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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MACEIÓ ANTONIO HENRIQUE TORRES DE OLIVEIRA ALVES WAGNER COSTA BULHÕES ROMARIO VIANA ALVES DA SILVA SANTOS JÚNIOR GABRIEL GUILHERME DA SILVA RELATÓRIO DOS ENSAIOS DE CONCRETO MACEIÓ – AL 2023 ANTONIO HENRIQUE TORRES DE OLIVEIRA ALVES WAGNER COSTA BULHÕES ROMARIO VIANA ALVES DA SILVA SANTOS JÚNIOR FERNANDO MACHADO DANTAS IMBIRIBA GABRIEL GUILHERME DA SILVA RELATÓRIO DOS ENSAIOS DE CONCRETO Relatório dos ensaios de concreto realizados em laboratório apresentado ao professor Jonas Rafael Duarte Cavalcante, da disciplina de Concreto I no curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Maceió-UNIMA, como requisito avaliativo. MACEIÓ – AL 2023 SUMÁRIO ( iv ) SUMÁRIO I LISTA DE FIGURAS III LISTA DE TABELAS IV 1.0 - INTRODUÇÃO 1 – CÁLCULO DA DOSAGEM DE CONCRETO 2 – DADOS INICIAIS 2 – RESISTÊNCIA DO CONCRETO AOS 28 DIAS DE CURA 3 – RELAÇÃO ÁGUA-CIMENTO (A/C) 3 – CONSUMO DE ÁGUA NA MISTURA (CA) 4 – CONSUMO DE CIMENTO NA MISTURA (CC) 5 – CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO NA MISTURA (CG) 5 – CONSUMO DE AGREGADO MIÚDO (CM) 6 – APRESENTAÇÃO DO TRAÇO 7 – QUANTIDADE DE MATERIAL EM CADA CORPO DE PROVA 7 – Volume dos cilindros 7 – Quantidade de material no cilindro de 15X30 cm 8 – Quantidade de material no cilindro de 10X20 cm 9 – Quantidade total 10 – ENSAIO DE PRODUÇÃO DE CONCRETO 11 – APARELHAGEM 11 – MATERIAL 11 – PROCEDIMENTO 11 – DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA PELO ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE 13 – APARELHAGEM 13 – MATERIAL 13 – PROCEDIMENTO 13 – RESULTADO 14 – MOLDAGEM E CURA DOS CORPOS DE PROVA 15 – APARELHAGEM 15 – MATERIAL 15 – PROCEDIMENTO 15 – RESULTADO 16 – ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 17 – APARELHAGEM 17 – MATERIAL 17 – PROCEDIMENTO 17 – RESULTADO 18 6 4.1 – Ruptura do corpo de prova a 7 dias de cura na câmara úmida18 6.4.2 – Ruptura do corpo de prova a 25 dias de cura na câmara úmida ................................................................................................................... 19 6.4.3 – Resistência média do concreto à compressão (Fcm) 20 7.0 – ENSAIO DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO ATRAVÉS DA COMPRESSÃO DIAMETRAL 21 7.1 – APARELHAGEM 21 7.2 – MATERIAL 21 7.3 – PROCEDIMENTO 21 7.4 – RESULTADO 21 7.5 – RESISTÊNCIA MÉDIA DO CONCRETO À COMPRESSÃO (FCTM) 22 7.6 – RESISTÊNCIA À TRAÇÃO PELO MÉTODO DIRETO 23 8.0 – CONCLUSÃO 24 REFERÊNCIAS 1.0 - Introdução O concreto tem três propriedades mecânicas: módulo de compressão, tração e elasticidade. Essas propriedades são medidas através de ensaios laboratoriais seguindo normas técnicas e condições específicas. Este estudo relata ensaios de concreto em câmaras de ensaio de concreto no campus Vitória. Os ensaios envolveram a determinação da quantidade de materiais utilizados nos cilindros de concreto, a moldagem das câmaras de ensaio e a realização de ensaios de compressão e tração durante 7 e 25 dias em câmara. 2.0 – Dados iniciais · O concreto Portland, CP III 40 RS, com massa específica de 3100kg/m³, exigiu dados dos agregados utilizados, com 100 milímetros de composição.Mf = 2,60; · Inchamento = 20% com 3% de umidade; · Massa específica real 2650kg / m³ ; · Massa unitária S = 1470 kg/m³. Como agregado graúdo fora adotada a brita número um, cujos dados são os que se seguem: · Massa específica real 2700kg / m³ ; · Massa unitária (compacidade) Mu = 1500 kg/m³; · Massa unitária solta Ss = 1430 kg/m³. · DMAX = 12,5; · Fck = 30 MPa; · sd = 4 MPa. ( 10 ) 2.1 – Resistência do concreto aos 28 dias de cura A resistência requerida para o cimento aos 28 dias de cura é dada pela equação: Fc28 Fck (1,65 sd ) Onde Fck é a resistência do cimento (30 MPa) e sd é o desvio padrão, que é 4,0 MPa. Substituindo os valores, obtém-se: Fc28 30 (1,65 4) Fc28 36,60MPa 37MPa 2.2 – Relação água-cimento (a/c) A relação água-cimento é escolhida em função da Curva de Abrams, que apresenta valores de a/c para cada tipo de cimento aceito pela norma brasileira. A curva é a que segue: *obtém-se a área da base A = x D²/4 A = x (0,15)²/4 A = 1,767 x 10-2 m²; *calcula-se o volume V = A x h 1,767 x 10-2 x 0,30 V = 5,30 x 10-3 m³. Para o corpo de prova de 10X20, calcula-se seu volume a seguir: *convertem-se as medidas para metro 10X20 cm 0,10X0,20 m; *obtém-se a área da base A = x D²/4 A = x (0,10)²/4 = 7,85 x 10-3 m²; *calcula-se o volume V = A x h 7,85 x 10-3 x 0,20 V = 1,57 x 10-3 m³. 2.8.1 – Quantidade de material no cilindro de 15X30 cm A quantidade de cimento, agregados e água é dada, de modo geral, pela relação: Qmat Vcilindro Cmat Traço Onde: Qmat quantidade de determinado material em kg; Vcilindro volume do cilindro em m³; Cmat consumo do material em kg/m³ ou l/m³. Como o volume do cilindro é 5,30 x 10-3 m³, o consumo de cimento é de 426 kg/m³ e o traço é 1 : 1,98 : 1,98 : 0,54 , para cimento, tem-se a seguinte quantidade: Qc = 5,30 x 10-3 x 426 x 1 = 2,2578 kg/cilindro Para 03 cilindros de 15X30 cm: Qct = 2,2578 x 3 = 6,7734 kg Para consumo de agregado graúdo igual a 847,50 kg/m³, tem-se: Qg = 5,30 x 10-3 x 847,50 x 1,98 = 8,8936 kg/cilindro Para 03 cilindros de 15X30 cm: Qgt = 8,8936 x 3 = 26,6808 kg Para consumo de agregado miúdo igual a 844,00 kg/m³, tem-se: Qm = 5,30 x 10-3 x 844,00 x 1,98 = 8,8569 kg/cilindro Para 03 cilindros de 15X30 cm: Qmt = 8,8569 x 3 = 26,5707 kg Para consumo de água igual a 230 l, tem-se: Qa = 5,30 x 10-3 x 230 x 0,54 = 0,6583 l/cilindro Para 03 cilindros de 15X30 cm: Qat = 0,6583 x 3 = 2,6332 kg 2.8.2 – Quantidade de material no cilindro de 10X20 cm A quantidade de cimento, agregados e água é dada, de modo geral, pela relação: Qmat Vcilindro Cmat Traço Onde: Qmat quantidade de determinado material em kg; Vcilindro volume do cilindro em m³; Cmat consumo do material em kg/m³ ou l/m³. Como o volume do cilindro é 1,57 x 10-3 m³, o consumo de cimento é de 426 kg/m³ e o traço é 1 : 1,98 : 1,98 : 0,54 , para cimento, tem-se a seguinte quantidade: Qc = 1,57 x 10-3 x 426 x 1 = 0,6688 kg/cilindro Para 02 cilindros de 10X20 cm: Qct = 0,6688 x 2 = 1,3376 kg Para consumo de agregado graúdo igual a 847,50 kg/m³, tem-se: Qg = 1,57 x 10-3 x 847,50 x 1,98 = 2,6345 kg/cilindro Para 02 cilindros de 10X20 cm: Qgt = 2,6345 x 2 = 5,2690 kg Para consumo de agregado miúdo igual a 844,00 kg/m³, tem-se: Qm = 1,57 x 10-3 x 844 x 1,98 = 2,6236 kg/cilindro Para 02 cilindros de 10X20 cm: Qmt = 2,6236 x 2 = 5,2473 kg Para consumo de água igual a 230 l, tem-se: Qa = 1,57 x 10-3 x 230 x 0,54 = 0,1950 kg/cilindro Para 02 cilindros de 10X20 cm: Qat = 0,1950 x 2 = 0,390 l 2.8.3 – Quantidade total A quantidade total de cimento, agregados e água nos seis cilindros está expressa na tabela a seguir: Tabela 3 - Quantidade total de materiais. ( 15X30 cm 10X20 cm (kg) Cimento 6,7734 1,3376 8,111 Ag. Graúdo 26,6808 5,2690 31,950 Ag. Miúdo 26,5707 5,2473 31,818 )Material Cilindros Total Água 1,9749 0,3900 2,365 3.0 – Ensaio de produção de concreto A produção do concreto foi realizada no dia 17 de maio de 2010 utilizando as quantidades de materiais calculadas e demonstradas no capítulo anterior do presente relatório. 3.1 – Aparelhagem A aparelhagem utilizada foi: · Betoneira estacionária automática; · Balança; · Recipiente metálico retangular; · Colher de pedreiro. 3.2 – Material Os materiais utilizados foram cimento portland, areia média, brita dois e água, sendo que suas respectivas quantidades constam na tabela 3. Embora os cálculos de consumo de agregado tenham sido feitos considerando a brita um, no dia da realização do ensaio não havia disponível. Portanto, utilizou-se brita dois. 3.3 – Procedimento Inicialmente, pesaram-se a quantidade de cada material na balança, conforme tabela 3. Na betoneira estacionária limpa e arejada adicionaram-se os materiais de forma gradativa, conforme descrito a seguir: · Toda a quantidade de brita; · Metade da areia; · Metade da água; · Acionamento da betoneira; · Restante daareia; · Restante da água; · Acionamento da betoneira. Assim, parte da mistura resultante foi retirada para realização do ensaio de consistência pelo abatimento do tronco de cone, que será descrito no próximo capítulo. Após realização deste ensaio, a amostra foi devolvida à betoneira, que foi acionada mais uma vez para homogeneização. Em seguida, o concreto foi retirado da betoneira e acondicionado no recipiente metálico retangular. 4.0 – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone Com uma amostra do que foi produzido no ensaio anterior, procedeu-se com o ensaio de consistência pelo abatimento do tronco de cone, que é normalizado pelo método de ensaio ME 404/2000 do extinto DNER. 4.1 – Aparelhagem A aparelhagem utilizada foi: · Molde metálico; · Haste de compactação de seção circular em aço de 16 mm de diâmetro por 600 mm de comprimento; · Placa de apoio do molde; · Complemento tronco-cônico do molde; · Colher de pedreiro; · Trena de 5 metros. 4.2 – Material O material utilizado foi uma amostra do concreto produzido na betoneira estacionária. 4.3 – Procedimento O procedimento foi o seguinte: · Limpou-se e umedeceu-se internamente o molde, colocando-o sobre a placa de base igualmente limpa e umedecida, assentado sobre o chão; · O operador posicionou-se com os pés sobre as aletas do molde, mantendo-o estável, e, então, encheu-o de concreto em três camadas, cada uma com aproximadamente um terço do molde; · Compactou-se cada camada com 25 golpes utilizando a haste de compactação; · Após adensamento, retirou-se o complemento tronco-cônico e foi feita a remoção do excesso de concreto com uma colher de pedreiro; · Levantou-se o molde de concreto na direção vertical com um movimento constante, de modo a não torcer a amostra lateralmente; · Mediu-se o abatimento de consistência com a trena através da diferença entre a altura do molde e a altura do eixo do corpo de prova. 4.4 – Resultado O abatimento obtido foi de 30 milímetros, sendo que o esperado, conforme cálculos do capítulo 22, era 100 milímetros. 5.0 – Moldagem e cura dos corpos de prova O ensaio ora relatado de moldagem e cura dos corpos de prova fora realizado no dia 17 de maio de 2010 e seguiu aos critérios estabelecidos pelo método de ensaio ME 046/98 – Concreto: moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos, do extinto DNER. 5.1 – Aparelhagem A aparelhagem utilizada foi: · 04 moldes cilíndricos de 15X30 cm; · 02 moldes cilíndricos de 10X20 cm; · Haste de compactação de seção circular em aço de 16 mm de diâmetro por 600 mm de comprimento; · Colher de pedreiro. 5.2 – Material O material utilizado foi o concreto produzido na betoneira estacionária, além de óleo mineral para lubrificar os moldes. 5.3 – Procedimento O procedimento foi o seguinte: · Aplicou-se óleo mineral na face interna dos cilindros; · Colocou-se o concreto em cada corpo de prova em três camadas com altura aproximadamente igual a um terço da altura do cilindro; · Compactou-se cada camada, sendo que foram 20 golpes nos cilindros de 15X30 cm e 12 golpes para os cilindros de 10X20 cm; · Retirou-se excesso de concreto da parte superior do cilindro; · Deixaram-se os 05 cilindros durante 24 horas em processo de cura inicial ao ar. Após isso, foram desenformados e colocados na câmara úmida. 5.4 – Resultado No total, foram moldados 05 cilindros, sendo 02 de 10X20 cm e 03 de 15X30cm. Após 24 horas de cura ao ar eles foram colocados na câmara úmida, onde permaneceram durante 25 dias. 6.0 – Ensaio de resistência à compressão O ensaio de resistência à compressão tem como objetivo determinar a carga máxima que o concreto pode sofrer sem se romper. Esse ensaio é detalhado no ME 091/1998 do extinto DNER. 6.1 – Aparelhagem A aparelhagem utilizada foi: · Máquina de ensaio de resistência (prensa); · Enxofre fundido; · Concha · Bico de Bunsen; · Estrutura para capeamento com enxofre. 6.2 – Material Os materiais utilizados foram os seguintes: · 03 corpos de prova cilíndricos de concreto de 15X30 cm; · 03 corpos de prova cilíndricos de concreto de 10X20 cm. 6.3 – Procedimento O procedimento foi o seguinte: · Colocou-se enxofre sólido ao fogo e aguardou-se sua fusão, atingindo o estado líquido; · Aplicou-se óleo mineral na superfície da estrutura de capeamento; · Com a concha, colocou-se enxofre fundido na superfície da estrutura. Em seguida, encaixou-se o cilindro de concreto em pé, para realizar o capeamento dê suas bases. Após alguns segundos, retira-se o mesmo. Repete o procedimento na outra base. Isso foi feito para cada cilindro. · Colocou-se o cilindro já capeado na prensa, ajustando-a; · Acionou-se a máquina e mediu-se a carga de ruptura do concreto em tonelada-força. 6.4 – Resultado Este ensaio foi realizado duas vezes. Na primeira, rompeu-se um corpo de prova no dia 27 de maio de 2010 após sete dias de cura na câmara úmida. A segunda foi no dia 14 de junho de 2010 com o rompimento de dois cilindros após 25 dias de cura na câmara úmida. Por isso, divide-se o resultado em duas partes, uma para cada tempo de cura. 6.4.1 – Ruptura do corpo de prova a 7 dias de cura na câmara úmida Utilizando-se a aparelhagem, os materiais e o procedimento descritos nos itens 6.1, 6.2 e 6.3, aos 7 dias de cura foi feita a ruptura de um corpo de prova de 15X30 cm na prensa. A carga de ruptura obtida foi de 16,24 tf. A resistência à compressão do corpo de prova é dada pela relação: Fc 4 Q D² 9810 10 6 Onde: Fc resistência à compressão em megapascais; Q carga máxima alcançada em tf Q = 16,24 tf; D é o diâmetro do corpo de prova em metros D = 0,15 m; Efetuando: Fc 4 16,24 (0,15)² 9810 10 6 Fc 9,01 Fc 9,0MPa Portanto, a resistência à compressão simples é igual a 9,0 MPa. A resistência característica à compressão é denominada Fck. Por definição, apenas 5% dos corpos de prova possuem Fc<Fck. Portanto, este corpo de prova está entre os 5%, pois o Fck calculado é 30 MPa. 6.4.2 – Ruptura do corpo de prova a 25 dias de cura na câmara úmida Utilizando-se a aparelhagem, os materiais e o procedimento descritos nos itens 6.1, 6.2 e 6.3, aos 25 dias de cura foi feita a ruptura de dois corpos de prova de 10X20 cm na prensa. As cargas de ruptura obtidas foram: · Q1 = 8,80 tf; · Q2 = 8,17 tf. A resistência à compressão do corpo de prova é dada pela relação: Fc 4 Q D² 9810 10 6 Onde: Fc resistência à compressão em megapascais; Q carga máxima alcançada em tf; D é o diâmetro do corpo de prova em metros D = 0,10 m; Para Q = Q1 = 8,80 tf, efetua-se: Fc1 4 8,80 (0,10)² 9810 10 6 Fc1 10,99 Fc1 11,0MPa Para Q = Q2 = 8,17 tf, efetua-se: Fc2 4 8,17 (0,10)² 9810 10 6 Fc2 10,20MPa Portanto, a resistência à compressão simples é igual a 11,0 MPa no primeiro corpo de prova e a 10,2 MPa no segundo. A resistência característica à compressão é denominada Fck. Por definição, apenas 5% dos corpos de prova possuem Fc<Fck. Portanto, estes corpos de prova estão entre os 5%, pois o Fck calculado é 30 MPa. 6.4.3 – Resistência média do concreto à compressão (Fcm) A resistência média do concreto à compressão, chamada Fcm, é dada pela média aritmética das resistências simples (Fc). Assim, utilizando os resultados de Fc obtidos, tem-se: Fcm (9,0 11,0 10,20) / 3 Fcm 10,06MPa Portanto, a resistência média à compressão é de 10,06 MPa. O menor Fc obtido, que foi o da ruptura aos 7 dias de cura, deve-se justamente ao pouco tempo de cura em relação aos outros corpos de prova. 7.0 – Ensaio de resistência à tração através da compressão diametral O ensaio de compressão diametral é um modo mais simples de se obter a resistência à tração. Devido a certa dificuldade de realizar o ensaio de tração de forma direta, o brasileiro Lobo Carneiro criou, em 1943, esse modo que utiliza o mesmo equipamento do ensaio de compressão. Porém, nesse caso o corpo de prova é colocado com seu eixo horizontal entre os pratos da prensa. Então, a máquina aplica uma carga que iráromper o corpo de prova por fendilhamento, o que é uma tração indireta. 7.1 – Aparelhagem A aparelhagem utilizada foi: · Máquina de ensaio de resistência (prensa). 7.2 – Material Os materiais utilizados foram os seguintes: · 02 corpos de prova cilíndricos de concreto de 15X30 cm. 7.3 – Procedimento O procedimento foi o seguinte: · Colocou-se o cilindro com seu eixo horizontal entre os pratos da prensa, ajustando-a; · Acionou-se a máquina e mediu-se a carga de ruptura do concreto em tonelada-força. 7.4 – Resultado Este ensaio foi realizado no dia 14 de junho de 2010 com o rompimento de dois cilindros após 25 dias de cura na câmara úmida. As cargas de ruptura obtidas foram as seguintes: · Q1 = 8,38 tf; · Q2 = 12,77 tf. A resistência à tração através da compressão diametral é dada pela seguinte relação: Fct 2 Q D H 9810 10 6 Onde: Fct resistência à tração através da compressão diametral em megapascais; Q carga máxima alcançada em tf; D é o diâmetro do corpo de prova em metros D = 0,15 m; H altura do corpo de prova em metros H = 0,30 m. Para Q = Q1 = 8,38 tf, efetua-se: Fct1 2 8,38 0,15 0,3 9810 10 6 Fct1 1,16MPa Para Q = Q2 = 12,77 tf, efetua-se: Fct2 2 12,77 0,15 0,3 9810 10 6 Fct2 1,77MPa Portanto, a resistência à compressão simples é igual a 1,16 MPa no primeiro corpo de prova e a 1,77 MPa no segundo. 7.5 – Resistência média do concreto à compressão (Fctm) A resistência média do concreto à tração através da compressão diametral, chamada Fctm, é dada pela média aritmética das resistências simples (Fct). Assim, utilizando os resultados de Fct obtidos, tem-se: Fctm (1,77 1,16) / 2 Fctm 1,46MPa Portanto, a resistência média à tração através da compressão diametral é de 1,46 MPa. 7.6 – Resistência à tração pelo método direto O valor da resistência à tração pela compressão diametral é um pouco diferente do referente à tração direta. Devido a isso, há um fator de conversão. Segundo Pinheiro et al (USP-EESC, 2010), a resistência à tração direta é igual a 90% da resistência pela compressão diametral, ou seja: Fctd 0,9 Fct Efetuando: Fctd 0,9 1,46 Fctd 1,31MPa Portanto, a resistência à tração é igual a 1,31MPa 8.0 – Conclusão A tabela a seguir apresenta os valores de resistência à compressão obtidos no ensaio. Tabela 4 - Valores de Fc obtidos no ensaio. Corpo de Dimensões prova Data de moldagem Idade de ruptura (dias) Data de ruptura Carga (tf) Resistência Fc (MPa) G1 15X30 cm 17/5/2010 7 24/5/2010 16,24 9,00 P1 10X20 cm 17/5/2010 25 14/6/2010 8,80 11,00 P2 10X20 cm 17/5/2010 25 14/6/2010 8,17 10,20 Fcm: 10,06 Já a tabela seguinte apresenta os valores de resistência à tração. Tabela 5 - Valores de Fct e Fctd obtidos no ensaio. Corpo de Dimensões prova Data de moldagem Idade de ruptura (dias) Data de Carga (tf) ruptura Resistência Fct (MPa) G2 15X30 cm 17/5/2010 25 14/6/2010 8,38 1,16 G3 15X30 cm 17/5/2010 25 14/6/2010 12,77 1,77 Fctm 1,46 Fctd (0,9xFct) 1,31 Os ensaios relatados no presente trabalho transcorreram relativamente bem, atendendo ao recomendado pelo professor e pelas normas técnicas. Porém, ocorreram alguns problemas. O primeiro deles foi a utilização de brita dois ao invés da brita um, já que está foi a utilizada nos cálculos. Como elas apresentam massas específicas diferentes, isso pode ter contribuído na diminuição da qualidade do concreto produzido. Outro ponto negativo foi o fato de que os corpos de prova foram desenformados e colocados na câmara úmida por outra pessoa, provavelmente algum grupo de outra turma que tenha precisado dos moldes. Com isso, o grupo que ora relata perdeu o controle exato do tempo de cura inicial. Além disso, um corpo de prova de 15X30 cm não foi desenformado junto com os outros, sendo feito por este grupo relatante sete dias depois da moldagem. Provavelmente, este corpo não desenformado antes dos sete dias foi o G2, que apresentou Fct 34% menor em relação ao G3, justamente por ter ficado menos tempo de cura na câmara úmida. Além dos problemas operacionais acima relatados, suspeita-se que os dados gerais e específicos utilizados para dosar o concreto sejam um pouco discrepantes. Ainda mais que as tabelas 1 e 2, que são função da dimensão máxima, não têm os valores para a dimensão de 12,5 mm, que foi a dada pelo professor para este grupo. Porém, importa que os ensaios de concreto forneceram uma experiência única aos autores. Assim, mesmo com os problemas relatados, pôde-se aproveitar bem o procedimento e acumular uma bagagem de conhecimento não só teórica, convencional no restante das disciplinas, como também prática. REFERÊNCIAS 1. CURTI, Rubens. Módulo 2 – Propriedades e dosagem do concreto. Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Disponível em: <http://www.abcp.org.br/comunidades/recife/download/pm_minicursos/1 1_curso_intensivo/Dosagem.pdf>. Acesso em: 20 de maio de 2010. 2. PACHECO, Ronaldo Feu Rosa. Análise do módulo de elasticidade e resistência à compressão de concretos produzidos em centrais da Grande Vitória. Experimentos e estatísticas. Programa de Pós- Graduação em Engenharia Civil. Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, 2006. Disponível em: <http://www.prppg.ufes.br/ppgec/dissertacao/2006/RonaldoPacheco.pdf >. Acesso em: 20 de maio de 2010. 3. PINHEIRO, Libânio M. ET al. Capítulo 2 – Estruturas de concreto. USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas. Publicado em: março de 2010. Disponível em: <http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/02%20Concreto. pdf>. Acesso em: 20 de junho de 2010. 4. DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Método de ensaio 402/2000 – Amostragem de concreto fresco. Rio de Janeiro, 2000. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME402- 00.pdf>. Acesso em: 20 de junho de 2010. 5. DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Método de ensaio 404/2000 – Concreto – Determinação da consistência de abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 2000. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME404-00.pdf>. Acesso em: 20 de junho de 2010. 6. DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Método de ensaio 046/1998 – Concreto – Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos. Rio de Janeiro, 1998. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME046-98.pdf>. Acesso em: 20 de junho de 2010. 7. DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Método de ensaio 091/1998 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 1998. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME091-98.pdf>. Acesso em: 20 de junho de 2010. 8. DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Método de ensaio 138/1994 – Misturas betuminosas – Determinação da resistência à tração pela compressão diametral. Rio de Janeiro, 1994. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME138- 94.pdf>. Acesso em: 21 de junho de 2010. 9. DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Método de ensaio 181/1994 – Solos estabilizados com cinza volante e cal hidratada – Determinação da resistência à tração pela compressão diametral. Rio de Janeiro, 1994. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME181-94.pdf>. Acesso em: 21 de junho de 2010. 10. NETO, Luiz Ferraz. Definições e conversões. Feira de Ciências (http://www.feiradeciencias.com.br). Disponível em: <http://www.feiradeciencias.com.br/Def_Cnv.asp>. Acesso em: 21 de junho de 2010.