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RESOLUÇÃO N.º 4.860/2020 OUVIDORIA A Resolução CMN n.° 4.860/2020 dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente organizacional de ouvidoria pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. A ouvidoria é um canal direto de pós-atendimento O profissional que trabalha na ouvidoria é conhecido como “ombudsman” º O componente organizacional de ouvidoria deve ser constituído pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil que tenham clientes pessoas naturais, inclusive empresários individuais, ou pessoas jurídicas classificadas como microempresas e empresas de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. o. Ficam dispensados de constituir ouvidoria os bancos comerciais sob controle societário de bolsas de valores, de bolsas de mercadorias e futuros ou de bolsas de valores e de mercadorias e futuros que desempenhem exclusivamente funções de liquidante e custodiante central, o, uma instituição financeira que possua como clientes apenas empresas de grande porte, por exemplo, não está obrigada a observar as regras previstas na Resolução CMN 4.860/2020. atender em última instância as demandas dos clientes e usuários de produtos e serviços que não tiverem sido solucionadas nos canais de atendimento primário da instituição; e II - atuar como canal de comunicação entre a instituição e os clientes e usuários de produtos e serviços, inclusive na mediação de conflitos DA ORGANIZAÇÃO A estrutura da ouvidoria deve ser compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas de cada instituição A ouvidoria não pode estar vinculada a componente organizacional da instituição que configure conflito de interesses ou de atribuições, a exemplo das unidades responsáveis por negociação de produtos e serviços, gestão de riscos, auditoria interna e conformidade (compliance) É admitido o compartilhamento de ouvidoria pelas instituições, observadas as seguintes situações e regras: I - a instituição integrante de conglomerado composto por pelo menos duas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil pode compartilhar a ouvidoria constituída em qualquer das instituições autorizadas a funcionar; - a instituição não enquadrada no disposto no inciso I do caput pode compartilhar a ouvidoria constituída: em empresa ligada, na associação de classe a que seja filiada ou na bolsa de valores ou bolsa de mercadorias e futuros ou bolsa de valores e de mercadorias e futuros nas quais realize operações; III - a cooperativa singular de crédito filiada a cooperativa central pode compartilhar a ouvidoria constituída na respectiva cooperativa central, confederação de cooperativas de crédito ou banco do sistema cooperativo; e a cooperativa singular de crédito não filiada a cooperativa central pode compartilhar a ouvidoria constituída em cooperativa central, federação de cooperativas de crédito, confederação de cooperativas de crédito ou associação de classe da categoria. º Para efeito do disposto no inciso II, alínea "a", do caput, consideram-se ligadas entre si as instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e as empresas não autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil I - as quais uma participe com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou indiretamente; e - as quais acionistas com 10% (dez por cento) ou mais do capital de uma participem com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou indiretamente não se aplica a bancos comerciais, bancos múltiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, associações de poupança e empréstimo e sociedades de arrendamento mercantil que realizem operações de arrendamento mercantil financeiro. somente se aplica a associação de classe ou bolsa que possuir código de ética ou de autorregulação efetivamente implantado, ao qual a instituição tenha aderido. CAPÍTULO IV - DO FUNCIONAMENTO - deve ser identificado por meio de número de protocolo, o qual deve ser fornecido ao demandante II - deve ser gravado, quando realizado por telefone, e, quando realizado por meio de documento escrito ou por meio eletrônico, arquivada a respectiva documentação; e a) excepcionalmente, as demandas não recepcionadas inicialmente pelos canais de atendimento primário; e b) as demandas encaminhadas pelo Banco Central do Brasil, por órgãos públicos ou por outras entidades públicas ou privadas O prazo de resposta para as demandas não pode ultrapassar dez dias úteis, podendo ser prorrogado, excepcionalmente e de forma justificada, uma única vez, por igual período, limitado o número de prorrogações a 10% (dez por cento) do total de demandas no mês, devendo o demandante ser informado sobre os motivos da prorrogação II - dar ampla divulgação sobre a existência da ouvidoria, s As informações relativas às demandas recebidas pela ouvidoria devem permanecer registradas no sistema mencionado no inciso I pelo prazo mínimo de cinco anos, contados da data da protocolização da ocorrência - DAS EXIGÊNCIAS FORMAIS Art. 8º O estatuto ou o contrato social, conforme a natureza jurídica da sociedade, deve dispor, de forma expressa, sobre os seguintes aspectos: I - a finalidade, as atribuições e as atividades da ouvidoria; II - os critérios de designação e de destituição do ouvidor; III - o tempo de duração do mandato do ouvidor, fixado em meses; e IV - o compromisso formal no sentido de: a) criar condições adequadas para o funcionamento da ouvidoria, bem como para que sua atuação seja pautada pela transparência, independência, imparcialidade e isenção; e b) assegurar o acesso da ouvidoria às informações necessárias para a elaboração de resposta adequada às demandas recebidas, § 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigidas por esta Resolução relativas às instituições que optarem pela faculdade prevista no art. 5º, incisos I e III, podem ser promovidas somente pela instituição que constituir a ouvidoria. As instituições que não constituírem ouvidoria própria em decorrência da faculdade prevista no art. 5º, incisos II e IV, devem ratificar a decisão na primeira assembleia geral ou na primeira reunião de diretoria realizada após tal decisão. º As instituições referidas no art. 2º devem designar perante o Banco Central do Brasil os nomes do ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria. O diretor responsável pela ouvidoria pode desempenhar outras funções na instituição, inclusive a de ouvidor, exceto a de diretor de administração de recursos de terceiros. o ouvidor não poderá desempenhar outra função, exceto a de diretor responsável pela ouvidoria. I - responder por todas as instituições que compartilharem a ouvidoria; e II - integrar os quadros da instituição que constituir a ouvidoria O art. 9ª prevê que as instituições devem designar, perante o Banco Central do Brasil, os nomes do ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria O diretor responsável pela ouvidoria deve elaborar relatório semestral quantitativo e qualitativo referente às atividades desenvolvidas pela ouvidoria, nas datas-base de 30 de junho e 31 de dezembro. O relatório de que trata o caput deve ser encaminhado à auditoria interna, ao comitê de auditoria, quando constituído, e ao conselho de administração ou, na sua ausência, à diretoria da instituição As instituições referidas no art. 2º devem divulgar semestralmente, nos respectivos sítios eletrônicos na internet, as informações relativas às atividades desenvolvidas pela ouvidoria, inclusive os dados relativos à avaliação direta da qualidade do atendimento de que trata o art. 16. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer o conteúdo, a forma, a periodicidade e o prazo de remessa de dados e de informações relativos às atividades da ouvidoria As instituições referidas no art. 2º devem adotar providênciaspara que os integrantes da ouvidoria que realizem as atividades mencionadas no art. 6º sejam considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica § 1º O exame de certificação deve abranger, no mínimo, temas relativos à ética, aos direitos do consumidor e à mediação de conflitos. Vale destacar que até mesmo o diretor responsável pela ouvidoria está sujeito a comprovar a aptidão em exame de certificação, caso exerça a função de ouvidor. DA AVALIAÇÃO DIRETA DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO I - estruturada de forma a obter notas entre 1 e 5, sendo 1 o nível de satisfação mais baixo e 5 o nível de satisfação mais alto; disponibilizada ao cliente ou usuário em até um dia útil após o encaminhamento da resposta conclusiva - concluída em até cinco dias úteis após o prazo de que trata o inciso II. - armazenados de forma eletrônica, em ordem cronológica, permanecendo à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de cinco anos, contados da data da avaliação realizada pelo cliente ou usuário; e O art. 16 destaca que os bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investimento devem implementar instrumento de avaliação direta da qualidade do atendimento prestado pela ouvidoria a clientes e usuários b) disponibilizada ao cliente ou usuário em até 01 dia útil após o encaminhamento da resposta conclusiva; c) concluída em até 05 dias úteis, após o prazo de disponibilização acima mencionado no “item b CAPÍTULO IX - DISPOSIÇÕES FINAIS . O relatório e a documentação relativos aos atendimentos realizados, de que tratam os arts. 6º, § 1º, 7º e 12, bem como a gravação telefônica do atendimento, devem permanecer à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos . O número do telefone para acesso gratuito à ouvidoria e os dados relativos ao diretor responsável pela ouvidoria e ao ouvidor devem ser inseridos e mantidos permanentemente atualizados em sistema de registro de informações do Banco Central do Brasil O disposto no caput deve ser observado, inclusive, pela instituição que não constituir componente de ouvidoria próprio em decorrência da faculdade prevista no art. 5º. POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE: RESOLUÇÃO CMN4.949/21. A Resolução CMN n.° 4.949/2021 dispõe sobre princípios e procedimentos a serem adotados no relacionamento com clientes e usuários de produtos e de serviços. DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO O disposto nesta Resolução não se aplica às administradoras de consórcio e às instituições de pagamento, que devem seguir as normas editadas pelo Banco Central do Brasil no exercício de sua competência legal. Para efeito desta Resolução, o relacionamento com clientes e usuários abrange as fases de pré-contratação, de contratação e de pós-contratação de produtos e de serviços. DOS PRINCÍPIOS ética, responsabilidade, transparência e diligência, propiciando a convergência de interesses e a consolidação de imagem institucional de credibilidade, segurança e competência Art. 3º A observância do disposto no art. 2º requer, entre outras, as seguintes ações: I - promover cultura organizacional que incentive relacionamento cooperativo e equilibrado com clientes e usuários; e II - dispensar tratamento justo e equitativo a clientes e usuários, considerando seus perfis de relacionamento e vulnerabilidades associadas. -ética -responsabilidade -transparência -diligência -ética -responsabilidade -transparência -diligência -ética -responsabilidade -transparência -diligência Além disso, o dispositivo destaca que as atividades desempenhadas durante o relacionamento com os clientes e usuários devem propiciar a convergência de interesses, bem como a consolidação de imagem institucional de credibilidade, segurança e competência. dispensar tratamento justo e equitativo a clientes e usuários, considerando seus perfis de relacionamento e vulnerabilidades associadas DOS PROCEDIMENTOS. Da Contratação e Da Prestação de Serviços adequação dos produtos e serviços ofertados ou recomendados às necessidades, aos interesses e aos objetivos dos clientes e usuários; integridade, conformidade, confiabilidade, segurança e sigilo das transações realizadas, bem como legitimidade das operações contratadas e dos serviços prestados; III - prestação, de forma clara e precisa, das informações necessárias à livre escolha e à tomada de decisões por parte de clientes e usuários, explicitando, inclusive, direitos e deveres, responsabilidades, custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos existentes na execução de operações e na prestação de serviços; - identificação dos usuários finais beneficiários de pagamento ou transferência em demonstrativos e extratos de contas de depósitos e contas de pagamento pré-paga, inclusive nas situações em que o serviço de pagamento envolver instituições participantes de diferentes arranjos de pagamento encaminhamento de instrumento de pagamento ao domicílio do cliente ou usuário ou a sua habilitação somente em decorrência de sua expressa solicitação ou autorização; e - tempestividade e inexistência de barreiras, critérios ou procedimentos desarrazoados para: a) o atendimento a demandas de clientes e usuários, b) a extinção da relação contratual relativa a produtos e serviços c) a transferência de relacionamento para outra instituição Do Atendimento Presencial a Clientes ou Usuários º É vedado às instituições referidas no art. 1º impedir o acesso, recusar, dificultar ou impor restrição ao atendimento presencial em suas dependências, inclusive em guichês de caixa, a clientes ou usuários de produtos e de serviços, mesmo quando disponível o atendimento em outros canais O disposto no caput não se aplica: - aos serviços de arrecadação ou de cobrança prestados a terceiros, quando: não houver contrato ou convênio para a sua prestação celebrado entre a instituição financeira e o ente beneficiário; ou b) o respectivo contrato ou convênio celebrado não contemple o recebimento em guichê de caixa das dependências da instituição ao recebimento de boletos de pagamento padronizado pela regulamentação do Banco Central do Brasil emitidos fora do padrão, das especificações ou dos requisitos vigentes para o instrumento; III - ao recebimento de documentos mediante pagamento por meio de cheque; às instituições que não possuam dependências ou às dependências de instituições sem guichês de caixa; V - aos postos de atendimento instalados em recinto de órgão ou de entidade da Administração Pública ou de empresa privada com guichês de caixa, nos quais sejam prestados serviços do exclusivo interesse do respectivo órgão ou entidade e de seus servidores ou da respectiva empresa e de seus empregados e administradores, conforme a regulamentação específica sobre dependências; e VI - às situações excepcionais previstas na legislação ou na regulamentação específica. º Para fins do disposto no caput, é vedada a imposição de restrições quanto à quantidade de documentos, de transações ou de operações por pessoa, bem como em relação a montante máximo ou mínimo a ser pago ou recebido ou ainda quanto à faculdade de o cliente ou o usuário optar por pagamentos em espécie, salvo as exceções previstas na legislação ou na regulamentação específica. º O disposto neste artigo deve ser observado indistintamente em relação a clientes e a não clientes, exceto pelas cooperativas de crédito, que devem observar o disposto no § 5º. As cooperativas de crédito devem informar em suas dependências, em local visível e em formato legível, se realizam atendimento a não associados e quais os serviços disponibilizados, assegurando nesse caso as condições previstas neste artigo. Da Manutenção da Política Institucional de Relacionamento com Clientes e Usuários As instituições de que trata o art. 1º devem manter política institucionalde relacionamento com clientes e usuários que consolide diretrizes, objetivos estratégicos e valores organizacionais, de forma a nortear a condução de suas atividades em conformidade com o disposto no art. A política de que trata o caput deve: I - ser aprovada pelo conselho de administração ou, caso inexistente, pela diretoria da instituição; II - ser objeto de avaliação periódica; III - definir papéis e responsabilidades no âmbito da instituição; IV - ser compatível com a natureza da instituição e com o perfil de clientes e usuários, bem como com as demais políticas instituídas; VII - ser formalizada em documento específico. § 2º Admite-se que a política de que trata o caput seja unificada por: I - conglomerado; ou II - sistema cooperativo de crédito Do Gerenciamento da Política Institucional de Relacionamento com Clientes e Usuários Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem assegurar a consistência de rotinas e de procedimentos operacionais afetos ao relacionamento com clientes e usuários, bem como sua adequação à política institucional de relacionamento de que trata o art. 6º, inclusive quanto aos seguintes aspectos: I - identificação e qualificação de clientes e de usuários para fins de início e manutenção de relacionamento; Com relação ao disposto nos incisos II e III do caput, e em observância ao art. 4º, inciso I, as instituições devem estabelecer o perfil dos clientes que compõem o público alvo para os produtos e serviços disponibilizados, considerando suas características e complexidade. I - promover o equilíbrio das metas de resultados e de incentivos associadas ao desempenho de funcionários e de correspondentes no País com as diretrizes e os valores organizacionais previstos na política institucional de que trata o art. 6º; e Art. 9º Em relação à política institucional de relacionamento com clientes e usuários, as instituições de que trata o art. 1º devem instituir mecanismos de acompanhamento, de controle e de mitigação de riscos com vistas a assegurar: III - a avaliação da sua efetividade; e § 2º Os dados, os registros e as informações relativas aos mecanismos de controle, processos, testes e trilhas de auditoria devem ser mantidos à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos. As instituições de que trata o art. 1º devem indicar ao Banco Central do Brasil diretor responsável pelo cumprimento das obrigações previstas nesta Resolução. TÓPICOS EMERGENTES Flor de Serviços, que se baseia na ideia de que um serviço principal (ou seja, o componente central que fornece o benefício principal capaz de resolver os problemas dos clientes) é rodeado por serviços complementares/suplementares/auxiliares (isto é, serviços que “ampliam” o serviço principal, aumentando seu valor e aprimorando a experiência do cliente O modelo faz uma analogia a uma flor, em que o “núcleo” representa o serviço principal, e as “pétalas” representam os serviços complementares, A ideia é que a quantidade de serviços complementares oferecida pela empresa, dependerá da complexidade das interações existentes no serviço Serviços Complementares Facilitadores Os serviços facilitadores permitem aos clientes usar o produto/serviço central com mais eficiência3 . Os serviços complementares facilitadores podem ser divididos em: Informações: As informações são essenciais para manter a qualidade do serviço Emissão de Pedido (Recebimento de Pedidos / Tomada de Pedidos) Faturamento (Cobrança / Faturas): Envolvem os procedimentos para cobrança do serviço, que incluem: faturas, tarifas, demonstrativos, e Pagamento: Consistem nos sistemas de verificação instituídos para o pagamento do serviço. Serviços Complementares de Aprimoramento (Realçadores ou de Ampliação) são serviços que agregam valor extra (aumentam o valor do serviço central) e atraem os clientes Consulta: Envolve manter diálogos com os clientes, com o objetivo de buscar entender suas demandas para desenvolver soluções “personalizadas” para essas demandas. Hospitalidade: Trata-se da maneira como a empresa recebe o cliente Guarda de Valores (ou Salvaguarda): Consistem nos serviços oferecidos com o objetivo de dar assistência e segurança aos pertences pessoais do cliente durante a Exceções: Trata-se dos serviços “excepcionais”, que não fazem parte da rotina da empresa, mas que são necessários quando o serviço não atende completamente a necessidade do cliente Net Promoter Score (NPS) O Net Promoter Score (NPS) consiste em uma metodologia utilizada para avaliar o “grau de fidelidade” e de satisfação dos clientes. Em uma escala de 0 a 10, o quanto você recomendaria a EMPRESA X a um amigo ou colega?” - Promotores (nota 9 ou 10 - Neutros (nota 7 ou 8): - Detratores (nota de 0 a 6) Para realizar o cálculo do NPS, primeiro, devemos desconsiderar as avaliações “neutras”. Depois, pegamos a porcentagem de clientes promotores e subtraímos dele a porcentagem de clientes detratores: O resultado será um número que varia de -100 a 100, e indicará alguma das seguintes situações: NPS Excelente (Zona de Excelência) – entre 75 e 100. NPS Muito bom (Zona de Qualidade) – entre 50 e 74. NPS Razoável (Zona de Aperfeiçoamento) – entre 0 e 49. NPS Ruim (Zona Crítica) – entre -100 e –1 Propina (Suborno): Trata-se da prática de prometer, oferecer ou pagar a alguém qualquer quantidade de dinheiro ou então prometer quaisquer outros favores ou benefícios pessoais, para obter, em “troca”, quaisquer tipos de vantagens pessoais ou comerciais. Indução ao Erro: trata-se de obter alguma espécie de benefício, em prejuízo a outra pessoa, induzindo esta pessoa em erro Reciprocidade: trata-se de uma conduta em que o indivíduo buscar manipular a outra parte, com o objetivo de obter vantagens pessoais indiretas, que não estão diretamente relacionadas aos objetivos da empresa Falsidade Ideológica: de acordo com o código penal, falsidade ideológica consiste no ato de “omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”. Em Ética e Conduta Profissional em Vendas, podemos fazer um paralelo e conceituar a falsidade ideológica como o ato de fornecer informações falsas, ou omitir informações importantes, ao cliente, com o objetivo de influenciar o cliente em sua decisão de compra.. 4 – Tipos de Negócios e Impactos no Tripé da Sustentabilidade De acordo com Laasch, “o tripé da sustentabilidade (frequentemente abreviado como TBL ou 3BL, do inglês triple bottom line), que mede os desempenhos social, ambiental e econômico, também é parafraseado como os três P da sustentabilidade, em inglês people, planet and profit, ou PPL (pessoas, planeta, lucro), em português. Esse tripé é a chave para qualquer atividade de gestão da sustentabilidade. Quando as empresas medem esse impacto triplo, como saberão exatamente se o seunegócio se tornou sustentável? A lista a seguir relaciona os cinco tipos de negócios insustentáveis, sustentáveis e restauradores, com os três tipos de resultados do tripé da sustentabilidade – impactos negativos, neutros e positivos 1 - Um negócio insustentável abaixo da média exerce um impacto líquido negativo no tripé da sustentabilidade sobre a economia, a sociedade e o meio ambiente que está abaixo dos impactos das empresas do mesmo segmento. Um negócio insustentável dentro da média exerce um impacto líquido negativo no tripé da sustentabilidade sobre a economia, a sociedade e o meio ambiente que corresponde ao impacto da maioria das empresas do mesmo ramo. Um negócio sustentável exerce um pequeno impacto líquido negativo no tripé da sustentabilidade que não excede a capacidade reparadora do sistema planetário. Um negócio de impactoneutro exerce um impacto líquido neutro no tripé da sustentabilidade sobre a economia, a sociedade e o meio ambiente. Um negócio reparador exerce um impacto líquido positivo sobre o tripé da sustentabilidade, o que significa que reabastece, pelo menos, um tipo de capital, sem esgotar nenhum dos outros capitais 5 – Vendas de Soluções x Vendas de Insights A venda de soluções consiste naquela em que o vendedor identifica as necessidades do cliente em potencial e, depois, recomenda a ele os produtos e serviços necessários ao atendimento dessas necessidades. A venda de insights, por sua vez, é aquela em que o vendedor busca necessidades “emergentes” dos clientes em potencial. Ou seja, o vendedor busca identificar aquelas necessidades que o cliente ainda não sabe que existem. Busca-se gerar ideias inovadoras para atender aos desejos dos clientes. Na venda de insights o vendedor direciona o fluxo de informações da venda, orientando o cliente sobre como comprar, apoiando-o durante todo o processo, em vez de fazer perguntas para que o cliente possa conduzi-los durante o processo de compra.5 5 A´s dos Clientes Assimilação: Nesta fase os consumidores são passivamente expostos a uma longa lista de marcas em virtude de experiências passadas, comunicações de marketing e/ou defesa da marca por clientes (recomendações de outros clientes da marca). Atração: Aqui, os consumidores processam todas as mensagens a que foram expostos (criando memória de curto prazo ou ampliando a memória de longo prazo) e são atraídos somente para uma lista curta de marcas Arguição: Nesta fase, por conta da curiosidade, os consumidores pesquisam ativamente sobre as marcas para obter informações adicionais. As pesquisas podem ser feitas com amigos, com a mídia, com família ou diretamente com as marcas. É nesta fase que o caminho do consumidor muda de individual para social. Kotler et al. explicam que “a atração da marca precisa da confirmação de outros para que o caminho possa continuar. As marcas devem desencadear a quantidade certa de curiosidade no consumidor. Quando o nível de curiosidade é baixo demais, significa que a atração da marca, embora existente, é baixa. Mas, quando o nível de curiosidade é alto demais e os consumidores são “forçados” a fazer muitas perguntas, eles ficam confusos sobre a mensagem inicial que encontram.” Se forem convencidos pelas informações adicionais obtidas no estágio de arguição, os consumidores passarão à próxima fase: a ação. Ação: Depois que foram reforçados pelas informações adicionais (na fase de arguição), é na fase de ação que os consumidores decidem comprar uma marca específica e interagem de forma mais profunda com a marca por meio de processos de compra, consumo e/ou serviço. Apologia: Depois, com o passar do tempo, os consumidores podem desenvolver uma sensação de forte fidelidade (lealdade) à marca, e isso irá gerar retenção, recompra e defesa da marca perante outras pessoas. Essa é a fase de apologia. Trata-se dos “clientes fiéis”, que agem como espécie de “advogados” de marca ativos, que recomendam espontaneamente marcas que adoram. – Gateway de Pagamento O Gateway de Pagamento consiste em um sistema que tem por objetivo conectar o cliente, o vendedor e as instituições financeiras. Trata-se de uma “ponte” que permite a transferência das informações entre essas partes envolvidas na transação. Por meio do Gateway de Pagamento os dados são transferidos entre os usuários no local virtual e as instituições financeira Taxa de Abandono A Taxa de Abandono (ou Taxa de Abandono de Carrinho), consiste na porcentagem de usuários que adicionam produtos ao “carrinho virtual” (iniciam a compra), mas não efetuam a compra (não finalizam a compra). Por exemplo: você entrou no site da Apple, adicionou o Iphone no “carrinho virtual”, mas não efetuou a compra. Para calcular a taxa de abandono devemos dividir o número total de transações completas (Total de Compras Efetivadas) pelo número de compras iniciadas (Total de Carrinhos Criados pelos clientes). Depois, deve-se subtrair o resultado de 1 e multiplicar por 100. Vejamos ESTATUTO DA PESSOA IDOSA § 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos É instituído o Estatuto da Pessoa Idosa, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à pessoa idosa; viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio da pessoa idosa com as demais gerações; V – priorização do atendimento da pessoa idosa por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços às pessoas idosas; IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. 2º Entre as pessoas idosas, é assegurada prioridade especial aos maiores de 80 (oitenta) anos, atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação às demais pessoas idosas. Art. 6o Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento Os direitos fundamentais que asseguram posição privilegiada às pessoas idosas são direitos de terceira dimensão. Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo a pessoa idosa optar entre os prestadores. § 2o Incumbe ao Poder Público fornecer às pessoas idosas, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. § 3º É vedada a discriminação da pessoa idosa nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade. Em suma, o STJ entendeu que essa disposição do Estatuto da Pessoa Idosa não pode ser interpretada literalmente. Quer dizer, é possível a cobrança de valores maiores das pessoas idosas em planos de saúde, uma vez que o risco a que eles estão sujeitos é maior. No entanto, para que seja válida essa cobrança adicional, é necessário que se observem alguns parâmetros, que são os seguintes : previsão contratual; índices de aumento justificados tecnicamente; respeito à regulamentação governamental sobre planos de saúde º É vedado exigir o comparecimento da pessoa idosa enferma perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o seguinte procedimento: I – quando de interesse do poder público, o agente promoverá o contato necessário com a pessoa idosa em sua residência; ou II - quando de interesse da própria pessoa idosa, esta se fará representar por procurador legalmente constituído § 6º É assegurado à pessoa idosa enferma o atendimento domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o SUS, para expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção tributária. 7º Em todo atendimento de saúde, os maiores de 80 (oitenta) anos terão preferênciaespecial sobre as demais pessoas idosas, exceto em caso de emergência. Art. 16. À pessoa idosa internada ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico. Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento conceder autorização para o acompanhamento da pessoa idosa ou, no caso de impossibilidade, justificá-la por escrito. A operadora do plano de saúde tem o dever de custear as despesas de acompanhante do paciente idoso no caso de internação hospitalar. O artigo 17 ainda trata dos direitos da pessoa idosa internada. Assegura-se o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável. Contudo, se o enfermo não estiver em condições de optar pelo tratamento mais favorável, o Estatuto prevê quem será o responsável pela opção de acordo com as circunstâncias: Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra pessoas idosas serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: I– autoridade policial; II – Ministério Público; III – Conselho Municipal da Pessoa Idosa; IV – Conselho Estadual da Pessoa Idosa; V – Conselho Nacional da Pessoa Idosa. Art. 21. O poder público criará oportunidades de acesso da pessoa idosa à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ela destinados. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Os cursos especiais para pessoas idosas incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna. 2º As pessoas idosas participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais. Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização da pessoa idosa, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria Art. 23. A participação das pessoas idosas em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais. As instituições de educação superior ofertarão às pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo da vida, cursos e programas de extensão, presenciais ou a distância, constituídos por atividades formais e não formais O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados à pessoa idosa, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual. Art. 26. A pessoa idosa tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas. Art. 27. Na admissão da pessoa idosa em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir. Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada. II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania; III – estímulo às empresas privadas para admissão de pessoas idosas ao trabalho. Art. 34. Às pessoas idosas, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Loas. (Vide Decreto nº 6.214, de 2007) (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada . § 1o No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é facultada a cobrança de participação da pessoa idosa no custeio da entidade. § 2o O Conselho Municipal da Pessoa Idosa ou o Conselho Municipal da Assistência Social estabelecerá a forma de participação prevista no § 1o, que não poderá exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou de assistência social percebido pela pessoa idosa. § 3o Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu representante legal firmar o contrato a que se refere o caput deste artigo. Art. 36. O acolhimento de pessoas idosas em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa idosa goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte: (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades habitacionais residenciais para atendimento às pessoas idosas; (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) II – implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados à pessoa idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade à pessoa idosa; (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) IV – critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão. Parágrafo único. As unidades residenciais reservadas para atendimento a pessoas idosas devem situar-se, preferencialmente, no pavimento térreo. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. § 1º Para ter acesso à gratuidade, basta que a pessoa idosa apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade. º Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos para as pessoas idosas, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para pessoas idosas 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no caput deste artigo. Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para pessoas idosas com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários mínimos; II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para as pessoas idosas que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários mínimos. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 41. É assegurada a reserva para as pessoas idosas, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade à pessoa idosa. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 43. As medidas de proteção à pessoa idosa são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidadede atendimento; III – em razão de sua condição pessoal. O parágrafo único do art. 49 prevê a responsabilidade administrativa, civil e criminal do dirigente de instituição prestadora de atendimento à pessoa idosa. Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de atendimento à pessoa idosa responderá civil e criminalmente pelos atos que praticar em detrimento da pessoa idosa, sem prejuízo das sanções administrativas • Celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o idoso discriminando o atendimento, obrigações, prestações etc • Fornecer vestuário adequado, se for pública, e alimentação suficiente. • Oferecer atendimento personalizado. • Preservar os vínculos familiares • Oferecer acomodações apropriadas para recebimento de visitas. • Propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças. • Comunicar à autoridade competente de saúde toda ocorrência de pessoa idosa portadora de doenças infecto-contagiosas • Providenciar ou solicitar que o MP requisite documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que não os tiverem • Fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem das pessoas idosas. Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos prestadoras de serviço às pessoas idosas terão direito à assistência judiciária gratuita. Aqui é realmente importante conhecer a literalidade das sanções. Para ajudar a decorar, observe que para as entidades governamentais as regras são mais interventivas na unidade, sendo possível o afastamento dos responsáveis, uma vez que são agentes públicos, enquanto não é possível a intervenção direta sobre entidades privadas, que são dotadas de autonomia privada. Também não se fala em fechamento das unidades não governamentais, e sim em interdição, que é uma medida em regra provisória, até que haja o retorno à normalidade do serviço. Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção à pessoa idosa terá início com requisição do Ministério Público ou auto de infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, por 2 (duas) testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) § 1o No procedimento iniciado com o auto de infração poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração. § 2o Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24 (vinte e quatro) horas, por motivo justificado. Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa, contado da data da intimação, que será feita: I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for lavrado na presença do infrator; II – por via postal, com aviso de recebimento. Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em entidade governamental e não governamental de atendimento à pessoa idosa terá início mediante petição fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos da pessoa idosa, mediante decisão fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 14.423, de 2022) t. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir. § 1o Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão 5 (cinco) dias para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo. § 2o Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária oficiará a autoridade administrativa imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de 24 (vinte e quatro) horas para proceder à substituição. 3o Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto, sem julgamento do mérito. § 4o A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento. Faculta-se a criação de varas especializadas e exclusivas para o atendimento à pessoa idosa (art. 70). Assegura-se a prioridade à pessoa idosa na tramitação dos processos, seja como parte ou como interveniente, e em qualquer instância (art. 71 Tal prerrogativa não cessa com a morte da pessoa idosa beneficiária, estendendo-se em favor do cônjuge ou companheiros, desde que maiores de 60 anos. 3º A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Pública da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária. Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente. Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado. Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio da pessoa idosa, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores
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