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Segurança Alimentar e Nutricional

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CAPITULO I
1. INTRODUÇÃO 
Com o actual aumento da população em situações extremas de insegurança alimentar e nutricional em várias partes do mundo e na África, em particular, vários governos, organizações não-governamentais e outros agentes (famílias e pessoas singulares) estão cada vez mais preocupados em erradicar a fome no mundo, tendo em conta as consequências desastrosas que causa a nível mundial. De acordo com a FAO et al. (2006), a nível mundial morrem a cada dia 25,000 pessoas adultas, uma criança a cada cinco segundos e 11 milhões de crianças menores de cinco anos, anualmente em países em desenvolvimento, por fome.
No âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, as Nações Unidas apelam os países à acção para garantir a segurança alimentar e nutricional, especialmente a pessoas pobres e vulneráveis, incluindo as crianças (FAO, 2018). De acordo com Ozkan et al. (2015), a segurança alimentar e nutricional existe quando todas as pessoas têm acesso físico e económico sustentável a alimentos seguros, nutritivos e socialmente aceitáveis em quantidades suficientes para garantir uma vida saudável.
Neste sentido, Kepple et al. (2011) afirmam que a efectivação da segurança alimentar e nutricional depende de múltiplas variáveis, desde as macroeconómicas, regionais e locais até as domiciliares, o que pressupõe a necessidade de se ter um conhecimento profundo dessas variáveis de modo que as acções destinadas a manutenção do estado de SAN no mundo sejam efectivas. 
Essa necessidade deve aumentar ainda mais, tendo em conta que os dados reportados pela FAO (2021) demostram uma tendência crescente da prevalência de pessoas em insegurança alimentar e nutricional ao longo do tempo, com maiores níveis de crescimento em continentes cujos países são pobres e de baixa renda, com destaque para a África.
No contexto Africano, Moçambique é considerado um dos países pobres e, foi classificado pela Ayuda en accion (2021) em 106º lugar no Índice de Fome entre 116 países e pela PNUD (2020) em 181º posição no índice de Desenvolvimento Humano entre 189 países. Além disso, o estudo de Abbas (2017) e de Mosca et al. (2016) revelam que cerca de 80% da população no país está envolvida no trabalho informal, com maior destaque para o sector da agricultura, sendo um dos grupos de baixa renda e mais vulnerável às inúmeras adversidades, sobretudo à insegurança alimentar e nutricional. A análise de tendência dos indicadores de segurança alimentar e nutricional feita para os últimos dez anos (com excepção de 2018) pelo SETSAN (2021), revela que o número de pessoas em insegurança alimentar no país aumentou nos últimos 5 anos, tendo atingido cerca de 2 milhões da população em 2021.
Neste trabalho em grupo sobre a situação da nutrição em Moçambique, buscamos de forma breve e curta debruçar da segurança alimentar e nutricional em Moçambique e a problemática no mundo da mesma, para tal melhor compreensão buscamos identificar as estratégias da segurança alimentar e nutricional em Moçambique.
Procuramos traçar os seguintes objectivos da investigação, e que os mesmos no capítulo IV foram respondidos com esforço e dedicação de cada integrante do grupo: 
1.1 Objectivo geral 
· Entender os principais factores socioeconómicos e demográficos que contribuem para a segurança alimentar e nutricional em Moçambique e no mundo.
1.2 Objectivos específicos
· Descrever a situação Nutricional em Moçambique;
· Identificar as políticas e estratégias da segurança alimentar e nutricional de Moçambique;
· Perceber da problemática nutricional no Mundo.
CAPITULO II
2. QUADRO TEÓRICO E CONCEPTUAL
Neste capítulo, apresentamos a história, os conceitos de “segurança alimentar e nutricional” nas vertentes produção e disponibilidade de alimentos, uso e utilização, destacamos as políticas e estratégias da segurança alimentar e nutrição em Moçambique e por fim destacamos algumas preocupações ao nível mundial em termos de alimentação e nutrição, descrevendo princípios básicos da fome e seus principais problemas.
O termo "Segurança Alimentar" surge, pela primeira vez, logo após o fim da 1ª. Guerra Mundial. Percebia-se que um país poderia dominar o outro se tivesse o controlo sobre o seu fornecimento de alimentos. Esta era uma arma poderosa, principalmente se aplicada por uma potência sobre um país mais fraco, no plano militar e, também, incapaz de produzir suficientemente os seus alimentos. Portanto, o termo "Segurança Alimentar" é, de facto, na sua origem, um termo militar. Tratava-se de uma questão de segurança nacional para todos os países. Apontava para a exigência de formação de reservas de alimentos que fortalecia a visão sobre a necessidade de busca de autossuficiência por cada país (Silva, 2006).
Na primeira Conferência Mundial sobre Segurança Alimentar, promovida pela FAO, em 1974, num momento em que as reservas mundiais de alimentos estavam bastante escassos, com uma perda de safras importantes nos países produtores, a ideia de que a Segurança Alimentar estava estritamente ligada à produção agrícola era corrente. Isto veio, inclusive, fortalecer o discurso da indústria química na defesa da Revolução Verde (Menezes, 1998). 
Na mesma conferência afirmava-se que o problema da fome e da desnutrição no mundo desapareceria com o aumento significativo da produção agrícola, o que estaria assegurado com o emprego maciço de insumos químicos (fertilizantes e agrotóxicos). 
Apesar dos esforços, a produção mundial, ainda na década de setenta, aumentou embora não da mesma forma como previa a Revolução Verde, e nem por isso desapareceram os problemas da fome e da desnutrição, que continuavam afectando grupos vulneráveis da população mundial.
2.1 Análise do conceito Segurança Alimentar e Nutricional
A Segurança Alimentar e Nutricional significa garantir, a todos, condições de acesso a alimentos básicos de qualidade, em quantidade suficiente, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, com base em práticas alimentares saudáveis, contribuindo, assim, para uma existência digna, num contexto de desenvolvimento integral da pessoa humana (Menezes, 1998). 
O significado atribuído à noção de SAN vem sendo aperfeiçoado por vários agentes (Governos, Organismos internacionais, ONGs e Academias) e tem evoluído ao longo do tempo. À medida que a literatura avança, muitas definições e modelos conceptuais sobre segurança alimentar e nutricional são apresentados. De acordo com Aidoo et al. (2015), existem, actualmente, cerca de 200 definições e 450 indicadores de segurança alimentar.
Embora muitas, as definições comumente aceites são a estabelecida pela FAO e a resultante da conferência mundial de alimentação, realizada em Roma, em 1996. A FAO define a Segurança Alimentar e Nutricional como: “Situação na qual todas as pessoas, em todos os momentos, têm acesso físico, social e económico, a recursos suficientes, seguros e alimentos nutritivos que atendam às suas necessidades dietéticas e preferências alimentares para uma vida activa e saudável” (FAO,2008).
Por outro lado, na conferência Mundial de Alimentação de 1996, 182 nações entraram em
coalescência de consenso e adoptaram a seguinte definição para a SAN:
“Estado que existe quando as pessoas têm, de forma permanente, acesso físico e económico a alimentos seguros, nutritivos e suficientes para satisfazer as suas necessidades dietéticas e preferências alimentares, a fim de levarem uma vida activa e saudável” (Pereira et al., 2020). 
No entanto, a literatura aponta que a percepção sobre o que é SAN na actualidade nem sempre foi a mesma, este conceito tem sido objecto de debates e sofreu evolução ao longo do tempo, conforme descrito abaixo.
2.1.1 Causas da insegurança alimentar 
Desde há muito que a Humanidade vem debatendo-se com a preocupação da segurança alimentar e nutricional da população cada vez mais crescente e aponta o subdesenvolvimento, as doenças, as calamidades naturais e as guerras como factores que contribuem de forma negativa para a insegurança alimentar e nutricionalnos agregados familiares (FAO, 2003). 
No mundo, e em particular em Moçambique, vários factores são apontados como causas que concorrem para a insegurança alimentar e nutricional, nomeadamente: Incapacidade de acesso e a disponibilidade de alimentos.
2.2 Situação Nutricional em Moçambique
A Segurança Alimentar enquadra-se como um indicador nos grandes objectivos de desenvolvimento económico do país, pois a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional constitui uma responsabilidade do Estado, tendo em conta que é através dela que se pode assegurar o direito de todos os cidadãos o acesso a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente, com base em práticas alimentares saudáveis, sem se pôr em causa o acesso a outras necessidades essenciais nem ao sistema alimentar para futuras gerações (ROSA e ORAM, 2010, citando a Política agrária, 1995).
A Constituição da República de Moçambique, no artigo 103, número 1, refere que “na República de Moçambique a agricultura é a base do desenvolvimento Nacional”. Diz ainda no número 2 que “o Estado é que garante e promove o desenvolvimento rural para a satisfação crescente e multiforme das necessidades do povo e o progresso económico e social do país”. É nesta linha constitucional que se faz análise da contribuição da agricultura no desenvolvimento nacional e os principais problemas associados à agricultura (Mucavele, 2010).
Apesar de as políticas de desenvolvimento do país se centrarem na redução da pobreza, o crescimento populacional não acompanhado pela produção agrícola levou a situações de insegurança alimentar a vários níveis. A população evoluiu na ordem de 32.4%, no período de 1997 a 2007, ao passar de 15.278.334 para 20.226.296 habitantes. Como consequência, em 2005, em média 450.000 pessoas no país sofriam de insegurança alimentar, necessitando de ajuda alimentar imediata e 1.300.000 crianças sofriam de insegurança alimentar crónica ﴾SETSAN, 2005).
Em Moçambique, o relatório de avaliação de SAN do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) revela que a prevalência da insegurança alimentar e nutricional é de cerca de 24% dos agregados familiares, correspondente a cerca de 1.150.000 famílias que estão em insegurança alimentar crônica, e 3,5% das famílias, correspondentes às 168.000 pessoas que estão em situação de insegurança alimentar aguda (SETSAN, 2013).
O mesmo relatório refere ainda que, as províncias, Tete, Niassa e Nampula têm maior prevalência da insegurança alimentar crónica, (com mais de 33% de agregados familiares) enquanto as províncias do Sul prevalecem menos, principalmente Maputo cidade, que tem o menor nível (cerca de 11% dos agregados familiares).
Quanto a desnutrição, SETSAN (2013) revela que cerca de 43% das crianças com idade entre
6-59 meses tem baixa altura para a idade, isto é, estão cronicamente desnutridas, e 7% possui
baixo peso para a altura, implicando que têm a desnutrição aguda.
A desnutrição crónica prevalece mais alta nas províncias do Norte e do Centro (Niassa, Nampula e Sofala, com 44-52%) e mais baixa em Maputo Província, Maputo Cidade e Inhambane (com prevalência entre 26-31%). À semelhança da desnutrição crónica, a desnutrição aguda é mais alta no Norte e Centro (Niassa e Sofala, 6-12%) e mais baixa no Sul (3-4% em Inhambane, Gaza, Maputo Província e Maputo Cidade) (SETSAN, 2013). 
Recentemente, o SETSAN estimou que 1,991.542 pessoas enfrentavam a insegurança alimentar aguda, em todo o país. A maioria destas pessoas também está concentrada na zona norte incluindo na província de Nampula. Essas pessoas precisavam de intervenções urgentes para reduzir os défices de consumo de alimentos, de modo a reduzir o risco de desnutrição aguda ou de mortalidade (SETSAN, 2021).
2.3 Políticas e Estratégias Nacionais de Nutrição
Como parte do compromisso em melhorar a nutrição para todos os Moçambicanos, o Governo de Moçambique, com apoio do FANTA, criou o Programa de Reabilitação Nutricional I (PRN I) para combater a desnutrição aguda no seio das crianças e adolescentes com idade compreendida entre os 0 e os 14 anos, e o PRN II para pessoas com 15 ou mais anos de idade FANTA (2018). 
No relatório da FANTA (2018) o PRN possui cinco pilares fundamentais: envolvimento comunitário, tratamento da desnutrição no internamento para pacientes com desnutrição aguda grave (DAG) com complicações médicas, tratamento da desnutrição em ambulatório para pacientes com DAG sem complicações médicas, tratamento da desnutrição em ambulatório para pacientes com desnutrição aguda moderada (DAM), e aconselhamento, educação nutricional e demonstração culinária. 
No mesmo relatório, o programa inclui como um especial foco os grupos de alto risco, tais como pessoas vivendo com HIV e/ou TB, mulheres grávidas, lactantes e idosos. Os serviços de PRN também fazem parte das estratégias do governo para reduzir a mortalidade por HIV, alcançar uma geração livre do HIV e abordar a mortalidade relacionada a TB, segundo o destacado no Plano de Aceleração Estratégica da Resposta ao HIV/SIDA (2013–2015) e o Plano Estratégico e Operacional do Programa Nacional de Controlo da TB (2014–2018), respectivamente. No âmbito da criação destas directrizes e materiais, Moçambique tornou-se num dos países que desenvolveu um Programa de Reabilitação Nutricional compreensivo para o manejo da desnutrição em todas as faixas etárias e ao longo de um espectro de necessidades.
2.3.1 Enquadramento das Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional I e II 
A Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN II) resulta da evolução da ESAN I aprovada pelo Governo de Moçambique em 1998, através da Resolução Interna 16/98. A ESAN I foi elaborada na sequência da Cimeira Mundial de Alimentação (CMA), realizada em Roma em 1996, quando os diversos países se comprometeram a reduzir a fome para metade até 2015. Este objectivo coincide com o objectivo número um do Desenvolvimento do Milénio (ODM), aprovado na Cimeira do Milénio, em 2000.
2.3.1.1 Avaliação da Implementação da ESAN I
A ESAN I foi concebida num contexto político, social e económico que há cerca de uma década orientou as linhas mestras e o comando da estratégia. Mudanças no contexto justificaram a sua revisão. A avaliação multissectorial e independente encomendada pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (SETSAN) visava essencialmente encontrar respostas às seguintes questões:
· O que evidenciam os dados estatísticos oficiais sobre a situação de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no País?
· As componentes de SAN estão efectivamente incorporadas nas políticas e nos programas de desenvolvimento no País?
· Existe uma cobertura e qualidade suficiente de entidades executoras de acções de SAN no País?
· As políticas e os programas visam o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) no País?
· É importante institucionalizar a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) em Moçambique?
· A ESAN I como marco orientador e a sua estrutura institucional, o SETSAN, são suficientes e adequados para responder aos actuais desafios no País?
Apesar de a avaliação reconhecer que a ESAN I, na sua essência filosófica, continua válida, ela identifica algumas limitações, das quais se destacam:
· Não inclui a análise das ligações do HIV/SIDA com a SAN;
· Não inclui indicadores claros de monitoria e avaliação e não estabelece dispositivos adequados de curto e médio prazos;
· Enfatiza principalmente nos problemas da SAN rural em detrimento da SAN urbana;
· Realça a abordagem da SAN como fenómeno emergencial e como consequência das calamidades naturais e dá pouca atenção à vulnerabilidade estrutural, que está directamente associada às causas múltiplas da pobreza absoluta;
· Não define de forma consistente os beneficiários;
· Não apresenta um plano operacional para a coordenação multissectorial e para a implementação dos programas sectoriais;
· Não prevê um orçamento de implementação mostrando que limitação de recursos afecta o funcionamento do SETSAN;
·Não preconiza um dispositivo que permite o reforço do envolvimento comunitário e integração com os princípios do distrito como base de planificação (ligação ESAN/PEDD);
· Não reconhece a heterogeneidade de SAN no país; e 
· Por fim, não incorpora a abordagem do DHAA.
Estas razões, aliadas ao agravamento da desnutrição crónica e à necessidade de adequar a ESAN ao novo contexto nacional, regional e internacional justificaram a sua revisão.
2.3.1.2 Avaliação da Implementação da ESAN II e as Políticas Nacionais
O Programa do Governo define como objectivo central do desenvolvimento económico e social, a satisfação das necessidades alimentares e a criação de emprego para combater a fome e a pobreza absoluta no país. A ESAN II distingue-se da anterior por considerar o DHAA, proclamado na Declaração Universal dos Direitos do Homem e no Pacto Internacional dos Direitos Económicos,
Sociais e Culturais. 
A ESAN II enquadra-se nas políticas nacionais; nas políticas internacionais e no Direito Internacional. Das políticas nacionais salientam-se a Agenda 2025, o Programa Quinquenal do Governo (PQG), o Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA II), o Plano Estratégico Nacional de Combate ao HIV/SIDA, e as políticas e estratégias sectoriais e multissectoriais. 
As políticas internacionais mais relevantes são: Declaração sobre Agricultura e Segurança Alimentar em África; Resolução da Cimeira de Abuja sobre a Segurança Alimentar 2006; Resolução da Cimeira Mundial da Alimentação (CMA). Atenção especial será dada à integração de ESAN II com as políticas de descentralização tendo o distrito como a base da planificação. Assim, a ESAN II privilegiará as suas raízes nas unidades geográficas abaixo dos distritos como forma de assegurar maior engajamento das comunidades no diagnóstico e resolução dos problemas de SAN de forma descentralizada e reflectindo a realidade local.
A Agenda 2025 integra a visão e as opções estratégicas do país para o futuro e foi aprovada pela Assembleia da República em 2003. A função principal da visão é proporcionar um conjunto de cenários com linhas gerais de actuação a médio e longo prazo para os líderes e decisores nos sectores públicos, privado e sociedade civil. Na agenda 2025, a segurança alimentar consta como uma questão chave da Visão nacional.
O PARPA II (2006-2009) considera a SAN como uma questão transversal, ou seja, está integrada nas diversas políticas e estratégias dos sectores do Governo. Estas políticas sectoriais, em geral, são complementares e têm em comum a preocupação de combater a pobreza absoluta e, por conseguinte, SAN. O PARPA II contém indicadores específicos de SAN e inclui o DHAA como uma abordagem a adoptar no país.
O Programa Quinquenal do Governo (2005-2009), assim como o PARPA II, é um programa de médio prazo que orienta a acção do Governo e define o orçamento geral do Estado que materializa a acção do Governo durante o período indicado.
O Plano Estratégico de Combate ao HIV/SIDA - 2005-2009 (PEN II) visa estabelecer uma abordagem multissectorial de acções estratégicas para fazer face à pandemia de HIV/SIDA. O PEN II compreende sete áreas de orientação estratégica, nomeadamente: prevenção; advocacia; estigma e discriminação; cuidado e tratamento; mitigação das consequências; investigação; e coordenação da resposta. Existe um esforço no PEN II de garantir mecanismos seguros de alimentação, prevenção da doença e resposta. Contudo, a SAN apenas está explicitamente inclusa na área de mitigação e cuidado e tratamento.
O PEN II é uma das prioridades nacionais na Luta Contra a Pobreza Absoluta pelo que, também contribui para a SAN e a redução da vulnerabilidade à tripla ameaça que resulta da contribuição da tripla ligação: HIV/SIDA, SAN/Pobreza Absoluta e limitada capacidade na implementação de políticas. As políticas sectoriais mais relevantes para a SAN são: a Política de Agricultura e Estratégia de Implementação (PAEI), o Programa de Agricultura (PROAGRI), a Estratégia da Educação, a Política da Saúde, a Política e Estratégia Nacional do Género, a Estratégia de Desenvolvimento Nutricional, a Política e Estratégia da Indústria, a Política e Estratégia do Comércio, a Política e Estratégia de Estradas, a Estratégia de Comercialização Agrícola (ECA), a Estratégia de Desenvolvimento Rural e o Plano Director de Combate às Calamidades Naturais, a Política das Pescas e Plano Estratégico da Pesca Artesanal (PESPA), a Estratégia para a Pescaria de Camarão, a Estratégia de Desenvolvimento da Aquacultura em Moçambique. Em geral, as políticas e programas do Governo abordam a SAN através da implementação de estratégias de desenvolvimento económico e social e de combate à pobreza absoluta que assentam nas seguintes
vertentes, directa ou indirectamente estão relacionadas com a SAN:
· Desenvolvimento do capital humano;
· Restauração da produção agrária e piscícola;
· Reabilitação de infra-estruturas chaves;
· Criação de um ambiente propício ao desenvolvimento da sociedade civil; e
· Descentralização.
A Política Agrária tem como objectivo fundamental garantir o auto-sustento da população, que concorre em grande medida para a melhoria da SAN, com vista a uma contínua produção e o acesso aos alimentos. No quadro da implementação do PAEI foi concebido o PROAGRI, que neste momento está na sua segunda fase, com uma abordagem mais abrangente e mais centrada na SAN.
As Políticas e Estratégias Industriais e Comerciais visam o desenvolvimento adequado da produção industrial e da comercialização geral e agrícola; estabelecimento de um ambiente legislativo e administrativo favorável à produção industrial e à comercialização; estabelecimento de infra-estruturas adequadas ao mercado; disponibilização de informação sobre comércio; intensificação da produção; promoção da comercialização agrícola nacional e do comércio externo.
As Políticas de Educação, Saúde e Nutrição têm como objectivos fundamentais o desenvolvimento do capital humano, através de uma maior assimilação do conhecimento, assim como da mudança de atitude e hábitos alimentares dentro dos AFs e na sociedade como um todo. Ao nível da Saúde e Nutrição, destaca-se a redução da prevalência da desnutrição por macro e micronutrientes; da prevalência da anemia; o desenvolvimento da capacidade de investigação em nutrição e o reforço da capacidade de advocacia para a nutrição; programas de combate a doenças endémicas; e melhoria do acesso à água potável.
A Política e Estratégia de Estradas (PEE), que prioriza a utilização de recursos locais e a utilização de sistemas modernos e eficientes de planificação e controlo, visa a continuação e expansão da reabilitação de estradas, garantindo a sua manutenção efectiva, de modo a garantir uma melhor ligação entre os locais de produção e de consumo dos produtos nacionais e importados. A PEE contribui, deste modo, para a concretização da agenda de SAN.
A Política e Estratégia das Pescas visa essencialmente incentivar o aumento da produção e melhoramento da qualidade de pescado para o consumo da população moçambicana e exportação, promoção de emprego para a população, melhoramento das condições de vida das comunidades pesqueiras, exploração sustentável dos recursos pesqueiros e a valorização dos produtos pesqueiros nacionais através do processamento, conferindo-lhes deste modo um valor acrescentado e contribuindo assim para a SAN.
A ESAN II é uma estratégia orientadora das políticas, estratégias e planos multissectoriais e sectoriais com os quais deve estabelecer sinergias e complementaridade no país.
CAPITULO III
3.PROBLEMÁTICA DA NUTRIÇÃO NO MUNDO
Através deste capítulo, apresenta-se um conjunto de preocupações ao nível mundial em termos de alimentação e nutrição, descrevendo princípios básicos da fome e seus principais problemas.
Em primeiro lugar, faz-se uma abordagem do enquadramento teórico dos problemas da fome no mundo e causas da restrição dos alimentos, assim como as medidas politicas a serem equacionadas. Em segundo lugar, apresenta-se um conjunto dedados, que permitem entender os paradoxos da existência da fome no mundo e da população em particular, principalmente dos paises menos desenvolvidos (PMD) com grande potencial da produção agrícola e ao mesmo tempo a serem os mais atingidos. Por último, faz-se uma abordagem da deficiência dos nutrientes, tendo em conta as consequências patogénicas que pode ser provocadas pela fome.
3.1 Alimentação e principais problemas da fome
Todo o ser vivo precisa de se alimentar. Alimentação é essencial à vida, entre outras necessidades primárias, só de “estômago vazio” o homem tem limitada capacidade de raciocinar correctamente sobre o “desenvolvimento” de uma sociedade no seu sentido completo. A alimentação e nutrição respondem pela manutenção do organismo e seu desenvolvimento, e realizam-se a expensas do meio em que aquele vive. Ao homem são indispensáveis para a sua sobrevivência o oxigénio, que lhe chega por via respiratória e os alimentos que ingere por via digestiva.
Estas substâncias são assimiladas por meio das funções de nutrição, cujos resíduos são eliminados do nosso organismo. A natureza proporciona-nos misturas dessas substâncias em animais e vegetais, que juntamente com outras preparadas artificialmente pelo homem constituem o que se chama de alimento
Ao debruçarmos sobre a fome e segundo os dados (FAO, 2004), decifrando de que (i) em cada 3,5 segundos morre um ser humano à fome; (ii) calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónica ou grave de subnutrição, a maior parte das quais  são mulheres e crianças dos PMD; (iii) cerca de 11 mil crianças morrem de fome diariamente; (iv) um terço das crianças dos PMD apresentam atraso no crescimento físico e intelectual; (v) 1,3 milhão de pessoas no mundo não dispõe de água potável.
Segundo FAO & OMS (1973) durante a Conferência Mundial sobre Alimentação, as Nações Unidas estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição”. Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objectivo a segurança alimentar, isto é, “o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e activa”.
Varios autores, concluem que o acesso ao alimento é uma condição necessária, mas que ainda não é suficiente, não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios é necessário que todos possam ter essa segurança de acesso aos alimentos, alimento para uma vida sadia e activa. É importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista físico (quantitativo) como económico (qualitativo) (FAO & OMS, 2004). 
Os dados acima referenciados mostram que estamos ainda muito longe para satisfazer o problema de segurança alimentar para todos os habitantes do planeta. A situação precisa como solução, centra-se em conhecer e perceber bem as causas da fome, essencialmente os aspectos socio-económico da fome que por vezes muitos acham que as conhecem, mas não percebem. Porque quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos já disseram e a apontar causas que não têm nada a ver com o verdadeiro problema. Eis exemplos aseguir:
(i) muitos afirmam que a fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. Para nós não é verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira, principalmente nos trópicos onde a falta de alimentos é mais e a fome é mais sentida (Carvalho, 1995);
(ii) a fome é devida ao facto de que somos “demais”. Também não é verdade! Há países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todo dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia e a maioria dos países Sub-Sahrianas onde os pobres de verdade padecem de fome!; 
e (iii) no mundo há poucas terras cultiváveis! Também não é verdade. Por enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos, onde o problema de quantidade de alimentos não está em causa.
3.2 Problemática da nutrição no mundo
Para nós a verdadeira problemática da nutrição no mundo está associada a muitos indicadores, entre elas indicamos:
3.2.1 As monoculturas
O produto interno bruto (PIB) de vários países com problemas depende em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café, assim como o caso da Guiné-Bissau até agora a castanha de caju é o único produto de exportação. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita;
3.2.2 Diferentes condições de troca entre os vários países
Alguns países, ex-colónias como caso de Moçambique, estão precisando cada vez mais de produtos manufacturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam;
3.2.3 Dívida externa
Segundo a FAO (2004), a dívida está paralisando a possibilidade de PMD de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa (FAO, 2004). A dívida, infelizmente, continua inalterada ou a aumentar;
3.2.4 Conflitos armados
O dinheiro necessário para providenciar alimento, água, sobre a educação, saúde e habitação de maneira suficiente para todos, durante um ano, corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de um mês na compra de armas (FAO, 2004). Além disso, os conflitos armados presentes em muitos PMD causam graves perdas e destruições em seu sistema produtivo primário;
3.2.5 Desigualdades sociais
A luta contra a fome é lutar pela justiça social. Isto é, as politicas das elites no poder que controlam o acesso aos alimentos. Paradoxalmente, os que produzem alimento são os primeiros a sofrer por sua falta (Carvalho, 1998). Na maioria dos países, é muito mais fácil encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais do que em contextos urbanos.
Concluiu-se que, quando um país vive numa situação dificil, como o caso de Moçambique, podemos dizer que praticamente, todas essas causas estão agindo ao mesmo tempo e estão na origem da fome de seus habitantes. Algumas delas dependem da situação do país, como o regime de monocultura, os conflitos armados, as desigualdades sociais, etc.
Elas serão eliminadas, quando e se o mesmo país conseguir um verdadeiro desenvolvimento. Mas outras causas já não dependem do próprio país menos desenvolvido (PMD), e sim da situação em nível internacional. Refiro-me às condições desiguais de troca entre as várias nações, à presença das multinacionais, ao peso da dívida externa. Isso quer dizer que os PMD, não conseguirão sozinhos vencer a miséria e a fome, a não ser que mudanças verdadeiramente importantes aconteçam no relacionamento entre essas nações e as mais industrializadas (FAO, 2003)[footnoteRef:1] [1: Em Dezembro de 2003 foi realizado um encontro para se traçar estratégias no combate à fome no mundo em Roma, na Itália, contando com a presença dos líderes de países de todo o mundo (relatório da reunião FAO, 2003). A reunião, organizada pelas Nações Unidas, tem como objectivo fazer com que os países cumpram o compromisso, estabelecido há cinco anos, de reduzir o número de pessoas com fome no mundo pela metade até 2015. Mas enquanto os principais líderes dos Países Menos Desenvolvidos são esperados, somente apenas dois líderes de Países Desenvolvidos compareceram no encontro.
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CAPITULO IV
4. CONCLUSÃO
A produção de alimentos em Moçambique é caracterizada pela prática de uma agricultura de subsistênciae de sequeiro, motivada pela falta de recursos, fraca assistência técnica e pelas calamidades nacturais. Por outro lado, a produção de alimentos é afectada pelo fraco acesso e uso de métodos de controlo de pragas e doenças, o que se traduz numa percentagem significativa da população que não consegue produzir alimento suficiente para o consumo familiar e obtenção da renda.
O acesso limitado ao rendimento não agrícola nas zonas rurais este factor, faz com que os rendimentos agrícolas e não agrícola sejam insuficientes para garantir a segurança alimentar e nutricional dos agregados familiares. Partindo da teoria de que a Segurança Alimentar e Nutricional é a garantia do direito de todos ao acesso a alimentos de qualidade, em quantidades suficientes e de modo permanente, com base em práticas alimentares saudáveis e respeitando as características culturais de cada povo, manifestadas no acto de se alimentar.
Esta condição não pode comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, nem sequer o sistema alimentar futuro, devendo-se realizar em bases sustentáveis (Pinto, 2011). Neste sentido, a produção de alimento torna insuficiente para garantir um consumo de modo regular e permanente aos agregados familiares compostos de 5 `a 8 membros.
Partindo deste pressuposto, a produção de alimentos em Moçambique não está a desempenhar cabalmente a sua função como factor de desenvolvimento, pois os níveis actuais de produção de alimentos garante alimentação suficiente apenas durante 4 meses e os outros 8 meses do ano tem sido frequentemente de stress alimentar e a segurança alimentar e nutricional é afectada.
A necessidade de uma política alimentar nacional deve ser acompanhada de directrizes que permitam a sua efectivação. Nesta secção foram apresentados os princípios, as áreas/elementos e actores-chave que devem orientar e estar envolvidos na construção de uma política alimentar em Moçambique, de modo que esta seja centrada nas pessoas e vise o alcance da soberania alimentar. 
Evidenciou-se o papel dos diferentes sectores e actores (sociedade civil, grupos e movimentos sociais, entre outros) em todas as fases deste processo. A representatividade e participação destes actores é crucial no desenho de uma política desta natureza, uma vez que visa englobar os beneficiários e os actores dos sistemas alimentares, como sejam os(as) produtores(as) e consumidores de alimentos.
Destaca-se também a necessidade de criar sinergias entre os diferentes departamentos e sectores governamentais, e destes com o sector privado, a sociedade civil, ONGs, comunidades, entre outros, de modo a permitir um processo coordenado, unificado e apropriado por todos, que seja baseado nos aprendizados e processos anteriores públicos, da sociedade civil, e das próprias comunidades.
Uma das características cruciais desta política alimentar é estar assente nos princípios da soberania alimentar e baseada numa abordagem de direitos, com vista a privilegiar e beneficiar os grupos mais vulneráveis, e que têm um papel fundamental na construção de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, sendo estes os(as) produtores(as) de alimentos - camponeses(as), pescadores(as), pastores(as), colectores, entre outros - e os consumidores de alimentos, que moldam os sistemas alimentares, e não as corporações do agronegócio.
CAPITULO V
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. SETSAN (2014) Relatório de Estudo de Base de Segurança Alimentar e Nutricional em 2013 em Moçambique. Maputo;
2. ASSEMBLEIA da REPÚBLIA, (2004). Constituição da República de Moçambique. Maputo, escolar editora, editores e livreiros, Lda;
3. CONSELHO DE MINISTROS (2005). Plano Quinquenal do Governo de Moçambique 2005-2009, Maputo;
4. CONSELHO DE MINISTROS (2006). Plano de Acção Para a Redução da Pobreza Absoluta, 2006-2009 (PARPA II). 
5. CONSELHO DE MINISTROS (2008). Plano de Acção para Produção de Alimentos, Maputo;
6. ESANII, (2007). Segurança Alimentar e Nutricional, um Direito para Moçambique sem Fome e Saldável, Maputo;
7. FAO (1996). Cimeira Mundial de Alimentação: Declaração Sobre a Segurança Alimentar Mundial e Plano a de Acçao: Roma;
8. FAO (2005). Directrizes Voluntárias em Apoio à Realização Progressiva do Direito a Alimentação Adequada no Contexto da Segurança Alimentar Nacional. 
9. FAO (2008). The State of Food Insecurity in the Word: Sofi.
10. MENEZES, Francisco (1998). Segurança Alimentar e Nutricional: Um conceito em disputa e construção, Brazil, São Paulo
11. PNUD, (2011). Relatório Nacional do Desenvolvimento Humano, Moçambique, Maputo
12. SETAN (2005). Relatório anual sobre Segurança Alimentar e Nutricional, Maputo. 
13. SETSAN (2006). Avaliação da Implementação da Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional, Maputo. 
14. SETSAN (2006). Estudo de Base de Segurança Alimentar e Nutricional, Maputo. 
15. SETSAN (2007). Estratégia e Plano de Acção de Segurança Alimentar e Nutricional, Maputo. 
16. SETSAN (2009). Relatório de Monitoria da Segurança Alimentar, Maputo.
ÍNDICE
CAPITULO I	1
1. INTRODUÇÃO	1
1.1 Objectivo geral	2
1.2 Objectivos específicos	2
CAPITULO II	3
2. QUADRO TEÓRICO E CONCEPTUAL	3
2.1 Análise do conceito Segurança Alimentar e Nutricional	3
2.1.1 Causas da insegurança alimentar	4
2.2 Situação Nutricional em Moçambique	5
2.3 Políticas e Estratégias Nacionais de Nutrição	6
2.3.1 Enquadramento das Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional I e II	7
2.3.1.1 Avaliação da Implementação da ESAN I	7
2.3.1.2 Avaliação da Implementação da ESAN II e as Políticas Nacionais	8
CAPITULO III	12
3.PROBLEMÁTICA DA NUTRIÇÃO NO MUNDO	12
3.1 Alimentação e principais problemas da fome	12
3.2 Problemática da nutrição no mundo	13
3.2.1 As monoculturas	14
3.2.2 Diferentes condições de troca entre os vários países	14
3.2.3 Dívida externa	14
3.2.4 Conflitos armados	14
3.2.5 Desigualdades sociais	14
CAPITULO IV	16
4. CONCLUSÃO	16
CAPITULO V	18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	18
pág. 1

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