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Canais de Distribuição Aula 2 Estrutura da Cadeia de Suprimentos Fluxos nos canais INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Professora Ma.: Bianca Passos Arpini Cadeia de Suprimentos Cadeia de Suprimentos é um termo que descreve como as organizações (fornecedores, fabricantes, distribuidores, e clientes) estão ligadas entre si. 2 Cadeia de Suprimentos Esquema Tradicional Linear 3 Cadeia de Suprimentos É a estrutura organizada para a produção e comercialização de produtos ao cliente final. 4 Slack,1993 Cadeia de Suprimentos Consiste em todas as partes envolvidas, direta ou indiretamente, na satisfação de um pedido de um cliente (CHOPRA, 2010). A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mercadorias desde o estágio da matéria – prima (extração) até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. Materiais e informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos (BALLOU, 2006). 5 Cadeia de Suprimentos Rede de entidades ou organizações que atuam em conjunto, de forma cooperativa, visando administrar o fluxo de materiais e informações, desde os fornecedores até os clientes finais (COVA e MOTA, 2009). Outros termos: Redes de valor Corrente de valor 6 Gestão da Cadeia de Suprimentos Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) é a integração dessas atividades, mediante relacionamentos aperfeiçoados na cadeia de suprimentos, com o objetivo de conquistar uma vantagem competitiva sustentável. 7 Gestão da Cadeia de Suprimentos O gerenciamento da CS trata da coordenação dos fluxos para produzir vantagens competitivas e lucratividade para cada uma das companhias na cadeia de suprimentos e para a cadeia como um todo. 8 Gestão da Cadeia de Suprimentos O gerenciamento da cadeia de suprimentos destaca as interações logísticas que ocorrem entre as funções de marketing, logística e produção no âmbito de uma empresa, e dessas mesmas interações entre as empresas legalmente separadas no âmbito do canal do fluxo de produtos (BALLOU, 2006). 9 Cadeia ou rede de suprimento? O termo cadeia de suprimentos pode implicar que somente um participante esteja envolvido em cada estágio. Na realidade, um fabricante pode receber material de vários fornecedores e depois abastecer vários distribuidores. Assim, muitas cadeias de suprimentos são, de fato, redes. Pode ser mais exato utilizar o termo rede de suprimentos ou teia de suprimentos para descrever a estrutura da maioria das cadeias de suprimentos. 10 Cadeia ou rede de suprimento? 11 Fonte: Adaptada de Harland (1996) apud Pires (2016). Figura 1: Cadeias (Chain) e Redes (Networks). Cadeia ou rede de suprimento? 12 Estrutura da Cadeia de Suprimentos A estrutura da cadeia de suprimentos está relacionada com quais membros fazem parte da cadeia de suprimentos e como são feitas as ligações entre eles. A tarefa de gerenciar uma cadeia de suprimentos é complexa, pois são muitos relacionamentos e negócios para gerenciar (LAMBERT e COOPER, 2000 apud PELLEGRINI, 2012). 13 Estrutura da Cadeia de Suprimentos As cadeias de suprimentos são formadas pela estrutura horizontal, vertical e empresa foco (PIRES e SACOMANO NETO, 2010; PIRES, 2004 apud PELLEGRINI, 2012). Estrutura horizontal: definida pelo número de níveis da CS. Estrutura vertical: definida pelo número de empresas em cada nível da SC. Empresa foco: definida pela posição horizontal da empresa foco ao longo da SC. 14 Estrutura da Cadeia de Suprimentos 15 Figura 2: Estrutura de uma cadeia de suprimentos. Fonte: Adaptada de Lambert et al. (1998) apud Pires (2016) Estrutura da Cadeia de Suprimentos 16 Figura 3: Estrutura de uma cadeia de suprimentos Fonte: Lambert e Cooper, 2000 Estrutura da Cadeia de Suprimentos Há várias camadas na estrutura da cadeia de suprimentos, ou seja, fornecedores de primeira camada, de segunda camada e assim por diante, sendo da mesma forma as camadas de clientes. Há camadas em que a empresa foco se relaciona diretamente, porém normalmente, ela se relaciona com os de primeira camada, e os outros de forma indireta. 17 Estrutura da Cadeia de Suprimentos Slack (1993) apresenta uma classificação das SCs em que divide uma SC em três níveis: cadeia total, cadeia imediata e cadeia interna. Cadeia interna é a composta pelos fluxos de informações e de materiais entre departamentos, células ou setores de operações internos à própria empresa. Cadeia imediata é a formada pelos fornecedores e pelos clientes imediatos de uma empresa. Cadeia total é a cadeia de suprimentos (SC) de um produto. 18 Estrutura da Cadeia de Suprimentos 19 Figura 4: Cadeias de suprimentos interna, imediata e total. Fonte: Adaptada de Slack (1993) apud Pires (2016). Estrutura da Cadeia de Suprimentos Os dois sentidos básicos existentes nas cadeias de suprimentos são a montante e a jusante: Montante (upstream): se faz no sentido de fornecedores. Jusante (downstream): se faz no sentido dos clientes. 20 Estrutura da Cadeia de Suprimentos 21 Figura 5: Representação de uma Supply Chain (SC). Fonte: Pires (2016). Estrutura da Cadeia de Suprimentos 22 Figura 5: Representação esquemática da estrutura de uma CS Cadeia de Suprimentos da Cia Siderúrgica de Tubarão em 2004 23 Quais tipos de fluxos existem em uma CS? Uma cadeia de suprimentos é dinâmica e envolve um constante fluxo de informação, produto e capital entre os diferentes estágios. Exemplo de fluxo no supermercado 25 Reposição de Pedido Informações de preço e Programação de entrega Cliente Supermercado Estoque ou Distribuidor Dinheiro Informações de preço e disponibilidade Produto Dados de ponto de venda e Pedidos de reposição Dinheiro Material de embalagem para reciclagem Exemplo Supermercado: O supermercado oferece o produto para o cliente, além de informações de preços e disponibilidade. O cliente transfere fundos para o supermercado, que conduz dados do ponto de venda e também pedidos de reposição ao estoque ou distribuidor, o qual transfere o pedido de reposição por caminhões de volta à loja. O supermercado transfere fundos ao distribuidor após a reposição, e o distribuidor também oferece informações de preço e envia programações de entrega ao supermercado, que pode enviar material de volta de embalagem para ser reciclado. 25 Exemplo de fluxo na Dell Computadores 26 Cliente Site Dinheiro Informações de preço , variedade e disponibilidade Produto Pedido Cliente pode retornar ao site para verificar o status do pedido. Exemplo Supermercado: O supermercado oferece o produto para o cliente, além de informações de preços e disponibilidade. O cliente transfere fundos para o supermercado, que conduz dados do ponto de venda e também pedidos de reposição ao estoque ou distribuidor, o qual transfere o pedido de reposição por caminhões de volta à loja. O supermercado transfere fundos ao distribuidor após a reposição, e o distribuidor também oferece informações de preço e envia programações de entrega ao supermercado, que pode enviar material de volta de embalagem para ser reciclado. 26 Fluxos no canal Fluxo de mercadorias Se originam do fabricante e vão até o consumidor final. É esse fluxo físico de produtos que leva à existência de operadores logísticos, ou seja, intermediários especializados em distribuição física. Além deles, qualquer membro do canal pode se encarregar da distribuição física em alguma etapa do fluxo de mercadorias. Por exemplo, o atacadista pode ser responsável pelo transporte dos produtos até o varejista. O fluxo das mercadorias não significa que os intermediários detenham a propriedade do produto, mas sim a posse do mesmo. 27 (ROCHA et al., 2012) Fluxos no canal Fluxo de dinheiro Se refere aos pagamentos realizados entre um e outro membro do canal, em troca da transferência dos direitos de propriedade sobre a mercadoria, ou simplesmente pelo pagamento dos serviços prestados. 28 (ROCHA et al., 2012) Fluxos no canal Fluxo de comunicação e informação Os membros do canal transferem diversostipos de informação sobre clientes, produtos, serviços, pagamentos, transporte, entrega, etc. A troca eletrônica de dados (Electronic Data Interchange – EDI) é um elemento importante nesse fluxo (SILVA e FISCHMANN, 2002). 29 (ROCHA et al., 2012) Fluxos no canal Fluxo de propriedade Pode ocorrer – mas não necessariamente – entre os membros do canal. Em outras palavras, o direito de propriedade pode, por exemplo, ser transferido do fabricante ao atacadista e deste ao varejista. No entanto, a posse do produto pode ser transferida para um distribuidor, sem que este detenha a propriedade. 30 (ROCHA et al., 2012) Fluxos no canal 31 Figura 6: Cinco fluxos no canal de distribuição para empilhadeiras Fonte: Kotler e Keller, 2012 Fluxos no canal 32 Fonte: Coughlan, Anderson e Stern, 2002 apud Lopes et al. 2010 Quadro 1: Tipos de Fluxos nos Canais de Distribuição Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos - planejamento, organização e logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, Planejamento e Operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 14.ed. São Paulo: Pearson, 2012. COUGHLAN, A.T.; ANDERSON, E.; STERN, L.W. Canais de marketing e distribuição. 6.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. LAMBERT, D. M. Supply Chain Management: process, partnerships, performance. SCMI – Institute Supply Chain Management. 3ª Edição. Estados Unidos, 2008. LAMBERT, D. M.; COOPER, M. C. Issues in supply chain management. New York. 2000. www.emeraldinsight.com LOPES, M. B.; SILVA, A. L. da; CONEJERO, M. A. Fluxos e poder nos canais de distribuição de etanol carburante: um estudo qualitativo no estado de São Paulo. Revista da Administração, São Paulo, v. 45, n.4, 2010. 33 Referências PELLEGRINI, N. B. S. Análise das Operações e Relacionamentos entre as Empresas com Distribuição de Bens de Conveniência do Setor Alimentício. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas). UNIMEP, 2012. PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management): Conceitos, estratégias, práticas e casos. Atlas: São Paulo, 2004. PIRES, S. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos - Conceitos, Estratégicas, Práticas e Casos. 3.ed. Atlas: São Paulo, 2016. PIRES, S. R. I. SACOMANO NETO, M. Características estruturais, relacionais e gerenciais na cadeia de suprimentos de um condomínio industrial na indústria automobilística. Produção, São Paulo, v.20, n.2, 2010. ROCHA, A. da.; FERREIRA, J. B.; SILVA, J. F. da. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 2012. SLACK, N. Vantagem competitiva em manufatura. São Paulo: Atlas, 1993. 34 image1.jpeg image2.wmf Cliente Fábrica A Fábrica B Fábrica C Fluxo de Informações Fluxo de Materiais Fluxo Financeiro Cadeia de Suprimento Sequencial oleObject1.bin Fluxo de Materiais Fluxo Financeiro Fluxo de Informações Cadeia de Suprimento Sequencial Cliente Fábrica C Fábrica B Fábrica A image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.emf image10.png image11.png image12.jpeg image13.png image14.png image15.emf