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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Introdução: Todos os atos estatais que contrariem 
diretamente ou indiretamente os dispositivos 
constitucionais devem ser objeto de fiscalização é retira-
lhes de circulação com sua declaração de invalidade, em 
nome da supremacia constitucional. 
 
Princípios Informadores: 
Rigidez 
Constitucional 
Existe hierarquia entre as 
normas jurídicas. Tendo em 
vista que as normas 
infraconstitucionais não podem 
alterar o texto da Constituição. 
Supremacia 
Constitucional 
Serve para nortear a realização 
da fiscalização de 
constitucionalidade das normas 
infraconstitucionais 
Presunção de 
Constitucionalidade 
das Leis 
A “Lei”, produto do poder 
político estatal, goza de 
presunção relativa de 
constitucionalidade, 
respeitando os aspectos formais 
e materiais da CRFB/88, até 
que seja declarada 
inconstitucional 
 
Conceito: Controlar a constitucionalidade das leis consiste 
na verificação de sua compatibilidade material e formal 
para com a CRFB/88. Avalia-se o conteúdo, a essência da 
norma e/ou se o processo legislativo realizado para sua 
elaboração está de acordo com o que determina a 
Constituição. 
 
Tipos 
Material Originária 
Formal Superveniente 
Total Ação 
Parcial Omissão 
 
 
 
 
 
 
 
Manifestações do Controle de Constitucionalidade 
 
Com relação ao MOMENTO 
a) Preventivo (a priori): quando o exercido sobre a 
norma durante o seu processo de elaboração com o 
intuito de evitar que terre em vigor norma 
regulamentadora da CRFB/88 – PEC ou PL. 
b) Repressivo (a posteriori): Quando exercido sobre 
a norma pronta, acabada, e visa à paralisação de sua 
eficácia – Lei ou Emenda. 
 
Com relação ao ÓRGÃO 
a) Político: Realizado pelo Poder Executivo ou 
Legislativo. 
b) Jurisdicional: Realizado por quem presta jurisdição 
(juízes ou órgãos do poder judiciário). 
OBS: O STF vem permitindo controle preventivo judicial 
de constitucionalidade por meio de mandado de segurança 
impetrado por parlamentar em face de um processo 
legislativo que contrarie a CRFB/88. 
 
Controle Preventivo Repressivo: Realizado por meio dos 
sistemas difuso e concentrado, a CRFB e a jurisprudência 
nos trazem exemplos de controle repressivo político. 
Exemplos: Art. 49, V; art. 62, §§5º e 9º; S. 473, ambos da 
CRFB/88 e S.473, STF. 
Com relação ao Órgão Judicial Competente para o 
Exercício 
 
a) Difuso ou aberto: É aquele exercido por qualquer órgão 
jurisdicional. Todo e qualquer juiz exerce controle de 
constitucionalidade difuso. É chamado de difuso porque 
seu exercício ocorre de forma dispersa entre os órgãos do 
Poder Judiciário. 
b) Concentrado, reservado ou fechado: É exercido por 
apenas um órgão jurisdicional. Chama-se concentrado 
porque não está disponível ao exercício por qualquer juiz. 
Se o parâmetro para o controle é a CRFB/88, APENAS O 
STF EXERCE, caso seja C.E., APENAS O TJ EXERCE. 
 
Com relação ao MODO DE EXERCÍCIO 
 
a) Incidental (de exceção ou de defesa): Quando no 
exercido no bojo da solução de um conflito de interesses, 
onde o que mais importa para as partes na relação jurídica 
é a sua composição. Será discutida a principal causa da 
inconstitucionalidade (questão prejudicial ao mérito) de 
Lei ou Ato. 
b) Principal (de ação ou direta): Pretende-se o exame de 
validade de uma norma. O Autor da ação invocará o 
controle de constitucionalidade como questão principal a 
ser decidida pelo Poder Judiciário. 
 
DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE 
DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
O controle incidental pode ser provocado por 
qualquer pessoa, no bojo de qualquer ação (em regra), 
perante qualquer juízo. Daí possuir a característica de 
ser difuso, ou seja, pode ser proposto perante 
qualquer órgão jurisdicional. Também pode ser 
realizado de ofício pelo julgador, posto que antes de 
aplicar uma norma para solucionar um caso concreto, 
deve-se examiná-la, à luz do princípio da supremacia 
constitucional. 
Na relação jurídica submetida ao juízo 
competente, pode estar sendo invocada uma norma 
violadora da Constituição. Devendo examinar a 
Controle Preventivo 
Político 
Realizado pela CCJ das 
casas legislativas – Tem 
por função verificar a 
compatibilidade do PL 
para a CRFB/88 – Visa a 
correção ou impedimento 
da tramitação de um 
projeto viciado, 
realizando controle 
preventivo 
Quando a motivação do 
veto aposto a um PL pelo 
Presidente da República – 
Se a indicação for de uma 
inconstitucionalidade no 
PL, o presidente realizará 
controle preventivo de 
constitucionalidade 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
validade da norma e proferir no julgamento da 
decisão. 
A inconstitucionalidade de uma norma 
poderá ser discutida em qualquer tipo de ação. 
Levando em regra as normas de competência para a 
propositura da ação. Pode ser suscitada por qualquer 
pessoa que figure ou interfira na relação jurídica. O 
Juiz também pode reconhecer de ofício. 
 
PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO 
 
 Em razão do artigo 97, da CRFB/88, uma 
norma só pode ser declarada inconstitucional pela 
maioria absoluta dos membros do tribunal ou de seu 
órgão especial. Não podendo ser realizada por órgãos 
fracionados. 
EXCEÇÃO: Artigos 948 e 949, do CPC. 
Vide Súmula Vinculante n. 10. 
NÃO SE APLICA A TURMA RECURSAL DE 
JUIZADO ESPECIAL 
 
EFEITOS DA DECISÃO NA VIA DIFUSA. A 
PARTICIPAÇÃO DO SENADO FEDERAL 
 
 A decisão pela inconstitucionalidade da 
norma tomada como causa de pedir, ou seja, como 
questão prejudicial, produz efeitos apenas em relação 
a quem for parte naquela causa, retroagindo no tempo 
para proteger a relação jurídica no momento em que 
a lei imputada inconstitucional provocou lesão ao 
direito e não faz coisa julgada. Inter Partes. EX 
TUNC. 
 
Exceção: Art. 52, X, da CRFB/88. Erga Omnes. EX 
NUNC 
 
 A decisão de inconstitucionalidade na via 
difusa não faz coisa julgada material e não admite 
ação rescisória por essa razão, exceto se não tiver sido 
observado o princípio da reserva de plenário 
VISÃO GERAL DO CONTROLE 
CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO 
 
É realizado pela ação direta porque as ações são 
propostas diretamente para exame da 
constitucionalidade da norma, é analisada como 
questão acessória do mérito. Tomando como 
parâmetro a CRFB/88, somente o STF poderá julga-
lo. Se o parâmetro for C.E. quem exerce é o Tribunal 
de Justiça Local. 
 
ESPÉCIES 
 
ADI – art. 102, I, a, da CRFB/88 + L. 9.868/99 
ADO – art. 103, §2º, da CRFB/88 + L. 9.868/99 
ADC – art. 102, I, a, da CRFB/88 + L. 9.868/99 
ADPF – art. 102, §1o, da CRFB/88 + L. 9.882/99 
 
CARACTERISTICAS DO ATO NORMATIVO 
 
Generalidade; Abstração; Autonomia; Ser oriundo do 
Poder Público. 
 
Genérica - Singular 
Abstrata - Regular situações que ainda não foram 
concebidas 
Autônoma – Quando retira seu fundamento de 
validade da Constituição, está abaixo dela. 
 
LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 
Art. 103, I a IX, da CRFB/88 + 2, I, da Lei n. 9.882/99 
I, II, III, VI, VII e VIII – Universais 
IV, V e IX – Especiais 
 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA 
 
Não se exige de todos a capacidade postulatória do 
advogado. Exceção: Partido Político, Confederações 
e das entidades de classes. Art. 3º, § único, da L. 
9.868/99. 
 
PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA 
 
Deverá ser ouvido – Art. 103, §1º , da CRFB/88 
 
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO 
 
Exerce função atípica – Art. 103, §3º, da CRFB/88. 
Não atuará em ADC 
Poderá atuar na ADO – Art. 12-E, §2º, da L. 9.868/99 
Poderá atuar na ADPF – Se o objeto da ação for ato 
normativo e seu julgamento puder resultar em 
declaração de inconstitucionalidade, o AGU, será 
chamado a intervir. 
 
AMICUS CURIAE 
 
STF: Está limitado à data da remessa dos autos à 
mesa para julgamento. 
Art. 7º, §2º, da L. 9.9.868/99 e L. 9.882/99.
 
É abstrato Enfoca a norma do modo como está 
prevista, ou seja, em abstrato, não 
considerada dentro de um caso 
concreto (exceção: ADI Interventiva 
Federal 
É principal O controle de constitucionalidade está 
no pedido da causa e não como 
questão prejudicial 
É direito O que se pretende, diretamente, é o 
exame da constitucionalidadeÉ concentrado Apenas um órgão o exerce. Em 
âmbito federal, apenas o STF. 
É objetivo Não se discute direito objetivo 
violado, caso concreto ou lide. Não há 
outras partes interessadas no resultado 
da ação. Não há possibilidade de 
desistência ou intervenção de 
terceiros

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