o 
executado no domicílio do empregado, 
desde que esteja caracterizada a relação 
de emprego”. Assim, o trabalhador 
em domicílio tem os mesmos direitos 
que o empregado que trabalha no 
estabelecimento do empregador. 
Entretanto, dificilmente terá direito a 
horas extras em razão de ser executado 
em sua residência, exceção para casos 
em que haja alguma forma de controle, 
a produção diária só puder ser alcançada 
com mais de oito horas diárias de 
trabalho. Via de regra, o trabalhador em 
domicílio estabelece seu próprio horário 
de trabalho, conjugando seus afazeres 
com o serviço.
A CLT dispõe em seu artigo 83 que: “é 
devido o salário mínimo ao trabalhador 
em domicílio, considerado este como o 
executado na habitação do empregado 
ou em oficina de família, por conta de 
empregador que o remunere”. Sendo 
oportuno esclarecer que acaso exista 
norma coletiva para a categoria, deve 
ser observada a norma coletiva, quanto 
ao salário da categoria, e não o salário 
mínimo conforme disposto no artigo 
citado. Já para o empregado que recebe 
por peça ou tarefa, ainda que o total das 
peças ou tarefa produzidas não alcance 
a importância do salário mínimo, este 
estará assegurado em conformidade 
com o artigo 83 retro citado.
39UNIDADE 1
Com a reforma trabalhista de 2017, a CLT 
prevê também o teletrabalho. Trata-se de 
uma regulamentação para as atividades 
executadas preponderantemente fora 
das dependências do empregador, 
com a utilização de tecnologias de 
informação e de comunicação que, por 
sua natureza, não se constituam como 
trabalho externo. A lei determina que 
a modalidade de teletrabalho deve ser 
expressa em contrato, estipulando as 
condições nas quais as atividades devem 
ser desempenhadas, com a previsão de 
responsabilidades pela infraestrutura 
para o desempenho das atividades 
e precauções quanto a acidentes de 
trabalho.
Empregado rural
Empregado rural é toda pessoa física 
que, em propriedade rural ou prédio 
rústico, presta serviços de natureza não 
eventual a empregador rural (pessoa 
física ou jurídica), sob a dependência 
deste e mediante salário. 
Valendo lembrar suas características: 
pessoa física, pessoalidade, natureza 
contínua, subordinação e onerosidade. 
Assim, a pessoa que trabalha um 
dia só em determinada propriedade 
rural consertando a cerca não será 
considerado empregado rural, pois, falta 
a continuidade. Podemos citar como 
empregado rural o que cuida do gado, o 
que planta etc.
Os direitos dos empregados rurais foram 
igualados aos dos empregados urbanos 
pelo que conclui do caput do artigo 7º 
da Constituição Federal de 1988: “São 
direitos dos trabalhadores urbanos 
e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social”.
Outra curiosidade sobre o empregado 
rural é o contido no artigo 964, VIII, do 
Código Civil, que trata do privilégio 
especial sobre o produto da colheita, 
para a qual houver concorrido com o seu 
trabalho, e precipuamente a quaisquer 
outros créditos, ainda que reais, o 
trabalhador agrícola, quanto à dívida dos 
seus salários.
Empregado aprendiz
Aprendiz é aquele que mediante contrato 
de aprendizagem ajustado por escrito 
e por prazo determinado, em que o 
empregador se compromete a assegurar 
ao maior de 14 e menor de 24 anos, 
inscrito em programa de aprendizagem, 
formação técnica profissional metódica, 
compatível com o seu desenvolvimento 
físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a 
executar com zelo e diligência as tarefas 
necessárias a essa formação. (Art. 428, da 
CLT). Contudo, no caso da pessoa com 
necessidades especiais a idade limite de 
24 anos não será observada.
O objetivo principal do programa de 
aprendizagem é de cunho social e não 
Direito do Trabalho e Legislação Social
40 UNIDADE 1
lucrativo para o empregador, razão está 
que leva a legislação determinar que a 
atividade a ser exercida na empresa deve 
ser com formação técnica profissional 
metódica. O menor aprendiz não poderá 
receber valor inferior a um salário 
mínimo por mês calculado à base hora 
(salário mínimo mensal divido por 220). 
Isto significa que se o aprendiz trabalhar 
duas horas por dia receberá o valor 
referente às duas horas calculadas em 
conformidade com o acima disposto. 
Os direitos trabalhistas e previdenciários 
entre o aprendiz e o empregado, não 
são muito diferentes, sendo garantido 
àquele os mesmos direitos dos demais 
empregados ressalvado o que diz 
respeito à alíquota do o FGTS que é 
reduzida para 2% (dois por cento).
Vale chamar a atenção para duração do 
trabalho do aprendiz que não excederá 
de seis horas diárias, sendo vedadas 
a prorrogação e a compensação de 
jornada. Este limite diário poderá ser 
de até 8 horas, caso o aprendiz já tenha 
concluído o ensino fundamental e na 
jornada estejam computadas as horas 
destinadas a aprendizagem teórica. 
Lembrando, ainda, que o contrato de 
aprendizagem é por tempo determinado, 
ou seja, não pode ultrapassar o limite de 
dois anos, exceção feita aos contratos 
celebrados com aprendizes especiais 
que não estarão sujeitos a esse limite.
Empregado temporário
Trabalhador temporário é toda pessoa 
física contratada por uma empresa de 
trabalho temporário com o objetivo de 
atender a uma necessidade transitória 
de substituição de pessoal regular 
e permanente ou a um acréscimo 
extraordinário de tarefas de outras 
empresas. (Art. 16, Dec. 73.841/74).
Assim, trabalhador temporário é aquele 
subordinado a empresa de trabalho 
temporário e que presta serviços a 
empresa tomadora de serviços. Vale 
ressaltar que o contrato de trabalho 
temporário não poderá exceder três 
meses, salvo autorização conferida por 
órgão próprio do Ministério do Trabalho. 
Se o contrato exceder três meses, sem 
autorização de prorrogação do Ministério 
do trabalho, automaticamente passará a 
ser efetivo, ou seja, passa a vigorar entre 
o trabalhador e a emp esa tomadora do
serviço e não mais entre o trabalhador a
e empresa de trabalho temporário.
Vale chamar a atenção aqui para o fato 
da Constituição Federal de 88 não 
mencionar nenhum direito ao trabalhador 
temporário, sequer excepcionando 
algum benefício a seu favor. Sendo, 
assim, o trabalhador temporário regido 
pela Lei 6019/74.
Segundo o artigo 12, da Lei 6.019/74 
aos trabalhadores temporários são 
assegurados os seguintes direitos: a) 
remuneração equivalente à percebida 
41UNIDADE 1
pelos empregados de mesma categoria 
da empresa tomadora ou cliente 
calculado à base horária, garantida, 
em qualquer hipótese, a percepção 
do salário mínimo; b) jornada de oito 
horas; c) férias proporcionais, nos termos 
do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de 
setembro de 1966;d) repouso semanal 
remunerado; e) adicional por trabalho 
noturno; f) indenização por dispensa 
sem justa causa ou término normal do 
contrato, correspondente a 1/12 (um 
doze avos) do pagamento recebido; g) 
seguro contra acidente do trabalho; h) 
proteção previdenciária. Já o parágrafo 
primeiro assegura a obrigatoriedade 
do registro na CTPS da condição de 
temporário. E, o parágrafo segundo a 
obrigatoriedade da empresa tomadora 
do serviço comunicar à empresa de 
trabalho temporário a ocorrência de todo 
acidente cuja vítima seja um assalariado 
posto à sua disposição, considerando-se 
local de trabalho, para efeito da legislação 
específica, tanto aquele onde se efetua a 
prestação do trabalho, quanto a sede da 
empresa de trabalho temporário.
Assim, verifica-se que nem todos os 
direitos assegurados aos urbanos são 
também conferidos ao trabalhador 
temporário.
Empregado público
Inicialmente faz se necessário um 
esclarecimento entre empregado público 
e servidores públicos: empregado 
público é o agente público que tem 
vínculo contratual, haja vista sua relação 
com a Administração Pública decorrer 
de contrato de trabalho. Assim, o vínculo 
é de natureza contratual regido pela 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
Já o servidor público é o agente público 
que está investido em cargo público, 
que é um conjunto de atribuições e 
responsabilidades conferidas por lei, 
ou seja, possui vinculo estatutário ou 
institucional. Portanto, de natureza 
não-contratual.
O empregado público possui algumas 
diferenciações: 
• Ocupante de emprego público
na administração direta, autarquias
e fundações, nos termos da Lei
9.962/2000, contratados sob regime
da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).
• Ocupante de emprego público na
administração pública indireta, nas
empresas públicas, nas sociedades
de economia mista e nas fundações
públicas de direito privado. Também
são contratados sob regime da CLT.
• Ocupante de emprego público
contratado para atender necessidade
temporária e precária por contrato por
prazo determinado que desempenhe
Direito do Trabalho e Legislação Social
42 UNIDADE 1
funções públicas desvinculadas de 
cargos ou de empregos públicos para 
atender necessidade de interesse 
público e estão desobrigados de 
concurso público. (Lei 8.745/93).
Contudo, aos empregados públicos 
contratados pelo regime da CLT incidem 
alguns princípios e regras constitucionais 
aplicáveis a toda Administração Pública, 
até mesmo a indireta, razão pela qual 
apesar da inexistência da estabilidade 
garantida aos estatutários, a dispensa dos 
empregados públicos deve ser motivada 
e apurada em processo administrativo em 
razão de falta grave, acumulação ilegal 
de cargos, necessidade de redução de 
cargos ou insuficiência de desempenho. 
(Lei 9.962/2000, art. 3º). Vale ressaltar 
que o empregado público contratado 
com fundamento na Lei 8.745/93, 
portanto, sem concurso público, terão 
direito apenas ao pagamento da 
contraprestação pactuada, tais como 
número de horas trabalhadas, valor da 
hora do salário mínimo e depósitos do 
FGTS e em caso de rescisão antecipada 
50% do valor do restante do contrato.
Empregado diretor de sociedade
Aqui será tratado apenas do diretor 
recrutado externamente e do empregado 
alçado ao cargo na mesma instituição. 
Haja vista o entendimento de que o sócio 
diretor, ou seja, o eleito para ocupar o 
cargo de diretor em razão da detenção 
do capital, dono do negócio ou acionista 
controlador não será considerado 
empregado.
Em relação ao diretor empregado 
é necessário verificar alguns 
enquadramentos. Sendo, talvez o mais 
importante seja a subornação. Se o 
diretor possui um horário a ser cumprido, 
inclusive com controle de ponto, 
sem autonomia de demitir ou admitir 
funcionários, cumprindo ordens de 
superiores, tais como superintendentes, 
presidência etc., não pode ser 
considerado um diretor regido pela 
legislação comercial, pois, trata-se de um 
típico empregado comum regido pela 
CLT. Sendo oportuno destacar, também, 
que mesmo que o diretor tenha poderes 
para demitir e admitir funcionários, 
receber vencimentos mais elevados, 
mas, está subordinado a alguém existe 
o vínculo empregatício, contudo, este
diretor não terá direito a horas extras,
ainda que as prestasse, será apenas
considerado empregado de confiança.
(Artigo 62, inciso II, da CLT).
Contudo, se o empregado for eleito 
diretor de determinada empresa 
encontramos quatro situações ou 
orientações para enquadra-lo ou justificar 
sua situação na empresa:
• Extinção do contrato de trabalho,
o trabalhador que aceita cargo
de direção da empresa renuncia à
43UNIDADE 1
condição de empregado.
• Suspensão do contrato de
trabalho, não há trabalho nem 
pagamento de salário.
• Interrupção do contrato de
trabalho, não há trabalho, mas o
salário continua sendo pago.
• Não altera a situação jurídica
do empregado eleito diretor, não
tem qualquer reflexo jurídico na sua
condição de empregado em sentido
estrito.
Assim, faz se necessário um estudo 
rigoroso para melhor enquadrar o 
funcionário galgado ao cargo de diretor.
Empregado intermitente
A Trata-se de modalidade inovadora, 
inserida no ordenamento jurídico 
brasileiro com a Reforma Trabalhista de 
2017. Nos termos do artigo 443, § 3º da 
CLT, o trabalho intermitente refere-se à 
prestação de serviços com a presença de 
subordinação, porém, sem continuidade, 
de forma que se verifica alternância de 
períodos em que o empregado exerce 
suas funções e se mantém inativo.
O contrato de trabalho intermitente deve 
ser celebrado por escrito e pode ser 
determinado em horas, dias ou meses. 
Ainda, o empregado poderá exercer suas 
atividades com outros empregadores, 
independentemente se também sob 
regime de trabalho intermitente, ou seja, 
não há exclusividade.
Dica do professor
O teletrabalho é uma inovação trazida pela Reforma Trabalhista de 2017 e caracteriza-se pelo 
exercício da atividade laboral preponderantemente fora do estabelecimento do empregador. É uma 
forte tendência nas empresas e exige a mediação de tecnologias da informação e da comunicação 
para que possa ser operacionalizado.
Conheça no vídeo abaixo os principais conceitos do teletrabalho e a repercussão dessa inovação 
legislativa no mercado de trabalho brasileiro.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7aebdc7a6fe3996b83502bdf1a2d3d4d
Exercícios
1) (TRT/CE - 2009 - Adaptada) 
 
O trabalho temporário está regulamentado pela Lei no 6.019, de 03 de janeiro de 1974, e 
pelo Decreto no 73.841, de 13 de março de 1974. Leia as alternativas abaixo e escolha a que 
apresenta a forma CORRETA de celebração do contrato temporário de trabalho: 
A) Quando a atividade for transitória.
B) Pelo prazo máximo de três anos.
C) Com prorrogação automática, mais de uma vez.
D) Com o mesmo empregador, mais de uma vez, no prazo de três meses.
E) A título de experiência, a qualquer tempo, sem limite temporal.
2) (TRT/MT- 2008) 
 
Leia as afirmativas abaixo e escolha a que apresenta CORRETAMENTE os direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais, previstos na Constituição Federal: 
A) Repouso semanal remunerado, exclusivamente aos domingos.
B) Adicional de remuneração para as atividades insalubres ou perigosas, excetuadas as penosas, 
na forma da lei.
C) Seguro-desemprego, em caso de pedido de dispensa ou desemprego involuntário.
D) Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.
E) Jornada suplementar com adicional mínimo de 25%.
(TRT/CE - 2009) 
 
Leia as assertivas abaixo a respeito do contrato de aprendizagem: 
I. Não poderá ser estipulado por mais de dois anos. 
II. Independe da forma escrita, podendo ser ajustado verbalmente pelas partes. 
3) 
III.É o contrato no qual o empregador se compromete a assegurar ao maior de 16 anos e 
menor de 18 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional 
metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. 
IV. Extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 18 anos, ou ainda 
antecipadamente quando houver desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz. 
 
É correto o que se afirma APENAS em: 
A) I.
B) II e III.
C) I, II e III.
D) II, III e IV.
E) III e IV.
4) Maria tem 16 anos de idade, Júlia tem 23, Débora tem 13 anos, João tem 21 e Marcos tem 
32 anos de idade e é portador de deficiência. Segundo a legislação trabalhista, quais deles 
podem celebrar contrato de aprendizagem? 
A) Maria, Júlia, Débora, João e Marcos.
B) Maria, Júlia, João e Marcos, apenas.
C) Maria e Júlia, apenas.
D) Débora e Maria, apenas.
E) Marcos e Débora.
5) (TRT/CE - 2009) 
 
Joana é viúva e cria cinco filhos. Em sua residência possui quatro empregados: Cida, Maria, 
Débora e Osvaldo. Cida é a cozinheira; Débora é a auxiliar do lar com as funções de lavar 
louças, lavar e passar roupas, bem como arrumar toda a casa; Maria é a babá de seus filhos e 
Osvaldo foi contratado como motorista da família com a função principal de levar e buscar 
seus cinco filhos na escola. Considerando que a comida feita por Cida possui grande 
qualidade, Joana faz da sua residência um restaurante no horário do almoço. Nesse caso, 
NÃO é(são) considerado(s) empregado(s) domésticos: 
A) Osvaldo, apenas.
B) Cida e Débora, apenas.
C) Cida, Débora, Osvaldo e Maria.
D) Cida, apenas.
E) Cida, Débora e Maria, apenas.
Na prática
Antônio trabalha como jovem aprendiz para a administração pública e não entende as relações 
trabalhistas de seus colegas com a administração. Maria, percebendo a dificuldade do garoto, 
sugeriu ao setor de RH que fosse repassado a todos os aprendizes um roteiro que esclarecesse as 
diferenças entre empregado público, servidor público e ainda os tipos de contratação e direitos. 
Veja a seguir a relação de trabalho de alguns colegas de Antônio e observe a diferença entre elas.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
AGU Explica - Empregado x Servidor Público
Vídeo que apresenta diferenças entre empregado público e servidor público
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Trabalho intermitente: aspectos controvertidos no ordenamento 
jurídico brasileiro
Artigo sobre aspectos controvertidos acerca do trabalho intermitente
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A lei dos trabalhadores domésticos como sendo um avanço nas 
negociações laborais
Artigo que apresenta importantes considerações sobre a Lei Complementar 150/15
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https://www.youtube.com/embed/3y1C0zoNMCM
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-167/trabalho-intermitente-aspectos-controvertidos-no-ordenamento-juridico-brasileiro/
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-161/a-lei-dos-trabalhadores-domesticos-como-sendo-um-avanco-nas-negociacoes-laborais/

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