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Contribuição de Melhoria Criada por LEI. Em decorrência de obra pública realizada que provoque valorização imobiliária; as duas condições devem estar presentes. Obra pública: obra de engenharia civil (construção, restauração, demolição). Valorização imobiliária: deve ser constatada por intermédio de laudo técnico que demonstre a valorização nas áreas respectivas. Cobrada depois da obra concluída. Cobrada uma única vez, quando da valorização imobiliária decorrente da obra pública. Taxas Criadas por lei ordinária. 2 tipos de taxas: Em decorrência de prestação de serviços públicos, específicos e divisíveis, efetivos ou colocados à disposição (exemplo: taxa de coleta de lixo, taxa pela emissão de passaporte). Em decorrência do exercício do poder de polícia (exemplo: licença para funcionamento – “alvará”). Não podem existir no Brasil taxas para custear serviços gerais e universais (exemplo: proteção das fronteiras nacionais). Tais serviços gerais (“free raiders”, “carona) devem ser custeados por impostos. Contribuição de melhoria e taxas - semelhanças Esses dois tributos são denominados TRIBUTOS VINCULADOS. Vinculados a quê? Vinculados a um contraprestação estatal específica. Ou seja: quando eu pago esses tributos eu consigo identificar o “benefício” recebido; nos caso das taxas de serviço: serviço público; no caso das taxas de polícia: exercício do poder de polícia. Portanto: as contribuições de melhoria e as taxas são tributos VINCULADOS a uma prestação estatal específica, a um contribuinte ou a um determinado grupo de contribuintes. Impostos Impostos são tributos NÃO VINCULADOS a uma contraprestação estatal específica. Ou seja: quando eu os pago, eu não consigo identificar uma contraprestação estatal específica para um contribuinte ou um grupo determinado de contribuintes (exemplo: imposto de renda - IR). O dinheiro do IR vai para a conta do tesouro nacional e, posteriormente, via orçamento acorrem as denominadas dotações orçamentárias (exemplo: saúde, educação, poder legislativo, pagamento de servidores etc). Impostos Destinam-se, primordialmente, a custear serviços públicos gerais e universais (exemplo: proteção das fronteiras nacionais). Obviamente, podem ser usados para custear outros custos do Estado que não sejam supridos por outras espécies tributárias, MAS NÃO PODEM TER DESTINAÇÃO ESPECÍFICA PARA DETERMINADA ÁREA (seria inconstitucional). Simbolicamente: os impostos são o “posto Ipiranga” – podem custear qualquer custo estatal, desde que o dinheiro entre inicialmente no tesouro nacional e, posteriormente, seja repartido via dotações orçamentárias. Impostos – sub-espécies Impostos previstos no texto constitucional – “impostos nominados” Artigo 153, impostos da União: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR,IGF. São criados por lei ordinária, com exceção do IGF que precisa de lei complementar. Artigo 155, impostos dos Estados e Distrito Federal: ICMS, ITCMD e IPVA. São criados por lei ordinária. Artigo 156, impostos dos Municípios: ISS, IPTU e ITBI. São criados por lei ordinária Impostos – sub-espécies Impostos extraordinários: cobrados em decorrência de guerra externa ou iminência de guerra. São tributos excepcionais, emergenciais. No 1º ano de guerra ou iminência podem ser criados empréstimos compulsórios, uma vez que se tratam de “despesas extraordinárias”. A partir do 2º ano de guerra ou sua iminência não se poderá falar mais de despesas extraordinárias, pois as despesas de guerra já devem constar do orçamento. A partir do 2º é que podem ser criados impostos extraordinários. Impostos – sub-espécies Impostos na competência residual da União – “impostos inominados”. Devem ser criados por lei complementar. Tais impostos “novos” não poderão: ter base de cálculo e fato gerador iguais aos já existentes (art. 153,155 e 156 da CF); ser cumulativos Impostos “inominados” Exemplos: seria possível criar um imposto novo sobre: Propriedade de veículos NÃO automotores? Propriedade ou posse de animais domésticos Filhos Emissão de decibéis Emissão de CO2 Outros? TENTE CRIAR? Empréstimos Compulsórios Criados por lei complementar São restituíveis Temos 2 tipos de empréstimo compulsório: Para atender despesas extraordinárias em caso de calamidade pública, guerra ou sua iminência; Para atender investimentos públicos de caráter urgente e de relevante interesse nacional Como se define calamidade pública, estado de guerra externa ou sua iminência? O que são despesas extraordinárias? O que é investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional? Contribuições As contribuições são divididas em duas categorias: Contribuições sociais Contribuições especiais Como característica das contribuições temos que elas têm DESTINAÇÃO ESPECÍFICA (o que não pode ocorrer com os impostos) Contribuições Sociais Criadas pela União Criadas por lei ordinária Destinadas a custear a seguridade social: saúde, previdência social e assistência social Exemplos: COFINS, PIS, CSLL Contribuições Especiais Contribuição de categorias profissionais e econômicas. Competência da União. Criadas por lei ordinária; Contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE). Competência da União. Criadas por lei ordinária; Contribuição de iluminação pública. Competência dos Municípios. Criadas por lei ordinária Contribuições – outras formas de custeio Da mesma forma que os impostos “inominados”, ou seja, impostos na competência da União, esta poderá criar contribuições sociais, desde que obedeçam os seguintes requisitos: Sejam criadas por lei complementar Não tenham base de cálculo e fato gerador iguais às contribuições já existentes; Não podem ser cumulativas Categorias técnicas da tributação Incidência tributária – são os fatos da vida escolhidos pelo legislador que geram o pagamento de tributos. Não incidência tributária – são os fatos da vida que não foram escolhidos pelo legislador para pagar tributos. Isenção – são fatos da vida que apesar de, em princípio, gerarem o pagamento do tributo, o fisco dispensa o pagamento por razões econômicas, sociais etc. Imunidade – são fatos da vida sobre os quais a Constituição proíbe que se tributem. Imunidades Conjunto de normas jurídicas prevista no texto constitucional que proíbem o estado de tributar certos fatos, pessoas ou bens. Espécies de imunidade: Imunidade objetiva Imunidade subjetiva É uma regra de incompetência tributária, ou seja, um impedimento constitucional de se instituir tributo sobre algum fato, bem ou pessoa. Imunidade Recíproca As pessoas jurídicas de direito público (União, Estados, DF e Municípios) não podem cobrar tributos uma das outras. Assim, a União não pode cobrar IR dos Estados e Municípios; os Municípios não podem cobrar IPTU da União e Estados; os Estados não podem cobrar IPVA da União e dos Municípios. A federação deve ser prestigiada. Imunidade dos templos de qualquer culto É proibido tributar os templos de qualquer natureza, ou seja: é proibido tributar “as religiões”. O que é um templo de qualquer natureza; o que é uma religião? Quais fatos, bens e coisas não podem ser tributados? A igreja, a sinagoga, a casa espírita deve pagar IPTU? A renda no ofertório, a doação ou o dízimo pode ser tributada pelo IR? Os santinhos, terços, velas etc podem ser tributados pelo ICMS? Imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão É proibido tributar os livros, jornais, periódicos e o jornal destinado à sua impressão. O que são livros? Qual o conteúdo que é imune, tem diferença? Somente livros de papel são não tributáveis? E livros de pano, de plástico? Qual o conceito de periódico?