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Relatório/Resenha Crítica sobre Holocausto Brasileiro 
Aluna: Larissa Maria Moura Barbosa
Turma 16M6A
Disciplina: Fisioterapia Comunitária
 O documentário "Holocausto Brasileiro" expõe de maneira impactante a realidade brutal do Hospital Colônia de Barbacena em Minas Gerais, demonstrando claramente uma violação do princípio da universalidade. Ao registrar as barbaridades sofridas pelos pacientes psiquiátricos, o documentário evidencia a negligência que muitos enfrentaram, sendo privados de assistência médica adequada e tratamento digno. A noção de universalidade, que preza pela igualdade de acesso aos serviços de saúde, foi completamente ignorada, em algumas cenas podemos ver o descaso, onde eram colocados em pátios, sem roupa, destratados por seus transtornos psicológicos, e aqueles que não tinham transtornos recebiam um melhor tratamento.
Crédito: Reprodução/Luiz Alfredo/Revista O Cruzeiro
 Além do mais, o documentário ressalta a carência de abrangência no cuidado oferecido aos pacientes do Hospital de Barbacena. No Hospital Colônia, a forma de cuidar dos pacientes frequentemente se restringia à restrição física e à administração de remédios, sem adotar um enfoque multidisciplinar que levasse em conta as necessidades específicas de cada indivíduo e sua saúde como um todo. A ausência de serviços de reabilitação e de incentivo à autonomia acabou por manter o ciclo de dependência e exclusão.
Após relatos e investigações adicionais, foi revelado que o hospital apresentava condições desumanas, tais como superlotação, falta de higiene, má alimentação, além de relatos de abusos tanto físicos quanto psicológicos por parte dos funcionários. Tais condições não apenas desrespeitavam a integridade física e mental dos pacientes, mas também impediam a prestação de um tratamento integral e acolhedor.
 A equidade, outro princípio crucial do sistema de saúde, foi totalmente ignorada no atendimento aos pacientes do Hospital Colônia de Barbacena. O documentário revela como diversos internos foram alvo de discriminação devido à sua situação socioeconômica, racial e de saúde mental, pois a grande maioria eram negros. As grandes discrepâncias no tratamento e na condição de vida dos pacientes evidenciam uma notória carência de equidade, com alguns sendo favorecidos ao passo que outros eram consistentemente excluídos e desconsiderados.
 
 O documentário destaca a ausência de humanização no ambiente do Hospital de Barbacena. Em vez de serem tratados com dignidade, respeito e compaixão, os pacientes foram submetidos a condições desumanas, abusos físicos e emocionais, e tratados como objetos descartáveis, excluídos por seus transtornos e jogadas para viver sem o mínimo de humanidade. A falta cuidado psiquiátrico perpetuou o estigma e a desumanização, contribuindo para o sofrimento e a marginalização contínuos dos pacientes, pois a sociedade seguiu e segue excluindo pessoas com deficiencia devido a um passado de tortura para com essas pessoas. Foram 60 mil vítimas do chamado “Holocausto Brasileiro”, e mais de 8 décadas de descaso, sofrimento, desrespeito e descuidado com os internos do Hospital colônia de Barbacena.
Crédito: Reprodução/Luiz Alfredo/Revista O Cruzeiro
 Em suma, o hospital Colônia de Barbacena representa um dos períodos mais sombrios da história da saúde mental no Brasil, onde os princípios do SUS foram claramente desrespeitados, causando graves violações de direitos humanos e o sofrimento injusto de milhares de pessoas através de universalidade violada quando foi negado o direito dessas pessoas ao serem jogadas no hospital, na equidade ignorada quando alguns pacientes eram marginalizados, discriminados por serem negras, indígenas entre outros, na humanização negligenciada vivendo condições indignas para um ser humano, sendo colocado em situações de torturas com choques elétricos, injeções e medicamentos,sem o mínimo de higiene ou saneamento básico, e integralidade ausente,visto que esses internos não recebiam tratamento multidisciplinar adequado, separando - os da sociedade e vivendo em condições cruéis e desumanas.
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