Buscar

nocoes-sobre-cooperativismo-fi954g3f

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

APRESENTAÇÃO
PONTO 1 – HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO
PONTO 2 – VALORES E PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS
PONTO 3 – COOPERATIVISMO NO BRASIL E A LEI GERAL
PONTO 4 – SISTEMA OCB E OS RAMOS DO COOPERATIVSMO
PONTO 5 – COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO MUNDO E NO BRASIL
REFERÊNCIAS
Noções sobre cooperativismo
Veja o percurso com os pontos que você vai percorrer no decorrer desta parada nos seus estudos.
1 de 7
APRESENTAÇÃO
Próximo ponto a ser percorrido 
no seu estudo:
Neste ponto, você estudará, de forma breve, a história do cooperativismo no mundo e será capaz de
reconhecer aspectos importantes dessa história, identificando os principais conceitos e seus elementos
constitutivos.
Vamos começar pela definição de dois conceitos: cooperativismo e cooperativa.
1.1    O que é cooperativismo?
2 de 7
PONTO 1 – HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO
Lá vem a história
Símbolo do cooperativismo
VOCÊ SABIA?
Significados do Símbolo Universal do Cooperativismo
Pinheiros: Antigamente o pinheiro era tido como um símbolo da imortalidade e da
fecundidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na sua
multiplicação. Os pinheiros unidos são mais resistentes e ressaltam a força e a capacidade
de expansão. 
Círculo: representa a eternidade, pois não tem horizonte final, nem começo, nem fim. 
Verde: Lembra as árvores – princípio vital da natureza e a necessidade de se manter o
equilíbrio com o meio-ambiente. 
Amarelo: simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor.
Assim nasceu o emblema do cooperativismo: um círculo envolvendo dois pinheiros,
indicando união do movimento, a imortalidade de seus princípios, a fecundidade de seus
ideais e a vitalidade de seus adeptos.
No contexto da revolução industrial, em 1844, no bairro de Rochdale, em Manchester, na Inglaterra,
vinte e oito tecelões se organizaram e fundaram o que ficou conhecida como a primeira sociedade
cooperativa no mundo. 
O movimento originário com a criação da “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale” buscava uma
alternativa para as atividades econômicas daqueles tecelões, pressionados devido às consequências da
industrialização – como o aumento de trabalhadores fabris, com baixos salários e condições
desgastantes (PORTAL, 2021). Segundo Geração (2021), o grupo de tecelões se uniu para montar seu
próprio armazém, ou seja, uma cooperativa de consumo. Eles, então, compravam alimentos em grande
quantidade, conseguindo preços melhores pelos produtos, e dividiam igualmente entre todos os
cooperados.
Os pioneiros de Rochdale
Em 10 anos, a sociedade de Rochdale já contava com 1400 associados (PORTAL, 2021), tendo servido de
inspiração para outros grupos se organizarem de maneira similar, dando origem, então, ao robusto
movimento mundial do cooperativismo. 
Segundo PORTAL (2021)
Essas normas, após amplo debate, tornaram-se base para os “princípios cooperativistas”, assunto que
será abordado em tópico específico neste módulo do curso.
 INDO ALÉM
A experiência de Rochdale é tão importante que existe inclusive um museu sobre ela. Não deixe de
visitar o Museu dos Pioneiros de Rochdale, que conta inclusive com tradução para o português no site.
ACESSAR
“O grande feito de Rochdale foi ter redigido um estatuto social que estabelecia objetivos
mais amplos para o empreendimento e definia normas igualitárias e democráticas para a
constituição, manutenção e expansão de uma cooperativa de trabalhadores (grifos
nossos).”
https://www.co-operativeheritage.coop/who-we-are
E a cooperativa de crédito? Qual a origem?
Num país e época próximos, na Alemanha, em 1852, sua primeira cooperativa buscou atender
necessidades financeiras de seus associados. Assim, considera-se que a primeira cooperativa de
crédito foi fundada na cidade de Delitzsch, tendo Franz Herman Schulze como seu criador.
Segundo PORTAL (2021), os Volksbank (banco do povo) são oriundos desse movimento acima citado,
sendo focados nas necessidades de comerciantes e artesãos. Assim, com grande adesão da população
urbana, em somente sete anos, chega-se a mais de 180 cooperativas. Esse modelo é conhecido como
Schulze-Delitzsch.
Entretanto, as necessidades relativas à assistência financeira na área rural da Alemanha eram mais
emblemáticas do que as das cidades. Assim, Friedrich Wilhelm Raiffeisen é considerado o líder mais
importante do movimento. Em 1862, ele criou a primeira sociedade cooperativa de crédito rural,
denominada posteriormente de Raiffeisenbank. Em 1900, já existiam mais de 2 mil cooperativas
similares na região. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial existiam aproximadamente 17 mil
cooperativas desse tipo na Alemanha, enquanto as do tipo Volksbank eram cerca de mil cooperativas.
Não demorou muito para o movimento do cooperativismo de crédito se espalhar para
outros países próximos.
Na Itália, o modelo de Luigi Luzzatti, implementado inicialmente na cidade de Milão, caracterizado
pela livre associação, ou seja, aberto ao público em geral, não segmentado, portanto, data de 1865.
França, Holanda, Inglaterra e Áustria logo também instituem seus modelos, de forma similar aos
alemães.  
Na América, o primeiro grande movimento de cooperativas de crédito se deu no ano de 1900, em
Quebec, no Canadá, com Alphonse Desjardins. Esse modelo canadense serviu para a fundação de
cooperativas similares nos Estados Unidos (PORTAL, 2021). 
Na América Latina, o cooperativismo de crédito chegou em 1902, pelas mãos do padre Theodor
Amstad, em Nova Petrópolis (RS). Assim, o Brasil é o primeiro país da América Latina a ter uma
cooperativa de crédito, como veremos em tópico específico sobre o cooperativismo no Brasil.
 INDO ALÉM
Conheça os principais fatos da história dos Idealizadores Cooperativistas Raiffeisen, Schulze, Luigi Luzzatti
e Alphonse Desjardins.
ACESSAR
 INFORMANDO-SE
-Fonte: https://www.oseudinheirovalemais.com.br/aci-125-anos-de-muitas-historias/
Aliança Cooperativa Internacional (ACI)
 A Aliança Cooperativa Internacional foi criada em 1895, portanto, logo no início do movimento
cooperativista. Constituída como uma associação não-governamental e independente, ela reúne,
representa e presta apoio às cooperativas e suas organizações. Nesses mais de 125 anos, tem se
dedicado a promover e a defender o cooperativismo em todo o mundo, objetivando a integração, a
autonomia e o seu desenvolvimento (ACI, 2021).  
 
A sede da ACI fica em Bruxelas, na Bélgica, além de possuir quatro sedes continentais, com estrutura e
conselho próprios, na América, Europa, Ásia e África. 
A ACI foi uma das primeiras organizações a integrar o Conselho da Organização das Nações Unidas
(ONU), em 1946.
https://cooperativismodecredito.coop.br/cooperativismo/historia-do-cooperativismo/idealizadores-cooperativistas/
A ACI já teve um presidente brasileiro, o Ministro Roberto Rodrigues, entre os anos de 1997 e 2001 – o
primeiro não europeu a assumir tal cargo.
Logomarca do Ano Internacional das Cooperativas
Dia Internacional do Cooperativismo
Em 1923, por meio de ação da ACI, foi instituído o Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado,
desde então, no primeiro sábado do mês de julho de cada ano.
2012 foi considerado pela ONU o Ano Internacional das Cooperativas.  Com o slogan “Cooperativas
constroem um mundo melhor”, a proposta era promover conscientização sobre a importância das
cooperativas para a sociedade e encorajar iniciativas para seu fortalecimento. 
No lançamento, o Presidente da Assembleia da ONU destacou o papel das cooperativas como
catalisador de desenvolvimento socialmente inclusivo e por sua capacidade de fortalecer as
comunidades por meio de empregos e geração de renda.
VOCÊ SABIA?
E, você sabia que, para comemorar, o Banco Central do Brasil lançou uma moeda comemorativa?
Assista ao vídeo do lançamento da moeda comemorativa do Ano Internacional do Cooperativismo, no
IV Fórum de Inclusão Financeira do Banco Central. São 38 minutos, vale a pena, mas verifique o discurso
do Presidente da OCB,
Marcio Lopes, do minuto 13 ao 24. Ele explica a motivação para o Ano
Internacional, bem como a importância do cooperativismo na crise financeira mundial de 2008. 
https://www.youtube.com/watch?v=gvHICsyFkE8
https://inclusaofinanceira.bcb.gov.br/ivforum
Moeda comemorativa lançada pelo Banco Central do Brasil no Ano
Internacional do Cooperativismo (frente e verso)
-Fonte: Banco Central do Brasil
CURIOSIDADE
Em 2016, a ideia de organização e a prática de organizar interesses comuns em cooperativas passaram a
fazer parte da lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade estabelecida pela
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a fim de garantir a
melhor proteção dos importantes patrimônios culturais intangíveis em todo o mundo e a consciência da
sua importância.
 PARA PRATICAR 
Neste tópico, verificamos as principais referências em relação à
origem do cooperativismo no mundo, bem como a constituição e
o papel da Aliança Cooperativa Internacional e o
reconhecimento da ONU e da Unesco à importância do
cooperativismo.
Antes de prosseguir, que tal praticar um pouco? 
(SESCOOP - 2020b). Sobre a(s) finalidade(s) das cooperativas, marque a
opção correta:
As cooperativas têm como propósito a obtenção de lucros.
São empresas de capitais, que objetivam a promoção
econômica do associado por meio da remuneração
financeira proporcional à quantidade de participação no
capital social.
SUBMIT
Próximo ponto a ser percorrido 
no seu estudo:
São instituições que possuem como propósito o benefício
econômico e social dos associados, mas não possuem fins
lucrativos.
As cooperativas têm como finalidade principal a prestação
de serviços a terceiros.
Além disso, terá a oportunidade de reconhecer a importância dos valores e princípios do cooperativismo para
o desenvolvimento e a preservação do movimento e seu alinhamento com o conceito de desenvolvimento
sustentável. 
Uma vez que o movimento cooperativista tem seus fundamentos em uma forma diferenciada de ver o
mundo, o zelo por seus valores e princípios faz parte das atribuições das organizações representativas,
assim como das próprias cooperativas e dos cooperados. Sem eles, perder-se-ia o propósito do
cooperativismo, tornando as cooperativas organizações similares às demais. 
3 de 7
PONTO 2 – VALORES E PRINCÍPIOS
COOPERATIVISTAS
Neste tópico, você estudará as ideias que fundamentam a
essência do cooperativismo no mundo, sua razão de ser,
que firma seu diferencial em relação a outros tipos de
organizações. 
 
Diferentemente dos princípios cooperativistas que, como veremos a seguir, estão formalmente
delimitados, segundo Meinen e Port (2012), não existe uma convergência total em relação aos valores.
Segundo os autores, a enunciação mais recorrente, realizada por doutrinadores em todo o mundo, tem
recaído sobre os seguintes valores: solidariedade, liberdade, democracia, equidade, igualdade,
responsabilidade, honestidade, transparência e responsabilidade socioambiental.  
Em relação aos princípios, é importante destacar que devem ser diretrizes ou linhas orientadoras para a
ação das cooperativas, como uma forma de colocar em prática os seus valores. Ou seja, como uma
bússola, os princípios devem orientar as decisões das cooperativas, sempre. É importante frisar que eles
devem ser seguidos, não somente em situações de normalidade, mas, principalmente, em períodos de
crise ou transição.
Faça uma parada na leitura do texto, para examinar o tema por outra mídia, como sugerido a seguir.
 INDO ALÉM
Para melhor conhecer a origem dos valores e princípios cooperativistas, que tal retomarmos e nos
aproximarmos mais da experiência de Rochdale?
 
Com um filme de época, de cerca de 1 hora, prepare a pipoca e vamos conhecer como se formou a
primeira cooperativa no mundo! Divirta-se e atente para a construção dos valores e princípios do
cooperativismo no filme Os Pioneiros de Rochdale
ACESSAR
Gostou do filme? O que mais te marcou? Compartilhe com seus
colegas de curso, no diário de bordo, a sua impressão sobre a
formação da primeira cooperativa e dos princípios que
alicerçam o movimento cooperativista!
https://www.youtube.com/watch?v=L-oXL6g00Og
Importante destacar que a descrição dos princípios foi se alterando ao longo dos anos, buscando
adaptação à dinâmica social de cada época, mas, sempre mantendo a ideia original que dá liga ao
movimento cooperativista.
Princípios da Cooperativa de Rochdale
-Fonte: https://www.co-operativeheritage.coop/who-we-are
 INDO ALÉM
Ao longo dos anos, a ACI tem coordenado as revisões e adaptações necessárias dos princípios. Na
revisão mais recente, em 2016, foi lançado um documento com orientações detalhadas para a aplicação
prática dos Princípios do Cooperativismo. Para conhecer este documento, acesse Notas Orientativas
ACESSAR
Agora que compreendeu a importância dos princípios cooperativistas, vamos, então, verificar como os
sete princípios são hoje expressos em todo o mundo?
https://www.ica.coop/en/media/library/research-and-reviews/guidance-notes-cooperative-principles
Você reparou que os valores e os princípios do cooperativismo tangenciam fortemente ou até se
confundem com o conceito de desenvolvimento sustentável ou de sustentabilidade?
E, se pensarmos que o movimento cooperativista é muito anterior aos conceitos serem cunhados e
disseminados, reforça-se o diferencial do cooperativismo para o bem-estar coletivo e seu potencial de
mais ampla disseminação na atualidade.
É por isso que a ONU reconhece que o cooperativismo é um importante aliado para o cumprimento dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável os ODS.
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
HORA DE PENSAR
Para Meinen (2020), às cooperativas é reputado serem as empresas do futuro, uma vez que sua atividade
econômica visa o bem-estar das pessoas. Nesse sentido, o modelo cooperativista estaria na “vanguarda
do novo empreendedorismo” (MEINEN, 2020, p. 33), aquele que harmoniza o social com o econômico.
Pode-se dizer, então, que as cooperativas são socialmente inovadoras – “inovação” essa que vem desde
a origem do movimento. Talvez, agora, esteja ocorrendo uma melhor percepção do valor desse modelo
para a construção de um mundo melhor, mais equitativo e justo – embricando-se aos modernos
conceitos de desenvolvimento sustentável e de economia compartilhada, como exemplos. 
O cooperativismo se baseia em ideias consideradas contemporâneas, segundo Meinen (2020), que hoje
são valorizadas e incentivadas no mundo das organizações, tais como a comunhão de interesses de uma
Cada dia mais, em todo o mundo, fica claro que o propósito do
cooperativismo, em seus diferentes ramos, é capaz de dar uma
nova roupagem às relações socioambientais e econômicas –
combinando essas dimensões de forma harmônica.
coletividade de empreendedores; o intercâmbio de soluções por meio da ajuda mútua; o
desenvolvimento pela soma dos esforços e não pela competição; a autonomia e o empoderamento dos
destinatários das soluções; transparência na condução dos empreendimentos; divisão dos resultados
econômicos entre os membros; engajamento local; a conjugação e a busca do equilíbrio entre o capital
financeiro e o capital humano. 
 INDO ALÉM
Para fechar este módulo, vamos rever os princípios do cooperativismo e sua história, (Faculdade de
Tecnologia do Cooperativismo, do Rio Grande do Sul), História e Princípios do Cooperativismo 
 
O vídeo foi  gentilmente cedidos para uso neste curso, no âmbito do acordo de cooperação técnica do
BC com o Sescoop Nacional.
ACESSAR
 PARA PRATICAR 
Neste tópico, conhecemos os valores e princípios do
cooperativismo, entendendo sua importância para a
manutenção e desenvolvimento do movimento cooperativista,
bem como sua forte relação com o desenvolvimento
sustentável.
https://youtu.be/mZzk8LLsA7o
SUBMIT
(SESCOOP - 2020b) O princípio que possibilita aos interessados aderirem às
cooperativas, desde que eles possuam as condições técnicas
e o perfil legal e
estatutário necessário para ingresso, é denominado:
(SESCOOP - 2020b). A gestão democrática é o segundo princípio do
cooperativismo. Refere-se às questões relacionadas ao poder de decisão dos
cooperados. Uma das suas expressões é o voto durante a Assembleia Geral.
Sobre as questões pertinentes à gestão democrática, considere as assertivas
a seguir: 
Intercooperação.
Interesse pela comunidade.
Autonomia e independência.
Adesão voluntária e livre.
SUBMIT
 
I. Cada cooperado tem direito a um voto, independentemente da quantidade
de quotas-partes que tenha integralizado. 
 
II. O voto em assembleia é direito do cooperado. Contudo, em situações
previamente previstas no estatuto social, o voto poderá ser feito por
delegação, nos casos de empreendimentos contendo número de associados
superior a três mil, ou ainda para as cooperativas cujos membros residam a
mais de 50 km da sua sede. 
 
III. O voto em assembleia é proporcional à quantidade de quotas-partes
integralizadas.
Apenas I e II.
Apenas II e III.
Apenas I e III.
Todas as assertivas.
SUBMIT
 PARA ENTENDER MELHOR
(SESCOOP - 2020b). “No Brasil, este princípio do cooperativismo só pôde ser
implementado após a instituição da Lei nº 5.764/1971, que assegurou a
impossibilidade de que as cooperativas sofressem intervenção estatal para
efeitos de autorização de funcionamento ou outros tipos de controle”.
O princípio cooperativista a que o texto se refere é:
Adesão voluntária e livre.
Participação econômica.
Autonomia e independência.
Educação, formação e informação.
 Situação-problema 
(SESCOOP - 2020b). Analise, pesquise e elabore uma resposta para as situações a seguir.
Depois confira a chave de resposta: 
 
Desde 1844, na fundação da primeira cooperativa, a educação está na lista dos princípios
cooperativistas. Os antigos cooperados viviam em sociedades, nas quais a educação estava
reservada aos privilegiados. Reconheciam, como hoje, que a educação era fundamental na
transformação de vidas. Para enfrentar os desafios, a troca de conhecimentos tornou-se uma
prática comum entre os rochdaleanos. Reforçaram esta prática com o investimento de parte
dos seus recursos e das sobras do negócio na construção de uma biblioteca. 
Em seu entendimento atual, o princípio da "Educação, formação e informação" tem o grande
desafio de formar novos cooperados, capacitar os atuais e divulgar para a sociedade as
vantagens da cooperação.
Em sua opinião, o que falta ao movimento cooperativista para que ele seja mais divulgado e
reconhecido? Como os jovens e os líderes de opinião podem contribuir neste processo?
 Comentários sobre a situação-problema –
 
Um dos principais fatores que contribuíram para a sustentabilidade do negócio cooperativista em
Rochdale foi a educação. A troca de conhecimentos entre os associados e o investimento em uma
biblioteca foram diferenciais na época, contribuindo para a formação de cooperados melhor
preparados e possibilitando que o atual setor cooperativo tivesse emergido.
 
Algumas ações são fundamentais para o fortalecimento do movimento cooperativista no Brasil, como,
por exemplo, o investimento na profissionalização da gestão das cooperativas, o desenvolvimento de
uma boa governança e a educação de seus associados. Além dessas, ações de inserção da temática nos
ensinos formais e um bom plano institucional de divulgação são fatores-chave para a expansão e o
fortalecimento do cooperativismo.
Próximo ponto a ser percorrido 
no seu estudo:
Identificará, também, a importância do cooperativismo na nossa Carta Magna.
3.1 Cooperativismo no Brasil
No Brasil, há diferentes relatos sobre qual teria sido a primeira cooperativa a ser criada em território
nacional. De modo geral, considera-se que a primeira – ou a mais importante entre as primeiras – foi a
Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, em Minas Gerais, fundada em
4 de 7
PONTO 3 – COOPERATIVISMO NO BRASIL E A LEI
GERAL
Neste tópico, Cooperativismo no Brasil e a Lei Geral, você
conhecerá a origem do movimento no Brasil, bem como
terá contato com a Lei 5.764, de 1971, que pavimentou a
história do segmento no país.
1889. Outros relatos indicam que a primeira cooperativa brasileira teria sido a Cooperativa de
Consumo dos Empregados da Companhia Paulista, em Campinas, São Paulo, em 1887. 
A linha do tempo a seguir, dá continuidade ao início dessa história. 
 Acompanhe!
CURIOSIDADE
A Caixa de Economia e Empréstimos Amstad
 
Foi criada para atender as necessidades financeiras da localidade. A cooperativa foi fundada pelo
Padre Theodor Amstad, um suíço que bem conhecia os preceitos das cooperativas Raiffeisen,
modelo já consagrado na Alemanha. Ele fez, então, a adaptação do modelo ao Brasil. Desta forma, a
então “Caixa de Economia e Empréstimos Amstad” foi a cooperativa de crédito pioneira não
somente no Brasil, mas na América Latina. A cooperativa existe até hoje, atualmente denominada
Sicredi Pioneira.
Padre Theodor Amstad
Clique e ouça o podcast:
Padre Theodor Amstad - O patrono do cooperativismo no Brasil
 INDO ALÉM
A história e o legado do padre Theodor Amstad
 
Por meio de um debate com cooperativistas e conhecedores do assunto, realizado por ocasião do Dia
internacional do cooperativismo, em 2020, você também conhecerá um pouco mais da história do
cooperativismo no Brasil. Prepare-se para uma horinha de aprofundamento do conhecimento sobre a
realidade nacional de construção do cooperativismo, assistindo Legados do Padre Theodor Amstad  
ACESSAR
Do início do século para cá, muitos diferentes momentos aconteceram no cooperativismo, que definiram
sua organização e nível de desenvolvimento atual. Segundo Meinen (2020):
01:47
“Depois de longo período de progresso, contudo, entre os anos de 1960 e meados de
1980 passou por grave adversidade, vinculada a problemas de governança e
https://www.youtube.com/watch?v=AH34WgdzycQ
Um dos elementos importantes para a estruturação e desenvolvimento do cooperativismo é a Lei Geral
das Cooperativas, objeto do próximo item deste tópico.
3.2  Lei Geral das Cooperativas no Brasil: Lei nº 5.764, de 16 de
dezembro de 1971
Conhecida como Lei Geral das Cooperativas, a Lei nº 5.764, de 1971, disciplina a Política
Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e
- (MEINEN, 2020, p. 23) (grifos nossos).
desestímulo institucional. Mas, tal como no princípio, o setor soube buscar a
superação e se reinventar, logrando desenvolver-se ininterruptamente de lá para cá.”
dá outras providências.
Segundo Sescoop, concebida na fase intervencionista, tempo em que as cooperativas brasileiras
estavam sob a tutela do Estado, a lei adotou critérios fundamentados na doutrina à época em que foi
criada e em parte da legislação cooperativista de outros países. Estabeleceu, assim, o regime jurídico
próprio das sociedades cooperativas e a ordem que regula o sistema cooperativo brasileiro.
Segundo o artigo 3º da Lei, uma sociedade cooperativa nasce da aspiração de pessoas que, na
voluntariedade de adesão, se associam e de forma recíproca assumem responsabilidades, deveres e
obrigações, para a realização de uma atividade econômica, sem fins lucrativos.
Sendo a cooperativa uma sociedade de interesse econômico e de necessidade comuns, os resultados
gerados são distribuídos aos seus associados na proporção da participação nos negócios e no
desenvolvimento das atividades a que cada um se propõe. 
O artigo 4º estabelece que as cooperativas sejam sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica
próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados,
distinguindo-se das demais sociedades por inúmeras características – dentre elas, muitas reforçam os
valores e princípios do cooperativismo, a saber: adesão voluntária, com número ilimitado de associados;
singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações
de cooperativas,
optar pelo critério da proporcionalidade; quórum para o funcionamento e deliberação da Assembleia
Geral baseado no número de associados e não no capital; retorno das sobras líquidas do exercício,
proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da
Assembleia Geral; indivisibilidade dos fundos; neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e
social; e prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da
cooperativa. 
As cooperativas podem, de acordo com o artigo 5º, adotar por objeto qualquer gênero de serviço,
operação ou atividade, com o dever de uso da expressão “cooperativa” em sua denominação – não
podendo utilizar a expressão “Banco” em seu nome. Essa proibição nos remete, então, ao fato de que
as cooperativas de crédito não devem ser confundidas com bancos, devendo manter seus diferenciais!
Veja a seguir mais detalhes dessa lei.
3.2.1 Estatuto social e direitos e deveres
Vamos conhecer o estatuto
A sociedade cooperativa constitui-se por deliberação da Assembleia Geral dos fundadores, constantes
da respectiva ata ou por instrumento público, onde – sob pena de nulidade – deverá declarar a
denominação da entidade, sede e objeto de funcionamento, assim como aprovação do estatuto social e
outros requisitos, conforme determina o artigo 15.
Os direitos e deveres dos associados, assim como a natureza de suas responsabilidades e as condições
de admissão, demissão, eliminação e exclusão e as normas para sua representação nas assembleias
gerais deverão estar indicadas no estatuto da cooperativa. 
Aliás, conforme o artigo 21 da Lei, o estatuto, além de atender ao disposto no artigo 4º, deverá indicar
outros temas, como por exemplo: o capital mínimo, o valor da quota-parte, o modo de integralização
das quotas-partes, as condições de sua retirada, a forma de devolução das sobras ou do rateio das
perdas, o modo de administração e fiscalização, os respectivos órgãos, suas atribuições, poderes e
funcionamento, o prazo do mandato, as formalidades de convocação das assembleias gerais, os casos
de dissolução voluntária da sociedade e o modo de reformar o estatuto, dentre outros.
Em relação aos deveres, é importante salientar que a responsabilidade do associado perante terceiros,
por compromissos da sociedade, perdura para os demitidos, eliminados ou excluídos até quando
aprovadas as contas do exercício em que se deu o desligamento.
LEMBRE-SE
O processo de demissão acontece somente a pedido do próprio associado. Já a eliminação acontece
em virtude de infração legal ou estatutária, ou por fato especial previsto no estatuto. E a exclusão se
dará por dissolução da pessoa jurídica, por morte da pessoa física, por incapacidade civil não suprida ou
por deixar de atender aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa.
3.2.2 Estruturação em 3 níveis
A Lei Geral estabelece também a estruturação das cooperativas em 3 níveis: cooperativas
singulares (1º nível), cooperativas centrais ou federações (2º nível) e confederações
(3º nível). 
De acordo com o artigo 7º, uma cooperativa singular tem como objetivo a prestação de serviços
diretos aos associados. É formada por, no mínimo, vinte pessoas físicas:
Sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as
mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins
lucrativos (BRASIL, 2021, artigo 6º). 
Outra excepcionalidade, surgiu com o advento da Lei 12.690/2012 – Dispõe sobre a organização e o
funcionamento das Cooperativas de Trabalho; institui o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas
de Trabalho - PRONACOOP; e revoga o parágrafo único do art. 442 da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 – que passou a permitir a
constituição de cooperativas de trabalho com um número mínimo de 7 sócios.
As cooperativas centrais ou federações são cooperativas de cooperativas. São formadas de, no mínimo,
três cooperativas singulares. Segundo o artigo 8º, as cooperativas centrais ou federações:
objetivam organizar, em comum e em maior escala, os serviços econômicos e assistenciais de
interesse das filiadas, integrando e orientando suas atividades, bem como facilitando a
utilização recíproca dos serviços (BRASIL, 2021).
Já o 3º nível, as confederações, se caracteriza por ser uma cooperativa de centrais. Elas reúnem, no
mínimo, três centrais cooperativistas. Segundo o artigo 9º, as confederações:
têm por objetivo orientar e coordenar as atividades das filiadas, nos casos em que o vulto dos
empreendimentos transcende o âmbito de capacidade ou conveniência de atuação das centrais
e federações (BRASIL, 2021).
3.2.3 Assembleias e órgãos estatutários
A participação do associado é muito importante
Além da estruturação em 3 níveis, a Lei Geral estabelece as bases da governança das cooperativas ao
instituir a Assembleia Geral – que possibilita a participação efetiva do associado – e outros órgãos em
sua estrutura: o Conselho de Administração ou a Diretoria e o Conselho Fiscal, sempre composto por
associados. 
A Assembleia Geral dos associados é o órgão supremo da sociedade, podendo acontecer de forma
ordinária ou extraordinária, onde todos associados, em pleno gozo de seus direitos e deveres, podem
votar, manifestando os seus interesses por meio do processo democrático participativo. Há uma
exceção ao associado que aceitar e estabelecer relação empregatícia com a cooperativa, que perde o
direito de votar e ser votado, até que sejam aprovadas as contas do exercício em que ele deixou o
emprego. 
Em relação ao órgão de administração, a cooperativa poderá, conforme a Lei Geral, ser administrada
por uma Diretoria ou Conselho de Administração, composto, exclusivamente, de associados eleitos pela
Assembleia Geral. O mandato dos eleitos nunca é superior a 4 (quatro) anos, sendo obrigatória a
renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) do Conselho de Administração.
O órgão de administração será fiscalizado por um Conselho Fiscal, constituído de 3 (três) membros
efetivos e 3 (três) suplentes, todos associados eleitos anualmente pela Assembleia Geral, sendo
permitida apenas a reeleição de 1/3 (um terço) dos seus componentes.
Com relação às cooperativas de crédito, em especial, é importante salientar que o cenário da
governança delas já não é esse mesmo dos demais tipos de cooperativas, tendo havido importantes
avanços, sobretudo, a partir da Lei Complementar no.130, que terá uma abordagem aprofundada no
próximo módulo.
3.2.4 Fusão, incorporação, desmembramento,
liquidação e dissolução
Juntos vamos mais longe
A Lei Geral prevê, ainda, que as cooperativas poderão sofrer fusão, incorporação, desmembramento,
liquidação e dissolução. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem para formar uma
nova sociedade que lhe sucederá nos direitos e obrigações. Já a incorporação se dá quando uma
sociedade cooperativa absorve o patrimônio, recebe os associados, assume as obrigações e se investe
nos direitos de outra ou outras cooperativas. 
O desmembramento ocorre quando a cooperativa se desmembra, em tantas quantas forem necessárias,
para atender aos interesses dos seus associados. A dissolução da cooperativa acontece pela
deliberação dos associados em Assembleia, pelo cancelamento de sua autorização para funcionar, pela
consecução de seus objetivos predeterminados, dentre outros motivos.
A liquidação, por sua vez, pode acontecer de forma judicial ou extrajudicial. Quando a dissolução da
sociedade não for promovida voluntariamente, a medida poderá ser tomada judicialmente, a pedido de
qualquer associado ou por iniciativa do órgão executivo federal. Já a liquidação extrajudicial das
cooperativas poderá ser promovida por iniciativa do respectivo órgão executivo federal. Ambas as
situações, assim como a questão da dissolução, estão detalhadas no capítulo
XI da Lei Geral. Para as
cooperativas de crédito, a Lei Geral prevê, em seu artigo 92, que a fiscalização e o controle, se dará pelo
Banco Central do Brasil.
3.2.5 Sobras e fundos legais
As cooperativas, como já visto, não tem objetivo de lucro, embora, após a devida cobertura de suas
despesas, com base na sua atividade e operação, apresentem resultados positivos – chamados de
sobras – ou negativos – chamados de perdas. Nos dois casos, o rateio, de perdas ou sobras, geralmente
obedecerá a proporcionalidade da atuação do associado junto à cooperativa.
Com relação à destinação das sobras, é importante destacar que a Lei Geral prevê a obrigatoriedade de
cooperativas constituírem dois fundos legais e indivisíveis e que, parte das sobras da cooperativa seja
destinada para esses fundos.
Um deles é o Fundo de Reserva, que tem como objetivo reparar eventuais perdas e atender ao
desenvolvimento das atividades da cooperativa. Para esse fim, conforme o artigo 28, deve ser
destinado ao menos 10% das sobras líquidas do exercício apurado.
O outro fundo é o Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (Fates), destinado à prestação de
assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da
cooperativa. Para a composição do Fates, também conforme o artigo 28, a cooperativa deverá destinar
ao menos 5% das sobras líquidas do exercício apurado.
Uma vez respeitadas às destinações legais aos fundos, o restante das sobras ficará à disposição das
deliberações da Assembleia Geral. Esta, muitas vezes, opta por destinar parte das suas sobras para o
aumento das quotas-partes dos associados na cooperativa. As quotas-partes representam a fração
individual de cada associado no capital social e, podem, inclusive, ser remuneradas pela cooperativa,
que simboliza o vínculo de propriedade e participação dele na cooperativa.  
Cabe destacar também que o capital social, juntamente com os fundos, representa o patrimônio da
cooperativa.
3.2.6 Ato cooperativo
A condição do associado em ser, ao mesmo tempo, beneficiário e dono da cooperativa, assim como as
relações entre cooperativas, encontra na Lei Geral, em seu artigo 79, a denominação de ato
cooperativo – que são atos praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e
pelas cooperativas entre si, quando associadas, para a consecução dos objetivos sociais.
Ato Cooperativo – uma perspectiva diferente
O ato cooperativo se configura em uma importante vantagem competitiva para as cooperativas, uma
vez que, as sobras oriundas dessa relação não são tributadas, pelo entendimento de que a cooperativa
não é um intermediário convencional de mercado. Ou seja, o legislador entende que a cooperativa não
tem a finalidade de lucrar em cima dessa transação, mas o de conectar e atender às necessidades dos
associados.
3.2.7 Representação das cooperativas
A Lei Geral também determinou que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) seja responsável
pela representação e defesa do sistema cooperativista em todas as instâncias políticas e institucionais
no Brasil e no exterior.
 INDO ALÉM
É importante ler atentamente a íntegra da Lei Geral. Vamos lá?
ACESSAR
3.3 A Constituição de 1988 e o cooperativismo
 
A Lei Geral das Cooperativas foi amplamente recepcionada pela Constituição de 1988, tendo muitas
referências às cooperativas, especialmente, às cooperativas agrícolas e às de crédito, além das
atividades garimpeiras organizadas em cooperativas. 
http://planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5764.htm
Considerada uma constituição socioambiental, em diferentes aspectos, ela indica forte convergência
com os valores e princípios do cooperativismo, ao tratar de temas como cidadania, dignidade da pessoa
humana, valor social do trabalho e livre iniciativa, bem como enaltecer objetivos como liberdade, justiça,
solidariedade, desenvolvimento, redução de desigualdades, promoção do bem comum e não
discriminação (MEINEN, 2002 apud CENCI; Frantz, 2011).
Como exemplo, temos que o artigo 4º dispõe que a República se rege nas suas relações internacionais
por princípios, dentre os quais, a "cooperação entre os povos para o progresso da humanidade" (grifo
nosso). 
Mas, em nossa visão, o ponto alto da Constituição Federal de 1988, em relação ao cooperativismo, está
no artigo 174, que diz que a lei apoiará e estimulará o "cooperativismo". 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado. 
2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
Também em nossa Carta Magna, além da ênfase ao apoio e estímulo do Estado ao cooperativismo, há
em seu artigo 146, o reconhecimento da necessidade do adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas, que é matéria de legislação tributária que ainda
demanda Lei Complementar.
O artigo 192 menciona explicitamente as cooperativas de crédito como parte integrante do sistema
financeiro nacional. Assim, dispõe que: 
o sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o
compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares
que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o
integram. (grifo nosso).
Cabe ressaltar que a primeira Lei Complementar que veio a regular o artigo 192 da Constituição Federal
foi a Lei Complementar n° 130, que trata das cooperativas de crédito.
 INDO ALÉM
Agora, para fixar os pontos mais importantes da Lei Geral, assista aos dois vídeos preparados pela
Escoop sobre a legislação cooperativista. Os vídeos foram  gentilmente cedidos para uso neste curso,
no âmbito do acordo de cooperação técnica do BC com o Sescoop Nacional. 
 
Vídeo 1 - Trata dos principais aspectos da Lei Geral das Cooperativas
ACESSAR
Você já conhecia a Diva Benevides, que foi homenageada como a
personagem desse vídeo? 
Se quiser se aprofundar na legislação cooperativista, não deixe de conhecer
suas principais publicações!
Aprofundando um pouco mais na legislação cooperativista, com vistas a entender o funcionamento de
uma cooperativa, vamos agora conhecer as estruturas de governança das cooperativas, indo desde as
Assembleias Gerais até os Conselhos e outros órgãos – elementos tão importantes para manutenção de
seus princípios e de sua boa gestão. 
Vídeo 2 -  Estruturas de governança das cooperativas
https://www.youtube.com/watch?v=nL1CeoOTWU0&ab_channel=ESCOOP-FaculdadedeTecnologiadoCooperativismo
https://www.youtube.com/watch?v=snnPN-RNTOE&ab_channel=ESCOOP-FaculdadedeTecnologiadoCooperativismo
ACESSAR
 PARA PRATICAR 
Neste tópico, verificamos as bases do cooperativismo no Brasil,
incluindo uma visão da Lei Geral das Cooperativas, bem como do
tema na Constituição Federal de 1988.
(SESCOOP – 2020b) Sobre a quantidade mínima de associados para que uma
cooperativa seja constituída é correto afirmar:
De acordo com a Lei nº 5.764/1971, é preciso o mínimo de
28 pessoas, exceto para as cooperativas de trabalho, cujo
quantitativo mínimo estabelecido é de 8 pessoas,
conforme previsto na Lei nº 12.690/2012.
De acordo com a Lei nº 5.764/1971, é preciso o mínimo de
20 pessoas, exceto para as cooperativas de trabalho, cujo
quantitativo mínimo estabelecido é de 7 pessoas,
conforme previsto na Lei nº 12.690/2012.
De acordo com a Lei nº 5.764/1971, é preciso o mínimo de
18 pessoas, exceto para as cooperativas de consumo, cujo
https://www.youtube.com/watch?v=snnPN-RNTOE&ab_channel=ESCOOP-FaculdadedeTecnologiadoCooperativismo
SUBMIT
(SESCOOP - 2020b). A intercooperação é um princípio que estimula a união
entre cooperativas ou mesmo a criação de empreendimentos de segundo e
terceiro graus, a fim de aglutinar
os negócios singulares e promover o
avanço e/ou inserção em novos mercados.
Sobre os modelos de organização das cooperativas de segundo e terceiro
graus, assinale a alternativa correta:
quantitativo mínimo estabelecido é de 20 pessoas,
conforme previsto na Lei nº 12.690/2012.
De acordo com a Lei nº 5.764/1971, é preciso o mínimo de
20 pessoas, exceto para as cooperativas agropecuárias,
cujo quantitativo mínimo estabelecido é de 7 pessoas,
conforme previsto na Lei nº 12.690/2012.
Uma confederação é constituída por, no mínimo, duas
cooperativas singulares e uma federação.
Uma central é composta por, no mínimo, três cooperativas
singulares.
SUBMIT
(SESCOOP - 2020b). Sobre as quotas-partes, julgue as proposições a seguir:
 
I. São subscritas e integralizadas pelos sócios da cooperativa. Determinam as
relações de poder dentro da entidade. Os cooperados que detém valores
mais expressivos têm vantagem nas votações e demais decisões do
empreendimento.
II. Integralizá-las é o ato de pactuar com a cooperativa o valor a ser investido.
III. Entende-se por subscrição o ato de pactuar com a cooperativa o valor das
quotas partes à vista ou em parcelas. Integralizar implica cumprir o acordo,
efetivando o pagamento.
IV. Compõem o capital social da cooperativa.
Estão corretas:
Em hipótese alguma admite-se a participação de
cooperativas singulares nas confederações.
É possível que as cooperativas centrais admitam até duas
confederações em seu quadro social.
Apenas I, II e III.
SUBMIT
(SESCOOP - 2020b). Analise os casos a seguir: 
 
1. Com o falecimento do cooperado, ele foi automaticamente desligado e os
valores correspondentes às suas quotas-partes repassados aos seus
herdeiros, conforme disposto no estatuto social da cooperativa.
 
2. Ao sair do país por tempo indeterminado, o cooperado pediu desligamento
da cooperativa.
 
3. Com a venda de sua propriedade rural, o associado deixou de operar com a
cooperativa, tendo a Assembleia deliberado a favor do seu desligamento.
 
Os casos acima expressam, respectivamente, situações de:
Apenas III, IV.
Apenas I e III.
Todas estão incorretas.
SUBMIT
 PARA ENTENDER MELHOR
 Situação-problema 
(SESCOOP - 2020b). Analise, pesquise e debata com outras pessoas sobre as situações a
seguir:
Até a promulgação da Lei nº 5.764/1971, as cooperativas sofriam controle estatal e
dependiam de autorização do poder público para seu funcionamento. A partir da publicação
da respectiva lei e da Constituição Federal de 1988, garantiu-se às cooperativas liberdade
para serem constituídas.
Entretanto, algumas dependem de autorização para atuar no mercado, como é o caso das
cooperativas de crédito e instituições inseridas no sistema financeiro nacional.
1. exclusão, 2. demissão e 3. eliminação.
1. demissão, 2. exclusão e 3. eliminação.
1. eliminação, 2. exclusão e 3. demissão.
1. eliminação, 2. demissão e 3. exclusão.
Como explicar o fato de as legislações garantirem a liberdade de constituição de
cooperativas e impossibilitarem a intervenção do Estado, se as cooperativas de crédito
necessitam de autorização, por parte do poder público, para funcionar?
 Comentários e orientações sobre as situações-problema
O professor Everton Borba, durante o Curso de “Direito Cooperativo” - Aula 2 – do Programa
Saber Direito, da TV Justiça 14, explica o fato de as cooperativas possuírem independência
com relação ao Estado e as de crédito serem autorizadas e reguladas por órgãos do poder
público.
De acordo com esse professor, é possível a criação de uma cooperativa de crédito por quem
quer que seja. No entanto, é preciso que tenhamos em mente que essa é uma instituição
financeira regulada por leis próprias. Então, enquanto cooperativa de crédito, não há
nenhuma limitação e não há necessidade de autorização do Estado para sua constituição. E
para que essa cooperativa venha atuar dentro do sistema financeiro nacional deve haver
uma autorização por parte do Estado e uma série de requisitos devem ser preenchidos. Não
é a cooperativa que precisa de autorização, mas sim a instituição financeira. A regra no
direito brasileiro é a liberdade de constituição de novas cooperativas. Apenas quando essas
cooperativas vierem a desempenhar alguma atividade que seja regulada por lei especial,
como é o caso das instituições financeiras, é que será preciso uma autorização por parte do
Estado. 
-Fonte: SESCOOP (2020b)
 Comentários e orientações sobre as situações-problema –
O professor Everton Borba, durante o Curso de “Direito Cooperativo” - Aula 2 – do Programa Saber
Direito, da TV Justiça 14, explica o fato de as cooperativas possuírem independência com relação ao
Estado e as de crédito serem autorizadas e reguladas por órgãos do poder público.
Lembrando que a lei de liberdade econômica deixou de exigir a autorização prévia do estado para
registro nas juntas comerciais dos atos de constituição e suas modificações. Ou seja, um grupo de
pessoas pode constituir uma cooperativa de crédito e registrar esse ato na junta, mas o funcionamento
depende de autorização do BC (Lei nº. 13.874, de 20 de setembro de 2009 e decretos posteriores).
LEMBRE-SE
Próximo ponto a ser percorrido 
no seu estudo:
De acordo com esse professor, é possível a criação de uma cooperativa de crédito por quem quer que
seja. No entanto, é preciso que tenhamos em mente que essa é uma instituição financeira regulada por
leis próprias. Então, enquanto cooperativa de crédito, não há nenhuma limitação e não há necessidade
de autorização do Estado para sua constituição. E para que essa cooperativa venha atuar dentro do
sistema financeiro nacional deve haver uma autorização por parte do Estado e uma série de requisitos
devem ser preenchidos. Não é a cooperativa que precisa de autorização, mas sim a instituição
financeira. A regra no direito brasileiro é a liberdade de constituição de novas cooperativas. Apenas
quando essas cooperativas vierem a desempenhar alguma atividade que seja regulada por lei especial,
como é o caso das instituições financeiras, é que será preciso uma autorização por parte do Estado. 
 
-Fonte: SESCOOP (2020b)
4.1 Sistema OCB
5 de 7
PONTO 4 – SISTEMA OCB E OS RAMOS DO
COOPERATIVSMO
Neste tópico, Sistema OCB e os ramos do cooperativismo,
você estudará a organização do cooperativismo no país,
com destaque para o papel e atuação de sua entidade
representativa e os ramos do cooperativismo.
-Fonte: Sistema OCB
O Sistema OCB é constituído por três instituições que, conjuntamente, trabalham em prol do
cooperativismo no Brasil. São elas:
Cada uma atua, com suas especificidades, na consolidação da cultura cooperativista.  Veja a seguir.
4.1.1 Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB);
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e
Confederação Nacional do Cooperativismo (CNCoop).
Brasília é a sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
-Fonte: Sistema OCB
Visando a difusão e reconhecimento do cooperativismo, em 1969, foi criada a Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB), com sede em Brasília. Em 1971, a Lei nº 5.764 formalizou a OCB como
órgão técnico consultivo do governo, dando-lhe outras incumbências, além de congregar as
organizações estaduais constituídas com a mesma natureza. A lei estabelece também que o registro das
cooperativas é de competência da OCB. 
A OCB, portanto, é a entidade máxima de representação institucional e política das cooperativas
brasileiras. Dentre suas atribuições estão:
Manter neutralidade política e indiscriminação racial, religiosa e social;
Integrar todos os ramos das atividades cooperativistas;
Manter registro de todas as sociedades cooperativas que, para todos os efeitos, integram
a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB;
Dispor de setores consultivos especializados, de acordo com os ramos de cooperativismo;
 INDO ALÉM
Cabe destacar que o Banco Central atua em estreita sintonia com o Sistema
OCB, tendo inclusive, em
2010, formalizado com a instituição um acordo de cooperação técnica.
ACESSAR
Considerando o ramo crédito, a OCB possui um conselho consultivo específico, que é o Conselho
Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco).
O Ceco, conforme regimento interno, tem como missão propor soluções, conferir maior dinâmica,
objetividade, eficiência e eficácia nas ações da OCB voltadas para o ramo de crédito cooperativo.
A coordenação do Ceco é formada por um representante de cada confederação de cooperativas de
crédito no país e assessorada diretamente por um grupo técnico, composto por técnicos indicados
pelos Sistemas (confederações) ali representados, além de um representante do Fundo Garantidor do
Cooperativismo de Crédito (FGCoop), representante de cooperativas de segundo piso (centrais) e um
técnico das cooperativas singulares não filiadas a Sistemas de dois ou três níveis (independentes ou
solteiras).
Exercer outras atividades inerentes à sua condição de órgão de representação e defesa do
sistema cooperativista;
Manter relações de integração com as entidades congêneres do exterior e suas
cooperativas.
https://www.bcb.gov.br/content/acessoinformacao/acordos_docs/acordo_cooperacao_bacen_ocp.pdf
4.1.2 Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop)
-Fonte: Sistema OCB
O Sescoop foi criado em 1998 para viabilizar a autogestão do cooperativismo, o seu monitoramento e o
controle da gestão de cooperativas. O Sescoop tem o objetivo de contribuir para a autogestão das
cooperativas, garantindo maior competitividade do segmento e atendimento aos interesses dos
associados, dirigentes e funcionários, em suas áreas de atuação, que são: o monitoramento, a formação
profissional e a promoção social. 
 INDO ALÉM
O Banco Central também tem um acordo de cooperação com o Sescoop, tendo em vista a sinergia e
integração das ações de educação financeira das instituições.
ACESSAR
https://www.bcb.gov.br/content/acessoinformacao/acordos_docs/acordo_sescoop.pdf
4.1.3 Confederação Nacional do Cooperativismo
(CNCoop) 
A Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) data de 2005. Sua criação marcou o
reconhecimento da categoria econômica das cooperativas em área de abrangência e base territorial,
fortalecendo e consolidando o Sistema Confederativo de Representação Sindical das cooperativas.
-Fonte: Sistema OCB
A CNCoop é o órgão de terceiro grau de representação sindical das cooperativas, do qual também
fazem parte federações e sindicatos. Tem como meta a defesa extrajudicial e judicial de direitos e
interesses, individuais ou coletivos, da categoria econômica do setor, em todo o território nacional. 
4.2 Representação e articulação política em prol do cooperativismo
Frente Parlamentar do Cooperativismo
-Fonte: OCB
O sistema OCB no âmbito estadual
Em nível estadual, há as OCBs estaduais. São, então, a
representação do Sistema OCB nas unidades da
federação, com sede nas capitais e têm a função de
representar o cooperativismo estadual junto ao
governo do Estado, registrar e cadastrar as
cooperativas, prestar-lhes serviços e representá-las
junto à OCB nacional e exercer a representação sindical. 
Em relação à representação e articulação política em prol do cooperativismo nacional, a OCB atua muito
próxima à Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).
A Frencoop, criada em 1986, é outra esfera importante de representação, sendo uma das bancadas
suprapartidárias mais atuantes e influentes do Congresso Nacional. Organizada pelos parlamentares
federais, tem a função de contribuir para o aperfeiçoamento do marco regulatório de interesse do
sistema cooperativista, a partir de uma atuação articulada e transparente, fomentando e promovendo o
cooperativismo no Brasil.
 INDO ALÉM
Quer conhecer um pouco mais sobre os pleitos do cooperativismo nacional? Acesse e conheça um
importante instrumento de atuação conjunta, a Agenda Institucional do Cooperativismo.
Em sua 13ª edição, a publicação do Sistema OCB apresenta o posicionamento político-institucional do
segmento a deputados, senadores, juristas e autoridades. Confira!
ACESSAR
https://www.agendainstitucional.coop.br/
Agenda Institucional do Cooperativismo
Você notou que a agenda está organizada em ramos? Daqui a pouco você estudará sobre eles!
4.3 Outras instituições relacionadas ao cooperativismo
Existe ainda o Departamento de Cooperativismo e Associativismo, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento – Denacoop, criado em 1990. Ele tem a finalidade de promover e fortalecer
o associativismo rural e o cooperativismo em geral, influindo nos processos de criação de emprego, de
produção de alimentos, de geração e distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida das
comunidades rurais e urbanas.
Já a União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas) foi criada em 2014,
mediante união das três maiores entidades representativas de cooperativas de economia solidária e
agricultura familiar do Brasil: a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia
Solidária (Unicafes), a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol) e a Confederação
das Cooperativas de Reforma Agrária (Concrab).
Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 
O prêmio é uma forma de valorizar e destacar as boas práticas de cooperativas que tenham
proporcionado benefícios aos associados ou à comunidade. Em sua 12ª edição, em 2020, a cada dois
anos o Sistema OCB promove esse concurso, que visa a reconhecer as “melhores do ano”, “um
reconhecimento à criatividade, à visão e aos resultados obtidos por elas ao longo do biênio” (PREMIO,
2021).
4.4 Ramos do cooperativismo
As cooperativas atuam em diferentes setores da economia. Dessa forma, os ramos são uma forma de
classificar as cooperativas pelo tipo de atividade que desenvolvem, de modo a facilitar em sua
organização e na representação de seus interesses. Como órgão representativo do segmento no país, a
definição dos ramos cabe à OCB.
Clique e ouça o podcast:
https://melhores.premiosomoscoop.coop.br/
Ramos do cooperativismo
 INDO ALÉM
Assista ao vídeo Ramos do cooperativismo: agora somos 7  preparado pela OCB para apresentar as
mudanças que ocorreram no redesenho dos ramos.
ACESSAR
4.5 Números das cooperativas no Brasil
Segundo OCB (2021), existem hoje no Brasil mais que 5.300 cooperativas, em todos os ramos, com cerca
de 15,5 milhões de cooperados – sendo 38% mulheres e 62% homens – e mais do que 400 mil
empregados nas cooperativas. 
A tabela a seguir apresenta esses números por ramo do cooperativismo. Veja que o ramo agropecuário
é o maior em número de cooperativas, mas é o ramo crédito que se destaca em relação ao número de
cooperados, passando de 10 milhões, mais de 2/3 do total no Brasil.
02:55
https://www.youtube.com/watch?v=f6cOSftlkSo
Números de cooperativismo no Brasil
-Fonte: OCB (2021)
Neste tópico, você estudou o papel da OCB para o desenvolvimento do segmento cooperativista, bem como
conhecemos os atuais 7 ramos do cooperativismo, a saber: agropecuário; consumo; crédito; infraestrutura;
trabalho, produção de bens e serviços; saúde e transporte.
 PARA PRATICAR 
(Sescoop, 2020b) Com relação aos ramos do cooperativismo, assinale a
alternativa verdadeira:
Compõem o ramo agropecuário as cooperativas que
prestam serviços de distribuição de energia elétrica nas
zonas rurais.
SUBMIT
(SESCOOP - 2020b). Qual instituição é responsável pela representação
institucional e política do cooperativismo brasileiro?
As cooperativas compostas por profissionais veterinários
compõem o ramo saúde.
As cooperativas de crédito podem atuar no mercado
financeiro, mas diferentes dos bancos, não são reguladas
pelo Banco Central do Brasil.
As cooperativas que atuam no setor habitacional estão
organizadas no ramo infraestrutura.
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo –
SESCOOP.
Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB.
Frente Parlamentar do Cooperativismo – FRENCOOP.
SUBMIT
Próximo ponto a ser percorrido 
no seu estudo:
Confederação Nacional das Cooperativas – CNCOOP.
5.1 O que são cooperativas de crédito
As cooperativas de crédito são instituições financeiras criadas para oferecer soluções aos seus
associados. As cooperativas de crédito são instituições financeiras sem fins lucrativos, portanto, elas
não têm o lucro como objetivo final, o seu propósito está em servir os seus associados e promover o
desenvolvimento sustentável local. Os associados são os donos do negócio e manifestam suas
necessidades e expectativas, assim como suas decisões, por meio da participação democrática e
coletiva no processo de governança da cooperativa. Por esse motivo, são consideradas instrumento
para acesso a produtos e serviços financeiros adaptados às necessidades de seus donos em todas as
partes do mundo.
6 de 7
PONTO 5 – COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO
MUNDO E NO BRASIL
Neste tópico, Cooperativismo de crédito no mundo e no
Brasil, vamos verificar como se configura, hoje, o
cooperativismo de crédito nos diferentes continentes e no
Brasil.
5.2 Cooperativas de crédito no mundo
Friedrich Wilhelm Raiffeisen
-Fonte: DGRV
O cooperativismo de crédito, como você estudou, surgiu na Alemanha, em uma Europa que vivia os
reflexos da revolução industrial. O cenário era, portanto, de famílias sofrendo os impactos dessa
revolução, com uma série de dificuldades, como a dependência financeira e a exploração das pessoas
por meio de juros elevados.
Para Raiffeisen, havia conexão entre a pobreza e a dependência. Assim, em sua visão, para combater a
pobreza era preciso combater a dependência. Nesse sentido, o modelo cooperativista originado na
autoajuda, autogestão e autorresponsabilidade tinha dois grandes objetivos: empoderar as pessoas e
promover sua independência financeira. Isso se dava, então, por meio dos esforços e interesses
coletivos, materializados na cooperativa, a fim de não permitir que as pessoas ficassem reféns da
situação ou do mercado.
Segundo dados consolidados, relativos ao ano de 2019, do Conselho Mundial das Cooperativas de
Crédito (Woccu) e da Associação Europeia dos Bancos Cooperativos (EACB), existem cerca de 90 mil
cooperativas de crédito, presentes em mais de 115 países, que juntas somam ativos na ordem de 12,3
trilhões de dólares, atingindo mais de 500 milhões de pessoas entre associados e clientes – em muitos
países a legislação permite que cooperativas de crédito tenham clientes e não somente associados.
Na Europa, as cooperativas de crédito possuem relevância em seus mercados, sendo geralmente
conhecidas como bancos cooperativos. Segundo a EACB, cerca da metade da população da União
Europeia é atendida por cooperativas de crédito e um a cada cinco europeus é associado a uma
cooperativa de crédito. Além disso, em alguns países da Europa, a participação de mercado das
cooperativas de crédito para financiamento de micro e pequenas empresas é muito superior a 30%,
como na Finlândia, França, Alemanha e Holanda.
Outro fato interessante é que, em muitos países, principalmente na Europa, o valor de quotas-partes
para as pessoas se associarem à cooperativa é simbólico. Contudo, para constituírem valor patrimonial
significativo, em geral, as cooperativas têm como diretriz destinar os resultados das sobras, em sua
totalidade, para as reservas da cooperativa. Desta forma, o patrimônio das cooperativas é formado
quase que em sua maioria por capital indivisível e, assim, ficam menos sujeitas às mutações de capital e
mais estáveis em sua estrutura patrimonial.
 INFORMANDO-SE
Como já estudou, essa ideia se multiplicou pela Europa e,
depois, para todos os demais continentes, alcançando
experiências e resultados distintos.
Segundo PORTAL (2021), entre os 50 maiores sistemas bancários do mundo, 6 são bancos cooperativos,
representados por: Credit Agricole (França), Rabobank (Holanda), Natixis (França), Norinchukin Bank
(Japão), DZ Bank (Alemanha) e Credit Mutuel (França).
A seguir, você conhecerá algumas dessas experiências, notadamente aquelas que são consideradas
referências para o cooperativismo de crédito.
5.2.1 Alemanha
Você sabia? A Alemanha é o berço do cooperativismo de crédito mundial.
Berço do cooperativismo de crédito mundial, a Alemanha tem elementos marcantes em sua organização
sistêmica, se configurando em um de seus pontos fortes de crescimento e expressão. Segundo a
Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV), que é o órgão de cúpula do cooperativismo alemão, em
1957 havia mais de 12 mil cooperativas de crédito na Alemanha. Atualmente, são cerca de 800
cooperativas de crédito, o que indica um processo constante de busca de eficiência e escala, com uma
participação de mercado na faixa de 25% – alcançando mais de 30 milhões de pessoas, algo em torno de
40% da população total do país – e, segundo EACB (2019), totalizava em sua rede financeira cooperativa
mais de €1,3 trilhão de ativos.
Na Alemanha, todas as cooperativas estão vinculadas a uma federação de auditoria. A propósito, a
supervisão e a auditoria são características que se destacam no cooperativismo alemão. As
cooperativas de crédito ainda participam de um fundo garantidor das cooperativas (BVR), que possui
autonomia e poderes de ação sobre a gestão das cooperativas, pagam tributos na mesma proporção
das demais instituições financeiras e podem trabalhar com associados e clientes. 
Todas as cooperativas são regionais e respeitam essa regionalidade, não havendo disputas entre elas
em uma mesma região. Todas usam a mesma logomarca. Além disso, há um rigoroso processo para o
credenciamento dos dirigentes, que passam, obrigatoriamente, por formação na Academia Alemã de
Cooperativas (ADG). A ADG capacita executivos, especialistas, membros do conselho e conselhos de
supervisão de bancos cooperativos, bem como empresas cooperativas e organizações cooperativas
com uma ampla gama de programas de treinamento e qualificação.
Cabe destacar que o Banco Central do Brasil e a DGRV, com vistas à construção conjunta do
conhecimento, formalizaram em 2019 um acordo de cooperação técnica, no âmbito do qual foi
construído esse curso.
 INDO ALÉM
Para saber um pouco mais sobre o cooperativismo na Alemanha, acesse:
https://www.bcb.gov.br/content/acessoinformacao/acordos_docs/Acordo%20de%20Cooperacao%20Tecnica%20com%20DGRV%20(Alemanha).pdf
O site da DGRV
ACESSAR
O site do Fundo Garantidor das Cooperativas – BVR
ACESSAR
E o site da Academia Alemã das Cooperativas
ACESSAR
5.2.2 França
Segundo os relatos da publicação Cooperativismo de Crédito – Boas práticas no Brasil e no mundo
(SESCOOP, 2016), na França, o cooperativismo chega a dominar 75% do mercado para pessoas físicas do
sistema financeiro local. Seus clientes ultrapassam a população nacional – devido a contas múltiplas ou
internacionais – e o Credit Agricole tem o título de maior instituição financeira cooperativa do mundo.
Segundo EACB, em dados de 2019, o Credit Agricole atende mais de 51 milhões de pessoas, entre
associados e clientes e, somava mais de € 1,9 trilhão em ativos.
http://www.dgrv.de/
http://www.bvr.de/en
http://www.adgonline.de/
Na França, o cooperativismo domina o mercado para pessoas físicas.
Na França, o segmento é composto por três sistemas de cooperativas: Credit Agricole, Banque
Populaires (BPCE) e Credit Mutuel – que chegam a mais de 113 milhões de contas e praticamente € 4
trilhões em ativos. 
Outro ponto interessante do cooperativismo de crédito francês é que as sobras são integralmente
retidas e destinadas ao fundo de reserva, o que torna as cooperativas menos dependente do capital
varável detido pelos associados.
 INDO ALÉM
Você pode saber um pouco mais do cooperativismo na França, no sites:
do Grupo Credit Agricole
ACESSAR
do Grupo BPCE
ACESSAR
e do Credit Mutuel 
ACESSAR
5.2.3 Holanda
http://www.credit-agricole.com/
http://www.groupebpce.com/
http://www.creditmutuel.fr/
A Holanda tem tradição cooperativista.
Holanda possui também
uma tradição cooperativista forte e o Rabobank Group é o maior banco do país
(SESCOOP, 2016). Segundo EACB, em 2019, o Rabobank detinha mais de 8,3 milhões de pessoas
atendidas, entre clientes e associados – alcançando ativos na ordem de € 600 bilhões. O Rabobank se
fortaleceu na atuação junto ao setor de crédito rural e ampliou sua atuação de forma global.
A expansão internacional de empresas holandesas, nos anos 1970 e 1980, também atraiu o Rabobank
para ir além da fronteira. Em 1981, o Rabobank abriu em Nova York o primeiro escritório no exterior.
Esse foi o primeiro passo. Desde então, o Rabobank abriu mais filiais na Europa, América do Norte, Ásia
e América do Sul e entrou em alianças estratégicas com parceiros europeus, o que permitiu levar a sua
experiência na área de banco de consumo e do setor agrícola para mercados promissores no exterior.
Atualmente, atua em mais de 40 países e em todos os continentes do mundo.
 INDO ALÉM
Você pode saber um pouco mais do cooperativismo na Holanda por meio do site do Grupo Rabobank
ACESSAR
5.2.4 Estados Unidos da América
Nos Estados Unidos, segundo a Woccu, há 5,3 mil cooperativas de crédito, com mais de 132 milhões de
associados, alcançando cerca de USD 2 trilhões de dólares em ativos. Uma das cooperativas mais
emblemáticas nos EUA é a Navy Federal Credit Union, fundada em 1933, no final da grande depressão,
por 7 empregados do departamento da Marinha americana. Atualmente, a cooperativa reúne
associados do departamento de defesa, marinha, exército, guarda costeira, força aérea, veteranos e
familiares e é considerada uma das maiores cooperativas em número de associados do mundo – são
mais de 10,3 milhões de membros em uma única cooperativa.
http://www.rabobank.com/
Os Estados Unidos têm um grande número de cooperativas.
Ainda nos Estados Unidos, segundo Credit Union National Association (CUNA), durante a crise de 2008,
enquanto muitas instituições financeiras apresentavam problemas e insolvência, as cooperativas foram
reconhecidas como atores diferenciados por sua forma de atuação no mercado e acima de tudo por seu
propósito, sendo beneficiadas por iniciativas como o projeto Move Your Money (Mova Seu Dinheiro), que
incentivava as pessoas a transferirem os seus ativos para as cooperativas de crédito.
A situação mais conhecida foi a do dia 05 de novembro de 2011, chamado de o dia da transferência
bancária onde, por meio das redes sociais, as pessoas eram estimuladas a transferirem seus recursos
para as cooperativas. Segundo CUNA, entre o dia 29 de setembro até o dia 05 de novembro,
aproximadamente 440 mil pessoas transferiram cerca de USD 4,5 bilhões para as cooperativas de
crédito nos Estados Unidos.
 INDO ALÉM
Você pode saber um pouco mais do cooperativismo nos Estados Unidos da América por meio do site do
National Credit Union Administration, criado em 1970 para ser uma agência federal independente para
regular, licenciar e supervisionar as cooperativas de crédito e também administrar um fundo de
proteção federal
ACESSAR
ou ainda no site da Credit Union National Association 
ACESSAR
5.2.5 Canadá
http://www.ncua.gov/
http://www.cuna.org/
O Canadá está entre os 10 países do mundo com o cooperativismo mais
representativo
O Canadá está entre os dez países do mundo com o cooperativismo de crédito mais representativo:
cerca de um a cada 5 canadenses trabalham com uma cooperativa de crédito (SESCOOP, 2016). Lá se
destacam dois sistemas, com princípios e formas de atuação distintos: o Sistema Desjardins e as Credit
Unions.
Enquanto o Sistema Desjardins se encontra predominantemente na região de Quebec e é fruto da
iniciativa pioneira de Alphonse Desjardins, que liderou a criação da primeira cooperativa de crédito das
Américas, em 1900, as Credit Unions se encontram nas demais regiões do país. O Sistema Desjardins
apresenta característica de ser mais integrado, organizado em 2 níveis, com garantias recíprocas entre
cooperativas, logomarca única e com um instituto de formação das lideranças; ainda, possuía mais de
7,5 milhões de pessoas como clientes e associados e, segundo a EACB, alcançava a marca de € 190
bilhões de ativos. 
As Credit Unions apresentam uma menor integração entre si como característica, não compartilham uma
logomarca e rede de atendimento; ou seja, são mais autônomas, embora também estejam organizadas
em 2 níveis. Porém, a central tem um papel mais limitado e muito mais de representação institucional.
Segundo a Associação Canadense de Credit Unions (CCUA), as Credit Unions reuniam mais de 5,8 milhões
de pessoas, entre clientes e associados e somavam ativos na ordem de $246 bilhões de dólares
canadenses.
 INDO ALÉM
Você pode saber um pouco mais do cooperativismo no Canadá por meio do site do Grupo Desjardins
ACESSAR
E da CCUA
ACESSAR
5.2.6 Oceania
http://www.desjardins.com/
http://www.ccua.com/
Na Oceania, segundo a Woccu, dados de 2019, o cooperativismo de crédito reunia 177 cooperativas,
com cerca de 5,8 milhões de pessoas e com ativos na ordem de USD 90 bilhões de dólares, com
destaque para a Austrália que representava mais de 90% desses valores.
5.2.7 África
Na África, segundo a Woccu, dados de 2019, o cooperativismo de crédito reunia cerca de 40 mil
cooperativas, com mais de 38 milhões de pessoas e com ativos na ordem de USD 11 bilhões de dólares,
com destaque para o Kenya que apresentava mais de 8 milhões de membros.
5.2.8 Ásia
Na Ásia, segundo a Woccu, dados de 2019, o cooperativismo de crédito reunia mais de 33 mil
cooperativas, alcançando 64 milhões de pessoas, com ativos na ordem de USD 440 bilhões de dólares,
com destaque para Tailândia, Coreia do Sul e Japão, em especial, ao The Norinchukin Bank/JÁ Bank
Group. Relevante citar que nos dados da Woccu não constam os números do cooperativismo de crédito
da China, onde há uma atuação muito forte dessas cooperativas, principalmente no campo.
5.2.9 América Latina
Na América Latina, o destaque é para o Brasil. 
Na América Latina, segundo a Woccu, dados de 2019, o cooperativismo de crédito reunia 2,8 mil
cooperativas, com 38 milhões de membros e USD 115 bilhões de ativos, com destaque para o Brasil,
representando cerca de 50% desse valor.
 INDO ALÉM
Você pode saber um pouco mais do cooperativismo na América Latina e Caribe acessando os estudos da
DGRV para a América Latina
ACESSAR
https://www.dgrv.coop/es/publicaciones-2/?select=cooperativas-financieras
Também pode acessar outras informações sobre os dados do cooperativismo de crédito no mundo
acessando os informes do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito – WOCCU
ACESSAR
E ainda os informes da Associação Europeia de Bancos Cooperativos – EACB
ACESSAR
5.3 Cooperativas de crédito no Brasil
A partir da sua origem, as cooperativas de crédito no Brasil experimentaram diferentes caminhos e
evolução ao longo dos anos. Veja detalhes no vídeo a seguir.
https://www.woccu.org/
http://www.eacb.coop/en/home.html
 INDO ALÉM
Conheça a publicação Cooperativismo de Crédito – Boas práticas no Brasil e no Mundo (SESCOOP, 2016).
Ela é fruto do projeto do Sistema OCB, que envolveu servidores do Banco Central do Brasil para uma
jornada de conhecimento em experiências do cooperativismo de crédito no Brasil e no mundo. Assim,
você encontra mais referências sobre o cooperativismo na Alemanha, na França, na Holanda e no
Canadá, experiências visitadas pelo grupo do projeto – além de inúmeras e diversificadas experiências
nacionais. 
ACESSAR
 PARA PRATICAR 
Neste último tópico, você teve acesso a informações básicas
acerca do cooperativismo de crédito no mundo, com ênfase em
algumas referências, assim como uma pequena introdução ao
cooperativismo de crédito no Brasil, importantes para o início
do próximo módulo do curso.
Para Raiffeisen, havia conexão entre a pobreza e a dependência. Assim, em
sua visão, para combater a pobreza era preciso combater a dependência.
Nesse sentido, o modelo cooperativista originado na autoajuda, autogestão
e
autorresponsabilidade.
https://www.ocb.org.br/publicacao/2/cooperativismo-de-credito-boas-praticas-no-brasil-e-no-mundo
SUBMIT
O modelo de cooperativa de crédito de Raiffeissen tinha dois grandes
objetivos:
Considerando as características de algumas das experiências exitosas de
cooperativismo de crédito no mundo, assinale a alternativa correta de
acordo com as assertivas abaixo: 
 
1- Destacam-se dois sistemas, com princípios e formas de atuação distintas: o
Sistema Desjardins e as Credit Unions.
Buscar alternativas para as atividades econômicas e
garantir o acesso a bens de consumo.
Empoderar as pessoas e promover sua independência
financeira.
Adquirir vantagem competitiva no mercado e atender as
necessidades dos associados.
Reduzir as desigualdades e promover o bem comum.
SUBMIT
 
2- As cooperativas foram reconhecidas como atores diferenciados por sua
forma de atuação no mercado e acima de tudo por seu propósito, sendo
beneficiadas por iniciativas como o projeto Move Your Money (Mova Seu
Dinheiro).
 
3- De acordo com o Sescoop (2016), possui uma tradição cooperativista forte
e o Rabobank Group é o maior banco do país.
1- Canadá 
2- França 
3- Holanda
1- Brasil 
2- EUA 
3- Alemanha
1- Canadá 
2- EUA 
3- Holanda
1- Alemanha 
2- Brasil 
3- França
Considerando novamente as características de algumas das experiências
exitosas de cooperativismo de crédito no mundo, assinale a alternativa
correta de acordo com as assertivas abaixo: 
 
4- O cooperativismo chega a dominar 75% do mercado para pessoas físicas
do sistema financeiro local.
 
5- Todas as cooperativas são regionais e respeitam essa regionalidade, não
havendo disputas entre elas em uma mesma região. Todas usam a mesma
logomarca.
 
6- As cooperativas de crédito estão organizadas nos três níveis,
apresentando um portfólio de produtos e serviços amplos e competitivos.
4- França 
5- EUA 
6- Holanda
4- Alemanha 
5- Brasil 
6- Canadá
4- Holanda 
5- Alemanha 
6- EUA
SUBMIT
Considerando o cooperativismo de crédito no Brasil, julgue as sentenças a
seguir em verdadeiras (V) ou falsas (F), depois marque o resultado
encontrado:
As cooperativas estão presentes em todas as unidades federativas do
país, em mais de 50% dos municípios brasileiros, sendo que, em mais de
2 centenas destes municípios, a cooperativa é a única instituição
financeira presente no local.
A ampliação da atuação das cooperativas de crédito no país faz parte da
Agenda BC#.
As cooperativas de crédito são subordinadas às normas do Conselho
Monetário Nacional, mas não são fiscalizadas pelo Banco Central do
Brasil. Somente os bancos.
Os bancos são sociedades anônimas, a cooperativa é uma sociedade de
pessoas, e não de capital, com natureza jurídica própria. Ambos estão
sujeitos à falência. 
4- França 
5- Alemanha 
6- Brasil
SUBMIT
Você chegou ao final do curso. Veja a trajetória que você percorreu nesta parada.
A organização das cooperativas no Brasil obedece aos preceitos da Lei
Geral, assim como as alterações advindas da Lei Complementar nº 130.
V – F – F – F – V
V – V – F – V – F
V – V – F – F – V
F – V – F – F – V
ACI. Aliança Cooperativa Internacional. 
Disponível em: https://www.ica.coop/es 
Acesso em: 11 abr. 2021.
ADG. Akademie Deutscher Genossenschaften. 
Disponível em: https://www.adgonline.de/ueber-uns/ 
Acesso em: 11 abr. 2021.
ALVES, Sergio Darcy da; SOARES, Marden Marques. Democratização do crédito no Brasil: a atuação do
Banco Central. 3 ed. Brasília: Banco Central do Brasil, 2006. 
Disponível em: https://www.bcb.gov.br/htms/public/microcredito/NotaDC200512.pdf 
Acesso em: 21 abr. 2021.
BRASIL. Lei no. 5.764, de 16 de dezembro de 1971. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5764.htm 
Acesso em: 11 abr. 2021.
BVR. Bundesverband der Deutschen Volksbanken und Raiffeisenbanken. 
Disponível em: https://www.bvr.de/en 
Acesso em: 11 abr. 2021.
DAVE GRACE and associates.  Measuring the Size and Scope of the Cooperative Economy: Results of the
2014 Global Census on Co-operatives. Abril de 2014. 
Disponível em: https://www.un.org/esa/socdev/documents/2014/coopsegm/grace.pdf 
Acesso em: 21 abr. 2021.
7 de 7
REFERÊNCIAS
https://www.ica.coop/es
https://www.adgonline.de/ueber-uns/
https://www.bcb.gov.br/htms/public/microcredito/NotaDC200512.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5764.htm
https://www.bvr.de/en
https://www.un.org/esa/socdev/documents/2014/coopsegm/grace.pdf
DGRV. Deutsche Genossenschafts- und Raiffeisenverband e.V. 
Disponível em: https://www.dgrv.coop/ 
Acesso em: 21 abr. 2021.
EACB. European Association of Co-operative Banks. 
Disponível em: http://www.eacb.coop/en/home.html 
Acesso em: 27 abr. 2021.
GERAÇÃO Cooperação. Como surgiu o cooperativismo? 
Disponível em: https://geracaocooperacao.com.br/como-surgiu-o-cooperativismo/ 
Acesso em 31 mar. 2021.
MEINEN, Enio. Cooperativismo financeiro na década de 2020: sem filtros. Brasília, DF: Confebras, 2020. 
MEINEN, Enio; PORT, Marcio. O cooperativismo de crédito ontem, hoje e amanhã. Brasília: Confebras,
2012. 
MUNDOCOOP. O canal de informações do cooperativismo. 
Disponível em: https://www.mundocoop.com.br/  
Acesso em: 08 abr. 2021.
OCB. Organização das Cooperativas Brasileiras: Cooperativismo no Brasil. 
Disponível em: https://www.ocb.org.br/numeros 
Acesso em: 21 abr. 2021.
 OCB. Sistema OCB. O que é o cooperativismo. 
Disponível em: https://www.ocb.org.br/o-que-e-cooperativismo 
Acesso em: 30 mar 2021
PORTAL do cooperativismo financeiro. Cooperativismo: história do cooperativismo. 
Disponível em: https://cooperativismodecredito.coop.br/cooperativismo/historia-do-cooperativismo/ 
Acesso em: 30 mar 2021
https://www.dgrv.coop/
http://www.eacb.coop/en/home.html
https://geracaocooperacao.com.br/como-surgiu-o-cooperativismo/
https://www.mundocoop.com.br/
https://www.ocb.org.br/numeros
https://www.ocb.org.br/o-que-e-cooperativismo
https://cooperativismodecredito.coop.br/cooperativismo/historia-do-cooperativismo/
PRÊMIO SomosCoop: melhores do ano. Home. 
Disponível em http://melhores.premiosomoscoop.coop.br/ 
Acesso em: 9 abr. 21.
SESCOOP. Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Org.). Entendendo a sociedade
cooperativa. Série Cooperativismo. Brasília: Sescoop, OCB, 2020. 
SESCOOP. Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Org.). Fundamentos do
cooperativismo. Série Cooperativismo. 2 ed. Brasília: Sescoop, OCB, 2020b. 
SESCOOP. Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo e Banco Central do Brasil.
Cooperativismo de crédito: boas práticas no Brasil e no mundo. Brasília: Farol Estratégias em
Comunicação, 2016. 
Disponível em: www.ocb.org.br/publicacao/2/cooperativismo-de-credito-boas-praticas-no-brasil-e-no-
mundo 
Acesso em: 27 abr. 2021.
SISTEMA OCB. Ramos do cooperativismo: conheça nossa nova organização. 
Disponível em: https://somoscooperativismo.coop.br/publicacao/57/ramos-do-cooperativismo 
Acesso em: 1 abr. 2021.
WOCCU. World Council of Credit Unions. 
Disponível em: https://www.woccu.org/ 
Acesso em: 27 abr. 2021.
http://melhores.premiosomoscoop.coop.br/
http://www.ocb.org.br/publicacao/2/cooperativismo-de-credito-boas-praticas-no-brasil-e-no-mundo
https://somoscooperativismo.coop.br/publicacao/57/ramos-do-cooperativismo
https://www.woccu.org/

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando