Buscar

tics MALÁRIA RECORRENTE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III
LUSIVÂNIA DE BRITO MATOS
3° PERÍODO
ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s – Malária Recorrente
PARNAÍBA-PI
2024
Um paciente pode apresentar malária recorrente? Quais são os motivos e os tipos?
A malária ou paludismo é uma infecção parasitária causada por um protozoário intracelular obrigatório do gênero Plasmodium (P), cuja transmissão é assegurada quando uma fêmea infectada de mosquito pertencente ao gênero Anopheles, efetua a sua refeição de sangue num indivíduo.É uma doença parasitária que pode ter evolução rápida e ser grave. Existem cinco espécies de plasmódios que infectam o homem: P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. O P. falciparum e o P. vivax são as espécies mais prevalentes. O P. falciparum é o responsável pela maior parte das mortes, cerca de 80% ou mais dos casos mundiais, pois apresenta uma patogenia mais agressiva. O P. vivax tem maior distribuição geográfica e predominância sobre o P. falciparum em muitas regiões endêmicas no mundo, inclusive no Brasil. Estima-se que 2,4 bilhões de pessoas estão susceptíveis ao risco de infecção pelo P. falciparum e 2,9 bilhões pelo P. vivax. As demais espécies de plasmódios possuem poucas incidências, como o P. malariae, P. ovale e, mais recentemente, o P. knowlesi (uma espécie limitada às regiões de floresta do continente asiático). 
 Os sintomas da malária são provocados pela liberação de toxinas após o desenvolvimento do parasita nos estágios eritrocitários, estando associados com parasitemia assexuada. Os primeiros sintomas da malária são inespecíficos e semelhantes aos de uma síndrome gripal: febre, calafrios e sudorese. Nesta fase inicial, os doentes podem ser facilmente tratados, com recuperação rápida e completa. Se, no entanto, o tratamento for atrasado ou ineficaz, principalmente no caso de infecção pelo P. falciparum, pode evoluir para a malária grave. 
A Malária se configura como uma doença infecciosa causada pelo protozoário apicomplexo Plasmodium e transmitida pelo vetor fêmea do hexapoda de gênero Anopheles. As principais manifestações clínicas decorrentes do processo infeccioso são: →Hepatoesplenomegalia →Icterícia →Dispnéia →Hipotensão Arterial →Edema Pulmonar →Hemorragias →Hemoglobinúria →Hiperpirexia (maior que 41º).
Dessa forma, a tomada de decisão de tratar um paciente por malária deve ser baseada no diagnóstico laboratorial da doença, pela microscopia da gota espessa de sangue ou por testes rápidos imunocromatográficos. O diagnóstico tradicionalmente confirmatório da malária (gota espessa) necessita de material e reagente adequados, bem como de técnicos bem treinados para sua realização. O exame microscópio pode ser feito em esfregaço delgado ou espesso, ambas permitem identificar com facilidade e precisão a espécie de Plasmodium. No Brasil, estima-se que 99% dos casos de malária são notificados na região amazônica, onde se situam os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nessas regiões a presença do vetor e as situações socioeconômicas e ambientais favorecem a propagação da malária.
Tipos de Malária de acordo com a espécie de Plasmodium
● Plasmodium falciparum, responsável pela febre terçã maligna, com acessos febris a intervalos de 36 a 48 horas.
 ● Plasmodium vivax, agente da febre terçã benigna, com ciclo de 48 horas 
● Plasmodium ovale , com distribuição limitada ao Continente Africano e responsável por outra forma da febre terçã benigna (ciclo de 48 horas). 
● Plasmodium malariae causa a febre quartã, que se caracteriza pela ocorrência de acessos febris a cada 72 horas.
Malária Recidiva
Existe sim a possibilidade de recorrência em relação a doença Malária. A Malária recidiva é conceituada como a recorrência da parasitemia na forma assexuada posterior ao tratamento da doença, com constatação de negatividade do protozoário no sangue em vários períodos de tempo. As principais causas para recorrência da parasitemia malárica são: ▪ falha terapêutica resultante de não adesão ao tratamento, resistência do parasito às drogas utilizadas, má qualidade do medicamento instituído ou utilização de doses subterapêuticas das drogas ▪ Reativação de hipnozoítos ▪ Exposição à nova infecção pelo mosquito vetor.
Tipos de Recidivas
1. Por Recrudescência: Sua manifestação é decorrente quando as formas sanguíneas do parasito não são eliminadas completamente pelo tratamento e ocorre uma reexpansão do parasito.
2. Por Recaída: É definida como reaparecimento da parasitemia e de manifestações clínicas, que decorrem de uma invasão das hemácias pelos merozoítos provenientes dos hipnozoítos dormentes no fígado.
3. Por Reinfecção: É uma nova infecção adquirida em indivíduos que passaram pelo tratamento da doença, após um intervalo de tempo incompatível com a ocorrência de recrudescência ou recaído. 
A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes de transmitir a malária. A malária não pode ser transmitida pela água. Os locais preferenciais escolhidos pelos mosquitos transmissores da malária para colocar seus ovos (criadouros) são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia Brasileira. O ciclo se inicia quando o mosquito pica um indivíduo com malária sugando o sangue com parasitos (plasmódios). No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam. O ciclo se completa quando estes mosquitos infectados picam um novo indivíduo, infectando a pessoa com os parasitos. Desta forma, o ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e humanos.
O período de incubação, ou seja, o intervalo entre a aquisição do parasito pela picada da fêmea do mosquito até o surgimento dos primeiros sintomas, varia de acordo com a espécie de plasmódio. Para Plamodium falciparum, mínimo de sete dias; P. vivax, de 10 a 30 dias e P. malariae, 18 a 30 dias. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Outras formas de transmissão também podem ocorrer em casos mais raros por: transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão congênita.
Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:
· Uso de mosquiteiros;
· Roupas que protejam pernas e braços;
· Telas em portas e janelas;
· Uso de repelentes.
Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:
· Borrifação residual intradomiciliar;
· Uso de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração;
· Drenagem e aterro de criadouros;
· Pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
· Limpeza das margens dos criadouros;
· Modificação do fluxo da água;
· Controle da vegetação aquática;
· Melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
· Uso racional da terra.
Correlação Teórico-Prática: Se torna fundamental conhecer sobre os aspectos gerais da Malária, assim como seu agente etiológicos e suas diversas espécies, dado que, cada uma apresenta um desenvolvimento fisiopatológico com manifestações características, o que em última análise facilita identificar a espécie causal. A Anamnese é fundamental, pois, na história do paciente há relato de que viajou ou é procedente de regiões endêmicas como o Norte. A possibilidade de recorrência da Malária é um ponto importante, pois assim, o profissional Médico se torna preparado para lidar com uma nova repetição no hospedeiro.
Referências 
ASHENAFI, Ephrem. Malária: uma visão geral. Infecção e resistência a medicamentos- Volume 16, páginas 3339-3347, 2023.
DA FONSECA, Cristiane Haline Lopes; FERREIRA, Marcinei Dorzane; DE SOUSA LOPES,Graciana. ASPECTOS CLÍNICOS DA MALÁRIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA INTEGRATIVA. Revista Contemporânea, v. 3, n. 8, p. 12339-12355, 2023.
FRIEDMAN-KLABANOFF, D. J.; ADU-GYASI, D.; ASANTE, K. P. Malaria prevention in children: an update. Current Opinion in Pediatrics, v. 36, n. 2, p. 164, 1 abr. 2024.
JESUS, Ana; NETO, Thiago Oliveira; ASSIS, João. Análise dos casos de malária nas frentes pioneiras do Sul do Amazonas: Lábrea, Humaitá e Apuí. Estrabão, v. 5, p. 1-16, 2024. 
Rey, L. - Parasitologia, 4ª ed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008. 
SIMÕES, Luciano Rodrigues et al. Fatores associados às recidivas de malária causada por Plasmodium vivax no Município de Porto Velho, Rondônia, Brasil, 2009. Cadernos de Saúde Pública, v. 30, p. 1403-1417, 2014.
image1.png
image2.png
image3.png

Continue navegando