Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Moderna PLUS MATEMÁTICA 1 Parte II Capítulo 9 Função logarítmica PAIVA w w w .m o d e rn a p lu s .c o m .b r 1 MANOEL PAIVA TEXTO COMPLEMENTAR Técnica para o cálculo aproximado de um logaritmo neperiano O valor de ln 5 é a área S limitada pelo eixo Ox e pelo gráfico da função f (x) 5 1 __ x , para 1 < x < 5. 1 5 x y Uma técnica para obter uma aproximação da área S é subdividir o intervalo [1, 5] em intervalos menores, de preferência de mesmo comprimento, e construir trapézios cujas bases liguem os extremos desses intervalos ao gráfico da função f (x) 5 1 __ x . Por exemplo, subdividindo o intervalo [1, 5] em quatro intervalos de mesmo comprimento e construindo os trapézios, temos: 1 2 3 4 5 1 1 21 3 1 4 1 5 0 x y Embora a soma T das áreas desses quatro trapézios seja um pouco maior que a área S sombreada, já temos uma boa aproximação dessa área. Calculando T, chegamos a: T 5 @ 1 1 1 __ 2 # 3 1 __________ 2 1 @ 1 __ 2 1 1 __ 3 # 3 1 ___________ 2 1 @ 1 __ 3 1 1 __ 4 # 3 1 ___________ 2 1 @ 1 __ 4 1 1 __ 5 # 3 1 ___________ 2 5 1,68333... Para ter uma ideia da precisão desse método, o valor de ln 5 com nove casas decimais é 1,609437912. Portanto, com quatro subdivisões do intervalo [1, 5], obtivemos a certeza da parte inteira (1) e da primeira casa decimal (6) do ln 5. Se aumentarmos o número de subdivisões do intervalo [1, 5], vamos nos aproximar mais do ln 5. Por exemplo, com quarenta subdivisões de [1, 5], em intervalos de comprimentos iguais, a soma das áreas dos trapézios passa a 1,6098, aproximadamente. Moderna PLUS MATEMÁTICA 2 Parte II Capítulo 9 Função logarítmica PAIVA w w w .m o d e rn a p lu s .c o m .b r 1 MANOEL PAIVA Exercício proposto 1 Nos itens a seguir, está representada a função f : VR1 p V definida por f (x) 5 1 __ x . a) Calcule a área da região sombreada, com 1 < x < 8, sabendo que ln 2 5 0,693. b) Calcule a área da região sombreada, com 2 < x < 3, sabendo que ln 2 5 0,693 e ln 3 5 1,099. 1 8 x y f 2 3 x y f Em vez de usar trapézios para aproximar a área sob a curva, também podemos usar retângulos, como os das figuras abaixo. 1 2 3 4 5 x y � gura 1 1 2 3 4 5 x y � gura 2 A soma q das áreas dos quatro retângulos sob a curva da figura 1 é menor que ln 5, e a soma Q das áreas dos quatro retângulos da figura 2 é maior que ln 5. Assim, temos: q , ln 5 , Q Generalizando, se efetuarmos n subdivisões de [1, 5], a soma qn das áreas dos n retângulos sob a curva, como na figura 1, será menor que ln 5, e a soma Qn das áreas dos n retângulos, como na figura 2, será maior que ln 5. Então teremos: qn , ln 5 , Qn Aumentando n indefinidamente, vamos nos aproximar tanto quanto quisermos do ln 5. A ideia de calcular a área sob a curva foi usada pelo cientista inglês Isaac Newton (1642-1727) na criação do Cálculo Diferencial e Integral, um dos mais admiráveis trabalhos intelectuais da história da humanidade. Moderna PLUS MATEMÁTICA 3 Parte II Capítulo 9 Função logarítmica PAIVA w w w .m o d e rn a p lu s .c o m .b r 1 MANOEL PAIVA TEXTO COMPLEMENTAR Tabela dos logaritmos decimais John Napier publicou em 1614 seu sistema de logaritmos, resultado de vinte anos de estudo. Um ano mais tarde, Napier recebeu a visita do matemático inglês Henry Briggs, um entusiasta admirador da teoria dos logaritmos. Nesse encontro, Briggs sugeriu a base dez para uma tabela de logaritmos. Napier concordou com a sugestão, deixando a cargo de Briggs a construção da tabela. R EP R O D U Ç Ã O Tabela de logaritmos decimais publicada por Henry Briggs em 1624. A propriedade básica utilizada por Briggs para a construção da tabela foi a seguinte: “A média geométrica de dois números positivos distintos, a e b, está entre esses números”, ou seja: {a, b} - VR1 e a , b ] a , dlll ab , b (I) Para calcular log 2, por exemplo, Briggs partiu da desigualdade: 1 , 2 , 10 Por (I), temos 1 , dlllll 1 3 10 , 10, ou seja, 1 , dlll 10 , 10. Mas, como dlll 10 . 2, podemos escrever: 1 , 2 , dlll 10 Repetimos então o procedimento. Por (I), temos 1 , dllllll 1 3 dlll 10 , dlll 10 , ou seja, 1 , 4 dll 10 , dlll 10 . Mas, como 4 dll 10 , 2, podemos escrever: 4 dll 10 , 2 , dlll 10 Repetimos o procedimento. Por (I), temos 4 dll 10 , dllllllll 4 dll 10 3 dlll 10 , dlll 10 , ou seja, 4 dll 10 , 8 dlll 103 , dlll 10 . Mas, como 2 , 8 dlll 103 , podemos escrever: 4 dll 10 , 2 , 8 dlll 103 Vamos interromper, por um momento, as repetições do procedimento e obter uma aproximação para log 2. Pela última desigualdade, chegamos a: log 4 dll 10 , log 2 , log 8 dlll 103 ] 1 __ 4 , log 2 , 3 __ 8 , ou seja, 0,250 , log 2 , 0,375 Obtivemos assim uma aproximação para log 2. Repetindo o procedimento mais algumas vezes, chegamos a 0,300 , log 2 , 0,305, o que já dá certeza sobre duas casas decimais para log 2. Quanto mais repetições do procedimento, mais casas decimais corretas serão obtidas para log 2. Parte II Conteúdo complementar
Compartilhar