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Moeda Moeda é todo ativo que pode ser utilizado de forma imediata para realizar transações. Reserva de Valor: significa que a moeda pode ser guardada para comprar coisas depois. Unidade de conta: essa característica da moeda é o que nos permite dizer que uma camisa custa R$300 e que um refrigerante em lata custa R$3. Meio de troca: dizer que a moeda é o meio de troca é o mesmo que dizer que ela é utilizada para comprar qualquer tipo de bem ou serviço. Características da moeda baixo custo de estocagem, baixo custo de transação, difícil de falsificar, alta durabilidade, divisibilidade, transportável, manuseável, homogeneidade tipos de moeda Moeda-mercadoria: civilizações mais antigas utilizavam como moeda algumas mercadorias com valor intrínseco, o que significa que a própria moeda possuía algum valor de uso, podendo ser utilizada para algum fim que além da transação comercial. Padrão-ouro: uma moeda padrão-ouro é aquela que pode ser trocada por determinado valor em ouro, como se fosse um certificado vinculado a uma certa quantidade de ouro guardada em algum cofre. Por isso se diz que a moeda possui lastro. Fiduciária: essa é aquela moeda que só tem valor porque o governo disse que tem, e todo mundo acreditou. Escritural: moeda escritural é aquela representada pelos depósitos à vista que as pessoas têm nos Bancos Comerciais Demanda por Moeda Transação e Precaução : quanto mais renda as pessoas têm, mais moeda irão querer. Por isso, a demanda de moeda para transação e precaução varia na mesma direção que a renda. Quando a renda aumenta, aumenta a demanda por moeda relacionada a esses motivos. Quando a renda diminui, o movimento também é para baixo. Especulação a demanda por moeda varia em direção contrária às taxas de juros O M1 recebe o nome de Moeda ou Meios de Pagamento Estritos. É o papel moeda em poder do público + os depósitos a vista, que realmente são utilizados para transacionar. Existem ativos que são considerados Quase Moeda, por não apresentarem tanta liquidez quanto os depósitos à vista. São os Meios de Pagamentos em sentido Amplo: M2, M3 e M4 Banco Central e bancos comerciais, também chamados emissores de haveres monetários (M1) outros bancos e instituições financeiras não bancárias (M2) fundos de investimentos (M3) Governo Federal (M4) Base Monetária base monetária é composta pelo Papel Moeda em Circulação somado às reservas bancárias. Estas podem ser reservas voluntárias ou reservas compulsórias: BASE MONETÁRIA = PMC + RESERVAS COMPULSÓRIAS + RESERVAS VOLUNTÁRIAS As reservas bancárias, somadas ao caixa dos bancos comerciais, compõem o que chamamos encaixes bancários. ENCAIXES BANCÁRIOS=RESERVAS BANCÁRIAS+CXBACOMS Criação e destruição de moeda A criação e destruição de moeda são, respectivamente, o aumento e a diminuição de M1 sempre que ocorre uma transação em que o público recebe haveres monetários do setor bancário em troca de haveres não monetários, há criação de moeda. Por exemplo: quando você transfere dinheiro de sua poupança para sua conta corrente, ocorreu criação de moeda, pois você entregou um haver não monetário (poupança) para o sistema bancário, e recebeu um haver monetário (depósito à vista). A destruição de moeda, por outro lado, ocorre quando o público recebe haveres não monetários em troca de haveres monetários Ao adquirir cotas de um fundo de investimento (haver não monetário), por meio de débito em sua conta corrente (haver monetário), está ocorrendo destruição de moeda. Multiplicador Monetário Os bancos comerciais têm a capacidade de aumentar a quantidade de M1 ao aumentar os depósitos à vista. Eles fazem isso emprestando dinheiro. O sistema de reservas fracionárias Sistema que permite aos bancos manter apenas uma parte dos depósitos que recebe como reservas, podendo emprestar a fração restante. empresta > recebe depósito > empresta > recebe depósito > empresta” Com isso, os meios de pagamento (M1) costumam ser maiores que a base monetária. O Multiplicador Monetário O multiplicador monetário (m) é, por definição, a quantidade de vezes que os meios de pagamento (M1) são maiores do que a base monetária (B). Ou seja, ele mostra a relação entre M1 e B: Aumentos no percentual de depósitos à vista (d), aumentam o multiplicador Aumento das Reservas Compulsórias, Reduzem o multiplicador. Objetivos da política monetária De acordo com os keynesianos, a política monetária pode influenciar o nível de atividade e a renda da economia, ainda que apenas no curto prazo. Os monetaristas, por outro lado, defendem que o papel da política monetária deve ser limitado ao objetivo de garantir que a quantidade de meios de pagamento seja suficientemente para atender ao volume de transações do mercado real. Instrumentos de Política Monetária Convencional taxas de redesconto, a taxa de depósitos compulsórios e as operações no mercado aberto. Redesconto (empréstimo do BACEN aos bancos comerciais) reduzir a taxa de redesconto é uma política monetária expansionista Aumentar a taxa de redesconto é uma política contracionista Compulsórios Como instrumento de política monetária, sua eficiência é maior quando o objetivo é restringir a oferta monetária, já que a expansão da oferta monetária, ainda que o Bacen reduza o compulsório, dependerá do apetite dos bancos em emprestar. Note ainda que há duas formas de utilizar os depósitos compulsórios como instrumento de política monetária: (1) o aumento da exigência, e (2) o aumento da remuneração, ou seja, o aumento dos juros que remuneram esses depósitos, levando os bancos a recolherem maiores valores de forma espontânea. Claro que essa última hipótese trata de depósitos voluntários remunerados, e falaremos mais sobre eles adiante, mas achei melhor adiantar aqui pela estrita relação com os compulsórios Mercado Aberto (Open Market) Quando o Banco Central quer colocar mais dinheiro na economia, ele compra esses títulos. Por outro lado, quando deseja enxugar a liquidez, o Banco Central vende os títulos públicos dos quais é detentor. O mercado secundário também recebe o nome de mercado aberto, pois qualquer um pode participar. Como o Banco Central é proibido de financiar diretamente os gastos do governo (Lei de Responsabilidade Fiscal), a utilização de títulos públicos como instrumento de política monetária ocorre exclusivamente no mercado aberto. As operações do Banco Central Open Market são o instrumento de política monetária mais eficiente. A variação da oferta monetária ocorre de forma imediata; cada título adquirido do público injeta moeda na economia, e cada título vendido ao público retira moeda. OPERAÇÃO COMPROMISSADA Operação envolvendo títulos públicos com compromisso de recompra pelo vendedor e compromisso de revenda pelo comprador, para liquidação em data futura. As operações compromissadas no Selic só podem ser realizadas por instituições autorizadas pelo Banco Central. A taxa de juros apurada diariamente nas operações compromissadas de um dia útil é chamada taxa Selic . Para ser mais preciso, a taxa apurada diariamente é chamada overnight (ou Selic over), e então ela é anualizada, ou seja, com base na taxa diária é calculada uma taxa anual (considerando 252 dias úteis). Portanto, a taxa Selic é medida como uma taxa de juros anual. O Banco Central também realiza operações compromissadas no Selic, com o objetivo principal de conduzir a política monetária e convergir a taxa Selic para o nível desejado (falamos mais sobre isso no próximo tópico). E uma das principais formas de controlar a inflação é por meio da política monetária. Se a inflação estiver muito alta, o Banco Central promove uma política monetária contracionista, diminuindo a quantidade e moeda em circulação e elevando juros, uma combinação que tende a retrair a demanda e diminuir os preços. Afinal, com menos moeda em mãos, com crédito mais caro(juros altos), as pessoas tendem a comprar menos e, comprando menos, há menor pressão para os preços subirem; com pouca gente comprando, os vendedores não elevam os preços E o Regime de Metas de Inflação é adotado como diretriz para a política monetária exatamente para dar maior previsibilidade para os agentes econômicos a inflação, posto que a autoridade monetária firma o compromisso de perseguir determinado nível de inflação, e presta contas a esse respeito. 1. O Conselho Monetário Nacional (CMN) determina até junho a meta de inflação O Banco Central do Brasil (copom) define qual deve ser a taxa de juros para atingimento da meta: a Selic Meta. b. A cada 45 dias, diretores do BCB se reúnem no Copom (Comitê de Política Monetária), e revisam a Selic Meta. Para atingir a Selic Meta, o Banco Central realiza operações compromissados no Selic. Debate sobre depósitos remunerados dos bancos comerciais no BCB ▶ se quiser fazer política monetária expansionista, pode reduzir a remuneração dos depósitos, tornando preferível, para os bancos, realizarem empréstimos. ▶ se quiser fazer política monetária contracionista, pode elevar a remuneração dos depósitos, e os bancos vão colocar os recursos no Banco Central, em vez de emprestarem aos seus clientes. a) capacidade de propagação das decisões de política monetária pelo sistema financeiro. b) fácil entendimento pelos agentes financeiros c) simplicidade e reduzido custo operacional Com isso, foi aprovada, em 14 de julho de 2021, a lei nº 14.185/2021, autorizando o Banco Central a acolher depósitos voluntários à vista ou a prazo das instituições financeiras e não financeiras integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (como as Instituições de Pagamentos). • Os depósitos serão constituídos e liberados por meio de operações realizadas no âmbito do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). Ou seja, o registro na Selic é obrigatório, mas menos complexo e custoso do que as operações compromissadas. • O prazo máximo dos depósitos é de 12 meses. • A liberação antecipada dos depósitos (antes do prazo, portanto) depende de expressa anuência do Banco Central do Brasil. • As taxas de remuneração dos depósitos serão definidas por meio da realização de leilão competitivo ou serão previamente estabelecidas pelo BCB. • Os depósitos (naturalmente) não serão considerados na composição de qualquer recolhimento compulsório ou encaixe obrigatório. TAXAS E CURVA DE JUROS ► 6 meses, pagando o equivalente a 5,88% ao ano; ► 12 meses, pagando 6,85% ao ano; ► 24 meses, pagando 7,82% ao ano; ► 36 meses, pagando 8,23% ao ano; ► 48 meses, pagando 8,49% ao ano; Faz sentido que prazos mais longos paguem juros maiores, pois vão expor você a maiores riscos, incluindo a inflação, que muito provavelmente em 60 meses estará maior do que tem em 6 meses, concorda? POLÍTICAS MONETÁRIAS NÃO CONVENCIONAIS (PMNC) ▶ Sinalização ▶ Crédito ▶ Quase débito A política de sinalização, também chamada “canal de sinalização”, consiste em controlar as expectativas do mercado, por meio de compromissos e anúncios públicos do banco central. Por buscar controlar as expectativas futuras da economia, a política de sinalização também é chamada de “orientação para frente” (forward guidance). A política de crédito é de mais simples compreensão, pois consiste no banco central conceder empréstimos diretamente para instituições bancárias (canal estrito) ou não bancárias (canal amplo), afetando de forma mais direta as taxas de juros. Indo além, o governo também pode promover empréstimos diretamente aos tomadores, por meio de bancos públicos, o que no caso brasileiro significaria atuar por meio de Caixa, Banco do Brasil e BNDES. É uma atuação direta sobre as taxas de juros de longo prazo. Já as políticas de quase débito se manifestam com o banco central comprando definitivamente títulos públicos de longo prazo ou trocando-os por títulos de curto prazo. Isso pode ocorrer, basicamente, de duas formas: 1. com o banco central adquirindo os ativos, de forma definitiva, e promovendo a elevação da base monetária (flexibilização quantitativa, quantitative easing ou afrouxamento quantitativo); ou 2. com o banco central trocando títulos de longo prazo por títulos de curto prazo (flexibilização de metas). Nesse caso, não ocorre expansão da base monetária. CVM: Comissão de Valores Mobiliários ▶ Fiscalizar ▶ Normatizar ▶ Disciplinar ▶ Desenvolver Colegiado, composto por um Presidente e quatro Diretores Os membros do Colegiado da CVM têm mandato de 5 anos, vedada a recondução, devendo a cada ano um membro ser trocado, garantindo a renovação de 1/5 do colegiado a cada ano. TAG ALONG É um mecanismo legal que assegura aos acionistas minoritários ordinários, em caso de negociação do controle acionário da companhia, um pagamento mínimo em relação ao valor pago aos controladores de uma sociedade No Brasil, a Lei nº 10.303/01, obriga o controlador adquirente a realizar uma oferta de compra aos acionistas ordinários (com direito a voto) minoritários das ações remanescentes ao preço mínimo de 80% do valor pago por ação ao controlador. as ações preferenciais (PN), que recebem esse nome porque, apesar de não darem (em regra) direito a voto, dão direito a preferência na hora de receber os lucros distribuídos ou, em caso de dissolução da companhia, têm preferência no reembolso de suas ações. A legislação brasileira determina que pelo menos 25% dos lucros das companhias abertas devem ser distribuídos aos acionistas PN, e que devem receber no mínimo 10% a mais do que os acionistas ON. Se a empresa não distribuir lucros por três anos consecutivos, os acionistas PN passam a ter direito a voto. Subscrição Quando uma companhia obtém o registro da CVM para abrir seu capital, ela pode realizar a distribuição pública de suas ações junto a investidores no mercado, em uma operação conhecida como subscrição (ou, em inglês, underwriting) o Puro ou Firme: a subscritora assume amplamente o risco da colocação das ações no mercado, pois esse tipo prevê a integralização total das novas ações por parte da subscritora. Na prática, ela adquire as ações da empresa emitente, mas ela o faz por um valor um pouco menor (com deságio), assumindo a venda destas ações pelo preço normal e ficando com a diferença. Residual (Standby): a subscritora faz a colocação das ações no mercado por prazo determinado, subscrevendo a parcela de ações não vendidas nesse prazo. Portanto, ela assume residualmente as ações não negociadas no prazo determinado Melhor Esforço (Best Effort): como o nome indica, a subscritora se compromete em empreender os máximos esforços na colocação das ações emitidas. As ações não negociadas ficam com a companhia emitente. Acões tem 3 valores garantias aos debenturistas. a) Garantia Real: os ativos (como imóveis ou equipamentos) da sociedade emissora são dados em garantia. Assim, a companhia não pode negociar seus ativos até o vencimento das obrigações com os debenturistas. Esse tipo de emissão é limitado a 80% dos ativos. b) Garantia Flutuante: os debenturistas desse tipo têm prioridade geral sobre os ativos da companhia, sem qualquer impedimento na negociação dos bens. c) Garantia Quirografária (sem preferência): não há garantia real ou preferência sobre os ativos da companhia, ficando os debenturistas em condições idênticas aos demais credores quirografários (sem garantias) . d) Garantia Subordinada: em caso de liquidação da companhia emissora, os debenturistas terão privilégios somente em relação aos acionistas. DEBÊNTURES só pdem ser emitdas por companhias abertas Commercial Papers - notas promissórias comerciais ou notas promissórias comerciais – são títulos emitidos visando à captação pública de recursos para o capital de giro das empresas (“dinheiro para o dia a dia”), ou seja, normalmente têm vencimento de curtoprazo. O prazo máximo dos commercial papers, limitando-os ao curto prazo, é de 180 dias para empresas de capital fechado e 360 dias para empresas de capital aberto. não envolverem a remuneração de um banco intermediário e não incidir IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) Podem emitir commercial papers, para oferta pública, as companhias abertas ou fechadas, mediante autorização específica da CVM. Contudo, instituições financeiras, mesmo que sejam companhia abertas, não podem realizar oferta pública de commercial papers Os commercial papers não têm garantia real, podendo oferecer garantia de fiduciárias de terceiros, como fianças bancárias. 2.5.3.2 Mercado de Balcão O mercado de balcão é residualmente definido como todo ambiente, fora da bolsa de valores, onde ocorrem negociações de títulos e valores mobiliários. ▶ Mercado de Balcão Organizado: há registro das operações e supervisão da CVM, com regras mais flexíveis do que na bolsa e um sistema de negociação. A B3 possui um balcão organizado, o Balcão B3. ▶ Mercado de Balcão Não Organizado: é o ambiente onde não há registro sobre as operações ou sistema de negociação. Logo, não há transparência sobre os preços e as negociações. mercado a termo, são negociados contratos a termo, para compra e venda de ativos de referência com liquidação em data futura, com preço e prazo determinados. O preço a termo é definido, portanto, com base no preço do ativo de referência acrescido de juros. No mercado a termo, a liquidação ocorre apenas no término (vencimento) do contrato – daí o nome). TERMO = TERMINO Ao contrário dos contratos futuros, cuja negociação ocorre no mercado futuro, também para compra e venda de ativos de referência com liquidação em data futura, com preço e prazo determinados, mas ocorrendo pagamentos de ajustes em caso de variação no preço do ativo referência ao longo do prazo contratado. TAXAS DE CÂMBIO Se a taxa aumentar para 6, dizemos que a taxa de câmbio se elevou, e isso é o mesmo que dizer que houve desvalorização da moeda nacional, pois agora precisamos de mais reais para comprar o mesmo dólar. No Brasil, usamos a chamada cotação direta, também chamada convenção do incerto: medimos quanto de nossa moeda é necessário para adquirir uma unidade da moeda estrangeira. Dizemos que U$1 custa R$5. Se adotássemos o método indireto, ou convenção do certo, diríamos que R$1 compra U$0,20. Dá no mesmo, mas é um pouco inconveniente lidar com valores fracionários. Taxa de câmbio real A taxa de câmbio nominal informa o preço de uma moeda em relação à outra, e apenas isso. Então, podemos dizer que a taxa nominal é o preço relativo das moedas de dois países A taxa de câmbio real, por outro lado, é o preço relativo dos bens de dois países. Isso significa que a taxa de câmbio real informa a taxa na qual podemos trocar bens de um país por bens do outro país. Por isso, ela também é conhecida como termos de troca. Essa taxa de câmbio real de 0,8 significa que, na verdade, o americano não pode comprar, no mercado brasileiro, tanto quanto pensou que podia com seus dólares. Afinal, se ele pegar os 20.000 dólares que ele tem e comprar 80.000 reais, não conseguirá, com isso, comprar aqui o mesmo carro que compraria lá nos EUA Isso também significa que o real vale mais que o dólar em termos reais. Afinal, não importa o número que está impresso na nota, mas quantos bens ela pode comprar! É a taxa de câmbio real que “manda” nas importações e exportações. Se a taxa de câmbio real se elevar (desvalorizar), significa que houve desvalorização real da moeda nacional, e aumentarão as exportações. De acordo com a definição de taxa de câmbio real, há três coisas que podem provocar essa elevação da taxa de câmbio: 1. Elevação da taxa de câmbio nominal ; 2. Elevação do nível de preços estrangeiros; 3. Redução do nível de preços domésticos. Se os juros reais de um país forem superiores aos juros reais internacionais, esse país tende a atrair divisas. países e investimentos com maior grau de risco precisam compensar o investidor pagando juros mais altos: a esses “juros mais altos”, chamamos prêmio de risco. Sem o prêmio de risco, esses países tenderão a perder reservas internacionais e suas moedas tendem a desvalorizar. A relação câmbio-inflação É amplamente aceito pela doutrina e pelas bancas que desvalorizações da moeda nacional (aumento da taxa de câmbio) tendem a aumentar a inflação. Um dos motivos é que quando a moeda doméstica está valendo pouco, os produtos importados ficam mais caros para as empresas brasileiras que utilizam alguns desses produtos como insumos ou como capital, portanto, isso significa aumento nos custos de produção nacionais e, portanto, aumento nos preços. Art. 5º Para ser autorizada a operar no mercado de câmbio, a instituição financeira deve: I - apresentar projeto, nos termos fixados pelo Banco Central do Brasil, indicando, no mínimo, os objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas para assegurar a observância da regulamentação cambial e prevenir e coibir os crimes tipificados na Lei 9.613, de 3 de março de 1998; II - indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao mercado de câmbio. Art. 7° O Banco Central do Brasil, no que diz respeito às autorizações concedidas na forma deste capítulo, pode, motivadamente: I - revogá-las ou suspendê-las temporariamente em razão de conveniência e oportunidade; II - cassá-las em razão de irregularidades apuradas em processo administrativo, ou suspendê-las cautelarmente, na forma da lei; III - cancelá-las em virtude da não realização, pela instituição, de operação de câmbio por período superior a cento e oitenta dias. 180 dias Instituições autorizadas a operar com câmbio ► bancos múltiplos ► bancos comerciais ► caixas econômicas ► bancos de investimento ► bancos de desenvolvimento ► bancos de câmbio ► sociedades de crédito, financiamento e investimento (as “financeiras”) ► sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários ► sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ► sociedades corretoras de câmbio ► agências de fomento Os bancos de câmbio são instituições financeiras que podem realizar operações de câmbio e operações de crédito vinculadas ao câmbio sem restrições de valor. Como seu próprio objeto social é operar com câmbio, o banco de câmbio não precisa de autorização específica: está autorizado a partir do momento que o BCB autoriza seu funcionamento. Art. 8º As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo contraparte na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada a legalidade da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na respectiva documentação. As operações de câmbio acima de 10 mil dólares precisam ser formalizadas em contrato de câmbio caso a operação seja abaixo de 10 mil dólares, não é necessário formalizar contrato, mas a operação ainda deve ser registrada no Sistema Câmbio ► Liquidação Pronta: realizada em até dois dias úteis Liquidação Futura: realizada após dois dias úteis ► Carta de Crédito: é um contrato por meio do qual o banco se compromete em honrar uma obrigação caso seu cliente não o faça. Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC): é um contrato de antecipação parcial ou total, em moeda doméstica, do valor da moeda estrangeira a ser recebida em data futura. ► Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE): igual ao ACC, com uma diferença importante – no ACE, o banco só realiza o pagamento do adiantamento para você após o embarque da mercadoria para exportação ► Nivelada: quando o total de compras equivale ao total de vendas. ► Comprada: quando o total de compras é maior que o total de vendas. ► Vendida: quando o total de compras é menorque o total de vendas. Além disso, o BCB realiza a consolidação somando a posição de todas as instituições autorizadas a operar com câmbio, obtendo a chamada posição de câmbio do SFN (Sistema Financeiro Nacional), que não inclui a posição do próprio BCB. Portanto, uma operação entre duas instituições do mercado cambial não altera a posição do SFN, pois uma necessariamente ficará comprada e outra vendida, no mesmo valor. Por outro lado, as operações entre o BCB e uma instituição podem impactar a posição do SFN. As vendas do BCB, por exemplo, geram uma operação de compra do ponto de vista dos bancos, o que aumenta a posição comprada ou reduz a posição vendida do banco e do sistema. Por analogia, as operações de compra do BCB reduzem a posição comprada ou aumentam a posição vendida dos bancos e do sistema. ▶ Taxa de Câmbio Oficial (Antigo Dólar Comercial): parâmetro para as operações oficiais de compra e venda de moeda em transações com o exterior. ▶ Taxa de Câmbio para Repasse e Cobertura: é parâmetro para as operações de repasse dos bancos ao BC, quando não encontram aplicações para eventuais excessos na posição comprada; ou de cobertura, quando não encontram compradores para eventuais excessos na posição vendida. Taxa de Câmbio Interbancário Pronta (Dólar Pronto): parâmetro para as operações de compra e venda de moeda entre os bancos no segmento comercial para entrega em 48 horas. Taxa PTAX do Banco Central: é a taxa média de compra e venda do dólar americano, no mercado interbancário (secundário), apurada pelo BC de acordo com sua metodologia de cálculo Taxa de Câmbio de Mercado de Cabo (Dólar Cabo): parâmetro de compra e venda de moeda que será usado para transferência direta de e para o exterior usadas para a evasão de divisas. Trata-se de um mercado ilegal. ▶ Taxa de Câmbio de Mercado Paralelo (Dólar Paralelo): parâmetro de compra e venda de moeda adquirida fora dos meios oficiais via doleiros, atividade também ilegal. Sistema de Pagamentos Brasileiro O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), é o conjunto de entidades e sistemas que atuam para realizar as transferências de recursos do SFN. Em outras palavras, o SPB é a infraestrutura que proporciona a liquidação e a custódia de recursos no Brasil. E como o SPB é a infraestrutura do mercado financeiro, as entidades que o compõem recebem o nome de entidades operadoras de Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF). Além das IMF, responsáveis pelos sistemas que compõem o SPB, também fazem parte dele as instituições financeiras, as instituições de pagamento e os arranjos de pagamento Formas de liquidação Os bancos comerciais e algumas outras instituições financeiras possuem uma conta no Banco Central chamada reservas bancárias. moeda de banco comercial - liquidação entre contas de um mesmo banco. moeda de banco central - liquidação nas contas de reservas dos bancos no banco central. sistemas de liquidação de obrigações interbancárias Segundo Ornelas, um sistema de liquidação de obrigações interbancárias é um conjunto de definições e infraestrutura compostos minimamente por: há três principais tipos de sistemas de liquidação ► Liquidação diferida líquida (LDL) ► Liquidação bruta em tempo real (LBTR) ► Híbrido O sistema LBTR (Liquidação Bruta em Tempo Real) é mais simples de entender: nele, cada liquidação é feita pelo seu valor bruto, e naquele instante, não sendo acumulada ao longo do tempo (como ocorre no LDL). Como as liquidações ocorrem em tempo real, no sistema LBTR há menor risco de liquidação. Por outro lado, há alta necessidade de liquidez e de recursos. No LDL (Liquidação Diferida Líquida), as liquidações ocorrem, como o nome indica, no “futuro” (diferida) e pelo valor do saldo final (líquido) de todas as operações entre os participantes. Isso significa que elas são compensadas. Sendo assim, cada banco compensa o que tem a receber com o que tem a pagar. . Isso aumenta o risco de liquidação, Por outro lado, possui baixa necessidade de recursos e de liquidez, Estrutura do Sistema de Pagamentos Brasileiro O SPB passou por uma grande reestruturação em 2002, com a criação do Sistema de Transferência de Reservas (STR), e novamente em 2013, com o surgimento das instituições de pagamentos e dos arranjos de pagamentos. Por fim, tivemos o Pix em 2020. Na reforma de 2002, segundo Ornelas, os principais avanços foram: a) Monitoramento, em tempo real, do saldo de cada conta Reservas Bancárias e Conta de Liquidação, não sendo admitido saldo devedor em qualquer momento; Como vigilante, cabe ao BC assegurar que as IMF em operação no Brasil sejam administradas consistentemente com os objetivos de interesse público, mantendo a estabilidade financeira e reduzindo o risco sistêmico. Como regulador, o BC atua no sentido de converter as políticas estabelecidas em regras a serem aplicadas às IMF, além de adequar o arcabouço normativo brasileiro, quando relevante, ao que recomendam os organismos internacionais concernentes. Sistemas de transferência de fundos STR DOC (descontinuado em 2023): abreviação de Documento de Ordem de Crédito, era uma ordem de transferência interbancária (de um banco para outro) de fundos em monta inferior a R$5.000. A liquidação dos DOCs ocorria em D+1, ou seja, no dia útil seguinte à ordem. Com essas limitações, fica mais óbvio o motivo pelo qual foi descontinuado TED: a Transferência Eletrônica Disponível também é uma ordem. As principais diferenças em relação ao extinto DOC são que a TED não possui valor máximo e, desde 2016, não possui também valor mínimo. Além disso, DOC e TED se diferenciam pela forma de liquidação e pelo sistema em que transitam, algo que ficará claro adiante STR - Sistema de transferência de reservas Instituído em 2002, por meio da Circular BCB nº 3.100/2002, o STR é o núcleo do SPB. É nele onde ocorrem as liquidações finais de todas as obrigações financeiras do Brasil. Ele funciona como um sistema do tipo LBTR (liquidação bruta em tempo real Contas no BC podem ser de 2 tipos Conta de Reservas Bancárias; Conta de Liquidação A conta de Reservas Bancárias é obrigatória para bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e para a Caixa Econômica Federal, e facultativa para bancos de investimento, bancos de câmbio, bancos de desenvolvimento e bancos múltiplos sem carteira comercial A Conta de Liquidação é obrigatória para câmaras prestadores de serviço de compensação e liquidação sistemicamente importantes (vistos adiante) e opcional para aqueles que não são sistemicamente importante, bem como para as instituições de pagamento e outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. As transferências de fundos no STR são irrevogáveis A forma de “desfazer” uma transação é por meio de outra transação no sentido contrário. Além disso, para garantir a solidez do sistema, no STR não há possibilidade de lançamentos a descoberto (não se admite saldo negativo). ARRANJOS DE PAGAMENTO Conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores. ► Instituidor de Arranjo de Pagamento: pessoa jurídica responsável pelo arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada ao arranjo de pagamento. O Banco Central, por exemplo, é o instituidor do Pix, Ted, Doc e Boleto. ► Instituição de Pagamento (IP): pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, a prestação de serviços de pagamentos. c. gerir conta de pagamento; d. emitir instrumento de pagamento; g. converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, ► Instituição de Pagamento (IP): não pode fazer emprestimos. saldo das contas correntes é conhecido como moeda escritural saldo das contas de pagamentoé moeda eletrônica, Instituição de Pagamento (IP) Uma IP é uma instituição não financeira, constituída como sociedade limitada ou anônima (Ltda. ou S.A.) que executa serviços de pagamento. A Lei nº 12.865/2013 (aquela que dispôs sobre os arranjos de pagamento) determinou princípios a serem observados pelos arranjos e pelas instituições de pagamento: I. interoperabilidade ao arranjo de pagamento e entre arranjos de pagamento distintos I. solidez e eficiência dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessários ao funcionamento dos arranjos de pagamento; V. atendimento às necessidades dos usuários finais, em especial liberdade de escolha confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços de pagamento inclusão financeira, observados os padrões de qualidade, segurança e transparência equivalentes em todos os arranjos de pagamento Tipos de instituição de pagamento A lei também é clara em definir que os recursos mantidos em contas de pagamento, pelos clientes, não se confundem com o patrimônio da IP, não respondendo por nenhuma obrigação da instituição, nem em caso de falência ou liquidação. Não integram o Sistema de Pagamentos Brasileiro e, portanto, não são regulados ou supervisionados pelo Banco Central, arranjos de pagamento1 : a) que apresentem volumetria inferior a: o R$20 bilhões de valor total das transações, acumulado nos últimos doze meses; E o 100 milhões de transações, acumuladas nos últimos doze meses. b) aceitos apenas na rede de estabelecimentos; c) destinados exclusivamente para o pagamento de serviços públicos prestados diretamente pelo poder público ou sob regime jurídico de outorga, concessão, permissão ou autorização. d) em que o instrumento de pagamento for: oferecido no âmbito de programa destinado a conceder benefícios a pessoas naturais em função de relações de trabalho, de prestação de serviços ou similares; o destinado à utilização do auxílio-alimentação (previsto na Consolidação das Leis do Trabalho), para o pagamento de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares ou para a aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais PIX E SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS o Pix é um arranjo de pagamentos e faz parte do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) é o sistema de liquidação de obrigações por trás do Pix, que funciona no padrão LBTR. Características do Pix um pagamento por Pix pode ser feito usando conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. •Essa pouca gente sabe, mas um Pix pode ser feito com os dados bancários "tradicionais": agência, conta e CPF/CNPJ do recebedor. •Nesse caso, o pagador preenche os mesmos campos que preencheria para fazer uma TED, mas o pagamento é instantâneo e 24x7. •Portanto, o recebedor não precisa ter uma chave Pix cadastrada O sistema de chaves também permitirá o pagamento por aproximação não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Por determinação do Banco Central, durante o dia (entre 6 e 20h), esse limite deve ser o mesmo estabelecido para TEDs, no caso de transferências entre pessoas físicas. Ainda há limite máximo de valor de R$1.000 para transferências via Pix feitas entre pessoas físicas durante o horário noturno. Esse horário é definido como entre 20 e 6h. Os usuários também podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor. Em caso de aumento dos limites, o prazo é entre 24 e 48 horas. Fintech, em regra, a empresa precisa ter base tecnológica e um negócio escalável relacionado à prestação de serviços financeiros os bancos digitais e os bancos digitalizados – ou digitalização de bancos. em bancos digitalizados, algumas operações ainda exigem a presença do cliente, ou outra forma de interação não digital, como assinatura de contratos impressos para posterior envio ao banco. Open Finance É o processo de compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por meio da abertura e integração de sistemas das instituições participantes. os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições financeiras. Por meio do Open Finance, clientes bancários podem, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. São participantes do Open Finance as instituições financeiras, as instituições de pagamentos e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. Os grandes bancos são participantes obrigatórios, enquanto as demais são facultativas Fases de Implementação A Fase 1 contemplou o compartilhamento de dados sobre as instituições participantes, como canais de atendimento e produtos e serviços relacionados a contas de depósitos, contas de pagamento pré-pagas, cartão de crédito operações de crédito de varejo disponíveis para contratação. Na Fase 2, ocorreu compartilhamento de dados dos clientes, incluindo os dados cadastrais (nome, endereço, idade etc.) e os dados transacionais (movimentações, compras, pagamentos) sobre os produtos e serviços contemplados na fase 1. Na Fase 3, ocorreu compartilhamento de serviços, incluindo iniciação de transação de pagamento (débito em conta, transferências entre contas na própria instituição, DOC, TED, PIX e pagamento de boletos) e encaminhamento de proposta de operação de crédito. Na Fase 4, ocorreu compartilhamento de outros dados, como produtos e serviços relacionados a operações de câmbio, credenciamento em arranjos de pagamento, investimento, seguros e previdência complementar aberta e transacionais de clientes relacionados a contasalário, operações de câmbio, credenciamento em arranjos de pagamento, investimento, seguros e previdência complementar aberta. Regras e Procedimentos do Open Finance chamada de interface: requisição de dados e de serviços apresentada pela instituição receptora de dados ou iniciadora de transação de pagamento à instituição transmissora de dados ou detentora de conta j) assinatura de método: é a identificação única de cada método, que consiste na definição do nome do método, bem como dos parâmetros de entrada e saída em uma função de programação objetivos do Open Finance: 1. incentivar a inovação; 2. promover a concorrência; 3. aumentar a eficiência do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro; e 4. promover a cidadania financeira. Princípios 1. transparência; 2. segurança e privacidade de dados e de informações sobre serviços compartilhados 3. qualidade dos dados; 4. tratamento não discriminatório; 5. reciprocidade; 6. interoperabilidade: : o consentimento do cliente é necessário para compartilhar dados de cadastro, transações e serviços relacionados a ele 1 Participação no Open Finance I. no caso do compartilhamento de dados: a) de forma obrigatória, as instituições enquadradas nos Segmentos 1 (S1) e 2 (S2) ) de forma voluntária, as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central; no caso do compartilhamento de serviço de iniciação de transação de pagamento, de forma obrigatória: a) as instituições detentoras de conta; e b) as instituições iniciadoras de transação de pagamento Consentimento e Revogação I. ser solicitado por meio de linguagem clara, objetiva e adequada; II. referir-se a finalidades determinadas; III. ter prazo de validade compatível com as finalidades; IV. discriminar a instituição transmissora de dados ou detentora de conta, conforme o caso; V. discriminar os dados ou serviços que serão objeto de compartilhamento, observada a faculdade de agrupamento; VI. incluir a identificação do cliente; e VII. ser obtido após a data de entrada em vigor da Resolução Conjunta. É vedado obter o consentimento do cliente: I. por meio de contrato de adesão;II. por meio de formulário com opção de aceite previamente preenchida; ou III. de forma presumida, sem manifestação ativa pelo cliente. A revogação deve ser efetuada: I. em até um dia, contado a partir da solicitação do cliente, no caso do compartilhamento de serviço de iniciação de transação de pagamento II. de forma imediata, para os demais casos A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) corresponde ao modelo Peer to Peer Lending (empréstimo ponto a ponto), colocando em contato pessoas (ou empresas) que estão buscando empréstimos a investidores buscando retornos acima da média. Ou seja, trata-se de instituição que oferta uma plataforma de interação entre pessoas em situação credora a outras em situação devedora, de modo que os credores possam realizar empréstimos aos devedores a Sociedade de Crédito Direto (SCD) corresponde ao modelo em que a instituição financeira tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única origem capital próprio. Uma informação importante é que as SEP e as SCD só podem operar por meio de plataforma eletrônica (aplicativo ou site, por exemplo). Ou seja, elas não podem operar de forma presencial, física Startup Jovens, escalável, ambiente de incerteza • B2C: significa “business to consumer”, e indica que a empresa tem como clientes os consumidores finais B2B: significa “business to business”, e então o cliente da empresa é outra empresa. B2B2C: quer dizer “business to business to consumer”, e indica que o objetivo da empresa é realizar parcerias com outras empresas para atender ao consumidor final. ATUALIDADES, TENDÊNCIAS E DESAFIOS O estudo mostra que o mobile banking continua sendo o canal preferido dos clientes, com 53,6 bilhões de transações, representando 84% do total O Pix também se destaca, com 17,8 bilhões de transações, um aumento de 75% em comparação com 2021. A pesquisa ressalta a importância da digitalização para a inclusão financeira, com 37,5 milhões de novas contas abertas em 2022, sendo 83% delas por meio digital. A pesquisa também mostra que 8 em cada 10 transações bancárias são digitais, com destaque para o Pix, que teve um aumento de 105% no volume de transações em 2022 SHADOW BANKING Sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do sistema bancário tradicional. Por um lado, tais atividades podem ser complementares ou concorrentes às desempenhadas pelo sistema bancário tradicional, ampliando o acesso ao crédito e provendo fontes alternativas de investimento, contribuindo, dessa forma, para uma maior eficiência do mercado financeiro Opa! Então o shadow banking não é necessariamente ilegal, e ainda pode aumentar a eficiência do mercado? Sim! Por isso eu alertei para tomar cuidado com o aparente sentido pejorativo de “shadow”. Por outro lado, o shadow banking pode ser fonte de risco sistêmico, por envolver, sem a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários, tais como alavancagem, transformações de maturidade e de liquidez e transferência de risco de crédito BANCOS TRADICIONAIS Entidades que realizam intermediação financeira, captando recursos de alta liquidez e aplicando em operações com maturidade longa, sob regulação e supervisão de uma autoridade (banco central) • Maturidade longa significa que as operações ativas do banco levam muito tempo para serem rentabilizadas (dar lucro) e que o dinheiro emprestado fica indisponível por muito tempo. Quando o banco concede um empréstimo, seja de 3 ou de 420 parcelas mensais, ele não pode, em regra, dispor daquele dinheiro antes disso Com isso, já podemos ver claramente algumas diferenças. No que diz respeito às operações, o shadow banking poderia ser chamado mirror banking (banco-espelho), pois elas são o oposto do tradicional: do lado passivo, essas entidades têm obrigações de longo prazo, enquanto seus ativos são de curto prazo. E como você já sabe, atuam fora do radar das autoridades financeiras e bancárias. deve estar atento ao fato que o shadow banking está mais relacionado à atividade do que a instituições. Em outras palavras, instituições tradicionais podem praticar atividades de shadow banking. Em alguns casos, essas instituições são até supervisionadas pelo Banco Central, mas algumas de suas atividades podem ter características de shadow banking e estar “fora do radar” importantes característica das atividades de shadow banking: • Transformação da maturidade ou liquidez: pegam operações de longo prazo e transformam em operações de curto prazo, ou vice-versa Transferência imperfeita de risco de crédito: quem fica com o risco de crédito não tem o mesmo nível de informação de quem concedeu o crédito, ao mesmo tempo em que o concessor de crédito pode agir com de forma menos cuidadosa do que agiria se fosse ficar com o risco. Alavancagem: operam de forma que os riscos e retornos são amplificados Arbitragem regulatória Procedimento no qual uma entidade escolhe o tipo de regulação ao qual se submete. não fazem parte do conceito de shadow banking: sistema bancário tradicional – seguradoras, fundos de pensão Considerando que os fundos de investimento são o principal tipo de entidade que desempenha essas atividades(shadown baking) no país (cerca de 90% do valor das operações CORRESPONDENTES BANCÁRIOS Do ponto de vista do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, um dos objetivos ao regular e estimular esse tipo de serviço é levar produtos financeiros para regiões e cidades não atendidas diretamente por bancos, ou seja, promover a bancarização. Por fim, estabelecimentos comerciais ou outros negócios, ao se tornarem Correspondentes Bancários, conseguem uma fonte alternativa de receitas e um fluxo de potenciais clientes em seus estabelecimentos. Vantagens Atividades dos Correspondentes Bancários Atualmente, as atividades do correspondente podem ser de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da instituição financeira contratante a seus clientes e usuários, incluindo I. recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante; realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante; III. recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários; recepção e encaminhamento de propostas de operações de crédito e de arrendamento mercantil recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante; . realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, incluindo. a. Compra e venda de moeda estrangeira em espécie (limitadas a US$1.000,00) b. Cheque, cheque de viagem e cartão pré-pago (limitadas a US$3.000,00) . c. Execução de ordens de pagamento do exterior ou para o exterior. d. Recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como controle e processamento de dados. Contratação dos Correspondentes Bancários Para começar, as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central só podem contratar, para desempenhar as atividades previstas na resolução, correspondentes no país E ali eu falei que quem pode contratar são as “instituições financeiras e outras instituições autorizadas a funcionar pelo BCB”, ou seja, estamos diante de mais um uso um tanto impreciso do termo “bancários” (em correspondentes bancários), pois Financeiras, Administradorasde Consórcios e outras instituições também podem ter correspondentes. Não é exclusividade de bancos. Um ponto importante, é que os correspondentes podem atuar de forma pessoal ou por meio de plataforma eletrônica (correspondentes digitais). a instituição contratante deve realizar os seguintes procedimentos de informação ao Banco Central do Brasil ▶ designar diretor responsável pela contratação de correspondentes no País e pelo atendimento prestado por eles; ▶ informar a celebração de contrato de correspondente, bem como posteriores atualizações e encerramento, discriminando os serviços contratados; proceder à atualização das informações sobre os contratos de correspondente enviadas até a data de entrada em vigor desta resolução; e Sendo assim, o Banco Central não precisa aprovar previamente contratação de um correspondente: a instituição só precisa informar vedação à utilização, pelo contratado, de logomarca ou de outros atributos que sejam similares aos adotados pela instituição contratante em suas agências, postos de atendimento, sítio eletrônico na internet, aplicativo ou outras plataformas de comunicação em rede . realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o correspondente, no máximo, a cada dois dias úteis o correspondente pode substabelecer o contrato, ou seja, contratar uma empresa para atuar como “correspondente do correspondente”. Mas só é permitido substabelecer num único nível, caso prevista essa possibilidade no contrato inicial entre o correspondente e a instituição, e não pode incluir as atividades de câmbio ▶ Concluímos que os mais pobres, pessoas que trabalham no mercado de trabalho informal, os moradores de pequenas cidades do Nordeste, e os clientes da Caixa Econômica Federal são mais propensos do que os outros a usar correspondentes bancários para realizarem saques. ▶ Moradores de pequenas cidades e, principalmente, pequenas cidades onde há poucas agências bancárias e clientes da Caixa Econômica são mais propensos a depositar em correspondentes bancários. ▶ As chances de uma pessoa de uma pequena cidade no Nordeste utilizar correspondentes para depósitos são 33% maiores do que para o resto do país.