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Empregado Apresentação A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT é o diploma legal responsável por regulamentar as relações de trabalho e emprego no Brasil e, de acordo com as suas disposições, empregados e empregadores são sujeitos diferentes da relação trabalhista, com direitos e deveres distintos. Entre outros importantes aspectos e classificações, empregado é aquele que exerce suas atividades profissionais com características como pessoalidade, subordinação, onerosidade e habitualidade. Nesse contexto, destacam-se os tipos de empregado, cujo enquadramento é fundamental para a compreensão dos desdobramentos das relações trabalhistas, em muitos aspectos alterada com a Reforma Trabalhista de 2017. Nesta unidade de aprendizagem, você irá conhecer as características e os tipos de empregado, além de diferenciá-los do empregado público. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Apontar as características do empregado.• Nomear os vários tipos de empregado.• Identificar as diferenciações de empregado público.• Desafio O empregado poderá ser contratado sob diversas formas, considerando principalmente a natureza e a forma de execução das atividades laborais. Olhando as atuais relações entre empregado\empregador, é possível perceber que o modelo de vínculo tradicional é flexibilizado progressivamente. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Conhecendo os tipos de empregado, quais são as suas orientações para Sérgio? Justifique. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7465ae26b44ba71ecfb21d7b3d5cacc9 Infográfico A Lei Complementar 150/15 trouxe algumas alterações para o empregado doméstico, conferindo- lhe direitos importantes. Trata- de uma evolução legislativa cujo objetivo principal é valorizar e garantir melhores condições de trabalho a esses profissionais. Conheça na imagem abaixo alguns desses direitos conquistados pelos empregados domésticos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c8e9e1c7-b57b-4ac4-a794-ad8513177bb2/1971274d-2f6f-4eb2-ac0e-a09cd248d01f.jpg Conteúdo do livro Para entender bem o que é um empregado, é preciso conhecer o que o define e os vários tipos de empregados, tais como: empregado em domicílio, temporário, rural etc. É necessário também conhecer as características de um funcionário público, além da diferença entre funcionário público e servidor público. Para saber mais sobre este assunto, leia com atenção o texto retirado da apostila Direito do Trabalho e Legislação Social, de Ione de Faria Belo. Boa leitura. DIREITO DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO SOCIAL Ione de Faria Belo BELO, Ione de Faria. Direito do Trabalho e Legislação Social. 1ª ed. – Cursos de graduação. 197 p. Bibliografia 1. Direito 2. Direito do Trabalho 3. Título. Todos os direitos em relação ao design deste material didático são reservados à SAGAH. Todos os direitos quanto ao conteúdo deste material didático são reservados ao autor. Todos os direitos de Copyright deste material didático são reservados à SAGAH. Direito do Trabalho e Legislação Social 36 UNIDADE 1 Empregado Conceito Segundo o artigo 3º da CLT empregado é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Verifica-se que a definição de empregado explicita pessoa física, isto significa que somente a pessoa natural pode ser empregado. Não se admitindo uma pessoa jurídica como empregado. Outro fato incontroverso para configuração da relação de emprego é a pessoalidade. Isto quer dizer que o contratante se compromete a executar ele mesmo os serviços contratados, não podendo fazer-se substituir na execução do contrato. Doutro, verifica-se, também, a não eventualidade do serviço prestado. Assim, para caracterização de empregado é necessário estar presente à continuidade, habitualidade na prestação do serviço que se insere nas necessidades permanentes da empresa ditadas por suas atividades. MÓDULO 03 A dependência também é uma característica do empregado. Valendo esclarecer a impropriedade do termo dependência, o termo mais adequado é subordinação. Significa que o empregado tem que cumprir ordens ditadas pelo empregador em decorrência do contrato e do poder de direção deste. Também, a onerosidade é outra característica do empregado. Haja vista que há prestação de serviços por parte do empregado e em contraprestação a este serviço prestado recebe o salário de quem recebe os serviços, qual seja: o empregador. Assim, são requisitos do empregado: pessoa física, pessoalidade, não even- tualidade, dependência (subordinação) e onerosidade. Dos Vários Tipos de Empregado Do empregado doméstico O trabalho doméstico não dispunha de regulamentação específica, aplicava-se de maneira genérica o disposto no Artigo 1.216, do Código Civil de 1916, uma vez que o dispositivo previa a retribuição para 37UNIDADE 1 todo serviço lícito prestado. Enquanto o Decreto 16.107/1923 regulamentou os serviços domésticos, elencando como pertencentes à categoria: lavadeiras, jardineiros, porteiros, amas-secas, costureiras etc. Já o Decreto 3.079, de 27 de novembro de 1941, regulamentou o trabalho doméstico dizendo ser aquele que prestava serviço em residências particu- lares ou em benefício destas mediante remuneração. Por força desse dispositivo os domésticos faziam jus ao aviso prévio de oito dias, após o período de prova de seis meses de trabalho. O empregado poderia rescindir o contrato caso ataque à sua honra, integridade física, mora sala- rial etc. O empregador deveria conceder ao trabalhador ambiente higiênico de alimentação e habitação. Com o advento do Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943 os empregados domésticos ficaram à margem da proteção ali estabelecida, por força do disposto no Artigo 7º, “a” do texto consolidado, ao determinar que “aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas”, não se aplicam os preceitos constantes da CLT salvo quando for em cada caso, expressamente determinado em contrário. A situação do empregado doméstico foi alterada apenas em 11 de dezembro de 1972 que passou a gozar de proteção da Lei Federal 5.859, regulamentada pelo Decreto Federal nº 71.885/73. Com o advento da Carta Magna de 1988, o trabalhador doméstico passou a ter direito as seguintes prerrogativas: salário mínimo, irredutibilidade de salário, 13º salário, repouso semanal remunerado, férias anuais mais um terço, licença a maternidade, licença paternidade, aposentadoria. Vale ressaltar que a Emenda Constitucional nº 72/2013 alterou o parágrafo único do artigo 7º da Constituição da República, que agora tem a seguinte redação: São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. A Lei Complementar 150/15 revogou a lei 5.859/72 e trouxe novas regulamentações para o empregado doméstico. Entre os novos direitos atinentes a esses Direito do Trabalho e Legislação Social 38 UNIDADE 1 profissionais destacam-se o adicional noturno, o período para descanso e alimentação, adicional noturno, FGTS e seguro desemprego,entre outros. Empregado em domicílio O trabalho em domicílio é aquele prestado em favor do empregador, com subordinação, sob a dependência deste, mediante salário, mas fora do ambiente da empresa, normalmente, no domicilio do próprio empregado. Valendo, esclarecer que domicílio tanto pode ser o trabalho realizado na casa do empregado, ou seja, sua habitação, mas, também o domicílio legal ou até mesmo na casa de um intermediário. O que caracteriza o trabalho em domicílio é o desenvolvimento do trabalho fora da fiscalização imediata e direta do empregador. Esta é uma prática originária do trabalho artesanal, indústria caseira etc. e é adotada em muitos países há algum tempo. No Brasil, as empresas têm usado cada vez mais desta alternativa. Visando a economia de despesas com espaço físico, gastos com transporte, riscos de acidentes etc., e, ao empregado economia de tempo de deslocamento para o trabalho, fiscalização do lar enquanto trabalha, entre outros benefícios gerados tanto para a empresa quanto para o empregado. O art. 6º da CLT traz que: “não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego”. Assim, o trabalhador em domicílio tem os mesmos direitos que o empregado que trabalha no estabelecimento do empregador. Entretanto, dificilmente terá direito a horas extras em razão de ser executado em sua residência, exceção para casos em que haja alguma forma de controle, a produção diária só puder ser alcançada com mais de oito horas diárias de trabalho. Via de regra, o trabalhador em domicílio estabelece seu próprio horário de trabalho, conjugando seus afazeres com o serviço. A CLT dispõe em seu artigo 83 que: “é devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere”. Sendo oportuno esclarecer que acaso exista norma coletiva para a categoria, deve ser observada a norma coletiva, quanto ao salário da categoria, e não o salário mínimo conforme disposto no artigo citado. Já para o empregado que recebe por peça ou tarefa, ainda que o total das peças ou tarefa produzidas não alcance a importância do salário mínimo, este estará assegurado em conformidade com o artigo 83 retro citado. 39UNIDADE 1 Com a reforma trabalhista de 2017, a CLT prevê também o teletrabalho. Trata-se de uma regulamentação para as atividades executadas preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. A lei determina que a modalidade de teletrabalho deve ser expressa em contrato, estipulando as condições nas quais as atividades devem ser desempenhadas, com a previsão de responsabilidades pela infraestrutura para o desempenho das atividades e precauções quanto a acidentes de trabalho. Empregado rural Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural (pessoa física ou jurídica), sob a dependência deste e mediante salário. Valendo lembrar suas características: pessoa física, pessoalidade, natureza contínua, subordinação e onerosidade. Assim, a pessoa que trabalha um dia só em determinada propriedade rural consertando a cerca não será considerado empregado rural, pois, falta a continuidade. Podemos citar como empregado rural o que cuida do gado, o que planta etc. Os direitos dos empregados rurais foram igualados aos dos empregados urbanos pelo que conclui do caput do artigo 7º da Constituição Federal de 1988: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social”. Outra curiosidade sobre o empregado rural é o contido no artigo 964, VIII, do Código Civil, que trata do privilégio especial sobre o produto da colheita, para a qual houver concorrido com o seu trabalho, e precipuamente a quaisquer outros créditos, ainda que reais, o trabalhador agrícola, quanto à dívida dos seus salários. Empregado aprendiz Aprendiz é aquele que mediante contrato de aprendizagem ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnica profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. (Art. 428, da CLT). Contudo, no caso da pessoa com necessidades especiais a idade limite de 24 anos não será observada. O objetivo principal do programa de aprendizagem é de cunho social e não Direito do Trabalho e Legislação Social 40 UNIDADE 1 lucrativo para o empregador, razão está que leva a legislação determinar que a atividade a ser exercida na empresa deve ser com formação técnica profissional metódica. O menor aprendiz não poderá receber valor inferior a um salário mínimo por mês calculado à base hora (salário mínimo mensal divido por 220). Isto significa que se o aprendiz trabalhar duas horas por dia receberá o valor referente às duas horas calculadas em conformidade com o acima disposto. Os direitos trabalhistas e previdenciários entre o aprendiz e o empregado, não são muito diferentes, sendo garantido àquele os mesmos direitos dos demais empregados ressalvado o que diz respeito à alíquota do o FGTS que é reduzida para 2% (dois por cento). Vale chamar a atenção para duração do trabalho do aprendiz que não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. Este limite diário poderá ser de até 8 horas, caso o aprendiz já tenha concluído o ensino fundamental e na jornada estejam computadas as horas destinadas a aprendizagem teórica. Lembrando, ainda, que o contrato de aprendizagem é por tempo determinado, ou seja, não pode ultrapassar o limite de dois anos, exceção feita aos contratos celebrados com aprendizes especiais que não estarão sujeitos a esse limite. Empregado temporário Trabalhador temporário é toda pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário com o objetivo de atender a uma necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a um acréscimo extraordinário de tarefas de outras empresas. (Art. 16, Dec. 73.841/74). Assim, trabalhador temporário é aquele subordinado a empresa de trabalho temporário e que presta serviços a empresa tomadora de serviços. Vale ressaltar que o contrato de trabalho temporário não poderá exceder três meses, salvo autorização conferida por órgão próprio do Ministério do Trabalho. Se o contrato exceder três meses, sem autorização de prorrogação do Ministério do trabalho, automaticamente passará a ser efetivo, ou seja, passa a vigorar entre o trabalhador e a emp esa tomadora do serviço e não mais entre o trabalhador a e empresa de trabalho temporário. Vale chamar a atenção aqui para o fato da Constituição Federal de 88 não mencionar nenhum direito ao trabalhador temporário, sequer excepcionando algum benefício a seu favor. Sendo, assim, o trabalhador temporário regido pela Lei 6019/74. Segundo o artigo 12, da Lei 6.019/74 aos trabalhadores temporários são assegurados os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida 41UNIDADE 1 pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculado à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo; b) jornada de oito horas; c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966;d) repouso semanal remunerado; e) adicional por trabalho noturno; f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; g) seguro contra acidente do trabalho; h) proteção previdenciária. Já o parágrafo primeiro assegura a obrigatoriedade do registro na CTPS da condição de temporário. E, o parágrafo segundo a obrigatoriedade da empresa tomadora do serviço comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário. Assim, verifica-se que nem todos os direitos assegurados aos urbanos são também conferidos ao trabalhador temporário. Empregado público Inicialmente faz se necessário um esclarecimento entre empregado público e servidores públicos: empregado público é o agente público que tem vínculo contratual, haja vista sua relação com a Administração Pública decorrer de contrato de trabalho. Assim, o vínculo é de natureza contratual regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Já o servidor público é o agente público que está investido em cargo público, que é um conjunto de atribuições e responsabilidades conferidas por lei, ou seja, possui vinculo estatutário ou institucional. Portanto, de natureza não-contratual. O empregado público possui algumas diferenciações: • Ocupante de emprego público na administração direta, autarquias e fundações, nos termos da Lei 9.962/2000, contratados sob regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). • Ocupante de emprego público na administração pública indireta, nas empresas públicas, nas sociedades de economia mista e nas fundações públicas de direito privado. Também são contratados sob regime da CLT. • Ocupante de emprego público contratado para atender necessidade temporária e precária por contrato por prazo determinado que desempenhe Direito do Trabalho e Legislação Social 42 UNIDADE 1 funções públicas desvinculadas de cargos ou de empregos públicos para atender necessidade de interesse público e estão desobrigados de concurso público. (Lei 8.745/93). Contudo, aos empregados públicos contratados pelo regime da CLT incidem alguns princípios e regras constitucionais aplicáveis a toda Administração Pública, até mesmo a indireta, razão pela qual apesar da inexistência da estabilidade garantida aos estatutários, a dispensa dos empregados públicos deve ser motivada e apurada em processo administrativo em razão de falta grave, acumulação ilegal de cargos, necessidade de redução de cargos ou insuficiência de desempenho. (Lei 9.962/2000, art. 3º). Vale ressaltar que o empregado público contratado com fundamento na Lei 8.745/93, portanto, sem concurso público, terão direito apenas ao pagamento da contraprestação pactuada, tais como número de horas trabalhadas, valor da hora do salário mínimo e depósitos do FGTS e em caso de rescisão antecipada 50% do valor do restante do contrato. Empregado diretor de sociedade Aqui será tratado apenas do diretor recrutado externamente e do empregado alçado ao cargo na mesma instituição. Haja vista o entendimento de que o sócio diretor, ou seja, o eleito para ocupar o cargo de diretor em razão da detenção do capital, dono do negócio ou acionista controlador não será considerado empregado. Em relação ao diretor empregado é necessário verificar alguns enquadramentos. Sendo, talvez o mais importante seja a subornação. Se o diretor possui um horário a ser cumprido, inclusive com controle de ponto, sem autonomia de demitir ou admitir funcionários, cumprindo ordens de superiores, tais como superintendentes, presidência etc., não pode ser considerado um diretor regido pela legislação comercial, pois, trata-se de um típico empregado comum regido pela CLT. Sendo oportuno destacar, também, que mesmo que o diretor tenha poderes para demitir e admitir funcionários, receber vencimentos mais elevados, mas, está subordinado a alguém existe o vínculo empregatício, contudo, este diretor não terá direito a horas extras, ainda que as prestasse, será apenas considerado empregado de confiança. (Artigo 62, inciso II, da CLT). Contudo, se o empregado for eleito diretor de determinada empresa encontramos quatro situações ou orientações para enquadra-lo ou justificar sua situação na empresa: • Extinção do contrato de trabalho, o trabalhador que aceita cargo de direção da empresa renuncia à 43UNIDADE 1 condição de empregado. • Suspensão do contrato de trabalho, não há trabalho nem pagamento de salário. • Interrupção do contrato de trabalho, não há trabalho, mas o salário continua sendo pago. • Não altera a situação jurídica do empregado eleito diretor, não tem qualquer reflexo jurídico na sua condição de empregado em sentido estrito. Assim, faz se necessário um estudo rigoroso para melhor enquadrar o funcionário galgado ao cargo de diretor. Empregado intermitente A Trata-se de modalidade inovadora, inserida no ordenamento jurídico brasileiro com a Reforma Trabalhista de 2017. Nos termos do artigo 443, § 3º da CLT, o trabalho intermitente refere-se à prestação de serviços com a presença de subordinação, porém, sem continuidade, de forma que se verifica alternância de períodos em que o empregado exerce suas funções e se mantém inativo. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e pode ser determinado em horas, dias ou meses. Ainda, o empregado poderá exercer suas atividades com outros empregadores, independentemente se também sob regime de trabalho intermitente, ou seja, não há exclusividade. Dica do professor O teletrabalho é uma inovação trazida pela Reforma Trabalhista de 2017 e caracteriza-se pelo exercício da atividade laboral preponderantemente fora do estabelecimento do empregador. É uma forte tendência nas empresas e exige a mediação de tecnologias da informação e da comunicação para que possa ser operacionalizado. Conheça no vídeo abaixo os principais conceitos do teletrabalho e a repercussão dessa inovação legislativa no mercado de trabalho brasileiro. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7aebdc7a6fe3996b83502bdf1a2d3d4d Exercícios 1) (TRT/CE - 2009 - Adaptada) O trabalho temporário está regulamentado pela Lei no 6.019, de 03 de janeiro de 1974, e pelo Decreto no 73.841, de 13 de março de 1974. Leia as alternativas abaixo e escolha a que apresenta a forma CORRETA de celebração do contrato temporário de trabalho: A) Quando a atividade for transitória. B) Pelo prazo máximo de três anos. C) Com prorrogação automática, mais de uma vez. D) Com o mesmo empregador, mais de uma vez, no prazo de três meses. E) A título de experiência, a qualquer tempo, sem limite temporal. 2) (TRT/MT- 2008) Leia as afirmativas abaixo e escolha a que apresenta CORRETAMENTE os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, previstos na Constituição Federal: A) Repouso semanal remunerado, exclusivamente aos domingos. B) Adicional de remuneração para as atividades insalubres ou perigosas, excetuadas as penosas, na forma da lei. C) Seguro-desemprego, em caso de pedido de dispensa ou desemprego involuntário. D) Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E) Jornada suplementar com adicional mínimo de 25%. (TRT/CE - 2009) Leia as assertivas abaixo a respeito do contrato de aprendizagem: I. Não poderá ser estipulado por mais de dois anos. II. Independe da forma escrita, podendo ser ajustado verbalmente pelas partes. 3) III.É o contrato no qual o empregador se compromete a assegurar ao maior de 16 anos e menor de 18 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. IV. Extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 18 anos, ou ainda antecipadamente quando houver desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz. É correto o que se afirma APENAS em: A) I. B) II e III. C) I, II e III. D) II, III e IV. E) III e IV. 4) Maria tem 16 anos de idade, Júlia tem 23, Débora tem 13 anos, João tem 21 e Marcos tem 32 anos de idade e é portador de deficiência. Segundo a legislação trabalhista, quais deles podem celebrar contrato de aprendizagem? A) Maria, Júlia, Débora, João e Marcos. B) Maria, Júlia, João e Marcos, apenas. C) Maria e Júlia, apenas. D) Débora e Maria, apenas. E) Marcos e Débora. 5) (TRT/CE - 2009) Joana é viúva e cria cinco filhos. Em sua residência possui quatro empregados: Cida, Maria, Débora e Osvaldo. Cida é a cozinheira; Débora é a auxiliar do lar com as funções de lavar louças, lavar e passar roupas, bem como arrumar toda a casa; Maria é a babá de seus filhos e Osvaldo foi contratado como motorista da família com a função principal de levar e buscar seus cinco filhos na escola. Considerando que a comida feita por Cida possui grande qualidade, Joana faz da sua residência um restaurante no horário do almoço. Nesse caso, NÃO é(são) considerado(s) empregado(s) domésticos: A) Osvaldo, apenas. B) Cida e Débora, apenas. C) Cida, Débora, Osvaldo e Maria. D) Cida, apenas. E) Cida, Débora e Maria, apenas. Na prática Antônio trabalha como jovem aprendiz para a administração pública e não entende as relações trabalhistas de seus colegas com a administração. Maria, percebendo a dificuldade do garoto, sugeriu ao setor de RH que fosse repassado a todos os aprendizes um roteiro que esclarecesse as diferenças entre empregado público, servidor público e ainda os tipos de contratação e direitos. Veja a seguir a relação de trabalho de alguns colegas de Antônio e observe a diferença entre elas. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: AGU Explica - Empregado x Servidor Público Vídeo que apresenta diferenças entre empregado público e servidor público Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Trabalho intermitente: aspectos controvertidos no ordenamento jurídico brasileiro Artigo sobre aspectos controvertidos acerca do trabalho intermitente Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. A lei dos trabalhadores domésticos como sendo um avanço nas negociações laborais Artigo que apresenta importantes considerações sobre a Lei Complementar 150/15 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/3y1C0zoNMCM https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-167/trabalho-intermitente-aspectos-controvertidos-no-ordenamento-juridico-brasileiro/ https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-161/a-lei-dos-trabalhadores-domesticos-como-sendo-um-avanco-nas-negociacoes-laborais/
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