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Fraturas em Idosos: Causas e Tratamento

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Clínica Cirúrgica I 
Fraturas em Idosos 
❖ Consiste em uma importante causa de morbidade e mortalidade nos idosos, 
principalmente por causa de osteoporose e na região proximal do fêmur. Mundialmente, 
tais fraturas possuem uma mortalidade de até 30% no primeiro ano do episódio. 
❖ Geralmente, os pacientes mais acometidos possuem aumento da quantidade de 
comorbidades associadas (HAS, DM, IC). 
CAUSAS DAS FRATURAS 
❖ Aumento da incidência de quedas: doenças neuromusculares comuns nos idosos levam 
a perda na propriocepção e consequente aumento das quedas. 
❖ Osteoporose: fragilidade óssea que ocorre pela perda gradual de massa óssea (o exame 
padrão ouro é a densitometria óssea – que pode revelar osteopenia se perda entre 1 a 
2,5 DP ou osteoporose se perda > 2,5 DP. Após, se o Z score for até -2, entende-se como 
uma perda de causa primária já esperada). A densitometria é indicada para mulheres > 
65 anos, homens > 70 anos ou mulheres/homens com fator de risco entre 50 a 69 anos. 
Dentre seus principais fatores de risco, pode-se elencar a menopausa precoce, 
amenorreia, uso de corticoides, ingestão excessiva de café, baixa ingesta de cálcio, 
antecedente de cirurgia gástrica (reduz a absorção de cálcio) e tabagismo. 
❖ Eventos neurológicos incapacitantes (AVE, AIT, Parkinson, epilepsia); 
❖ Cardiovascular (IAM, hipotensão ortostática); 
❖ Eventos metabólicos: anemia, hipoglicemia e desidratação. 
CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOPOROSE 
❖ Primária: pós menopausa e senilidade. 
❖ Secundária: pode ocorrer em decorrência a doenças endócrinas (hiperparatireoidismo, 
hipogonadismo), doenças gastrointestinais, desordens nutricionais e transplantes de 
órgãos. 
TRATAMENTO 
❖ Deve-se incentivar exercícios físicos de baixo impacto, iniciar medidas de prevenção de 
quedas (tipo de chão, tapetes, corrimão, pouca iluminação e roupas desajustadas), 
cessação do tabagismo e álcool. 
❖ Como opção medicamentosa, tem-se a suplementação com cálcio e vitamina D, 
medicações anti-reabsortivos (bifosfonados), terapia de reposição hormonal (para 
mulheres pós menopausa) e estimuladores da formação óssea. 
❖ As fraturas mais comuns são úmero proximal, rádio distal, coluna vertebral e fêmur 
proximal (sempre cirúrgica pelo grau de gravidade). Logo, as cirurgias devem ser feitas o 
mais precocemente possível, fora da emergência. O tratamento objetiva proporcionar 
ao paciente uma mobilidade indolor. 
❖ Fraturas típicas de fêmur proximal: fratura de colo (pior prognóstico pelo risco de 
hemorragias e maior desvio), transtrocantérica e subtrocantérica. 
❖ Fratura de rádio distal: fratura de Colles (causa desvio em “garfo”, ocorrendo por impacto 
de punho). 
❖ Fratura de coluna vertebral: a mais comum é a fratura compressiva das vértebras, 
geralmente com pouca lesão neurológica associada. 
❖ Fratura de úmero proximal: nem sempre são cirúrgicos, podendo-se optar pelo 
tratamento conservador de controle de danos. 
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS 
✓ Delirium; 
✓ Anemia aguda; 
✓ Infecção urinaria; 
✓ Arritmia cardíaca; 
✓ TVP.