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Aula 08 - Atividade_ Revisão da tentativa

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Painel / Meus cursos / Redação Jurídica - 2024/1 Ap DN2
/ Aula 08 - Português e Prática Forense: particularidades da linguagem em peças jurídicas / Aula 08 - Atividade
Iniciado em quinta, 2 Mai 2024, 09:53
Estado Finalizada
Concluída em quinta, 2 Mai 2024, 10:00
Tempo
empregado
7 minutos 15 segundos
https://moodle2.unifan.edu.br/my/
https://moodle2.unifan.edu.br/course/view.php?id=1048
https://moodle2.unifan.edu.br/course/view.php?id=1048#section-13
https://moodle2.unifan.edu.br/mod/quiz/view.php?id=49864
Questão 1
Correto
Vale 0,20 ponto(s).
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Qualidades da boa linguagem na redação forense
A boa linguagem é um dever pessoal do operador do Direito que se mantém preocupado em expressar as ideias com precisão, sem sacrificar
o estilo solene que deve nortear a linguagem forense. É claro que, para levar a cabo tal mister, não se pode utilizar a fala pedante, com
dizeres mirabolantes, na qual sobeja a terminologia enrolativa, que vem de encontro à precisão necessária à assimilação do argumento
aduzido. A linguagem hermética e "centrípeta" só agrada ao remetente, não ao destinatário. Com efeito, o preciosismo é vício de linguagem
marcado pela afetação. Deve-se evitar sacrificar a ideia, fugindo do natural, a fim de causar "impressão", sem lograr transmitir o pensamento
com clareza. [...] Ademais, é comum encontrar operadores do Direito que opinam sobre regência de verbos, concordância de nomes, uso de
crase e ortografia, sem que se deem ao trabalho de se dedicar à intrincada tarefa de assimilar as bases da gramática do idioma doméstico.
Encaixam-se, portanto, no perfil de ousados corretores que, no afã de corrigirem, extravasam, na verdade, um descaso com o idioma, ao
contrário do que pensam exteriorizar: domínio do português. Não é por acaso que, segundo os árabes, "nascemos com dois olhos, dois
ouvidos, duas narinas e ...uma boca". É para ter mais cuidado no falar... Com notável propriedade, Theotonio Negrão ("Revista de Processo",
49/83, p.5) assevera que "o operador do direito que não consegue ter linguagem correta não consegue expressar adequadamente seu
pensamento”. Em entrevista ao Jornal do Advogado (OAB), em 8 de junho de 2001, Miguel Reale, ao ser inquirido sobre quais eram os pré-
requisitos para o exercício da carreira do advogado, respondeu: "Em primeiro lugar, saber dizer o direito. Nos concursos feitos para a
Magistratura, para o Ministério Público e assim por diante, a maior parte das reprovações são devidas à forma como se escreve. Há uma falha
absoluta na capacidade de expressão. Então, o primeiro conselho que dou é aprender a Língua Portuguesa. Em segundo lugar, pensar o
Direito como uma ciência que envolve a responsabilidade do advogado por aquilo que diz e defende. Em terceiro lugar, vem o preparo
adequado, o conhecimento técnico da matéria”. Como se nota, o desconhecimento do vernáculo torna o advogado um frágil defensor de
interesses alheios, não sendo capaz de convencer sobre o que arrazoa, nem postular adequadamente o que intenciona. Pode até mesmo se
ver privado de prosseguir na lide, caso elabore uma petição inicial ininteligível ou em dissonância com as normas cultas da língua
portuguesa, uma vez que o Código de Processo Civil, no artigo 156, obriga o uso do vernáculo em todos os atos e termos do processo.
Assim, aquele que peticiona deve utilizar uma linguagem castiça, procurando construir um texto balizado em parâmetros que sustentem a
boa linguagem. A comunicação humana precisa ser eficiente, devendo o usuário da linguagem estar atento para as virtudes de estilo ou
qualidades do léxico de rigor. [...] Na oração "Assim, requer o Autor à Vossa Excelência...", há  vício gramatical quanto à crase, uma vez que se
deve grafar "Assim, requer o Autor a Vossa Excelência...", sem o sinal grave indicador da contração, uma vez que não há crase antes de
pronome de tratamento. Nesse diapasão, observe a frase: "Arquive-se os autos". O equívoco é palmar, na medida em que o sujeito da oração
é  "autos", devendo o verbo concordar com o sujeito. Portanto, procedendo à correção: "Arquivem-se os autos". [...] A concisão é qualidade
inerente à objetividade e justeza de sentido no redigir. Como se sabe, falar muito, com prolixidade, é fácil; o difícil e invulgar é falar tudo,
com concisão. A sobriedade no expor, traduzindo o sentido retilíneo do pensamento, sem digressões desnecessárias e manifestações
supérfluas, representa o ideal na exposição do pensar. Não há como tolerar arrazoados e petições gigantes e repetitivas, vindo de encontro
aos interesses perquiridos pelo próprio subscritor do petitório, embora, às vezes, não perceba o resultado. [...] Nas peças forenses, é comum
encontrarmos expressões supérfluas, cuja simples supressão importaria em aperfeiçoamento da frase. Observe o exemplo abaixo: "O acusado
foi citado por edital, por não ter sido encontrado pessoalmente". Procedendo ao devido enxugamento frasal, ter-se-ia: "O acusado foi citado
por edital, por não ter sido encontrado". Na mesma esteira, deve-se evitar o uso excessivo de advérbios de modo. Evite, portanto,
"precariamente", "tocantemente", "tangentemente", "editaliciamente". Observe os exemplos: "Eles foram editaliciamente citados" (Corrigindo:
Eles foram citados por edital.); ou "Tangentemente a esse caso, ..." (Corrigindo: No que tange a esse caso...). Posto isso, faz-se mister a
preservação da boa linguagem, evitando-se distanciar dos postulados acima expendidos, a fim de que possa o causídico alcançar o que se
busca: o êxito na arte do convencimento.
SABBAG, Eduardo de Moraes. Qualidades da boa linguagem na redação forense. Disponível em: http://www.cartaforense.com.br. Acesso: 8 maio
2012. [Adaptado].
No texto, defende-se a ideia principal de que o 
Escolha uma opção:
a. padrão da redação forense em estilo pomposo e eloquente impressiona o interlocutor.
b. o simples conhecimento da lei e de sua forma permite ao usuário utilizá-la irrestritamente.
c. domínio da gramática pelos profissionais do direito é obrigação prevista em lei. 
d. conhecimento técnico da ciência jurídica tem primazia sobre o conhecimento da língua.
e. uso da linguagem jurídica de forma clara e precisa contribui para o sucesso na argumentação. 
Questão 2
Correto
Vale 0,10 ponto(s).
Questão 3
Correto
Vale 0,10 ponto(s).
Questão 4
Correto
Vale 0,10 ponto(s).
A linguagem utilizada no meio jurídico, apesar de ser uma variação da língua culta padrão, é considerada uma língua técnica. O que permite
que a chamemos dessa última forma?
Escolha uma opção:
a. Por caracterizar uma língua grupal, o caso a praticada por advogados e juristas. 
b. Por ser uma língua morta.
c. É o fato de ela ser usada apenas por técnicos jurídicos.
d. As respostas "a" e "b" estão corretas.
e. Por ter termos em latim, o que não é mais comum em nenhuma língua falada, apenas no meio jurídico.
A forma culta da língua é maculada de sua característica normativa, aquela que se considera socialmente melhor, que se deve ensinar nas
escolas e aos estrangeiros. Coloquial, como o nome faz ver, é a empregada na conversação despreocupada, nas relações diárias. Situacional é
neologismo que parece aplicar-se à linguagem de cada situação, como a gíria médica, a académica e outras, ou ainda com amigos íntimos,
colegas, etc. diante do exposto, pode-se acreditar que a língua é meramente situacional? 
Escolha uma opção:
a. Sim. Ela depende de um conjunto de fatores e não deve ser tratada de forma estanque. 
b. Depende de quem fala. Se a pessoa tem conhecimentos cultos deve sempre usar a linguagem culta.
c. Não. A linguagem pode ser formal ou informal.
d. Sim. É a linguagem que situa o falante em determinado lugar.
e. Não. No direito a linguagem deve sempre ser formal. Não é adequado ao advogado ou jurista utilizar a linguagem coloquial.
Língua e Linguagem: 
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra e veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidadesde crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra
gente conversar com calma.
(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado)).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi
alterada de repente devido:
Escolha uma opção:
a. à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
b. ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
c. à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. 
d. à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
e. ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
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