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INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO E-BOOK O que é a Administração APRESENTAÇÃO Olá! Nos tempos dos primórdios, quando o capitalismo começou a ganhar força em relação à produtividade, foram identificadas algumas práticas de gestão que se designaram a visualizar a administração como ciência. Nesta época em que as atividades eram voltadas para o sistema fabril, as formas de gestão eram baseadas no empirismo (erros/acertos) em prol do objetivo que era enfatizar os acertos. Posteriormente, com o avanço tecnológico e as conquistas alcançadas, a gestão foi adotando uma posição dentro das organizações. Contudo, até o início do século XX esse ritmo foi lento, considerando a predominância de pequenas organizações. É possível afirmar que após esse período, a história da administração se fez com as ideias de estudiosos com a Revolução Industrial, considerando o avanço tecnológico que fez a passagem da produção artesanal para a industrial. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver as principais Teorias da Administração que possibilitam entender a evolução e o cenário da administração na atualidade. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a importância da história e do surgimento da administração.• Identificar a evolução das teorias administrativas até a atualidade.• Relacionar os conceitos de eficiência e efetividade dentro do universo empresarial.• DESAFIO A empresa XY Associadas, prestadora de serviços na área comercial, destaca-se pela forma única de atender seus clientes, sendo reconhecida no mercado em que atua há 20 anos. Com cerca de 50 funcionários, a empresa sempre foi reconhecida pelo método informal de tratar seus colaboradores e pelo clima amistoso no ambiente de trabalho. Nos últimos tempos, com a chegada da nova gestão, que adotou uma linha de trabalho diferente da antiga, a empresa passa a enfrentar dificuldades em relação ao clima de tensão no ambiente de trabalho e um número elevado de pessoas pedindo demissão. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Você, consultor na área de Gestão e Negócios, foi contratado para auxiliar a direção da empresa XY a identificar o que pode estar ocorrendo na empresa e fazendo com que seus colaboradores estejam pedindo demissão. Utilize os conhecimentos adquiridos durante a unidade para construir a sua resposta. INFOGRÁFICO No Infográfico a seguir você vai ver que a administração como é conhecida hoje, resulta de um longo processo que teve a contribuição de diversos estudiosos. As Teorias da Administração evoluíram mais intensamente a partir do século XX. Apesar da diversidade de escolas, elas procuram se completar pois desta maneira disponibilizam diferentes formas de compreensão sobre o processo gerencial dentro das organizações. Assim, atingem o objetivo de aperfeiçoar a empresa sob a ótica do desempenho e dos resultados. CONTEÚDO DO LIVRO No início, as formas de gestão eram baseadas nos acertos e, assim, desconsiderando os erros, em prol do objetivo que era enfatizar os acertos, uma vez que as atividades eram voltadas ao sistema fabril. Posteriormente, com o avanço tecnológico e as conquistas alcançadas, a gestão foi adotando posição dentro das organizações. No capítulo O que é Administração, da obra Teoria Geral da Administração I, você vai ver como a história da administração relaciona-se com as escolas de gestão e os resultados dentro das organizações. Boa leitura. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I Clarisse Dias O que é a administração Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a importância da história e do surgimento da Administração. Identifi car a evolução das teorias administrativas até a atualidade. Relacionar os conceitos de efi ciência e efetividade dentro do universo empresarial. Introdução Neste capítulo, você observará que, nos tempos primórdios, quando o capitalismo começou a ganhar força, identificou-se, na produção, algu- mas práticas de gestão que se designavam a visualizar a Administração como ciência. No início, as formas de gestão eram baseadas nos acertos, desconsi- derando os erros, uma vez que as atividades eram voltadas ao sistema fabril. Posteriormente, ao longo do tempo, dos avanços e das conquistas alcançadas, a gestão foi sendo adotada dentro das organizações. Contudo, até o início do século XX, este ritmo foi lento, considerando a predomi- nância de pequenas organizações. Após este período, podemos afirmar que a história da administração se fez de estudiosos junto à revolução industrial, considerando, em suma, o avanço tecnológico que impulsionou a passagem da produção artesanal para a industrial. Evolução das Teorias administrativas Sempre existiu uma forma de administrar, mesmo sendo rudimentar, que contribuiu para o desenvolvimento da Teoria Administrativa de um modo geral, fomentando e alicerçando as conquistas ao longo dos tempos. Um dos primeiros trabalhos sobre a Teoria da Administração foi feito no despertar do século XX, quando os engenheiros desenvolveram trabalhos voltados à Administração. Assim, conhecemos um personagem que podemos denominar de um dos grandes precursores dos estudos da Administração: Frederick Winslow Taylor, que criou a Escola de Administração Científica (1856-1915), a qual propunha a divisão da produtividade, tornando as atividades repetitivas e superficiais. Com isso, obtinha-se um controle do que era reali- zado, premiando o trabalhador que produzisse mais, em menos tempo. Neste período, os trabalhadores eram substituídos a todo momento, pois o que se esperava era que ele produzisse em grande quantidade e em pouco tempo. Não se exigia que o trabalhador tivesse experiência, desconsiderando investimentos em formação e treinamentos, tornando o processo de demissão mais prático. Observamos que, em um primeiro momento, a Administração era tratada como trabalho racional. Posteriormente, foi estendida aos princípios da Ad- ministração, o que considerava a redução de custos, a ociosidade do traba- lhador, entre outros fatores. Neste momento, então, fez-se necessário cativar o trabalhador a colaborar com a organização, gerando lucro e beneficiando-o financeiramente. Neste momento, ainda, o trabalhador era associado ao pro- cesso de trabalhar somente pelo retorno financeiro. É neste momento que ocorre o primeiro passo da Teoria Administrativa, apesar das dificuldades encontradas no decorrer do processo. Assim, enquanto Taylor desenvolvia a sua Teoria, nos Estados Unidos, sobre a Administração Científica (1903), a Teoria Burocrática (1909) evidenciava a organização, adequando-se exclusivamente à racionalidade e à eficiência. Muitos dos as- pectos burocráticos podem ser reconhecidos nos modelos de Taylor e Fayol. Jules Henri Fayol, engenheiro francês, grande precursor da Administração Clássica e autor da Administração Industrial, divulgava o desenvolvimento, abordando a Administração como Gestão Administrativa. A Teoria Burocrática também defende que cada funcionário deve agir dentro da organização, sendo possível que suas emoções possam interferir no desempenho de suas funções. Um modelo de administração o qual admi- nistradores resistiram a adotar. Funcional versus hierarquia versus autoridade O que é a administração2 Enquanto isso, na França, crescia rapidamente a Teoria Clássica da Ad- ministração (1916), liderada por Fayol. Nesse momento, o que se destaca é a realização de tarefas, por parte da Administração Científica, em contrapartida à construção da organização para ser eficiente, por parte da Teoria Clássica. Identificada como um movimento contrário à Teoria Clássica, a Teoria das Relações Humanas (1932) foi criada pelas ideias de Elton Mayo, combatendo o formalismo na Administração. Já a Teoria Estruturalista (1947) chega objetivando a integração das escolasjá mencionadas até o momento, e adota um comportamento moderno às demais escolas quando reconhece que ocorrem conflitos dentro das organizações, e que é preciso rever para o desenvolvimento de ambos. A Teoria dos Sistemas (1951), como o próprio nome já diz, reconhece a organização como um sistema, assim como o meio que esta envolve. Objetiva produzir teorias e formulações que auxiliem na resolução dos problemas da organização. Esse foi o momento em que o trabalhador começou a se preo- cupar com a eficiência de seu trabalho, identificando, assim, o surgimento da Teoria Neoclássica (1954), considerando vantagens e desvantagens que a descentralização proporciona. Uma gestão de sucesso se concretiza quando gerida democraticamente com diretrizes específicas e identificando as particularidades do grupo. Grupo este estimulado por um líder que, além de estar engajado com os objetivos da gestão, também deve pertencer a este grupo. A Teoria Comportamental (1957) foca no comportamento e em soluções democráticas aos problemas organizacionais. Seguindo este ritmo, o Desen- volvimento Organizacional (1962) surge atuando no desenvolvimento das organizações, com pessoas diferentes trabalhando em prol de um mesmo objetivo. Na Teoria da Contingência (1972), apresenta-se que nada é definitivo, tudo é relativo. Nesta Teoria, também se olha de dentro para fora da organização. A Era Clássica (1900-1950) representava o início da Industrialização, momento de regularidades e certezas, onde não eram previstas mudanças, e sim o foco na industrialização. Já nas Novas Abordagens (1990), apresentam-se novas modalidades de Administração, cada uma com suas contribuições para o desenvolvimento e a evolução da própria Administração. 3O que é a administração Nos dias atuais, a Administração é questionada entre ser uma ciência ou uma arte, uma vez que se caracteriza por aspectos da ciência e da arte. Com o estudo detalhado das teorias administrativas ao longo deste capítulo, observaremos as relações dos autores com o perfil do trabalhador. Na administração e em seus processos, as proposições são primárias, mas se com- pletam. Assim, estes processos vão se adaptando, tornando-se vigentes para auxiliar nos dias atuais. Os processos crescem a todo momento, incluindo os níveis hierárquicos da organi- zação, criando um link entre produtividade e capacidade humana. As Teorias Administrativas até a Atualidade Teoria da Burocracia (1909) Quando pensamos em burocracia, automaticamente nos vem à mente um monte de papéis, não é verdade? E nada mais é do que isso mesmo, papéis e mais papéis. Muitas vezes, questionamo-nos por que nossas vidas são movidas a tanto papel. Isso é mesmo necessário? Mas será que não estamos olhando apenas para o lado negativo da burocracia? Para o sociólogo Max Weber, a burocracia trata da maneira ideal para se organizar as empresas. Com isso, através de seus estudos, trouxe um método analítico para entender a Administração, com o objetivo de analisar e des- crever suas características e auxiliar no andamento da organização. O autor defendia a Administração baseada na racionalidade, no trabalho designado, e na relação entre cargos. Weber sustentava, ainda, que existia uma relação entre cargos, e não uma relação entre pessoas, respeitando a hierarquia dentro das organizações. Todas as organizações obedecem a determinados processos, e estes se definem pelas rotinas realizadas dentro da organização, reconhecendo aspectos que definem o caráter legal, formal e racional (divisão de trabalho). Os setores públicos e burocráticos se encantaram por essa maneira de conduzir este tra- balho até os dias atuais, pois ele é feito dentro de processos pré-estabelecidos. O que é a administração4 Teoria Clássica (1916) Iniciada por Fayol, a Administração Clássica determina a gerência administra- tiva, nomeando a organização como estrutura formal de gestão, valorizando as tarefas da organização como processo de descobrimento de um novo propósito de gestão. Na Teoria Clássica, podemos citar princípios básicos, como: autoridade e responsabilidade; divisão do trabalho; norteamento, comando; direção; disciplina; interesses gerais; remuneração; hierarquia; centralização; ordem; equidade; estabilidade dos funcionários; iniciativa; espírito de equipe. Teoria Neoclássica (1954) A Teoria Neoclássica surge com os princípios da Administração Clássica, propondo um resgate e modernizando as ideias de seus autores. Porém, com enfoque em atender o cenário, destacando-se pela racionalidade. A Adminis- tração Neoclássica defende que as ações devem ser planejadas, controladas e direcionadas. A Teoria retoma alguns princípios do que já existia em adminis- tração para um novo processo de abordagem. Como principais características, podemos citar: Prática administrativa: aliar a prática à teoria, fazendo sentido. Postulados clássicos: Teoria Clássica versus Teoria Comportamental. Princípios gerais da Administração: buscar soluções mais práticas. Busca de objetivos e resultados: para que a empresa se torne eficiente. Objetivos Claros → Equilíbrio → Desempenho 5O que é a administração A Teoria Neoclássica aborda o processo administrativo sob dois aspectos principais: enfoque funcional e enfoque processual. Enfoque funcional: os processos são visualizados e estudados de maneira individual, considerando que cada parte deve ser tratada separadamente. Enfoque processual: os processos são visualizados como um todo. Podemos citar três principais características dentro do processo administrativo: continuidade (contínuo); dinamicidade (pode se alterar/ flexível); iteratividade (segue o itinerário). A Teoria Neoclássica mostra como a Administração pode se equilibrar, utilizando características das demais teorias e revelando-se, portanto, eclética. Teoria das Relações Humanas (1932) Ao contrário da Teoria Burocrática, a Teoria das Relações Humanas foca no desenvolvimento humano de seus funcionários, valorizando o trabalhador como indivíduo e analisando o que ele cultiva dentro do ambiente de trabalho. Nesta Teoria, as atitudes do trabalhador se tornam importantes para que a empresa seja bem-sucedida. No início do século XX, Elton Mayo identifica que somente retorno finan- ceiro não tornava o trabalhador mais motivado a desenvolver suas funções dentro da organização. O autor identifica, também, que a satisfação e a produção do trabalhador estavam voltadas a fatores sociais. Com experiências empíri- cas, os psicólogos identificaram que os trabalhadores, ao serem observados, produziam surpreendentemente mais do que o normal. O que é a administração6 Confira no vídeo a experiência de Hawthorne, que aplicou luz em diferentes intensidades a um grupo de trabalhadores. https://goo.gl/aL8NYg Teoria Comportamental (1937) O autor Abran Maslow, psicólogo humanista do início do século XX, acre- dita que todo indivíduo tenha potencial e capacidade para se desenvolver. Segundo ele, o ser humano nasce com determinadas necessidades, e estas vão se colocando em destaque ao longo de seu percurso. Maslow ainda nos traz as motivações de um funcionário em uma organização em relação as suas necessidades primárias: estima; relacionamento; segurança; fisiologia. 7O que é a administração Figura 1. Pirâmide das necessidades. Realização pessoal: realização consigo mesmo. Estima: estágio da confiança, do respeito e da autoestima; respeito mútuo. Necessidade de relacionamento/social: ser aceito em grupo social, fa- mília unida, emprego, relações de amizade; inspirar pes- soas. Necessidade de segurança: necessidade quanto a um grupo. Necessidades fisiológicas: necessidades para sobreviver. Autorrealização Estima Social Segurança Fisiológica O objetivo da Administração em estudar as necessidades se dá na impor- tância de estudar gestão de pessoas. Com isso, os estudiosos se baseiam na Teoria de Maslow,que oferece subsídios para interpretar o que é importante para as pessoas. Em uma organização, o trabalhador busca, em primeiro lugar, satisfazer suas necessidades fisiológicas e assim sucessivamente, como determina a Pirâmide. O ponto crucial para um gestor é descobrir em que estágio da Pirâmide o trabalhador se encontra para que ele adote técnicas a fim de que possam suprir essas necessidades e fazer com que o funcionário se sinta motivado para o trabalho desenvolvido. Maslow aborda, também, que estas necessidades são sequenciais, ou seja, o indivíduo somente vai suprir uma determinada necessidade se a anterior estiver sanada. O que acontece, muitas vezes, é que o trabalhador ainda está em um estágio não suprido, e pode se frustrar se a empresa não conseguir identificar isso. Enquanto gestora, cabe à empresa adotar técnicas gerenciais que possam identificar em que estágio o colaborador se encontra para que as necessidades da pirâmide sejam todas supridas. O que é a administração8 A Pirâmide de Maslow foi criada para as pessoas de forma geral, e não para as organizações. Entretanto, as organizações a utilizam como uma ferramenta colaborativa de gestão para auxiliar no desenvolvimento de seus colaboradores. Teoria da Contingência (1972) Podemos denominar contingência como algo incerto. São elementos que ocor- rem no ambiente em relação aos quais, muitas vezes, não estamos preparados. O ambiente interfere na estrutura das organizações, embora cada orga- nização tenha uma estrutura particular de ação. A Teoria da Contingência afirma que tudo é relativo e que a organização deve estar apta e/ou ter um plano para agir quando estas interferências vierem à tona. Uma das premissas das organizações diz que não há um único jeito de organizar, pois este se dá pelas condições ditadas fora (ambiente externo). As contingências podem ser consideradas como oportunidades de mudanças ou ameaças que venham a influenciar o ambiente interno da organização. A Teoria Contingencial surgiu a partir da necessidade de as organizações se adaptarem às situações externas, influenciando o ambiente interno. Existem quatro tipos de ambientes: Homogêneo: apresenta adesão, entre outros elementos. Heterogêneo: constitui-se de elementos variados. Estável: invariável, firme, seguro. Instável: não tem estabilidade; varia, muda. Sendo as organizações de natureza sistêmica, elas estão todas ligadas ao ambiente externo, assim se dando a importância da Teoria Contingencial. Foi no início do século XX que o autor Abran Maslow, a partir de seus estudos, identificou que os trabalhadores tinham objetivos e necessidades que os faziam agregar valor à organização. Contudo, nos dias atuais, acompanhamos diversas organizações com dificuldade de encontrar as verdadeiras necessidades e objetivos na relação profissional vs. pessoal. Cabe a nós, administradores, interferirmos, auxiliando e guiando na busca do alcance destas realizações. 9O que é a administração Eficiência e efetividade Efi ciência e efetividade são consideradas palavras sinônimas por muitas pes- soas, porém existem diferenças sutis entre elas. Enquanto a efi ciência defi ne a obtenção de resultados através das circunstâncias do meio, a efetividade é perceptível através da percepção do cliente ao meio. Antonio Cesar Amaru Maximiano é professor e pesquisador do Depar- tamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, e autor de grandes obras sobre a Administração, tais como: Introdução a Administração e Teoria Geral da Administração. Ele nos diz que eficiência é a qualidade do trabalho executado com metas planejadas, uma característica positiva no comportamento humano, principalmente de gestores, pois estes desempenham papéis de liderança e estão suscetíveis a todo momento a desenvolver atividades de eficiência (MAXIMIANO, 2017). Ressaltamos, porém, que há outras qualidades para que um profissional seja eficaz, tais como: proatividade, produtividade, liderança, entre outras, mas todas estão atreladas à eficiência. Para Maximiano (2017), a efetividade se caracteriza pelo que é real, estado efetivo, legítimo. Podemos dizer, também, que é aquilo que podemos verificar, que existe e não há como desconsiderarmos. A efetividade na administração está atrelada àquilo que a organização é capaz de atingir através de seus planos e de suas metas, concretizando seus objetivos. No processo administrativo, a efetividade está acentuada no que cada uma das partes envolvidas entrega e na finalidade do que estas deveriam entregar, o valor desta entrega. Quando falamos em uma pessoa, máquina ou qualquer elemento obtendo certo resultado de uma determinada ação, estamos falando de efetividade, um processo de aperfeiçoamento na busca dos melhores resultados a serem atingidos. Como estamos dentro de um meio organizacional, é a busca constante por qualidade no desenvolvimento das ações que esta resulta. A eficiência se acentua normalmente nas áreas onde as ações necessitam dar resultados específicos e controlados, como, por exemplo, no caso áreas empresariais. Com isso, a efetividade da ação busca primeiramente ter acesso aos recursos e procedimentos apropriados que tragam os melhores resultados para a atividade desenvolvida. Nestas áreas, concretizar resultados é crucial, pois isto garante o seu sucesso no negócio. O que é a administração10 Segundo Maximiano (2017), para que um trabalhador desenvolva, com motivação, seu trabalho, independentemente do grau hierárquico que este ocupe dentro da organização, é necessário considerarmos os três “e’s”: eficiência, efetividade e eficácia. Em um primeiro momento, podemos pensar que já sabemos o significado destas três palavras, porém muitos misturam os conceitos e podem interpretar a eficiência, a eficácia e a efetividade em um mesmo bloco de significados. Por exemplo, ao falarmos de indicadores de eficiência, estamos nos referindo ao modo, à forma que utilizamos mínimos recursos para atingirmos os objeti- vos, fazendo as coisas certas. Ao concluirmos que atingimos estes objetivos, dizemos que tivemos eficiência na realização desta atividade. Ao falarmos de eficácia, não nos referimos à utilização de recursos, e sim ao fato de atingir o resultado que havia se proposto, independente da qualidade. Quanto mais eficaz, melhor o resultado, denotando a questão de tempo, qualidade e avaliação desta atividade. O que importa, na eficácia, é realizar a tarefa com o melhor esforço possível. Na efetividade, o conceito é macro, pois nele é descrito se, de alguma forma, o seu objetivo interferiu positivamente, mudando o meio, e qual o seu impacto. Tem a ver com qualidade e satisfação. Está ligado ao que aconteceu depois do processo e em como podemos medir e analisar este processo no ambiente externo. É possível ter eficiência sem ter eficácia? Um exemplo: a construção de um hospital no tempo previsto com a verba destinada, mas este nunca foi inaugurado. A atividade foi realizada com eficiência, mas não teve efetividade. 11O que é a administração Eficiência: está relacionada à atividade meio. Refere-se ao caminho, à metodologia, o como fazer a atividade. Está voltada aos métodos da Teoria Clássica. Eficácia: está relacionada à atividade fim. Totalmente voltada ao produto, ao re- sultado. Executar uma atividade independente da qualidade e no menor tempo possível. Ao atingir o objetivo, estamos sendo eficazes. Evidencia o cumprimento da tarefa designada. Efetividade: está relacionada ao valor agregado. Percorre do alcance da eficiência e da eficácia simultaneamente, trata-se da maneira generalizada a qual a atividade impactou o meio, de que forma transformou o ambiente externo. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. Leituras recomendadas BASTOS, M. Administração geral: conceito e função. [S.l.]: Portal Administração, 2014.Disponível em: <http://www.portal-administracao.com/2013/10/administracao-geral- -especial.html>. Acesso em: 28 nov. 2017. CARLES, G. H. A diferença entre eficiência, eficácia e efetividade. [S.l.]: Admin. Tron In- formática, 2010. Disponível em: <http://www.tron.com.br/blog/a-diferenca-entre- -eficiencia-eficacia-e-efetividade/>. Acesso em: 28 nov. 2017. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. Rio de janeiro: Cam- pus, 2004. Referência O que é a administração12 DICA DO PROFESSOR Quais são as necessidades dos trabalhadores e como motivá-los? Como a motivação influencia no sucesso de uma organização? Entende-se que a motivação procura unir forças direcionadas para que as pessoas tomem iniciativas, direcionando seus esforços para o cumprimento de metas. Na Dica do Professor, você vai ver como as instituições são desafiadas a motivar as pessoas e como pessoas motivadas podem produzir mais. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Qual a definição correta para a Administração? Assinale a alternativa correta. A) Trabalhar na busca de seus objetivos. B) Trabalhar em equipe, sem se preocupar com os objetivos da organização. C) Trabalhar em prol da realização dos objetivos profissionais e pessoais, em conjunto com a organização, na busca do desenvolvimento de todos. D) Trabalhar em busca de objetivos pessoais. E) Trabalhar em busca da concretização dos objetivos organizacionais. 2) Qual o objetivo da Teoria Geral da Administração? Assinale a alternativa correta. A) Propor ações e valores que visam à vida das organizações em conjunto com a sociedade. B) Sugerir práticas que regem os níveis das organizações privadas e particulares. C) Auxiliar no desenvolvimento das ações organizacionais. D) Sugerir fatores simbólicos que ocorrem desde o seculo XVIII. E) Propor um conjunto integrado, de administração da organização, baseando-se em teorias e métodos. 3) Na Teoria Burocrática, o indivíduo era induzido a focar na racionalidade e o trabalho se desenvolvia na relação entre cargos. Nessa teoria, era importante apenas realizar suas atividades, não considerando a satisfação dos colaboradores. Nos dias atuais, encontramos essa forma de trabalho em que momento? A) Nas organizações de ordem pública, realizam-se as atividades, respeitando um determinado processo desenhado, já estruturado, não sofrendo alterações do ambiente externo. B) Em organizações privadas que adotam o processo burocrático de forma situacional, considerando o ambiente externo e interno. C) Independente da organização, pública ou privada, respeitando a individualidade e o desempenho das pessoas, além de promover ações de desenvolvimento profissional. D) Nas organizações públicas, respeitando a individualidade e o desempenho de cada pessoa. E) Em diferentes momentos da organização, pois a cada mudança de gestão é adotado um processo simplificado de organizar os processos. 4) Como são definidos os processos administrativos na Teoria Clássica? Assinale a alternativa correta. A) A predominância da gerência administrativa, nomeando a organização como uma estrutura formal de gestão. B) Por ações que devem ser planejadas, controladas e direcionadas. A teoria retoma alguns princípios do que já existia para um novo processo de abordagem. C) Pelo foco no desenvolvimento humano de seus funcionários, valorizando o trabalhador como indivíduo, analisando o que cultiva e cativa o trabalhador dentro do ambiente de trabalho. D) Pelo fato de o ser humano nascer com determinadas necessidades e estas irem se colocando em destaque ao longo de seu percurso. E) Pelo trabalhador buscar, em primeiro lugar, dentro da organização, satisfazer suas necessidades fisiológicas e, assim, sucessivamente. 5) O campo da administração, ao longo do tempo, tem sido aperfeiçoado por meio da evolução das teorias administrativas. Por exemplo, em 1954, surge os princípios da Administração Clássica, com foco na modernização dos ideais de F. Taylor e H. Fayol. Desse modo, nas alternativas a seguir, identifique uma característica da Teoria Neoclássica: A) A prática administrativa. B) A estabilidade dos funcionários C) O caráter legal, formal e racional das organizações. D) O desenvolvimento humano do colaborador. E) As organizações devem se adaptar às situações externas. NA PRÁTICA Atualmente, acompanhamos diversos processos gerenciais, uns com sucesso ao longo de seu desenvolvimento, outros não. Enquanto observadores, estudantes ou gestores, precisamos identificar o modelo que se encaixa melhor dentro de nossa organização, de modo que atenda nossas expectativas e necessidades. Na Prática você vai ver o caso da empresa Corporate Ltda., líder no setor hoteleiro, contratou uma empresa no ramo de consultoria com perfil jovem, Esta decisão tomada foi baseada na perspectiva de prospecção do público jovem para a Corporate Ltda. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Com a experiência, a empresa observou que nem sempre uma organização está preparada para mudar seu processo e para fazer mudanças. É preciso primeiro avaliar todo o seu ambiente interno e externo, suas fraquezas, forças, necessidades e expectativas dos clientes, colaboradores e da empresa. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Qual a diferença entre eficiência e eficácia? Você sabe qual a diferença entre eficiência e eficácia? No vídeo a seguir, você verá a diferenciação desses conceitos no âmbito empresarial. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Eficiencia Eficácia e Efetividade Na dica a seguir, você poderá assistir um vídeo sobre eficiência, eficácia e efetividade que estão associadas à administração. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Teoria Sistêmica ao Conceito de Redes Interorganizacionais: Um Estudo Exploratório da Teoria das Organizações O objetivo deste artigo é de correlacionar a Teoria Sistêmica com as Redes Inter organizacionais dentro da Teoria da Administração. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Funções Gerenciais APRESENTAÇÃO Você sabe qual a função de um gerente e como as funções gerenciais podem influenciar o alcance das metas de uma organização? Diante do cenário em que as empresas vivem hoje, com a alta competitividade, empresas encerrando suas atividades devido a um plano de negócio não estruturado, pessoas sem capacitação para liderar, entre outros fatores, as funções dos gestores tornam-se cada vez mais importantes para o alcance dos objetivos organizacionais. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como a administração, a partir dos processos gerenciais, pode auxiliar na execução nas atividades de uma instituição, estabelecendo que cada colaborador, independente de seu nível hierárquico, desempenhe suas atividades na busca da realização dos objetivos. Você identificará que o processo gerencial também influencia o comportamento humano, alinhando processos e metas na busca do alcance dos objetivos da organização. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar quais são as funções gerenciais e como elas podem ser percebidas nas empresas. • Relacionar as funções gerenciais com a possibilidade de alcance dos objetivos empresariais. • Analisar como as funções gerenciais se relacionam entre si, de forma interativa.• DESAFIO A empresa familiar SENSATO Ltda., líder no mercado de maquinários agrícolas, atua com cerca de 10.000 funcionários distribuídos por todo o país. Com clientes fidelizados, a empresa atua dentro dos parâmetros tradicionais, titulados pelos administradores da empresa (filhos e netos dos fundadores). Nos últimos cinco anos, a equipe de frente (carro chefe) que atua na venda e prospecção de novos clientes, liderou o ranking de vendas domercado. Entretanto, nos últimos dois anos a equipe de gestores viu suas vendas caírem significativamente. Junto com essa queda, receberam muitas ouvidorias relatando falta de trato e falta de conhecimento do mercado por parte de seus vendedores. Você, gestor de RH, é solicitado para auxiliar na identificação desse problema e sugerir uma possibilidade de mudança. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Considerando seus estudos sobre as funções gerenciais, estabeleça um plano de ação para identificar as causas desse problema e, em segundo momento, um plano para tentar reverter a situação. INFOGRÁFICO Com as constantes mudanças do mercado, hoje, as organizações precisam ser resilientes e estar preparadas para as mudanças. As empresas que adotam essa experiência, acreditam que a troca de informações e as informações geradas pelas pessoas são extremamente valiosas. São experiências próprias da organização, pois a cultura da organização deve enfatizar a gestão de conhecimento, tornando a relação do capital humano e organização em uma constante evolução. No Infográfico a seguir, você verá a importância da gestão do conhecimento nas empresas. Acompanhe! CONTEÚDO DO LIVRO Diante de um cenário competitivo para as organizações, as funções dos gestores tornam-se cada vez mais importantes, uma vez que possibilitam melhorar o planejamento, a execução e o controle das ações de uma organização. Acompanhe a leitura do capítulo Funções gerenciais, da obra Teoria Geral da Administração I, para saber mais sobre a importância do processo gerencial para o sucesso das empresas. Boa leitura! TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I Clarisse Dias Funções gerenciais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar quais são as funções gerenciais e como elas podem ser percebidas nas empresas. � Relacionar as funções gerenciais com a possibilidade de alcance dos objetivos empresariais. � Analisar como as funções gerenciais se relacionam entre si, de forma interativa. Introdução Neste capítulo, você vai perceber que, diante do cenário em que as em- presas vivem hoje – com alta competitividade ou fechando suas portas devido a um plano de negócio mal estruturado, com pessoas incapazes de liderar –, as funções dos gestores se tornam cada vez mais importantes para a conclusão dos objetivos organizacionais. Com isso, a Administração, em seu conceito de processos gerenciais, visa a auxiliar na execução dessas atividades, estabelecendo que cada colaborador, independentemente de seu nível hierárquico, desempenhe suas atividades na busca da realização dos objetivos. Podemos afirmar que o processo gerencial influencia o comportamento humano, alinhando as metas no cumprimento dos objetivos da organização. Funções gerenciais dentro das organizações O conceito de Administração é amplo, pois são diversas as características que compõem as nuances das funções administrativas. Utilizando os conceitos de Fayol, as funções gerenciais são definidas como os papéis de um gerente, embora elas ocorram nos diversos níveis e setores da organização. Pois se estes processos não se realizam em conjunto, seria impossível imaginar que se concluam com êxito. As funções gerenciais determinam primeiramente: � planejar, organizar, dirigir e controlar; � gerir com eficiência e eficácia; � estabelecer os processos organizacionais em prol de seus objetivos; � compor outras funções em conjunto com as coordenações de produção, financeiro e segurança. Segundo Amorim e Fischer (2013), no artigo A aprendizagem orga- nizacional e suas bases econômicas, podemos apresentar as seguintes definições: Planejamento: caracteriza-se pela forma com a qual as pessoas e as em- presas se relacionam com o futuro. Defendido por alguns autores como uma tomada de decisão precavida, é utilizado para planejar o que se espera do futuro. Para as organizações, o planejamento é fundamental, pois estabelece uma relação que pode acontecer, fazendo com que a empresa faça uma simu- lação de seu futuro. O planejamento consiste em três etapas que se subdividem em outras: 1. Estabelecer os objetivos: é neste momento em que os objetivos devem mostram os pontos desejados a alcançar. 2. Tomar decisões, que podemos subdividir em quatro processos: a) experiências anteriores: estudar o passado e construir o futuro; b) experimentação: estudar alternativas; c) árvore de decisões: serve para tomar decisões e definir qual vai contribuir com mais resultados e menos possibilidades de erro; d) pesquisa operacional: utiliza a matemática, auxiliando na relação das escolhas organizacionais. 3. Elaborar planos: o plano resulta do planejamento e possui correlação entre o processo e a implementação, e subdivide-se em: a) programas (programação); b) procedimentos (métodos); c) orçamento (recursos financeiros); d) regras (mudança de comportamentos). Aplica-se ao planejamento: � definição dos objetivos; � flexibilidade do planejamento (correlação). Funções gerenciais2 Para Drucker (1981), é possível montar o plano teórico com a primeira função, assim completando o planejamento, e iniciando a próxima etapa, que é a organização, conforme apresentamos: 1. Organização: podemos definir como os requisitos externos. Podemos citar como exemplo quando uma organização compra equipamen- tos, aumenta sua estrutura ou contrata pessoas, preparando-se e se planejando. Observamos que as empresas possuem duas funções determinantes: in- corporar recursos (trazer recursos externos) e distribui-los, como recursos materiais, financeiros e tecnológicos. Concluímos, assim, que a organização tem a responsabilidade de montar sua estrutura organizacional. 2. Controle: é a função que determina que os demais recursos e valores funcionem dentro de limites estabelecidos. Esta função também é ava- liada, comparada e medida por seu desempenho, visto se tratar de ações de correção. Podemos definir como funções básicas do controle: a) a legitimidade do negócio (ética); b) controle: centralizado (aprovação de decisões não rotineiras por gesto- res) e descentralizado (aprovação de decisões não rotineiras por níveis hierárquicos médios e baixos). 3. Direção: a função da direção é ativar as pessoas através de procedi- mentos, tais como ordem, comunicação, motivação, coordenação e liderança. Dinamizar o processo é ativar as pessoas ao processo de desenvolvimento, satisfazendo o colaborador e a organização em busca da realização de seus objetivos. O Quadro 1 resume as atribuições em cada etapa. Planejar Organizar Dirigir Controlar Objetivos Recursos Liderança Definir Planos Responsabilidades Fluxos Corrigir Atividades Direção Realizar 3Funções gerenciais Entretanto, para o gerenciamento destes processos, é necessário ser criado um alinhamento organizacional, onde se prevejam que as metas pessoais dos colaboradores estejam em conjunto com as da organização. Assim, estabelecemos a relação de eficiência e eficácia nos processos. Entendemos que uma empresa bem organizada é aquela em que cada colaborador desempenha seu papel com suas atribuições em busca de atender os objetivos propostos. Embora saibamos que não existe uma receita pronta para realizarmos um plano, o objetivo é a busca constante pelo alinhamento destes processos. O cuidado que deve ser adotado dentro das organizações serve ao gestor como uma forma de não se transformar em um “resolvedor” de problemas, e sim o gestor que prevê e cria processos na resolução e na busca do sucesso da organização. Dentro deste alinhamento organizacional, evidenciamos fatores e forças que influenciam nesses processos. Iniciamos relatando duas forças principais citadas na obra de Amorim e Fischer (2013): fatores externos e fatores internos. Fatores externos Podemos denominar como “normas” que a sociedade exige, ou regras, fatores. Estes fatores variam de acordo com cada região.Na maioria das vezes, quando uma empresa se estabelece em uma cidade, faz um estudo para verificar em que nível se encontram estes fatores, como clima, número de habitantes, idade, entre outros. Fatores internos Denominamos como “cultura da empresa”. São suas crenças, seus propósitos e sua missão propriamente dita. A cultura de uma empresa define quem ela é, diferenciando-a das demais. Embora apresentem as mesmas condições físicas, a cultura é algo que se constrói individualmente dentro de cada organização, com a ajuda das pessoas que a compõem. Algumas práticas tornam-se rituais, mantendo a cultura de uma empresa intacta por anos, a ponto de serem executadas automaticamente. Sabemos também que a cultura das empresas é influenciada pelo nível hierárquico de gestores mais antigos. Havendo sindicalização, a cultura cria mais força ainda, fazendo com que as tratativas de alteração se confrontem na busca de mudanças. Funções gerenciais4 Para aprofundar seus conhecimentos, leia o artigo “Competências e funções gerenciais” (UCHÔA, 2012). Administração por objetivos Em qualquer área de nossa vida, seja no trabalho, na família, ou em um grupo social, estamos vinculados a metas e planos para concretizá-los. Referindo-se ao mundo empresarial, existem ferramentas que auxiliam gestores e organi- zações na luta pela concretização destes objetivos, através de ferramentas, indicadores de desempenho, dentre outros. Em um primeiro momento, pode parecer redundante falar da importância de objetivos em uma organização. Entretanto, ressaltamos que, na grande maioria das organizações, a questão referente aos objetivos não é clara, gerando impactos gigantescos no momento da tomada de decisão. Ao falarmos do alcance de objetivos nas funções gerenciais, não podemos deixar de citar Drucker (1981), autor que nos apresenta as primeiras ideias sobre administração por objetivos. Drucker (1981) afirma que o gestor pode ter o controle de suas próprias atividades, realizando um trabalho em conjunto com o seu superior, atrelado ao conhecimento que ele possui no trabalho direto com a equipe. A ideia é fazer com que o gestor se torne mais independente, não sendo necessário requisitar seu superior a cada realização de atividade. Entretanto, o objetivo geral nesta situação não é tirar o poder do superior, mas fazer com que seja um trabalho mais independente, tornando-o superior, um ponto chave dentro da organização, e não o resolvedor de problemas simples do dia a dia. Os gerentes podem ser melhor desenvolvidos ao perceberem que são avaliados de acordo com as atribuições de seu cargo. O crucial é focarmos nos objetivos como algo primordial para o sucesso da organização. Devemos ter o cuidado para que os objetivos pessoais do profissional não ultrapassem a linha tênue dos objetivos da organização. Nos dias de hoje, cada vez mais os funcionários questionam a finalidade e o sentido de seu trabalho. Cabe aos administradores e gestores dizerem que é possível sim trabalhar em conjunto na realização deste objetivo, garantindo o sucesso da organização e o sucesso profissional do trabalhador. 5Funções gerenciais Toda mudança enfrenta algum tipo de resistência, ainda mais dentro de uma organiza- ção onde transitam várias pessoas, cada uma com sua personalidade, identificando e vivenciando o que poderia ser melhor diante da situação apresentada. Podemos definir dois tipos clássicos de pessoas: as que não aderem a mudanças por entenderem que é algo simples que não gera retorno imediato, e as que não as aceitam, pois gostam de trabalhar com o improviso e vão tomando decisões na medida em que as coisas vão acontecendo. O desempenho dos gerentes apresenta características que se mostram além de suas vontades, tais como (CHIAVENATO, 2000): � economia do país; � legislação; � matérias-primas, como produtos importados, safras; � financiamento bancário; � poder aquisitivo. Lembramos que estes fatores também resultam em regras fixas para a organização: quanto mais um gerente estiver preparado, conhecendo as pes- quisas de mercado que influenciaram em sua organização, melhor será seu desempenho. Não há como sermos específicos ao falarmos das funções do gerente. Quanto mais baixo for seu nível de atividade dentro da organização, mais quantificado será o seu trabalho. Um trabalhador operacional terá seus rendi- mentos medidos pelo nível de produção, já o funcionário com cargo elevado terá seu desempenho medido por diferentes fatores, como a tomada de decisão e a visão sistêmica. A realidade dos acontecimentos dos objetivos se dá no momento em que são idealizados e no momento em que ocorrem, devendo apresentar uma crucial importância. Quando se estabelecem níveis de desempenho, pode-se correr o risco de que estes sejam inatingíveis, ou cômodos. Cabe ao gerente definir um nível “intermediário” a ser adotado para se conquistar determinado objetivo, não desanimando a equipe, mas tampouco deixando-os acomodados. É fundamental que os objetivos estejam em comunhão com a proposta da organização. Funções gerenciais6 Quando todo trabalho está alinhado para atingir determinadas condições quanto à qualidade e quantidade, podemos dizer que está de acordo com o princípio da Administração por Objetivos, alinhado ao plano de negócios. O esforço do gestor em dirigir, estipular e estimular ideias inovadoras deve ser medido por sua eficiência e eficácia nas ações. Segundo Drucker (1981), autor precursor da Administração de Objetivos, a ideia central é ser a união entre uma administração visionária com a cultura da organização. Uma das principais vantagens de se administrar com foco nos objetivos é possuir o controle de sua própria empresa. O controle é focado nos objeti- vos a atingir e baseado no desempenho do gestor conforme os objetivos da organização. A administração por objetivos e controle pode e deve ser considerada um estudo da administração, pois a mesma defende o bom desempenho do administrador na ânsia dos objetivos e necessidades pessoais. Isto é liberdade aliada à legalidade da administração. Remetendo este processo aos dias atuais, esta visão de administração por objetivos carrega uma nova esperança aos gestores, resultando no processo determinante do que realmente é importante para alcançar os objetivos da organização. Nos últimos anos, as organizações vêm centralizando informações para agir de uma forma clara nesta relação de objetivos versus organização versus tarefas. Para isso, é necessária a implementação de alguns documentos. Em um primeiro momento, é importante que os gestores desenhem a descrição de funções de acordo com os objetivos, as normas e a cultura da organização (Quadro 2). Esta descrição pode e deve ser atualizada e renovada a qualquer momento, desde que haja uma comunicação da organização. Tarefa Objetivos esperados Prazo Controle Quadro 2. Exemplo de quadro para organização das tarefas conforme objetivos, normas e cultura da empresa. 7Funções gerenciais Alves, Brennand e Soares (2016), no artigo Conectando inteligências múltiplas através de aplicações interativas na formação de gestores nos apontam que podemos definir alguns requisitos básicos que devem constar na elaboração dos objetivos organizacionais, ressaltando que, hoje, uma das maiores preocupações dentro da organização é para que este objetivo não seja vago. Os requisitos básicos podem ser os seguintes: � estipular metas para as áreas que abrange (respeitando as particularida- des de cada área e objetivos individuais em conjunto com a organização/ plano anual); � ser pertinente ao que se pretende atingir (difícil, não impossível); � ser específico (na questão de quanto, quando e como); � mensurar os resultados esperados (uma ideia clara do que se espera). Infelizmente, evidenciamos casos em que há uma divergência de propó- sitos dentro de uma mesma organização, como a de pessoal e legal. Cabe aos gestores alinharem esses processos juntoa todas as áreas para que a visão desses gestores possa precaver situações antes do acontecimento. Fixação de objetivos Para Silva et al. (2016), a política de objetivos é classificada em três níveis básicos, descritos a seguir. Política geral: é determinada com o intuito de estabelecer um processo de alinhamento de todos os objetivos da organização. Compreende-se que cada área tenha objetivos especificamente particulares, entretanto, ressalta-se a importância de estes estarem alinhados em prol da realização e da concretização dos mesmos, visando a atender às expectativas da organização. Política em nível de divisão: nesse nível, os objetivos são verificados após a aprovação dos gestores e dos diretores definidos para cada equipe, determinando o que se refere a cada divisão de área, alocando-os no calendário anual da organização, e avaliando o desempenho de cada divisão. Política em nível de departamento: nesse momento, cada gerente trabalha junto a sua equipe. O gerente pode utilizar recursos de planejamento interno para sua área (relacionados com os objetivos da organização). Considerando os objetivos individuais em quantitativo e qualitativo, estes devem conter uma linguagem simples, porém específica, para que atenda à compreensão de todas as áreas da organização. Funções gerenciais8 Cada modelo de objetivos, plano anual e demais definições de processos gerenciais de uma organização podem ser utilizados por gerentes, gestores e demais colaboradores. Assim que estes forem alterados, todos os envolvidos devem ser sinalizados. Entretanto, mesmo respeitando a possibilidade de alteração, deve-se considerar o envolvimento de todas as partes. Gerenciamento versus concretização de objetivos Conforme Amorim e Fischer (2013), em todas as atividades humanas é im- prescindível citarmos o capital humano. É ele que move todas as ações sociais e organizacionais. Os ativos envolventes, como tecnologia da informação e conhecimento, são determinantes do ambiente externo. Tratam-se de ferra- mentas que necessitam do bem mais precioso de uma organização, o capital humano. Uma organização que possui um alinhamento entre profissionais e tecnologia, terá sucesso certo em seu desenvolvimento. Nos dias atuais, ainda vemos empresas que optam por seguir uma linha de mão única: conhecimento ou tecnologia. É comum identificarmos casos de empresas que detêm o conhecimento apenas em uma pessoa, e quando esta não faz mais parte da equipe, a empresa se vê no prejuízo, tanto para ela quanto para seus clientes. O foco, então, deve ser um trabalho em conjunto de pessoas que buscam atingir um determinado fim. Na construção, na qualificação e no desenvolvimento das competências do profissional dentro das organizações, utilizam-se tecnologias educacio- nais para auxiliar na interpretação do processo educativo corporativo. Tais tecnologias podem ser: � Instrução: estruturação dos processos de aprendizagem de forma simples. Compõem, nesta etapa, objetos e processos que definirão o andamento do curso/atividade, podendo até serem autoinstrucionais. � Treinamento: são eventos que atendem às necessidades organizacionais em um momento determinado, talvez específico. Um programa que também pode englobar, na prática, a vivência de determinada situação, capacitando o colaborador e tornando-o multiplicador do conhecimento adquirido. Para a realização de um treinamento é necessária uma pro- gramação efetiva, evidenciando os pontos a serem trabalhados. � Desenvolvimento: trata-se do grau de aprendizado colaborador/aluno que, através dos processos de aprendizagem, irá nivelar o grau de conhe- 9Funções gerenciais cimento adquirido por parte das atividades realizadas do multiplicador e de seus colegas. � Educação: programas de ação continuada de longa ou curta duração que visam atender um objetivo estabelecido pela organização, disseminar o conhecimento em diversos níveis, profissionalizante, técnico, graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado. O foco dentro das organizações são as mudanças, e as pessoas entrelaçam elos com a organização. Isso ocorre no momento em que o indivíduo se iden- tifica com a cultura da organização, referindo-se aqui aos valores, caráter, o que popularmente podemos dizer do “cara que veste a camiseta”. Essas particularidades remetem aos colaboradores a motivação, dedi- cação, segurança e a autorrealização, itens que compõem a pirâmide das necessidades, segundo Maslow. Considerando a complexidade deste processo, citamos que a visão estratégica que um gestor deve ter compõe o processo de tomadas de decisões em ação conjunta para que essas particularidades se concretizem. A competitividade dos dias atuais exige das organizações uma pre- paração além do presente. O uso da tecnologia e de ferramentas técnicas possuem, hoje em dia, inúmeros recursos para satisfazer essa necessidade na organização. A eficiência de um equipamento já não traz tantos resultados a uma organização, senão em comum parceria de profissionais capacitados. Tam- bém ressaltamos que o fácil acesso e as opções ilimitadas a alternativas alinham-se a vantagens e desvantagens. As empresas devem investir na sua capacidade de inovação para liderar o mercado onde atuam, visto que a concorrência é cada vez mais acirrada. Porém, isso deve ser responsabilidade de todos dentro da organização. Este processo pode ocorrer em um trabalho em conjunto com todas as áreas, através de estratégias, evidenciando as mudanças organizacionais. Em cada organização, as formas de comando variam, tornando-se bem- -sucedidas ou não. Com isso, definimos que os estilos pessoais interferem no comando, na cultura e no andamento das atividades da empresa. Tanto as organizações quanto as economias nacionais enfrentam dificul- dades no momento da mensuração dos ativos tangíveis e intangíveis. Com isso, fazem uso de ferramentas ligadas às tecnologias da informação (TICs) (Figura 1). Com estes parâmetros de mensuração, é possível verificarmos se os indicadores estão ocorrendo com eficiência e eficácia junto aos objetivos da organização. Funções gerenciais10 Figura 1. As TICs colaboram sobremaneira no controle dos indicadores da organização. Fonte: Black Jack/Shutterstock.com A inovação impulsiona os processos da organização para com a concor- rência. O conhecimento, ou seja, o capital humano da organização, aliado às novas tecnologias, são ferramentas básicas para o desenvolvimento da empresa. A inovação dentro das organizações voltada à política deve estar relacio- nada ao conhecimento das pessoas. O objetivo deve ser o foco geral em todos os lugares para as funções, processos e desenvolvimento da organização. O aprendizado e a mudança são faces de uma mesma moeda. A sobrevivência de uma organização está aliada ao controle de reter o conhecimento e desenvolver competências, em uma contínua melhoria nos processos. As perspectivas da aprendizagem organizacional estão atreladas aos es- tudos e às pesquisas realizadas no assunto, caracterizando a aproximação destes. Os fatores aqui citados são apresentados por Silva et al. (2016) como determinantes do aprendizado organizacional: � aquisição de conhecimento; � distribuição de conhecimento; � interpretação da informação; � memória organizacional. 11Funções gerenciais Entretanto, há autores que defendem a aprendizagem organizacional com outros fatores, tais como: � experiência institucional; � fenômeno de adaptação; � processo de mudança de pressupostos compartilhados; � processo de relações resultantes de ações e conhecimentos desenvolvidos. Com isso, dizemos que existe um enorme número de estudos voltados à pesquisa do tema aprendizagem organizacional. Apesar disto, identificamos carência de compreensão do mesmo nas organizações. No entanto, em meio a diversos paradigmas sobre o assunto, neste trabalho, a aprendizagem orga- nizacional é tratada com base em três conceitos. Desta forma, concluímos que aprendizagemorganizacional envolve manipu- lação e combinação de conhecimentos, sendo que quando não há engajamento por parte dos membros, torna-se trabalhosa a aprendizagem. Ressaltamos também a importância do ambiente externo no processo das mudanças dentro das organizações, tendo em vista que o mercado se baseia nas adaptações que surgem do ambiente externo. A criatividade para a organização dos processos deve ser liderada, em alguns momentos, de forma paralela (em conjunto) e, em outros, individualmente (entre as áreas). ALVES, R.; BRENNAND, E.; SOARES, I. Conectando inteligências múltiplas através de aplicações interativas na formação de gestores. Gestão & Aprendizagem, João Pessoa, v. 4, n. 2, p. 11-33, 2015. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ mpgoa/article/view/30076/15912>. Acesso em: 28 nov. 2017. AMORIM, W. A. C.; FISCHER, A. L. A aprendizagem organizacional e suas bases econômicas. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 23, n. 2, p. 329-366, maio/ago. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi d=S0103-63512013000200004>. Acesso em: 28 nov. 2017. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Cam- pus, 2000. DRUCKER, P. F. Fator humano e desempenho. São Paulo: Pioneira, 1981. Funções gerenciais12 SILVA, M. D. L. et al. Gestão da produção: estudo sobre a gestão da manutenção na geração de energia e vapor utilizando caldeiras de uma indústria. In: ENCONTRO PARAENSE DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 7., 2016, Belém. Anais... Belém: [s.n.], 2016. UCHÔA, M. Competências e funções gerenciais. Administradores, 17 maio 2012. Dis- ponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/competencias- -e-funcoes-gerenciais/63553/>. Acesso em: 28 nov. 2017. Leituras recomendadas ANTHONY, R. N.; GOVINDARAJAN, V. Sistemas de controle gerencial. 12. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2008. BETIM, L. M.; RESENDE, L. M. M. Aprendizado interativo influenciando no processo de geração da inovação: estudo em um aglomerado produtivo de empresas. Revista Gestão Industrial, Ponta Grossa, v. 6, n. 3, p. 188-202, 2010. Disponível em: <https:// periodicos.utfpr.edu.br/revistagi/article/view/694/539>. Acesso em: 28 nov. 2017. ENDEAVOR BRASIL. PDCA: a prática levando sua gestão à perfeição. [S.l.]: Endeavor Brasil, 2015. Disponível em: <https://endeavor.org.br/pdca/>. Acesso em: 04 nov. 2016. JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração da produção e de operações: o essencial. Porto Alegre: Bookman, 2009. PEQUENO, C. N.; CARVALHO, M. G. F.; FONTES, V. M. Redução do consumo de produto químico utilizado em uma linha de produção de uma indústria de pneus. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. REY, B. Como fazer um brainstorming eficiente. Exame Carreira, 26 jul. 2013. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/como-fazer-um-brainstorming-eficiente/>. Acesso em: 04 nov. 2016. RODRIGUES, S. Crise: perigo, oportunidade e… papo furado. Sobre palavras. Veja. com, 18 set. 2013. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/ lendo-a-lenda/crise-perigo-oportunidade-e-papo-furado/>. Acesso em: 04 nov. 2016. 13Funções gerenciais Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Qual o papel do gerente em uma organização? As funções gerenciais surgem para desenvolver, tanto a organização, quanto os colaboradores. No vídeo a seguir, você saberá mais sobre as funções gerenciais para o sucesso da organização. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) O papel do gerente dentro das organizações, pode ser visto de várias formas por meio de suas funções, papéis e níveis hierárquicos. Assinale a alternativa que define as funções gerenciais segundo Fayol. A) O gerente deve planejar e exercer suas funções, organizar e controlar recursos, bem como dar o direcionamento em acordo com a estratégia. B) Cabe ao gerente exercer as funções de supervisor e os papéis de planejar e controlar, negociar as situações, valorizando as habilidades cognitivas e de relações, envolvendo comunicação e liderança. C) O gerente deve exercer funções de comando e controle: monitor, portador da voz e administrador de conflitos e negociados. D) Exerce funções de planejamento, comunicação e liderança. E) Exerce funções de organização e liderança. Dentro dos aspectos abordados pela Administração por Objetivos, os gerentes têm a preocupação de definir requisitos básicos quando elaboram os objetivos 2) organizacionais. A maior das apreensões é que o objetivo seja vago ou impreciso. Conhecendo esta ansiedade dos gerentes, de que forma se apresentam os requisitos básicos para a elaboração de objetivos? A) Haver uma divergência de propósitos; serem específicos; capazes de mensurar os resultado esperados, e estarem relacionados ao que se pretende atingir; B) Atingir metas da área de recursos humanos; capazes de mensurar os resultado esperados; estarem relacionados ao que se pretende atingir e serem específicos; C) Serem específicos; capazes de mensurar os resultado esperados; estarem relacionados ao que se pretende atingir e atingir metas da área legal; D) Serem específicos; capazes de mensurar os resultado esperados, e estarem relacionados ao que se pretende atingir; E) Estimar metas para as áreas abrangidas; serem específicos; capazes de mensurar os resultado esperados, e estarem relacionados ao que se pretende atingir; 3) Quanto às funções administrativas, considere as afirmativas a seguir: I. A primeira função da administração é a de agir como uma base para as demais funções. Trata-se de um modelo para determinar o futuro das ações. II. A departamentalização pode ser definida por um agrupamento de atividades que visa estruturar as lógicas da organização. III. A função administrativa de controle é composta por tarefas, órgãos, pessoas e relações. IV. Para que os objetivos estejam de acordo com o que esperamos da organização, determinamos que eles estejam ligados pela função controle, a qual assegura que estejam o mais próximos possível. Qual é a afirmativa correta? A) Apenas a alternativa II está correta. B) Apenas as alternativas I e IV estão corretas. C) Apenas as alternativas II e IV estão corretas. D) Apenas as alternativas III e IV estão corretas. E) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas. 4) As responsabilidades existentes em uma empresa definem a estrutura organizacional. Nos padrões de estrutura se estabelecem as atividades realizadas e as estratégias executadas. Com o objetivo de subsidiar e inovar as decisões a serem tomadas, podemos identificar, com base no texto, uma ligação entre: A) Inovação, mercado e mudanças organizacionais. B) Estratégia, estrutura e sucesso. C) Responsabilidade, execução e variações. D) Pessoas, atividades e risco. E) Objetivos, estrutura e responsabilização. 5) Consideramos que a administração é uma ciência relativamente nova, pois foi reconhecida em 1965. Ela exerce papel fundamental dentro das organizações, porém ainda há inúmeras dúvidas quanto ao seu papel, na busca constante da eficiência e eficácia. Podemos dizer que o papel do administrador, resume-se em: A) ser orientador, auxiliando nas decisões e ações da empresa, sem se envolver na rotina da administração. B) acompanhar as atividades realizadas para verificar se foram realizadas conforme o planejado. C) acompanhar todos os processos da organização, verificando-os para definir quais os mais produtivos. D) acompanhar os processos administrativos, revisando todos os processos internos. E) trabalhar para atingir, com excelência, os objetivos da organização, fazendo uso dos recursos disponíveis e considerando o envolvimento do ambiente interno e externo. NA PRÁTICA Entendendo que investir em treinamento dos colaboradores pode ser a melhor forma de melhorar a qualidadedos serviços, uma empresa do ramo de fast food implementou sua universidade corporativa. O objetivo é valorizar as competências de seus colaboradores e atender às necessidades da organização, promovendo o capital humano dentro de sua organização. Além de entender que a educação continuada pode transformar as interações de seus colaboradores, a empresa acredita que a iniciativa será uma maneira de difundir o modelo de gestão da rede. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Competências e Funções Gerenciais Na dica de leitura a seguir, você verá as competências necessárias ao gerente. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de impacto estratégico Conheça uma abordagem crítica sobre o gerenciamento de operações e processos, com a leitura da obra Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de impacto estratégico. Tipos de Gerente APRESENTAÇÃO Nos últimos anos, o ambiente organizacional sofreu inúmeras mudanças, refletindo nas organizações. Com isso, torna-se significativamente importante o papel do gerente dentro das organizações. Há muitas dúvidas e discussões quanto ao papel gerencial, pois é o perfil do gerente que norteará a organização em prol da concretização dos objetivos. Mas qual é o perfil do gerente que melhor se adapta à cultura da organização? Henry Mintzberg apresenta um modelo de gestão que compõe os perfis de gerentes, bem como as responsabilidades do trabalho do gestor. O perfil do gerente independe da hierarquia e do setor da organização, e está atrelado às atividades que ele desenvolve, o que irá diferenciar o papel e o nível de adequação na realização da tarefa. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os tipos de gerentes, sua relação com as atividades gerenciais e com os níveis de autoridade e responsabilidade. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os mais variados tipos de gerentes que atuam dentro das empresas e suas atividades diárias. • Relacionar as atividades gerenciais com os respectivos níveis de autoridade e de responsabilidade. • Explicar o que significa sensemaking e por que ele é importante para os gerentes na atualidade. • DESAFIO A empresa Século, do setor educacional, liderava o mercado nacional na venda de cursos, contando com cerca de dez mil alunos matriculados a cada semestre e uma equipe de vendas com 100 pessoas. Porém, nos últimos três anos evidenciou uma queda em 50% nas vendas de cursos e retenção de alunos, o que estava refletindo na equipe, que já não realizava as atividades com o mesmo entusiasmo e motivação. Com isso, o gestor de vendas, juntamente com a administração e recursos humanos, decidiu contratar a sua empresa de consultoria para identificar as dificuldades enfrentadas na situação que pudessem sanar o problema e fazer com que a equipe voltasse a trabalhar com o entusiasmo de sempre. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Você, enquanto consultor, qual postura adotaria junto à empresa para sanar tais evidências? Liste o passo a passo de suas ações. INFOGRÁFICO Diante da competitividade que as empresas enfrentam nos dias atuais é preciso desenvolver pessoas para a liderança. As organizações devem estar atentas ao perfil de seus líderes, que devem ter uma relação de empatia com o grupo, ao mesmo tempo em que trabalham na concretização de objetivos da organização. O líder também deve orientar e questionar o trajeto da realização das atividades. Veja, no Infográfico a seguir, as funções e a importância de um líder para a motivação da equipe e o sucesso da organização. CONTEÚDO DO LIVRO Na administração de empresas, existem inúmeros tipos de líderes, e os estilos de liderança denominam o comportamento do líder, independente de suas características pessoais. No capitulo Tipos de Gerente, da obra Teoria Geral da Administração I, você evidenciará a importância do relacionamento de seus gestores com seus funcionários e com a organização para o desenvolvimento de todos. Boa leitura. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I Clarisse Dias Tipos de gerente Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar os mais variados tipos de gerentes que atuam dentro das firmas e suas atividades diárias. � Relacionar as atividades gerenciais com os níveis de autoridade e de responsabilidade respectivos. � Explicar o que significa sensemaking e por que ele é importante para os gerentes na atualidade. Introdução Neste texto, iremos verificar que, nos últimos anos, o ambiente organiza- cional sofreu inúmeras mudanças que refletiram nas organizações. Com isso, tornam-se significativamente importantes os papéis dos gerentes dentro das organizações. Há muitas dúvidas e discussões quanto à natu- reza desta função, pois é o gerente que tem o papel norteador dentro da organização em prol da concretização dos objetivos organizacionais. A dúvida que nos remete é o real papel do gerente dentro da organização. Conforme Mintzberg et al. (2007) apresentam em seus estudos, essa é apenas uma das muitas dúvidas a respeito do papel do gerente. O autor nos apresenta um modelo de gestão que compõe os papéis de gerente, bem como as responsabilidades do trabalho de gestor. Ser gerente independe da hierarquia e do setor da organização, o que vai diferenciar o seu papel é o nível de adequação na realização da tarefa. Modelos de liderança e suas atividades Por meio de seus autores, a Administração nos apresenta diferentes tipos de líderes. São os estilos de liderança que denominam o comportamento do líder, independentemente de suas características pessoais. Ramos (2014) nos diz que o tipo de líder está ligado à personalidade, enquanto o estilo de liderança está associado ao que o líder faz. O Quadro 1 mostra os três principais tipos de líderes. Autocrático Democrático Liberal � Decide tudo sozinho sem a participação do grupo. � Define rigidamente os processos (das tarefas aos resultados). � Visualiza os colabora- dores como unidades de trabalho. � Decide em conjunto com o grupo todas as decisões. � O grupo define au- tonomamente todas as tarefas a serem realizadas e seus processos. � É o líder que alinha a li- berdade nas decisões individuais e grupais. Age como um orien- tador nas sugestões e ideias para o grupo. Quadro 1. Tipos de líderes. Considerando que a liderança é atrelada às competências de inteligência e ao clima de trabalho, podemos categorizar a liderança em ressonante e dissonante, conforme apresenta o Quadro 2. Ressonantes Dissonantes � Visionário: compartilha visões e so- nhos. É extremamente positivo em situações que exijam uma orientação clara. � Conselheiro: age como relacionador dos desejos do grupo em conjunto com os objetivos da empresa. � Democrático: valoriza que cada um do grupo tem algo a contribuir na ação conjunta de atingir os objetivos da empresa. � Dirigista: busca sempre fazer o seu melhor, mas é pouco comunicativo e apresenta baixa empatia. � Pressionador: é ágil no atingimento das metas com rapidez e qualidade. Porém tem um efeito muito negativo dentro do grupo. Quadro 2. Liderança ressonante e dissonante. Tipos de gerente2 Liderança diretiva: quando a tomada de decisão parte de um único líder. Normal- mente, esse modelo de liderança não prepara seu sucessor. Liderança participativa: é um líder provisório, um líder itinerário ou itinerante. Po- demos dizer que é diretivo, mas não definitivo. Liderança delegativa: é um líder que delega a função de liderança a outro representante. Liderança estilo coaching: é um líder treinador, que estimula o grupo a tomar decisões estratégicas em busca dos objetivosda organização. Os líderes devem ter uma posição impessoal e passiva quanto às metas da organização, pois apesar de estarem liderando pessoas em prol dos objetivos da empresa, também estão sendo avaliados pelo desempenho de suas funções. A partir das necessidades e dos sonhos da organização, nascem as metas ligadas à sua história e à sua cultura. O trabalho é considerado, pelos líderes, um processo rotineiro que permite a interação de pessoas e a tomada de decisões. Neste momento é que se pode negociar, barganhar, usar recompensas e demais formas de interação, de acordo com o papel que cada pessoa desempenha no processo. Os líderes também devem ter cuidado na relação estabelecida com o grupo, para que o emocional não afete significativamente o desempenho das tarefas. Não se considera negativo esse tipo de liderança, mas necessário. Atualmente, acompanhamos inúmeros modelos de liderança no mercado, com sucesso ou não. O papel do líder é conservar o principal valor da empresa em menor tempo e custo. Para Ramos (2014), a liderança é uma grande conquista para as organiza- ções. O administrador deve ser um líder nato para nortear os funcionários que o acompanham, como forma de influenciar pessoas em busca do objetivo esperado, auxiliando na modificação de seu comportamento e o meio no qual atuam na busca de atingir os objetivos de ambos. O gerente também deve ter em mente que as pessoas devem ser vistas como colaboradoras do processo, e não subordinadas, pois os funcionários atuam junto aos seus líderes na conquista de metas. Na liderança visionária, a preocupação central é o futuro e o fato de poder correr riscos. Os líderes que partem dos princípios visionários não dependem 3Tipos de gerente do recebimento dos processos detalhados que devem ser realizados. A liderança visionária garante viabilidade a longo prazo. Contudo, as empresas geridas por visionários correm mais riscos de fracassar no curto prazo, pois os líderes estão mais dispostos a correr riscos, considerando mais seus objetivos do que os reais valores da empresa. Sempre preocupados em utilizar a criatividade, a inovação e a tecnologia, não aceitam desculpas quanto a colocar a empresa em um novo formato, quando julgam ser considerável ao sucesso desta. Ao iniciar um trabalho neste modelo de liderança, a identidade empresarial parte do que se está sendo construído, pois o futuro não é garantido. A insta- bilidade é parceria certa neste modelo, pois não há como prever os percalços do caminho. Este modelo desagrada muitas pessoas por ser desconhecido e aventureiro. Porém, quando atinge os objetivos esperados, é líder no quesito sucesso. Nos dias atuais, o que vemos no comportamento das empresas são estas fazendo um link com este modelo de liderança visionário, em contrapartida com o modelo democrático, atendendo seus diferentes públicos. Entre- tanto, com um único objetivo: cativar, fidelizar e concretizar os objetivos organizacionais Comparando as lideranças Diferentemente dos gerenciais e dos visionários, os líderes estratégicos são sonhadores e lutam para concretizar seus objetivos. Um líder estratégico procura agregar mais valor no decorrer dos processos realizados. Quando a junção desses dois modelos de liderança acontece, é agregado valor tanto para o profissional quanto para a organização, ou seja, todos ganham nesse momento. O indivíduo que possua sinergia e qualidades visionárias e gerenciais potencializará um grau considerável de realização para a empresa. Conforme Salles e Villard (2017), o que destaca os líderes estratégicos dos demais é o comportamento ético, um modelo de gestão muito raro de ser encontrado dentro das organizações. Ainda para os autores (2017), é necessário que haja um bom relacionamento e envolvimento entre estes diferentes mode- los de liderança, pois é neste envolvimento que podem ocorrer a partilha de conhecimento e a troca de experiências em busca da realização dos objetivos em comum. O Quadro 3 nos mostra alguns tipos de liderança, conforme Ramos (2014). Tipos de gerente4 Liderança estratégica Liderança visionária Liderança gerencial � Decisões baseadas em valores. � Estratégias a longo prazo. � Apresentam características otimistas. � Consideram a estratégia o ponto principal. � Pensamento linear e não linear. � Apresentam proatividade. � Ocupam cargos de alto risco. � Têm um relacionamento empático com o grupo. � Influenciam as pessoas. � São multifuncionais e integradores. � Baseiam-se em valores. � Atentam-se ao conhecimento. � Pensamento não linear. � São conservadores. � São facilitadores. � Acreditam na importância dos processos conservadores. � Influenciam as pessoas. � Atuam em áreas funcionais. � Nem sempre tomam decisões baseadas em valores. � Têm pensamento linear. � Fazem escolhas baseadas nos ambientes interno e externo. Quadro 3. Tipos de liderança: estratégica, visionária e gerencial. Aprofunde seus conhecimentos lendo o texto “Competências do gestor/gerente/ administrador: seus diferentes tipos e seus papéis” (VIEIRA, 2013). Liderança nos tempos atuais As empresas precisam de líderes competentes para atuar e motivar o desenvol- vimento de pessoas. Como já vimos anteriormente, a liderança é um requisito básico para o sucesso de uma organização em qualquer momento. Quando há turbulência, a liderança é o diferencial para o fracasso ou o sucesso de uma empresa. Podemos definir liderança como a influência de alguém sobre 5Tipos de gerente o comportamento de um indivíduo ou grupo com qualquer finalidade, sendo exercida para objetivos de terceiros ou objetivos organizacionais. Com o atual momento organizacional, as empresas estão se desmembrando e reconstruindo a maneira como são dirigidas, formando novos grupos, con- duzidos por profissionais focados em determinados processos, propondo-se a atingir o que a empresa busca com inovação, tecnologia e formas diferenciadas de gerenciamento. A liderança deve aprimorar o trabalho de homens e de máquinas, melho- rando a produção; deve fazer com que as pessoas sintam orgulho na realização de seu trabalho; deve procurar sanar as dificuldades e realizar o melhor trabalho em menor tempo. Neste contexto, o papel do gerente entra como norteador do grupo na realização dos processos. As responsabilidades do líder vão além, atuando através de ferramentas, conhecimentos, visualizando o desempenho de seu grupo e identificando se estes estão correspondendo ao sistema de gestão da empresa, pois o líder deve ser o que visualiza a melhoria do grupo na atuação das tarefas. Assim, há redução de problemas para as pessoas e a empresa. Em algumas organizações, a liderança é até mesmo mais importante que o processo estratégico, pois é o líder quem irá conduzir as pessoas na realização dos demais processos. É neste momento que a empresa deve estar atenta ao perfil dos líderes de suas operações, pois partirá deste o sucesso ou o fracasso na realização das tarefas. No cenário atual, as empresas enfrentam uma luta árdua na busca de seus profissionais, e estes, muitas vezes, enfrentam a mesma luta em busca de aperfeiçoamento para responder às exigências determinadas pelos cargos. As pessoas e as organizações estão constantemente sujeitas a um grande número de situações, com o intuito de sanar suas dificuldades e manter o andamento natural, a necessidade de pertencer a um grupo social reflete nas pessoas o desejo de autorrealização. O principal motivo que faz com que as pessoas ajam de determinada maneira se dá pela origem de comportamentos sociais e físicos, pois as pessoas buscam o poder do status, julgando afetar o processo de sua autoestima. A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), apresentada por Gomes, Gomes e Magalhães (2016), distingue-se pelo respeito às pessoas. Assim, as organizações precisam de pessoas motivadas e felizes para alcançar os níveis desejados de qualidade e de produtividade, e a
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