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Avaliação em Língua Portuguesa contribuições para a prática pedagógica. Beth Marcuschi e Lívia Suassuna (orgs.)

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Disciplina: Metodologia do Ensino de LP II
	Curso: Letras Vernáculas e Clássicas – 4o. ano, Noturno
Discente: 
ATIVIDADE BASEADA DO TEXTO:
 Avaliação em Língua Portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. 
Beth Marcuschi e Lívia Suassuna (orgs.)
Cap. 1 – Avaliação na escola e ensino de língua portuguesa: introdução ao tema
Elabore uma resenha comentando os itens abaixo;
- Atribuição de valores a determinadas ações humanas;
- Avaliação no meio escolar: do séc. XVI ao séc. XXI;
- Avaliação dentro da nova perspectiva: avalia-se para identificar os conhecimentos prévios;
- Avaliação pensada junto de suas múltiplas finalidades;
- Avaliação ligada ao modo de organização da escola;
- Implantação da organização escolar por ciclos;
- Necessidade de diagnosticar os principais fatores que levam à não aprendizagem;
- Alfabetização e letramento como focos de discussão;
- Saber lidar com alunos que não possuem o domínio das práticas de escrita;
- Avaliação Centralizada e sem questionamentos;
- Buscam-se novos objetivos.
FERREIRA, Andrea Tereza Brito; LEAL, Telma Ferraz. Avaliação na escola e ensino da língua portuguesa: introdução ao tema. Avaliação em Língua Portuguesa: Contribuição para a Prática Pedagógica. Belo Horizonte, Autêntica, p. 11-26, 2007.
De acordo com Ferreira e Leal, a avaliação está presente em tudo que o ser humano faz, seja de modo consciente ou não. Isto pois, é a avaliação que promove a “construção do conhecimento”, além de favorecer reflexões para a busca da reflexão de fenômenos sociais e da natureza. Portanto, faz-se necessário avaliar tudo que nos rodeia.
No meio escolar, a avaliação tem sido utilizada para verificação da construção do conhecimento dos alunos de modo sistemático e planejado. A avaliação na escola é o registro do avanço ou das dificuldades dos alunos. É através da avaliação que o professor tem acesso às necessidades e especificidades de cada aluno, dados que poderão ser utilizados para corroborar com futuras práticas pedagógicas. 
As autoras argumentam que até o século XVI, para a sociedade, a escola era tida como “um ambiente seleto, de disciplina rígida”, que deveria controlar o modo com que as pessoas aprendiam. Os professores eram rigorosos e aplicavam exames em eventos públicos em que os alunos deveriam demonstrar os conhecimentos acumulados até então. Já no século XIX e início do século XX, a escola tinha como base o positivismo e a ciência a rigor. Os professores valorizavam conteúdos que eram avaliados de modo objetivo e a avaliação passou a ser parte da cultura escolar. Ou seja, a avaliação passou a ser dada como uma forma de certificar que um aluno aprendeu um conteúdo ou não, era uma forma de medir quanto o aluno havia retido do conteúdo aplicado em sala. 
A partir do novo século, a avaliação passou a ser vista de modo diferente. Ao invés de servir como medidor. Assim, a avaliação passou a ser vista como um norteador para se verificar se os objetivos educacionais estavam sendo atingidos. E mais: a avaliação passou a ser formativa, propondo um foco no processo ensino-aprendizagem, que seria diagnóstico ao invés de probatório. 
Ainda, a avaliação do processo de ensino-aprendizagem é contínua, cumulativa e sistemática na escola. Isto pois, é necessário que se diagnostique a aprendizagem dos alunos. Como função prognóstica, a avaliação busca os conhecimentos prévios dos alunos a fim de verificar o que foi absorvido e as habilidades adquiridas anteriormente. Através da função diagnóstica, o professor pode verificar o que causa impede a aprendizagem do aluno a fim de trabalhar a dificuldade do aluno com estratégias mais precisas. 
Assim, a avaliação passa a ser vista como objeto de múltiplas finalidades: identificar conhecimentos prévios, norte de planejamento de atividades adequadas, verificação do que já foi ensinado, avaliação do que já foi estudado e se esse conteúdo precisa ser dado novamente de outro modo, redimensionamento do ensino, quais procedimentos didáticos tomar daí em diante, etc. 
Deste modo, pode-se dizer que a avaliação está intrinsecamente ligada ao modo em que a escola se organiza hoje em dia, já que essa organização acompanhou as mudanças nas concepções de ensino-aprendizagem e da avaliação. Antigamente, a ênfase da avaliação dava-se através da quantificação do conteúdo ensinado, enquanto hoje em dia, é esperado que se dê na forma como o aprendizado ocorre. 
A escola é quem garante o padrão de qualidade da aprendizagem e deve avaliar o processo de aprendizagem e promovê-lo através de intervenções por meio de metas e ações, através de projeto pedagógico. Por isso, a escola possui dos modos de avaliar seu trabalho: avaliação aplicada ao aluno e a avaliação administrativa, financeira e pedagógica da escola - sendo, esta, uma avaliação institucional. Através dessa avaliação, que se pode estabelecer metas e ações no Plano de Desenvolvimento Escolar.
Ainda, a avaliação tem papel fundamental na organização da escola no quesito: separação de níveis escolares. Os alunos que não conseguem atingir os objetivos esperados para cada nível, acabam por ter de refazer o mesmo, mostrando a falta de aptidão para seguir para o próximo nível. Assim, as avaliações corroboram para a divisão de níveis escolares: quinto ano, sexto ano, etc.
As autoras debatem que, no Brasil, a organização curricular se dá através de ciclos, implantada na década de 80 pela necessidade de se eliminar as dificuldades na passagem da primeira para a segunda série. Assim, foram inseridas oito séries iniciais obrigatórias, a fim de se garantir tempo de planejamento e estudo coletivo e gerar condições favoráveis ao ensino-aprendizagem. 
Essa nova organização permite que se tenha objetivos específicos que corroboram com a determinação do que deve e pode ser ensinado à cada grupo dos ciclos pré-determinados nas escolas. Deste modo, o professor tem maior facilidade de diagnosticar os principais fatores que levaram à defasagem do aluno em determinado ponto da aprendizagem e poderá trabalhar com o foco necessário com maior facilidade, de acordo com os objetivos especificados para cada ciclo - e que essa abordagem “favorece a continuidade, a interdisciplinaridade e a participação, respeitando-se os ritmos e os tempos dos alunos.”
Em seguida, as autoras refletem sobre a necessidade de se lidar com a escrita e a leitura, principalmente nos anos iniciais de alfabetização, visto que foi observada a defasagem nessa área. E levantam o questionamento acerca da necessidade de se priorizar os primeiros anos de escolaridade, saber avaliar esses alunos e encontrar modos de desenvolver a capacitação dos alunos para produzir e compreender textos orais e escritos, favorecer sua participação em diversas situações extra-escolares e escolares - além de se priorizar o ensino dessas duas habilidades (leitura e escrita). Além disso, faz-se necessário aprender a lidar com alunos que não possuem o mínimo domínio das práticas de escrita e leitura, a fim de buscar um modo de capacitá-los para tal, pois serem ferramentas primordiais para auxiliar no processo avaliativo desde cedo. 
Ainda, as autoras argumentam que no modelo tradicional, a avaliação é vista como algo neutro, definido e independente de outros fins perseguidos pela educação, enquanto, em outra parte, a avaliação como formativa é vista como centrada no aluno e em seu desempenho cognitivo e que pode corroborar com a busca de novos meios de ensinar o aluno e novos objetivos de ensino de acordo com o conhecimento prévio do aluno. Assim sendo, deve-se priorizar a avaliação formativa. 
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