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Direito Processual Penal II

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Anna Catharina Garcia @catharinaorganiza
Roberto Gomes 2021.1
BIBLIOGRAFIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
LIVROS:
1. Nestor Távora
2. Renato Brasileiro 
PROVAS:
· 30/3 - Caso prático ;
· 01/06 - Morte súbita 
REVISÃO PROCESSO PENAL I KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
INQUÉRITO POLICIAL 
O processo penal vai estruturar a persecução, quer seja a pública ou a privada excepcionalmente, mas perceba que ele regula e limita essa persecução que é um instrumento de força mas que precisa ser limitada para evitar o arbítrio e o abuso. Isso é diversa da defesa que é e deve ser ampla, em contraposto a força da investigação, não há igualdade nessa comparação e sim equivalência. 
O inquérito policial é o mais disciplinado no CPP, é o instrumento inclusive supletivo para outros instrumentos investigativos como os termos circunstanciados. Presidido pelo delegado de polícia seja federal ou cível. 
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
OBS: IP pode se instaurar através da lavratura do APF, mas uma vez instaurado vai ter maneiras elucidativas (art 6º do CPP - rol exemplificativo + art 158 e 159 sobre perícia obrigatória + art 7º reprodução simulada dos fatos. Mas perceba que têm ainda infra legislações que trazem maneiras de investigar como no ECA, mas perceba que apesar de algumas obrigações na investigação, o delegado pode investigar de qualquer maneira que a lei não proíba).
PREAMBULAR ACUSATÓRIO: Início da acusação. 
TEORIA GERAL DO PROCEDIMENTOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
CONCEITO 
O rito é importante no processo é essencial para implementação de garantias. Não é nulo o rito que não viola a segurança jurídica, a preocupação é que se tenha certeza que ao legislador determinar a forma que o processo irá acontecer não acontecerá perseguição excessiva, que o acusador não têm instrumentos diferentes para pessoas diferentes. Assim como todos os acusados têm que ter os mesmos instrumentos de defesa que qualquer outra pessoa. 
Há no Brasil um histórico de comportamento abusivo dos órgãos de investigação, há então com a constituição de 88 uma busca de um processo penal baseado na legalidade. 
ESPÉCIES 
COMUM - Artigo 394. 
1. Ordinário: Previsto no CPP, pena igual ou maior que 4 anos 
2. Sumário: Previsto no CPP, pena menor que 4 anos. 
3. Sumaríssimo: Infrações de menor potencial ofensivo - previsto na lei de juizados. NÃO SE APLICA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, independente dá pena e nem para os crimes militares - rito especial -. É preciso se atentar aos tipos que excluem do conceito de infração de menor potencial ofensivo). 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. 
Lembrando que isso vai se aplicar caso não haja procedimento especial previsto para o caso concreto.
Na lei 9099, há fatos que são infração de menor potencial ofensivo e ainda sim precisam ser julgados na vara comum. Se uma pessoa está como suposto autor de uma conduta 
OBS: Citações por edital são julgadas na vara comum e se aplica o rito sumário, mesmo que o tipo seja de menor potencial ofensivo. 
Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo.
OBS2: Sobre o §4º 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. 
A mesma lei que incluiu esse parágrafo, é a mesma que revoga o 398, o que não faz sentido nenhum. Enfim, se aplica a todos os processos de primeira instância, não importa qual o rito, essa parte é igual para todos, porém, no sumaríssimo ele vai ser incompatível com estes artigos, mas, quando se for estudar isso iremos aprofundar mais. O legislador queria que o começo do processo fosse igual para todos. 
OBS 3: Sobre o §5º
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. 
O procedimento ordinário é a regra, por isso ele é usado de forma subsidiária, se não há rito que se aplica, quem se aplica é ele pois é o trivial servindo de bengala de solução para os demais. 
Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. 
Têm vários assim no código dizendo que processos são prioritários… mas no final todo mundo vira prioritário e na prática ninguém é, não há critério de quem é a maior prioridade.
OBS 4: O rito sumaríssimo se aplica no juizado, mas na comarca que não têm juizado se aplicará o rito sumaríssimo naquela comarca, mesmo que não seja um juizado, é a solução já que não têm. 
ESPECIAL: Previstos no CPP ou em leis extravagantes.
1. Procedimento do júri: procedimento dos crimes dolosos contra a vida, previsto no CPP. 
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.
2. Lei de drogas: Para alguns casos ela manda aplicar o rito dos juizados. Para condutas como tráfico, o rito é o especial previsto pela própria lei de drogas (11.343/2006). 
3. Prerrogativa de função: Crimes contra a administração pública, previsto na lei 8.038/90. 
4. Procedimento dos crimes contra a honra. * acabou pouco utilizado pois a maioria se aplica o rito sumaríssimo por conta da pena, mas, caso não se aplique se aplica esse, que está no CPP. 
ANTIGO PROCEDIMENTO
Há em 2008 três leis que modificam os ritos processuais no Brasil, mas é importante que se entenda o rito até 2008 pois há muitos processos que ainda são deste tempo. 
Vestibular/exordial/preambular acusatória sempre são denúncia ou queixa, só sendo diferente se for ato infracional cometido por adolescente que se inicia por representação. 
Pelo, agora revogado, artigo 43 do CPP o juiz podia:
1. Receber 
2. Não receber: Por aspectos meramente processuais 
3. Rejeitar: Por questões de mérito ou que atingissem o mérito (prescrição e decadência)
Na verdade, ele só falava em receber ou rejeitar, mas a doutrina distingue as três hipóteses, diferenciando não recebimento de rejeição. 
O recurso cabível para não recebimento é o recurso estrito, já quando o motivo era mérito cabia apelação. 
O não recebimento geravacoisa julgada meramente formal, assim poderia recorrer para alterar a decisão ou então aceitar a decisão, corrigir o erro se possível fosse e apresentar novamente a peça. A rejeição gerava coisa julgada material, logo não era possível apresentar novamente a peça.
Outrossim, o ato de receber a peça determinava a citação do réu, fosse ela por edital ou por mandado pessoal. O réu era citado para interrogatório e então era aberto o prazo de três dias para a defesa prévia escrita, se ele foi para audiência sem advogado, era nomeado um advogado e aí começava a correr o prazo. 
RITO ORDINÁRIO/SUMÁRIO 
 
Estes ritos são muito próximos, ele vai especificar as diferenças. Eles se iniciam a partir da denúncia ou queixa crime, ela será ofertada no juízo competente, se há mais de um juízo competente há distribuição aleatória, a não ser que já tenha juízo prevento.
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
Hoje o juiz quando recebe a peça, ainda sem ouvir o acusado, só avaliando a peça do acusador, ele vai ver as condições processuais, sem avaliar mérito primeiro. Aquilo que no art 43 chamava de não recebimento, o legislador em 2008 passou a chamar de CAUSA DE REJEIÇÃO, hoje, às questões que envolvem rejeição são de processo que gera coisa julgada meramente formal. O recurso cabível da decisão que rejeita a denúncia ou queixa é também o recurso em sentido estrito.
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
A decisão de rejeição têm que justificar porque está rejeitando, claro, sabendo que uma vez sanado o vício se apresente novamente a peça. 
Caso o juiz receba a denúncia, a jurisprudência MAJORITARIAMENTE entende que o ato de receber não precisa de fundamentação, já que ela seria tácita. Bob e Aury Lopes Jr, discordam disso, ele entende que não pode realmente fazer uma análise prévia e pré julgar, mas o que não se pode é o juiz nem olhar a acusação porque ele nem leu a peça. 
Não é cabível recurso do ato de recebimento da peça, mas o acusado pode impetrar Habeas Corpus para trancar a ação penal, que pode ter fundamentos de mérito ou meramente processuais. 
TESTEMUNHAS
TESTEMUNHAS ARROLADAS QUE NÃO CONTAM:
1. A VÍTIMA: Vítima não é testemunha, é parte. Por isso, se ela mente em juízo ela não responde por falso testemunho, até porque ela é ouvida em termo de declaração. 
2. Às ouvidas em termos de declaração, que normalmente são pessoas que surgem no processo porque foram citadas por outras testemunhas, novas pessoas não podem ser arroladas além do limite no curso do processo.
OBS: O juiz pode aceitar arrolar além do limite do rito, às vezes a parte nem precisa acordar, o juiz pode ouvir a pessoa como testemunha do juízo, normalmente a requisição da parte. 
PESSOAS QUE TÊM ESCUSA DA VERDADE:
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
São pessoas que normalmente querem proteger a parte, não vai responder por falso testemunho, o legislador entendeu que essa pessoa foi obrigada a falar então ela pode fazer uma reserva da verdade, uma proteção natural. 
ACEITAR OU REJEITAR A DENÚNCIA/QUEIXA
No rito comum e sumário cabe recurso à decisão que rejeita a denúncia/queixa, contra a decisão que aceita não cabe recurso. 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
Porém, se a decisão determinar prisão, pode se impetrar habeas corpus (HC NÃO É RECURSO!!).Em todas as outras hipóteses que não cabe prisão, será mandado de segurança, ou então se o réu for PJ. 
A rejeição hoje não é a de 2008.
CITAÇÃO, NOTIFICAÇÃO E INTIMAÇÃO. 
ESTES CONCEITOS TODOS SE MISTURAM NO LEGISLADOR!!!! Mas teoricamente são diferentes. 
· CITAÇÃO: Dar conhecimento da existência do processo e pedir que ela venha a juízo exercer seu direito.
· NOTIFICAÇÃO: É o conhecimento para a prática de ato futuro, o processo já existe e lhe notificar para que você compareça.
· INTIMAÇÃO: Conhecimento de ato passado, como por exemplo uma sentença.
EXEMPLO QUE O LEGISLADOR COLOCA O NOME ERRADO:
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado.
 CITAÇÃO: 
O nome agora é defesa escrita, antes de 88 era defesa prévia, mas agora é escrita ou resposta à acusação. A partir de 2008, às modalidades de citação são:
1. Citação por mandado pessoal // regra, é a mais necessária, só se aceita outra se essa não for possível. 
2. Por edital // menos eficiente e mais prejudicial // Art 366, uma vez citado por edital e não comparecendo nem constituindo advogado, fruto do pacto de são josé da costa rica, suspende o processo e a prescrição para ver se o indivíduo consegue ser localizado, pelo tempo que o legislador indica par ao tempo prescricional que o legislador previu. Exemplo: se o crime prescreve em 4 anos, suspende o processo por até 4 anos.
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
OBS: Não é que não se pode fazer nada mais no processo, mas somente atos urgentes podem ser tomados. Exemplo: se precisa se ouvir uma testemunha que tem uma doença terminal, se pode ouvir, mas o juiz têm que fundamentar a decisão, e têm que constituir um defensor. Outra coisa que se pode fazer é decretar a prisão preventiva, mas só se houver nos autos a demonstração das hipóteses de prisão preventiva, como por exemplo, se o indivíduo fugiu. 
3. Por hora certa // Cabível nos mesmos ritos do processo civil. Mas aqui, se o acusado não compareceu, citado por mandato ou por hora certa, e nem constituiu advogado, reabre-se o prazo de defesa (10 dias) e o juiz constitui um defensor dativa. 
No processo penal não há efeitos da revelia que nem no processo civil, é simplesmente o processo prosseguir sem efetiva presença do réu, aqui, não se imputa os fatos como verdadeiros apenas porque houve revelia, pois isso iria contra o princípio da presunção de inocência. 
· DEFESA ESCRITA: Não é o acusado, é privativa de advogado ou de defensor público. 
OBS: A defesa pode ser intimada pelo advogado. 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quandonecessário, o rol das testemunhas.
#DIFERENÇA 1 RITO SUMÁRIO E ORDINÁRIO: QUANTIDADE DE TESTEMUNHAS
OBS: NO RITO ORDINÁRIO PODE SE ARROLAR 8 TESTEMUNHAS, NO SUMÁRIO 5! 
OBS: É possível a condução coercitiva de testemunha, não pode é a condução coercitiva do réu (STF). 
DEFESA ESCRITA
Agora os advogados têm que ponderar a tese que vai apresentar na defesa escrita, não têm sentido se o advogado não acha que vai ter absolvição sumária, expor a tese. PORÉM É AQUI A HORA A DEFESA ARROLAR TESTEMUNHAS!!
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
Porém há diversos precedentes permitindo que o advogado arrole testemunhas depois do prazo, em nome da ampla defesa, porém, isso não quer dizer que ele vai poder na mesa de audiência arrolar novas testemunhas. 
Diferente da prova testemunhal, a prova escrita pode ser apresentada antes ou depois. 
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
Equivale a um julgamento antecipado da lide em favor do réu. Apesar de não haver condenação sumária, pode haver a absolvição sumária, onde cabe apelação. NÃO EXISTE DECLARAÇÃO DE CULPA ANTECIPADA!!! APENAS DE ABSOLVIÇÃO!! O ANPP não é uma declaração de culpa antecipada. 
A absolvição sumária é depois que a defesa fala, sob situações de mérito ou que atingem o mérito. 
Depois da defesa, o juiz decide se absolve sumariamente ou não, MAS HÁ POSSIBILIDADE DA ACUSAÇÃO SE MANIFESTAR ANTES DISSO? 
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias.
No rito do juri, se a defesa alegar preliminares/juntar documento, abre esse prazo dá acusação para se manifestar sobre estes documentos. MAS NO RITO SUMÁRIO/ORDINÁRIO NÃO HÁ PREVISÃO! HÁ DOUTRINA SE DIVIDE:
1. Maioria entende que em atenção ao princípio do contraditório e contra decisão surpresa, a outra parte terá prazo para se manifestar se a defesa apresentar novo documento/preliminares (aplicação análoga do art 409 do CPP).
2. Minoria entende, que a defesa vai falar por último, e pronto, o juiz decide. Se houver erro da decisão, a acusação que recorra depois. 
A absolvição sumária acontecerá: 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
IV - extinta a punibilidade do agente
AQUI NÃO COMPORTA O PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO!!! NÃO TÊM COMO TER DÚVIDA SE AINDA SE ESTÁ ANTES DA FASE DE PRODUÇÃO DE PROVAS NO PROCESSO!!! SÓ VAI SE ABSOLVER SE ÀS PROVAS FOREM EVIDENTES E MANIFESTAS!! 
EXCLUSÃO DE INIMPUTABILIDADE NÃO LEVA A ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: Pois, quando uma pessoa de maior é inimputável, o juiz vai ter que analisar no caso concreto se vai caber medida de segurança contra ele, por isso não pode absolver sumariamente (de maneira antecipada).
O PROBLEMA DO INCISO IV: 
A doutrina brasileira em sua maioria entende que esse inciso IV está errado, a extinção de punibilidade do agente pode ser reconhecida a QUALQUER TEMPO do processo e absolver o réu. É impróprio dizer que isso é um caso de antecipação sumária, e sim de uma absolvição que pode ocorrer em qualquer momento. O problema é que o legislador colocou de absolvição sumária e isso gera um efeito recursal, MAS O ART 581 VAI DIZER QUE VAI GERAR RESP?? Há um confronto, cabe a fungibilidade recursal.
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
E APLICA O QUE?Bob entende que cabe o RESE também, porém, como há a possibilidade de fungibilidade recursal, independente se for RESE ou apelação.
 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. 
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. 
Fala em requisitado pois caso o indivíduo esteja preso, se requisitar ao diretor da unidade prisional que encaminhe ele ao juizado.
O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA AQUI É NO CASO NÃO TER O JUIZ ABSOLVIDO O RÉU!! PORQUÊ SE ELE MARCOU A AUDIÊNCIA ELE JÁ RECEBEU A DENÚNCIA DO MP!!!
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 
#DIFERENÇA 2 RITO SUMÁRIO E ORDINÁRIO: PRAZO AUDIENCIA
· NO RITO SUMÁRIO: Entre a data de não absolvição e a audiência devem decorrer 30 dias. 
· NO RITO ORDINÁRIO: Entre a data de não absolvição e a audiência devem decorrer 60 dias. 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 
Começa ouvindo a vítima, se possível. A vítima não é obrigada a ficar no local, em tese é possível conduzir a vítima mas é MUITO difícil um juiz fazer isso, ele não quer constranger a vítima do delito. Mas perceba que não necessariamente a vítima nem viu o delito, como é o caso do furto, a pessoa nem viu. Antigamente, o juiz quem perguntava primeiro e no sistema de repergunta - o adv perg pro juiz que perg para testemunha -, mas atualmente isso acabou, primeiro quem pergunta são às partes e só depois o juiz pode perguntar, e agora os adv podem perguntar diretamente a testemunha. 
Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes.
§ 1o A expedição da precatória não suspenderá a instrução criminal.
§ 2o Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez devolvida, será junta aos autos.
§ 3o Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de testemunha poderá ser realizada por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento.
Primeiro às testemunhas de acusação e depois as de defesa, a não ser que seja em caso de carta precatória que não retornou ainda. Exemplo: há 3 testemunhas de acusação e duas defesa, às duas de defesa e duas de acusação são da comarca, mas uma é de fora, então, se marca a audiência, houve às 4 que moras na comarca, e depois só que volta a cara precatória, aí ok, já vai ter se ouvido às de defesa e depois se houve essa última de acusação que veio por precatoria.
 HIPÓTESES DE INTERROGATORIO POR VIDEOCONFERENCIA:
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. 
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu presopor sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: 
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; 
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; 	 
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; 	
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. 
§ 3o Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência. 
§ 4o Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Código. 
voltando...
Art. 400 § 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.
ESCLARECIMENTO DO PERITO: Só poderá acontecer se ele for intimado com pelo menos 10 dias de antecedência da audiência. 
ACAREAÇÕES E RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS: São os penúltimos atos ali do processo… 
ENCERRA A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO COM A OITIVA DO RÉU. 
DEBATES ORAIS - RITO ORDINÁRIO 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. 
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
No rito ordinário, há 3 razões que possam gerar a substituições de debates orais por memoriais escritos, em 5 dias:
1. Alegação de complexidade pelas partes 
2. Excessivo número de acusados. 
3. Necessidade de mais diligências.
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. 
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. 
O juiz terá 10 dias para julgar caso tenha memoriais escritos, se não, ele profere a sentença no fim da audiência (não têm sanção caso o juiz não sentencie no fim dá audiência, na vida real é muito comum que ele encerre a audiência e depois ele faz a sentença). 
DIFERENÇA #3 RITO ORDINÁRIO E SUMÁRIO: AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate. 
Art. 534. As alegações finais serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. 
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.
Até aí tudo igual… 
O que muda é que o legislador diz que nenhum ato poderá ser adiado.
Art. 535. Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer.
O legislador não prevê possibilidade de memoriais escritos. Porém, muitos juízes utilizam o 394 §2º e 5º para fazer o memorial, de que o procedimento ordinário pode ser aplicado de forma subsidiária, que permite isso. 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. 
RITO SUMARÍSSIMO - Lei 9099/95
A CF 88 PREVIU ISSO…
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
É uma inspiração das pequenas causas do processo civil. Há os JECrims estaduais e federais, e para eles se encaminham as infrações de menor potencial ofensivo estabelecido na lei 9099 que são basicamente às contravenções e os delitos com penas cominados inferiores a 2 anos, desde que não haja restrições legais. 
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
 	I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
 	II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
 	III - a ação de despejo para uso próprio;
 	IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
OBS: TODA CONTRAVENÇÃO PENAL É DE COMPETÊNCIA ESTADUAL!!!! 
PROCEDIMENTO RITO SUMARÍSSIMO:
1. Identificar se é crime de menor potencial ofensivo. 
2. O procedimento é mais simplificado, chamado de Termo Circunstanciado.
QUEM PODE LAVRAR TC? Há quem diga que só poderia ser a polícia judiciária, mas a maioria entende que qualquer polícia poderia… O STF entendeu que pode ser lavrado pela PC, PM, PRF e até mesmo na secretaria dos juizados (bob discorda disso, até porquê mesmo com o controle judiciário depois, um PM lavrar um TC é algo muito complicado pela atecnia dessa policia)
INSTITUTOS DESPENALIZANTES:
1. Composição civil e transação penal precedem o oferecimento da peça acusatória. 
2. A suspensão condicional do processo precisa que a peça acusatória seja oferecida. 
SE O FATO FOR DE AÇÃO PENAL PRIVADA E NÃO TIVER ACORDO: Deve na audiência oferecer queixa crime oral, mas, o judiciário tem entendido que às vezes o particular poderia oferecer acordo de transação penal. 
TRANSAÇÃO PENAL:
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
 	§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
 	I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade,por sentença definitiva;
 	II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
 	III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
 	§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
 	§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
 	§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
 	§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
OBS DESCUMPRIMENTO DA TRANSAÇÃO: Súmula vinculante 35 do STF
· A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.
OBS: Se não há acordo, se não lograr evito abre a possibilidade para a peça acusatória ser oferecida oralmente nos termos do artigo 41. 
QUANTAS TESTEMUNHAS PODEM SER ARROLADAS? Parte da doutrina entende que se aplica o número do sumário (5), e outra entende que poderia ser 3 ou 5 porque antes de 2008 era assim 93 para contravenção e 5 para crime), mas o entendimento majoritário é que o máximo são TRÊS. 
O indivíduo já sai dessa audiência cientificado e citado, na verdade todo mundo já sai notificado, MP, réu… dá próxima audiência. MAS SE O RÉU NÃO COMPARECEU ELE NÃO É CONSIDERADO CITADO!!! E perceba que não cabe citação por edital, se não se consegue citar o processo será transferido para a JC e lá poderá ser citado por edital, de qualquer maneira ele têm até 5 dias antes da audiência para arrolar as testemunhas na secretaria do juizado e pedir a citação, mas ele também pode simplesmente aparecer no dia da audiência com às testemunhas. 
 Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.
 Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.
OBS: Se o réu não vai na primeira audiência e o MP denúncia, na AIJ o MP pode oferecer novamente a transação, mas não é uma renovação, é que não foi ofertado na primeira audiência porquê o réu não estava lá. 
Tanto para rejeição e sentença o recurso cabível é a apelação. 
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis.
 	§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
 	§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei.
 	§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei.
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados.
 	§ 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização.
 	§ 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem à audiência de instrução e julgamento.
 	§ 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei.
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver havido possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.
 Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva comparecer.
 Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença.
 § 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias.
 § 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença.
 § 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz.
Se dispensa o relatório porquê já que é para tudo acontecer na mesma audiência, ele não precisa do relatório já que é óbvio que ele instruiu ali aquele processo, ele não precisa fazer o relatório. 
 Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
 § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.
 § 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias.
 § 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 65 desta Lei.
 § 4º As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela imprensa.
 § 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
 Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão. 
 § 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.
 § 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. 	 
 § 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
OBS: O prazo para apelar no rito sumaríssimo são de 10 dias para apelar e apresentar as razões,e mais 10 dias para as contrarrazões. Nos demais que se aplica o CPC o prazo para apelar são 5 dias, e depois às razões apresentadas 8 dias depois. 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO AAAAAAAAAAAAAAAA
É um instituto aplicado a processos em que a pena mínima em abstrato seja igual ou inferior a 1 ano (crimes de média potencialidade ofensiva)e os crimes de menor potencial ofensivo. 
O MP deve primeiro oferecer a denúncia para que depois possa vim a aplicar a Suspensão. A suspensão será de no mínimo 2 anos e máximo de 4 anos. Irá variar de acordo com o crime cometido no caso concreto. 
A Suspensão Condicional do Processo é um negócio jurídico em que, muitas vezes o estado impõe as regras para o sujeito, tendo ele que aceitar ou não o pacote de regras e condições. Mas, justamente por ser um negócio jurídico, é cabível sim que o sujeito faça “contrapropostas” ao MP, visando suas particularidades e especificações para que possibilite o cumprimento das condições impostas. 
O acusado para receber a proposta não poderá estar sendo processado ou já ter sido acusado por outro crime. 
Condições possíveis a serem propostas: 
1. Reparação do dano, salvo a impossibilidade de fazê-lo;
2. Proibição de frequentar determinados lugares; 
3. Proibição de se ausentar da comarca onde reside sem autorização do juiz; 
4. Comparecimento pessoal e obrigatório em juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades;
5. Não instauração de outro processo em virtude da prática de crime ou de contravenção – não é uma condição expressa por Lei, mas sim uma causa de revogação do benefício prevista nos §3º e 4° do Art. 89. Ou seja, se o sujeito vier a cometer outro fato típico durante o período de suspensão, a suspensão será revogada e o processo voltará a correr.
6. Outras condições adequadas ao fato e a situação pessoal do acusado.
No rito Sumaríssimo a proposta será feita na audiência preliminar ainda, antecedendo a fase instrutória.
No rito ordinário/sumário a proposta de suspensão condicional será feita somente na audiência de instrução e julgamento. Para que não faça com que as testemunhas, a vítima, etc, compareça a audiência e a audiência não ocorra pela aceitação do sujeito da suspensão.
Existem algumas possibilidades:
		I – O juiz já faz a proposta na própria citação e o sujeito aceita ou não na defesa escrita. Não é muito correto porque a aceitação ou não deverá ser feita em audiência para que o juiz possa entender os motivos, readequar as condições e tal. 
		II – Na própria audiência, o primeiro ato deve ser logo no inicio da audiência. 
		III – Se o juiz não absolver sumariamente, o juiz deverá marcar uma audiência anterior a instrutória, em que se façam presentes apenas o MP, o réu e o Advogado do réu, para que seja feita a proposta, e, só após essa audiência será marcada a audiência de instrução e julgamento, se o réu não aceitar a proposta.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS: 
Lei de Drogas - 11.343:
Traz a possibilidade usar o rito sumaríssimo ou o rito especial previsto na lei. 
· CONSUMO PRÓPRIO: Rito do JECRIM
· TRÁFICO: Rito previsto na lei 
TRÁFICO PRIVILEGIADO CABE ANPP!!!
PROCESSO:
· DENÚNCIA EM 10 DIAS. 
· 5 TESTEMUNHAS ARROLADAS POR DEFESA + 5 POR ACUSAÇÃO
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes providências:
I - requerer o arquivamento;
II - requisitar as diligências que entender necessárias;
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.
§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.
§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.
§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias.
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.
Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.
O STF já decidiu que em todos os ritos processuais, inclusive nesse aqui, deverá o interrogatório ser o último ato dá intrução.
Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.
O juiz pode sentenciar por escrito em até 10 dias, ou oralmente. NÃO HÁ PREVISÃO DE SUBSTITUIÇÃO DOS DEBATES ORAIS!!! mas na vida real acontece, aplicando o art 394 do CPP.]
RITO DO JÚRI
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Art 5º XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
No juri, há o contraditório e o turbinamento da ampla defesa, que é plena. Esse procedimento é diante de um plenário popular e sem expressão de fundamentos e motivos, é por íntima convicção, por isso, a ampla defesa vai para além do jurídico para demonstrar as razões da sua defesa.
PROCEDIMENTO BIFÁSICO: 
Dividido em duas fases:
1. Fase sumariante: acontece perante o juízo monocrático, que se encerra com a sentença de pronúncia do magistério. 
2. Sessão plenária: (I) prepara o plenário e (II) o plenário em si.
OBS: HÁ UMA DISCUSSÃO SE SERIA TRIFÁSICO!!! Entre a sumariante a plenário o preparo do plenário seria uma outra fase, mas isso é minoritário.
FASE SUMARIANTE
Inicia-se com a denúncia, peça acusatória inicial, mas pode haver queixa caso seja caso de ação penal privada subsidiária da pública. Lembrando que a peça acusatória não pede a sentença e sim a pronúncia do magistério. 
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
§ 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital. 
§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa.
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
Depois que a defesa falou, o legislador já previu que a acusação pode se pronunciar sobre:Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias. 
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das testemunhas e a realização das diligências requeridas pelas partes, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
Audiência de decisão do pronunciamento do magistério se vai mandar o indivíduo para o júri ou não: 
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o debate.
§ 1o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento e de deferimento pelo juiz. 
§ 2o As provas serão produzidas em uma só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 
§ 3o Encerrada a instrução probatória, observar-se-á, se for o caso, o disposto no art. 384 deste Código. 
§ 4o As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez). 
 § 5o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo previsto para a acusação e a defesa de cada um deles será individual. 
§ 6o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
§ 7o Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. 
§ 8o A testemunha que comparecer será inquirida, independentemente da suspensão da audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no caput deste artigo. 
§ 9o Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.
Cabe no júri emendatio libelli (383) e a mutatio libelli (384)
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 
§ 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. 
§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos. 
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
§ 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. 
§ 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. 
§ 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. 
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. 
§ 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.
O prazo para esse procedimento é de 90 dias, mas na prática ele não é concluido nesse tempo. 
Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias. 
QUATRO DECISÕES QUE LEVAM AO ENCERRAMENTO:
1. DESCLASSIFICAÇÃO: Reconhecer que aquele fato não é fato de crime doloso contra a vida. 
2. IMPRONÚNCIA: Não há elementos de autoria e materialidade que levem a julgamento, equivale ao arquivamento, mas não é igual porque teve o processo. Se não for extinta a punibilidade o MP pode apresentar nova peça depois. 
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.
3. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: Aqui só existe nesse momento, só nele é possível, e inclusive gera coisa julgada se o MP não recorrer a tempo. Às hipóteses estão no art 415:
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
4. SENTENÇA DE PRONÚNCIA: Ato pelo qual o juiz reconhece que há elementos suficientes de autoria e materialidade para justificar que o indivíduo vá a júri. O entendimento é que essa sentença seja enxuta, pois esse pronunciamento não pode se tornar como corroborador da acusação. 
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. 
§ 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 
§ 2o Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória. 
§ 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. 
Após isso, eu não posso ter a acusação A MAIS que sentenca de pronuncia.
OBS: RECURSOS 
· DECISÕES QUE EXTINGUEM O PROCESSO CABE APELAÇÃO 
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.
· DECISÃO QUE PROLONGA PROCESS/ENCAMINHA CABE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
OBS2: DESPRONÚNCIA E DESIMPRONUNCIA 
· DESPRONÚNCIA: Alguém foi pronunciado e você recorrerá da pronúncia, e o tribunal reforma a decisão, gerando uma despronúncia. 
· DESIMPRONUNCIA: Alguém foi impronunciado, e você recorre da impronúncia e o tribunal reforma a decisão, gerando uma desimpronuncia. 
OBS3: Essa fase pode ocorrer fora do tribunal do juri, se a lei judiciária define outra vara para que essa fase ocorra. Mas a fase plenária só pode ocorrer na vara do juri. 
FASE PLENÁRIA
· JURADOS: Pessoas comuns, sorteadas, têm uma lista que é criada e até publicada no diário oficial, e qualquer pessoa do povo pode impugnar um dos jurados. 
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor população. 
§ 1o Nas comarcas onde for necessário, poderá ser aumentado o número de jurados e, ainda, organizada lista de suplentes, depositadas as cédulas em urna especial, com as cautelas mencionadas na parte final do § 3o do art. 426 deste Código. 
§ 2o O juiz presidente requisitará às autoridades locais, associações de classe e de bairro, entidades associativas e culturais, instituições de ensino em geral, universidades, sindicatos, repartições públicas e outros núcleos comunitários a indicação de pessoas que reúnam as condições para exercer a função de jurado. 
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões, será publicada pelaimprensa até o dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do Tribunal do Júri. 
§ 1o A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, data de sua publicação definitiva. 
§ 2o Juntamente com a lista, serão transcritos os arts. 436 a 446 deste Código. 
§ 3o Os nomes e endereços dos alistados, em cartões iguais, após serem verificados na presença do Ministério Público, de advogado indicado pela Seção local da Ordem dos Advogados do Brasil e de defensor indicado pelas Defensorias Públicas competentes, permanecerão guardados em urna fechada a chave, sob a responsabilidade do juiz presidente. 
§ 4o O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que antecederem à publicação da lista geral fica dela excluído. 
§ 5o Anualmente, a lista geral de jurados será, obrigatoriamente, completada. 
A pessoa que foi sorteada para ser jurado, só pode ser 1x por ano!! e não poderá ser no próximo. 
Quando chega o processo pro juiz, ele intima às partes para apresentar até 5 testemunhas e os documentos (ATÉ 3 DIAS ANTES - Para preservar a ampla defesa, se o juiz receber depois disos ele têm que remarcar o juri). 
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência. 
O relatório é entregue aos jurados para que eles conheçam o processo.
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente: 
I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa; 
II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri.
DESAFORAMENTO: Art 427 
Nasce como uma forma de alteração de competência em razão de lugar, pois no lugar original há indicações objetivas de parcialidade. Esse pedido pode ser feito de ofício ou a requisição pelas partes. NÃO EXISTE DESAFORAMENTO NA PRIMEIRA FASE!! E esse instituto não se confunde com suspeição de juiz e promotor. E o tribunal competente para julgar esse processo irá julgar tb o desaforamento
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. 
§ 1o O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma competente.
§ 2o Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri. 
§ 3o Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada. 
§ 4o Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado.
· ORDEM DA PAUTA DO JÚRI 
1. Réu preso a mais tempo
2. Réu preso 
3. Pela ordem dá pronuncia se todos 
Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão preferência: 
I – os acusados presos; 
II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão; 
III – em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. 
· ASSISTENTE NO TRIBUNAL DO JURI 
Art. 430. O assistente somente será admitido se tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias antes da data da sessão na qual pretenda atuar. 
· LISTO DO JÚRI 
10 a 15 dias ANTES do julgamento daquele processo específico, têm que formar o corpo dos jurados que iram julgar aquele processo. 25 escolhidos daquela lista anual serão intimados para comparecer, e têm que ter no mínimo 15. 
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, o juiz presidente determinará a intimação do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública para acompanharem, em dia e hora designados, o sorteio dos jurados que atuarão na reunião periódica. 
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o número de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunião periódica ou extraordinária. 
§ 1o O sorteio será realizado entre o 15o (décimo quinto) e o 10o (décimo) dia útil antecedente à instalação da reunião. 
§ 2o A audiência de sorteio não será adiada pelo não comparecimento das partes. 
§ 3o O jurado não sorteado poderá ter o seu nome novamente incluído para as reuniões futuras. 
Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados pelo correio ou por qualquer outro meio hábil para comparecer no dia e hora designados para a reunião, sob as penas da lei. 
Parágrafo único. No mesmo expediente de convocação serão transcritos os arts. 436 a 446 deste Código. 
E dos que compareceram, no mínimo 25, sorteiam-se SETE, sob a presidência do juiz togado. OBS: A defesa e a acusação podem recusar 3 dos jurados de maneira IMOTIVADA, lembrando que eles podem impugnar se algum dos jurados não poderia julgar aquele caso de maneira parcial, mas isso têm que ser provado. 
Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de circunstância agravante. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1o O assistente falará depois do Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2o Tratando-se de ação penal de iniciativa privada, falará em primeiro lugar o querelante e, em seguida, o Ministério Público, salvo se este houver retomado a titularidade da ação, na forma do art. 29 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3o Finda a acusação, terá a palavra a defesa. 
§ 4o A acusação poderá replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a reinquirição de testemunha já ouvida em plenário.
· SESSÃO PLENÁRIA
SUSTENTAÇÕES:
Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. 
§ 1o Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não exceder o determinado neste artigo. 
§ 2o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 1o deste artigo. 
O MP pode, nos termos da pronúncia, fazer uma acusação menos grave do que a pronúncia, não pode ampliar, é o teto. Já a defesa não tem limite. 
O juiz, após falar às partes, ele vai fazer os quesitos de votação baseado nessas situações. Ele quesita a tese da defesa e da acusação. TÊM TRÊS OBRIGATÓRIOS, independente das teses:
1. O fato existiu?
2. Aquele indivíduo é o autor do fato?
3. Há elementos para absolver? 
Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: 
I – a materialidade do fato; 
II – a autoria ou participação; 
III – se o acusado deve ser absolvido; 
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúnciaou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. 
§ 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado. 
§ 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: 
O jurado absolve o acusado?
§ 3o Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre: 
I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa; 
II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. 
§ 4o Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso. 
§ 5o Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito. 
§ 6o Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas.
Para garantir o sigilo das votações, não se chega mais a possibilidade do resultado 7x0, se se chega a 4x0, é impossível que outra tese ganhe, garantindo que não vai ter como saber por exemplo que todos votaram no mesmo sentido. 
OBS: Uma vez o júri reconhecendo que o crime não é de competência do júri, encerra a competência dos jurados, e a competência passa a ser plena do juiz presidente, salvo se, a infração for enquadrada como de menor potencial ofensivo. Mas se na pronúncia de juiz na primeira fase ele reconheceu que não era caso de juri, esse juiz encaminha para o juiz competente, a não ser que seja vara única. Perceba a diferença, se é o juri que entende que é incompetente, mas o crime não é de menor potencial ofensivo, o competetente é o juiz presidente, mas, se foi o próprio juiz presidente que na primeira fase entendeu que não era caso de juri, ele vai remeter ao juiz competente, exceto se for vara única. 
Quem faz a dosimetria de pena é o juiz. 
SENTENÇA: 
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: 
I – no caso de condenação: 
a) fixará a pena-base; 
b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates; 
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri; 
d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; 
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; 
f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação; 
II – no caso de absolvição:
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; 
b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; 
c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível. 
§ 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. 
§ 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. 
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação. 
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo. 
§ 5º Excepcionalmente, poderá o tribunal atribuir efeito suspensivo à apelação de que trata o § 4º deste artigo, quando verificado cumulativamente que o recurso: 
I - não tem propósito meramente protelatório; e 
II - levanta questão substancial e que pode resultar em absolvição, anulação da sentença, novo julgamento ou redução da pena para patamar inferior a 15 (quinze) anos de reclusão.
§ 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser feito incidentemente na apelação ou por meio de petição em separado dirigida diretamente ao relator, instruída com cópias da sentença condenatória, das razões da apelação e de prova da tempestividade, das contrarrazões e das demais peças necessárias à compreensão da controvérsia. 
Art. 493. A sentença será lida em plenário pelo presidente antes de encerrada a sessão de instrução e julgamento. 
Cabe apelação para recorrer a sentença condenatória ou absolutória. 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 		
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 	
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 	 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; 	 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
OBS: Têm essa diferença porque contra a decisão de pronúncia vai caber RESE. 
Os erros de julgamento do magistrado, cabe reforma, se o erro foi procedimental do júri cabe anulação e aí tem que refazer todo o plenário.
MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL1
MEDIDAS CAUTELARES ASSECURATÓRIAS:
Se destinam a trazer melhor benefício da vítima, para lhe ressarcir seu dano, impedindo que o indivíduo se beneficie do delito. Mas são muito pouco utilizadas. Exemplo: hipoteca legal, arresto… para garantir um patrimônio para o réu ressarcir a vítima.
MEDIDAS CAUTELARES PROBATÓRIAS
Se destinam a realizar a coleta de elementos probatórios, ou então produzir a própria prova. Exemplo: antecipação de provas, normalmente usado quando se tem uma testemunha mas ela tá com uma doença terminal. Exemplo 2: cautelar de busca e apreensão. Exemplo 3: interceptação telefônica. 
MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS
Até 2011, só se tinha às cautelares de prisão, não tinha às diversas de prisão. Mas enfim, a doutrina entende que não há um processo penal CAUTELAR, mas há medidas cautelares que se apresentam no processo.
Atingem o sujeito pessoalmente:
· PESSOAIS PRISIONAIS 
1. Prisão civil. 
A prisão civil que se tem hoje não é uma sanção, é um meio coercitivo para adimplemento de uma obrigação civil não cumprida. Só é possível para o devedor alimentício. Ao longo dos anos se entendeu que o corpo não poderia responder pelos seus débitos. 
2. Prisão penal
A prisão por excelência é a penal, que leva a uma condenação que deve ser definitiva e transitada em julgado, formando um título judicial passível de execução penal sendo então preso por conta da sentença que reforma seu status jurídico de inocente para culpado.
3. Prisão provisória/processual/cautelar. 
O posicionamento dominante é que todos estes nomes são sinônimos, mas parte minoritária entende que prisão provisória é gênero onde processual e cautelar são espécies. 
O ponto é que a cautelar ocorre na fase investigativa, e o problema era que elas acabavam sendo mais gravosas que a sentença em si. Até que em 2011 há uma reforma que tenta acabar com esse sistema bipolar, agora o magistrado vai ter um cardápiode opções além da liberdade - prisão. 
TEORIA GERAL DAS MEDIDAS CAUTELARES
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. 
Até 2011, às cautelares poderiam ser suscitadas de ofício/provocadas, mas em 2011 isso mudou, na fase investigativa o juiz não pode pedir prisão preventiva, mas, na fase de processo ele poderia fazer isso. 
Na fase investigativa não existe parte ainda, por isso só o MP ou o delegado podem requerer. Mas, em juízo, cabe ao MP ou o querelante se for o caso. 
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. 
Possibilidade da substitutividade da medida, por uma mais grave ou menos grave, depende da necessidade.
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
O pedido de revogação não precisa de pedido, ele pode revogar ou substituir. O problema é esse “voltar a decretar”, ISSO NÃO É DECRETAR DE OFÍCIO, se parte pediu, ele decretou, depois entendeu que era para soltar, ele pode voltar atrás e mandar prender novamente.
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.
Aqui o CPP consagra: a regra é liberdade, a cautelar de prisão é exceção. 
A “bipolaridade” acaba porquê não se têm mais liberdade x prisão, há outras medidas que podem agora limitar a liberdade, diversas da prisão.
PRISÃO ILEGAL - RELAXA: Qualquer risao, preventiva, temporária, em flagrante… sendo ilegal é relaxada. 
A regra é deixar em liberdade, salvo a demonstração dá necessidade de cautelar, preferencialmente a diversa de prisão e excepcionando a exceção seria a prisão. 
PRINCÍPIOS 
DECRETAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA:
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. 
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Se busca a forma de fundamentação pelo CPC.
Na decretação dela, ou de qualquer outra cautelar, O JUIZ PRECISA INDICAR A EXISTÊNCIA DE FATOS NOVOS, não necessariamente praticados naquela época mas por exemplo quando a polícia descobre algo isso se torna fato novo. Precisa ser muito bem fundamentada no momento da decretação. 
· SÚMULA 56 DO STF: 
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
PRISÃO 
PRISÃO PENA X CAUTELAR - CF/88:
CAUTELAR:
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
PENA:
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
USO DA FORÇA 
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
No exercício de função prisional, é possível a utilização da força, apesar dessa não ser a regra, mas ela pode ser usada em caso de resistência ou tentativa de fuga.. 
· SÚMULA 11 STF:
“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.”
MANDADO DE PRISÃO
O mandado precisa ter prazo, a expectativa da prescrição tanto da pretensão executória quanto tá punitiva. 
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
Não existe aqui a ideia de regime, a medida cautelar de prisão é sempre em “regime fechado”, ele está acautelado, sem saída, como se regime fechado fosse, mas não é, até porque esse encarceramento é sem saída. O regime precede prisão pena. 
PESSOAIS DIVERSAS DE PRISÃO
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; 
Já utilizado em suspensão condicional da pena e do processo. 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; 
Têm que se levar em consideração o tipo de crime e outros fatores como o emprego da pessoa. 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos

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