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Doenças neuromusculares Miopatias Profª. Dra. Thabata P. Soeira Distrofia muscular de Duchenne (DMD) É a miopatia mais frequente Sua primeira descrição foi publicada em 1868 – neurologista francês Duchenne Se caracteriza pela diminuição progressiva da força muscular e pelas atrofia musculares Manifestação clínica É uma doença recessiva ligada ao cromossomo X Quase que exclusivamente no sexo masculino Incidência: 1 a cada 3.500 nascimentos As principais manifestações clínicas acontecem nos primeiros 5 anos de vida, evoluindo até a perda da capacidade de marcha (7-13 anos de idade) Normalmente na segunda ou terceira década de vida o paciente possui complicações principalmente respiratórias à óbito MANIFESTAÇÃO CLÍNICA Hipotonia Atraso motor nos primeiros anos de vida Quedas frequentes, dificuldades de subir e descer degraus, levantar do chão Câimbras Fadiga muscular Cognitivo é normal (na maioria dos casos) Manifestação clínica Uma perda progressiva simétrica da musculatura: Região proximal dos membros, Cintura escapular Cintura pélvica Tronco Hiporreflexia ou arreflexia tendínea Presença de hipotonia Ao exame neurológico: MANIFESTAÇÃO CLÍNICA • As mãos: se mantem preservadas (funcionalmente) até o final da doença) • Fraqueza extrema nos braços e na cintura escapular à incapacitação no uso das mãos • Pseudo hipertrofia à evidente nos músculos da panturrilha, quadríceps, glúteos e deltóides MANIFESTAÇÃO CLÍNICA • Ausência da proteína distrofina devido à mutações no cromossomo X na região Xp -21 • A distrofina se localiza no sarcolema das fibras musculares e é essencial para a funcionalidade muscular – sem ela o músculo se degenera de forma progressiva • Observa-se diminuição de fibras musculares, necrose, sinais de fagocitose, infiltração gordurosa e aumento do tecido conjuntivo • Os músculos acabam sendo substituídos por tecido adiposo e conjuntivo Fraqueza progressiva da musculatura Desequilíbrio entre os músculos Ação da gravidade Contraturas das partes moles Músculos com contraturas precoce Músculos flexores de quadris Trato íliotibial Músculo tríceps sural Alterações da postura e marcha Contraturas após cadeira de rodas - Músculos flexores de quadris e joelhos - Inversores de tornozelos - Flexores plantares dos pés Fraqueza dos músculos respiratórios Fraqueza da musculatura de tronco + ação da gravidade = escoliose Diagnóstico clínico • Manifestações clínicas • Dosagem de distrofina • Dosagem enzimática: aumenta da creatinoquinase no sangue • Biópsia muscular: evidencia alterações – alterações nas fibras musculares (tamanho, forma, proliferação de tecido adiposo e conjunetivo) • Eletromiografia • Aconselhamento genético ( novo filho com miopatia é de 1:4) Quadro clínico Atraso no desenvolvimento motor Quedas frequentes à queixa principal dos pais Dificuldades para se levantar, subir e descer degraus Manobra de Gower : manobra característica que as crianças com DMD fazem • Essa manobra acontece devido à fraqueza dos músculos extensores – principalmente glúteos Marcha • Aumenta a lordose lombar • Ombros e metade do tronco são mantido para trás • Marcha equina • Marcha anserina (aumenta a dificuldade em manter o equilíbrio) • Devido a diminuição e força muscular Marcha anserina Déficits musculares principalmente em cinturas pélvica e escapular • https://youtu.be/cORiTTAGAMw Tratamento Objetivo de tratamento Independência funcional Qualidade de vida Evitar isolamento Possibilitar estratégias para brincar, estudar, caminhar Prevenir infecções respiratórios Conduta fisioterapêutica Alongamentos Exercícios aeróbios – caminhada Uso de órteses Orientação à família Buscar sempre o que a criança gosta de fazer – motivação Prevenir a ocorrência de complicações secundárias Progressão da doença é certa, entretanto, cada criança tem seu tempo Estimular exercício ativo (sempre) Exercício passivo Ativo assistido Orientações aos pais (fundamental) Alongamento: mm gastrocnêmios, sóleo, flexores de quadril e banda íliotibial Hidroterapia: agradável Atento a temperatura – maior tendência da criança sentir frio Evitar: exercícios resistidos – detrimento da membrana celular muscular Alongamentos Hidroterapia • https://www.youtube.com/watch?v=2bbwCGxGftY Órteses • Afo’s muito usadas, ao resistir a flexão plantar, torna o gastrocnêmio incapaz de ajudar na extensão do joelho • CUIDADO: AFO’s • Pode gerar uma contratura de joelho – tentativas de escapar do alongamento do tornozelo Kafo’s (knee-ankle-foot) • Estabiliza postura em pé • Diminui o início das contraturas Fisioterapia respiratória • Retenção de secreção • Incapacidade de respirar profundamente • Incapacidade de tossir efetivamente • Técnicas fisioterapêuticas • Incentivadores respiratórios • AMBU • Breath-stacking • Cough assist Avaliação Avaliação • Importante ser periódica • Ter cuidado para não desmotivar a criança – pois rapidamente ela tem perda funcional • Sempre estar atento ao uso de órtese e dispositivos • ADM • FM • Função respiratória - espirometria Highlights • Como você pode fazer para evitar contraturas de partes moles? • Como prevenir a imobilidade e a inatividade mental dessas crianças? • O que podemos orientar para os pais de tratamento coadjuvante? Elaborar um Mapa Mental sobre: Distrofias Musculares Progressivas de Becker; Amiotrofia Espinhal Progressiva. Referências bibliográficas • Shephered, R. B. In.:____________. Doenças dos músculos. Fisioterapia em pediatria. Santos Editora, 1995. p. 280-290.= • https://academico.univicosa.com.br/revista/i ndex.php/RevistaSimpac/article/view/268/4 30 • http://www.revistaneurociencias.com.br/edi coes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from% 20RN%2014%2001-3.pdf • http://www.redalyc.org/html/408/40818108 / https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/view/268/430 https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/view/268/430 https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/view/268/430 http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from%20RN%2014%2001-3.pdf http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from%20RN%2014%2001-3.pdf http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from%20RN%2014%2001-3.pdf http://www.redalyc.org/html/408/40818108/ http://www.redalyc.org/html/408/40818108/