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CLIMATÉRIO e MENOPAUSA

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João Marcus Lima Ferreira 
CLIMATÉRIO E MENOPAUSA 
• Evento ovariano secundário à atresia 
fisiológica dos folículos primordiais; 
• Fase de transição entre o período 
reprodutivo e o não reprodutivo da 
mulher – menacme até menopausa; 
• Modificações endócrinas, biológicas e 
clinicas – varia pela etnia, região, 
ambiente e comportamentos; 
• Evento fisiológico e inevitável – 
envelhecimento ovariano e perda 
progressiva da função – forma natural 
no final da quarta e início da quinta 
década de vida – 46-52 anos; 
• Perimenopausa: intervalo do inicio 
dos sintomas até o final de 12 meses 
de amenorreia; 
• PATOGENIA: 
o Pode ser influenciada pelo eixo HH; 
o Natural ou artificial; 
o Declínio paralelo da quantidade e 
qualidade dos folículos contribui 
para diminuição da fertilidade; 
o Enquanto houver folículos 
suficientes a ovulação ainda é 
mantida e o estrogênio continua 
normal – a continua perda folicular 
promove desestimulo ao pico de 
LH encerrando os ciclos 
ovulatórios – sem a ovulação não 
há produção do corpo lúteo e 
consequentemente de 
progesterona – levando a 
amenorreia; 
o Na pós-menopausa a hipófise é 
ativada por picos de GnRH e 
secreta grandes quantidades de 
gonadotrofinas – estado de 
hipogonadismo 
hipergonadotrófico; 
o Hormônio anti-mulleriano (AMH) 
serve como marcador do número 
de folículos ovarianos em 
crescimento – diminui até números 
indetectáveis; 
o Com a diminuição da massa 
folicular, ocorre aumento do 
estroma ovariano – produção de 
testosterona e androstenediona – 
o que mantem os ovários ativos; 
• O diagnostico é clinico, sem 
necessidade de dosagens hormonais 
para confirma-lo – sintomas e 
amenorreia de mais de 12 meses; 
o Período pós-menopausico: FSH 
acima de 40 mUI/ml e estradiol 
(E2) menores que 20 pg/ml; 
• CONSEQUÊNCIAS DO 
HIPOESTROGENISMO: receptores 
estrogênicos, características 
individuais – biodisponibilidade de 
estrogênios; 
o Alterações no ciclo menstrual: 
irregularidade – intensidade do 
fluxo, duração e frequência, ciclos 
anovulatórios mais comuns e 
longos; 
o Sintomas vasomotores: fogachos e 
suores noturnos – súbitas 
sensações de calor intenso que se 
iniciam na face, pescoço, parte 
superior do tronco, braços e se 
generaliza, seguida por sudorese 
profusa – aumento do fluxo 
sanguíneo cutâneo, taquicardia; 
▪ Hipoestrogenismo causaria 
alteração nos 
neurotransmissores cerebrais 
causando instabilidade no 
centro termorregulador – ficam 
mais sensíveis as pequenas 
alterações; 
▪ 2 a 4 min, varias vezes ao 
decorrer do dia – mais comum à 
noite – afetado por IMC elevado, 
tabagismo, psíquicos, estresse; 
▪ Dura em torno de 4,5 anos; 
o Sono: menor duração, despertar 
noturno, menor eficácia, fogachos; 
▪ Aumento da prevalência de 
hipertensão e DM, 
consequências psicológicas – 
depressão e ansiedade; 
o Cognitivas: diminuição da atenção, 
memória, processamento lento das 
informações e demência; 
▪ He tem ação no hipocampo e 
lobo temporal; 
▪ Retorno da capacidade usual no 
pós-menopausa; 
▪ Quando em menopausa artificial 
– efeitos são mais importantes; 
o Pele e fâneros: aumento da 
circunferência e da gordura abd e 
total, por deficiência do estrogênio 
decaem os níveis de colágeno e 
espessura da pele, cabelos mais 
finos e queda, síndrome do olho 
seco; 
o Atrofias: vulvovaginal – alterações 
histológicas e físicas da vulva, 
vagina e trato urinário baixo – 
caráter progressivo; 
▪ Vulva perde tecido e redução de 
pelos – coalescência labial; 
▪ Vagina mais curta e estreita, 
sem rugosidades, perda de 
irrigação – epitélio fino, sem 
lubrificação, redução de ph e 
lactobacilos; 
▪ Uretra hiperemiada e 
proeminente; 
▪ Sintomas genitais – 
ressecamento, ardência e 
irritação; 
▪ Sintomas sexuais – ausência de 
lubrificação, desconforto e dor; 
▪ Sintomas urinários – urgência 
miccional, disuria, infecções 
recorrentes, incontinência; 
o Ósseas e articulares: diminuição da 
densidade óssea, alteração da 
microarquitetura – fragilidade e 
predispondo fraturas; 
▪ Fatores de risco: idade avançada, 
etnia branca, baixo IMC, história 
familiar, baixa DMO, tabagismo, 
sedentários, baixa ingesta de 
Ca²+; 
▪ A falta de estrogênio não 
estimula os receptores presentes 
nas articulações que tem ação 
protetiva; 
o Cardiovasculares e metabólicas: 
aterosclerose de grandes vasos 
por estimulo ao perfil dislipidêmico 
– aumento do colesterol total a 
custa de LDL e TG e redução de 
HDL, aumento da glicemia e dos 
níveis de insulina; 
• REGIMES TERAPÊUTICOS: estrogênica 
isolada ou estroprogestacional 
(combinada): 
o Na via oral – além do efeito 
hormonal, aumento da globina 
carreadora dos hormônios sexuais, 
aumento do HDL e redução do 
LDL; 
 
 
o Atrofia vaginal: estrogênio local 
por até 01 ano; 
• OSTEOPOROSE: desequilíbrio no 
processo de remodelação 
predominando a reabsorção sobre a 
formação – diminuição da massa 
óssea; 
o Estrogênio induz a osteogênese – 
inibindo a função na reabsorção do 
paratormônio, sendo utilizado no 
tto – sua falta causa osteoporose 
secundaria quando se identifica a 
etiologia; 
o Avaliação laboratorial de Calciúria 
de 24 horas, radiografia e 
densiometria óssea; 
o Pode ser tto por atividade física, 
exposição ao sol, reposição de 
cálcio ou cálcio elementar e vit D; 
o Osteoblastos: possuem receptores 
estrogênicos e de citocinas, que 
quando ativados liberam fatores 
sobre a linhagem osteoclástica – 
inibem a liberação de fatores 
estimuladores dos osteoclastos e 
aumentam a atividade dos fatores 
inibidores; 
▪ IL-1: indutora da reabsorção, 
aumentada na osteoporose; 
▪ IL-4: inibe diferenciação de 
osteoclastos; 
▪ TGF-B: agente mitogênico aos 
osteoblastos e diminui o 
recrutamento e atividade 
reabsotiva dos osteoclastos;

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