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1 e 2 - AULAS Direito Administrartivo

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ – CESUT
Curso de Direito
Disciplina: Direito Administrativo I
Profª. Ana Caroliny da Silva Costa
DIREITO ADMINISTRATIVO I
NATUREZA JURÍDICA E CONCEITO
	O direito público tem por objeto principal a regulação dos interesses da sociedade como um todo, a disciplina das relações entre esta e o Estado, e das relações das entidades e órgãos estatais entre si. Tutela ele o interesse público, só alcançando as condutas individuais de forma indireta ou reflexa. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 1)
	O direito privado tem como escopo principal a regulação dos interesses particulares, como forma de possibilitar o convívio das pessoas em sociedade e uma harmoniosa fruição de seus bens. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 2)
	O direito administrativo é um dos ramos do direito público, uma vez que rege a organização e o exercício de atividades do Estado voltadas para a satisfação de interesses públicos. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 3. Grifei)
CONCEITO:
	Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello: "o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa e os órgãos que a exercem". (Apud PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 3. Grifei)
	Prof. Hely Lopes Meirelles: "conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado". (Apud PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 3. Grifei)
	Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (2018, p. 3): “conjunto de regras e princípios que, orientados pela finalidade geral de bem atender ao interesse público, disciplinam a estruturação e o funcionamento das entidades e órgãos integrantes da administração pública, as relações entre esta e seus agentes, o exercício da função administrativa – especialmente quando afeta interesses dos administrados - e a gestão dos bens públicos”.
OBJETO E ABRANGÊNCIA
	Dizer que o direito administrativo é um ramo do direito público não significa que seu objeto esteja restrito a relações jurídicas regidas pelo direito público.
	Exemplo disso é a situação dos agentes públicos que mantêm vínculo funcional permanente de natureza contratual com a administração pública, sujeitos à CLT.
	As relações entre eles - os empregados públicos em sentido próprio – e a administração pública, de natureza trabalhista (celetista), submetem-se predominantemente ao direito privado, mas, não obstante, constituem objeto do direito administrativo, pela mesma razão acima apontada, qual seja, a incidência de princípios jurídicos administrativos. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p.4. Grifei)
	Em síntese, o direito administrativo tem como objeto:
	(a) as relações internas à administração pública - entre os órgãos e entidades administrativas, uns com os outros, e entre a administração e seus agentes, estatutários e celetistas; 
	(b) as relações entre a administração e os administrados, regidas predominantemente pelo direito público ou pelo direito privado; e 
	(c) As atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares sob regime predominante de direito público, tais como a prestação de serviços públicos mediante contratos de concessão ou de permissão.
Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 4
	É sempre oportuno ressaltar que, embora a atividade de administração pública seja função típica do Poder Executivo, os outros Poderes (Legislativo e Judiciário) também praticam atos que, pela sua natureza, são objeto do direito administrativo. 
	Assim, quando os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário estão atuando como administradores de seus serviços, de seus bens ou de seu pessoal, estão praticando atos administrativos, sujeitos ao regramento do direito administrativo. A nomeação de um servidor, a aplicação de uma penalidade disciplinar, o remanejamento de pessoal ou a realização de uma licitação pública serão sempre atividades incluídas na seara do direito administrativo, quer se realizem no âmbito do Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário.
(Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 5)
	O Poder Executivo exerce, além de função administrativa, a chamada função de governo, de cunho político, traduzida na elaboração de políticas públicas, na determinação das diretrizes de atuação estatal - e não na mera execução delas. A função política de governo não constitui objeto de estudo do direito administrativo. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 5)
CODIFICAÇÃO E FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
	O direito administrativo no Brasil não se encontra codificado, isto é, os textos administrativos não estão reunidos em um só corpo de lei, como ocorre com outros ramos do nosso direito (Código Penal, Código Civil). As normas administrativas estão espraiadas no texto da Constituição, em diversas leis, ordinárias e complementares, e ainda em muitos outros diplomas normativos, a exemplo de decretos-leis, medidas provisórias, regulamentos e decretos do Poder Executivo, circunstância que muito dificulta a obtenção de um conhecimento abrangente, bem como a formação de uma visão sistemática, orgânica, desse importante ramo do direito. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 5)
	São exemplos de leis administrativas relevantes: 
	Lei 8.112/1990 - regime jurídico dos servidores públicos federais estatutários; 
	Lei 8.666/1993 - normas gerais sobre licitações e contratos administrativos; 
	Lei 8.987/1995 - lei geral das concessões e permissões de serviços públicos; 
	Lei 9.784/1999 – normas gerais aplicáveis aos processos administrativos federais; 
	Lei 11.079/2004 - lei geral das parcerias público-privadas;
 Lei 11.107/2005 - lei geral dos consórcios públicos.
	Embora exista alguma divergência entre os autores de direito administrativo (e muitos sequer tratem do tema), são usualmente apontadas como fontes desse ramo jurídico: a lei, a jurisprudência, a doutrina e os costumes.
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS: SISTEMA FRANCÊS
	Sistema administrativo vem a ser o regime adotado pelo Estado para o controle dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo poder público nas diversas esferas e em todos os Poderes. São dois os sistemas existentes: sistema inglês e sistema francês. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 7)
	O sistema inglês, ou de unicidade de jurisdição, é aquele em que todos os litígios - administrativos ou que envolvam interesses exclusivamente privados - podem ser levados ao Poder Judiciário, único que dispõe de competência para dizer o direito aplicável aos casos litigiosos, de forma definitiva, com força da chamada coisa julgada. Diz-se que somente o Poder Judiciário tem jurisdição, em sentido próprio. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 7)
	 O que se assegura nesse sistema é que qualquer litígio, de qualquer natureza, ainda que já tenha sido iniciado (ou já esteja concluído) na esfera administrativa, pode, sem restrições, ser levado à apreciação do Poder Judiciário. Assim, mesmo que uma questão entre um particular e a administração já tenha sido apreciada em um processo administrativo, o particular, se não satisfeito com a decisão proferida nessa esfera, poderá discutir a matéria perante o Poder Judiciário, o qual a competência exclusiva para dizer o direito aplicável ao caso concreto em caráter definitivo. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 8)
	Lembrar que o sistema inglês não impede a realização de controle de legalidade dos atos administrativos pela própria administração pública que os tenha editado.
	O sistema francês, ou de dualidade de jurisdição, ou sistema do contencioso administrativo é aquele em que se veda o conhecimento pelo Poder Judiciário de atos da administração pública, ficando estes sujeitos à chamada jurisdição especial do contencioso administrativo, formada por tribunais de índole administrativa. Nesse sistema há, portanto, uma dualidade de jurisdição: a jurisdição administrativa (formada pelos tribunais de natureza administrativa, com plena jurisdição em matéria administrativa) e a jurisdição comum (formada pelos órgãosdo Poder Judiciário, com a competência de resolver os demais litígios). (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 8)
SISTEMA ADMINISTRATIVO BRASILEIRO
	O Brasil adotou o chamado sistema inglês, sistema de jurisdição única ou sistema de controle judicial em que todos os litígios- administrativos ou que envolvam interesses exclusivamente privados- podem ser resolvidos pelo Poder Judiciário, ao qual é atribuída a função de dizer, em caráter definitivo, o direito aplicável aos casos submetidos a sua apreciação.
	Valendo trazer à baila o princípio da inafastabilidade de jurisdição previsto no inciso XXXV, do art. 5º da CF/1988: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
	Mas isso não significa retirar da administração pública o poder de controlar os seus próprios atos. No Brasil, temos órgãos administrativos que decidem litígios de natureza administrativa. A diferença é que, no sistema de jurisdição única, como é o nosso, as decisões dos órgãos administrativos não são dotadas da força e da definitividade que caracterizam as decisões do Poder Judiciário. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 8)
	Ex.: se uma autoridade da administração tributária, em procedimento de fiscalização, aplica uma multa a uma empresa comercial, o representante da pessoa jurídica poderá recorrer ao Poder Judiciário, se entender que a multa dele cobrada não é devida, ou seja, que está havendo uma lesão a um direito seu. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 9)
	Mesmo após o início do processo administrativo, por iniciativa do administrado, esse pode abandoná-lo em qualquer etapa e recorrer ao Poder Judiciário, a fim de ver decidida nessa esfera sua questão.
	O administrado pode, recorrer diretamente ao Poder Judiciário quando entender que se perpetrou alguma lesão ou ameaça a direito seu. O administrado poderá recorrer ao Poder Judiciário, antes ou depois de esgotada a via administrativa. 
	No entanto, convém ressaltar a existência, de pelo menos quatro hipóteses nas quais se exige o exaurimento, ou a utilização inicial da via administrativa, como condição para acesso ao Poder Judiciário:
(Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p.9/10)
	a) só são admitidas pelo Poder Judiciário ações relativas a disciplina e às competições desportivas depois de esgotadas as instâncias da "justiça desportiva” (CF, art. 217, §1º); apesar do nome "justiça desportiva", trata-se de órgãos de natureza administrativa;
	b) o ato administrativo, ou a omissão da administração pública, que contrarie súmula vinculante só pode ser alvo de reclamação ao Supremo Tribunal Federal depois de esgotadas as vias administrativas (Lei 11.417/2006, art. 7º, §1º);
Art. 7o  Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
§ 1o  Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.
Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 10	
	c) segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, "a prova do anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo, constitui requisito indispensável para que se concretize o interesse de agir no habeas data. Sem que se configure situação prévia de pretensão resistida, há carência da ação constitucional do habeas data"; observe-se que, aqui, basta a existência de um requerimento administrativo prévio, sem necessidade de esgotamento das instâncias administrativas;
	d) o Supremo Tribunal Federal firmou também a orientação de que, em regra, para restar caracterizado o interesse de agir em ações judiciais contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) relativas a concessão de benefícios previdenciários, é necessário o prévio requerimento administrativo do beneficio, deixando assente que tal exigência "é compatível com o art. 5º, XXXV, da Constituição" e "não se confunde com o exaurimento das vias administrativas. Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 10
	Cumpre ressaltar também que existem outros atos e decisões (não enquadrados como atos administrativos em sentido próprio) que não se sujeitam a apreciação judicial.
	Ex.: os denominados atos políticos, tais como a sanção ou o veto a um projeto de lei pelo Chefe do Poder Executivo e o delineamento das denominadas políticas públicas (fixação das diretrizes gerais de atuação governamental com vistas à concretização dos comandos vazados em normas constitucionais de natureza programática). Também é ilustrativa a previsão constitucional de julgamento do processo de impeachment do Presidente da República, o qual compete ao Senado Federal (CF, art. 52, I), sem possibilidade de revisão judicial do mérito da decisão por este proferida. (PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 11)
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
	 Quando os órgãos, entidades e agentes integrantes da administração pública atuam jungidos a normas de direito público, diz-se que sua atividade é desempenhada sob o denominado "regime jurídico-administrativo".
	Esse regime de direito público confere poderes especiais à administração pública, os quais são, por sua vez, contrabalançados pela imposição de restrições especiais à atuação dela.
	 O rol de prerrogativas e o conjunto de limitações que caracterizam o regime jurídico administrativo derivam, respectivamente, do princípio da supremacia do interesse público e do postulado da indisponibilidade do interesse público.
(Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 11)
	Princípio da supremacia do interesse público: verticalidade nas relações administração-particular, tendo em vista a obrigação da administração cumprir uma série de finalidades previstas na CF/88.
	Exemplos: 
	exercício do poder de polícia; 
	as chamadas cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos, que possibilitam à administração, dentre outras prerrogativas, modificar unilateralmente o pactuado; 
	as hipóteses de intervenção na propriedade privada, como a desapropriação; 
	a presunção de legitimidade dos atos administrativos; 
	a autoexecutoriedade de atos administrativos etc.
Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 12
	Princípio da indisponibilidade do interesse público: faz contraponto ao primeiro, pois ao mesmo tempo em que tem poderes especiais exorbitantes do direito comum, a administração sofre restrições em sua atuação que não existem para os particulares.
	A administração somente pode atuar quando houver lei que autorize ou determine sua atuação, e nos limites estipulados por essa lei.
	Exemplos: necessidade de realizar concurso público para admissão de pessoal permanente (empregados e servidores públicos efetivos), a necessidade, em regra, de realizar licitação prévia para celebração de contratos administrativos, a exigência de motivação dos atos administrativos (também regra geral), as restrições à alienação de bens públicos etc.
(Slide com base nos autores PAULO e ALEXANDRINO, 2018, p. 13)
	 A Constituição de 1988, ao tratar da administração pública, não traz expressos os princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse público. Entretanto, no caput de seu art. 37, enumera alguns dos mais importantes princípios administrativos que diretamente deles decorrem: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
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