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MATHEUS - replica à contestação

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AO JUÍZO DA 4ª VARA DE FAMÍLIA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE 
SÃO PAULO - SP. 
 
PROCESSO Nº: XXX 
 
Paula Patrícia, devidamente identificado nos autos do processo mencionado, 
vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado 
(procuração anexa com base no Art. 1.016, IV, do CPC/15), apresentar, 
tempestivamente, com base nos artigos 350, 351 e 352 do CPC, a Réplica à 
Contestação identificada como ID. xx, oferecida por: Herdeiros de Pedro Paulo (de 
cujus), também qualificados, conforme os fatos e argumentos a seguir expostos. 
 
I – SÍNTESE DA AÇÃO 
 
 
II – DO AFASTAMENTO DAS PRELIMINARES FORMULADAS PELO RÉU 
 
II.I DO INTERESSE DE AGIR 
 
A união estável, quando reconhecida, formalmente produz efeitos semelhantes 
ao do casamento (art. 4.º, I, c/c art. 19, I, ambos do CPC/2015) e, assim como no 
próprio casamento, a união estável, para produzir eficácia entre as partes é 
regulamentada pelo regime de bens que pode ser acordado pelas partes ou, no 
silêncio, usado como regra, o da comunhão parcial. 
Por ser uma situação de fato, não há obrigatoriedade de registro, em cartório, 
da união estável. Além disso, conforme ensina o CC/02 em seu art. 1829, em 
situações como a do caso ora analisado, o reconhecimento da união estável permite 
que a pessoa sobrevivente seja considerada companheiro, incluído no inventário e 
detentor de direitos sucessórios e patrimoniais. 
Logo, resta evidente que a preliminar arguida em sede de contestação de que 
a ora autora não possui interesse de agir porque o de cujos não deixou pensão, não 
merece prosperar já que a união estável produz efeitos que vão além do recebimento 
de pensão por morte, sendo, a declaração, essencial para comprovar o vínculo familiar 
entre as partes. 
 
II.II DA ALEGAÇÃO DE OBICE NA COISA JULGADA 
 
O instituto da coisa julgada tem por finalidade proporcionar ao poder judiciário 
uma solução clara para determinadas controvérsias que lhe forem submetidas. 
Geralmente, é dividido em dois tipos: formal e material, em que a primeira significa 
que, em um determinado procedimento, há uma decisão final pela qual é fixado o seu 
prazo sem recurso contra ela, assim, a sentença transitada em julgado constitui a 
imutabilidade da decisão, apenas no âmbito do processo de declaração. 
Todavia, no caso em tela, não ocorreu o instituto da coisa julgada. Isso porque, 
na ação anterior, o pedido dizia a respeito a posse de bem, enquanto que na presente 
ação, o pedido versa sobre o reconhecimento efetivo da união estável, ou seja, são 
diversos. 
Além disso, a coisa julgada não impede análise do caso concreto pelo judiciário 
quando do surgimento de provas ou fatos diversos ainda não analisados, conforme 
entendimento do art. 301, §§ 1.º e 3.ºc/cart. 337, § 1º e 3º e 4º, todos do CPC/2015. 
 
II.III DA ALEGAÇÃO DE LITISPENDÊNCIA 
 
Litispendência ocorre quando surgem de vários processos envolvendo a 
mesma parte, a mesma causa e o mesmo pedido, conforme esclarece os art. 301, 
§§ 1.º e 2.º e art. 337, § 1º e 2º do CPC/2015. 
Entretanto, com fulcro nos arts. 96 e 48 do CPC/2015, tal preliminar também 
não deve ser acolhida além das ações serem evidentemente diversas, possuem 
naturezas e competências diferentes, bem como a vara de origem e o juiz natural. 
 
III – DO MÉRITO 
 
O sistema jurídico brasileiro reconhece diversas modalidades de entidade 
familiar, entre as quais se incluem a união estável (art. 1723, CC/02). Mediante 
regulamentação do código civil de 2002 e entendimento jurisprudencial, 
Para tanto é necessário o cumprimento de certos requisitos como “convivência 
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de 
família”. 
Ademais, eventuais relacionamentos extraconjugais não são capazes, por si 
só, de desfazer a união estável, e, especialmente no caso em tela, os próprios réus, 
em sede de contestação, afirmaram que o de cujus, “vivia com a autora, sob o próprio 
teto.” 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer que as preliminares levantadas em sede de 
contestação sejam rejeitadas, bem como os argumentos de mérito apresentados pelo 
réu, com base nos motivos e fatos anteriormente expostos, devendo, todos os pedidos 
do autor ser integralmente acolhidos. 
 
Termos em que pede e espera deferimento. 
São Paulo - SP, 22/03/2024 
Advogado (OAB/UF: XXXXX)

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