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Osteomielite e Artrite Septica

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Clínica Cirúrgica I 
Osteomielite e Artrite Séptica 
OSTEOMIELITE 
❖ Consiste em uma infecção óssea 
com rápida progressão e 
tendência a cronificação (o osso 
possui baixa vascularização – o 
acúmulo de sangue intraósseo se 
torna meio de cultura favorável). 
Em virtude disso, pode facilmente 
gerar sequelas físicas e sociais. 
FISIOPATOLOGIA 
❖ Com início na metáfise (mais vascularizada), ocorre uma penetração dos 
microrganismos por disseminação hematogênica, propagação de um foco contínuo 
ou ferida penetrante, com intensa facilitação do quadro se houver traumatismos, 
isquemia ou corpos estranhos associados. 
CLASSIFICAÇÃO 
1- OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA 
❖ Quadro comum em crianças, no qual a bactéria advém de um foco distante do osso 
por via hematogênica. 
2- OSTEOMIELITE CRÔNICA 
❖ Quadro decorrente da evolução ou falha de tratamento da osteomielite aguda. É um 
caso em que há necrose óssea (sequestro ósseo). 
3- ABCESSO ÓSSEO 
❖ Quadro mais comum em crianças, em que há a formação de um abcesso intraósseo 
devido infecção por bactéria mais fraca (ela acaba ficando encapsulada em forma 
de um cisto). 
4- OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA E PÓS-OPERATÓRIA 
❖ Quadro mais comum em adultos que passaram por algum trauma ou procedimento 
que envolva o sistema esquelético. 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
✓ Staphylococcus; 
✓ Pneumococo; 
✓ Salmonela; 
✓ Pseudomonas aeruginosa (mais resistente – ocorre em hospitais); 
✓ Vírus e fungos. 
QUADRO CLÍNICO 
✓ Dor; 
✓ Impotência funcional; 
✓ Edema; 
✓ Hiperemia; 
✓ Hipertermia. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
✓ Hemograma (observa-se leucocitose, desvio à esquerda e anemia); 
✓ Provas inflamatórias (VHS e PCR); 
✓ Raio-X (é o primeiro exame de imagem a ser solicitado, podendo identificar sequestro 
ósseo – só após 5 dias de infecção); 
✓ US (preferível para crianças – importante para diferenciar osteomielite de pioartrite); 
✓ RM (preferível para adultos – exame padrão ouro, pois permite a identificação de 
detalhes sobre a doença); 
✓ Cultura com antibiograma (importante para definição do tratamento). 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
✓ Artrite reumatoide; 
✓ Gota; 
✓ Tumores (tumor de Ewing – deve-se fazer hemograma para avaliar se há infecção ou 
não, pois no RX eles são iguais); 
✓ Artrite séptica (pioartrite – infecção no espaço articular). 
TRATAMENTO 
❖ Deve ser feito o procedimento cirúrgico adequadamente, com correta higiene e 
prescrição do antibiótico adequado para o agente etiológico em questão (define-se 
por meio do antibiograma). Sendo assim, seus 3 princípios são limpeza e cirurgia 
adequada. Antibioticoterapia adequada e tempo e dose do ATB adequados. 
❖ Pode ser feita a punção local (em crianças) com o objetivo de avaliar a dor do 
paciente e colher o líquido purulento. Pode ser feita a drenagem cirúrgica, que é o 
método de escolha para realizar o debridamento e lavagem correta da infecção 
óssea (com soro fisiológico 0,9%). Esses procedimentos são necessários apenas se a 
doença já estiver cursando com necrose óssea (fase avançada). Se não houver 
necrose, institui-se apenas o ATB. 
ARTRITE SÉPTICA OU PIOARTRITE 
❖ Consiste na infecção bacteriana da 
cavidade articular, que ocorre em 
decorrência de outras infecções 
associadas que atingem a 
cavidade articular também. 
FISIOPATOLOGIA 
❖ Via hematogênica: a bactéria atinge a articulação por meio do sangue (vem de um 
foco distante). 
❖ Contiguidade: a bactéria atinge a articulação por meio de uma úlcera ou fístula 
aberta, ou comunicação com estruturas adjacentes (a infecção se aprofundou e 
chegou a articulação). 
❖ Contaminação direta: a bactéria se instalou após trauma ou lesão perfurante da 
articulação. 
QUADRO CLÍNICO 
✓ Dor com piora progressiva (piora com o movimento); 
✓ Aumento de volume da articulação; 
✓ Sinais flogísticos locais. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
✓ Hemograma (observa-se anemia, leucocitose e desvio à esquerda); 
✓ Provas inflamatórias elevadas; 
✓ Raio-X (demonstra um espessamento do líquido sinovial); 
✓ US (exame capaz de evidenciar a infecção em seu início – maior densidade e 
purulento, necessitando punção); 
✓ Punção articular (exame padrão ouro, devendo ser feita depois a cultura e antibiograma). 
TRATAMENTO 
❖ Deve ser feita antibioticoterapia com o ATB mais indicado pelo antibiograma e punção 
ou drenagem. A drenagem cirúrgica deve ser feita para retirar todo o pus da cavidade 
articular para que não haja risco de reinfecção. Pode ser feita a irrigação contínua 
por 24 horas (não é necessário e gera desconforto ao paciente). Por fim, deve-se 
imobilizar a articulação para prevenir episódios de dor.