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Ética e Relações Humanas no Trabalho - Livro- Texto - Unidade I

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Autora: Profa. Leila Dutra Rodrigues
Colaboradoras: Profa. Valdice Neves Polvora
 Profa. Angélica Carlini
Ética e Relações 
Humanas no Trabalho
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Professora conteudista: Leila Dutra Rodrigues
Mestre em Comunicação; especialista em Direito e Processo do Trabalho e História, Sociedade e Cultura; graduada 
em Ciências Jurídicas e Sociais e licenciada em História. Atualmente, cursa especialização em Direito Previdenciário. 
Atua como advogada nas áreas Cível, Familiar, Previdenciária e Trabalhista, há mais de vinte anos.
Na área acadêmica, é professora há mais de cinco anos, ministrando as disciplinas de Ética e Legislação Empresarial 
e Trabalhista, Saúde e Segurança no Trabalho e Benefícios Previdenciários, Sistema de Operação de RH, Desenvolvimento 
Sustentável, Planejamento Estratégico, Técnicas de Negociação e Economia e Mercado, na Universidade Paulista 
(UNIP), tendo atuação também como orientadora de Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) nos cursos presenciais e 
a distância.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
R696p Rodrigues, Leila Dutra.
Ética e Relações Humanas no Trabalho. / Leila Dutra Rodrigues. 
– São Paulo: Editora Sol, 2015.
156 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-033/15, ISSN 1517-9230.
1. Ética. 2. Direito. 3. Trabalho. I. Título.
CDU 174 
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Gustavo Guiral
 Marcilia Brito
 Lucas Ricardi
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Sumário
Ética e Relações Humanas no Trabalho
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 ÉTICA .......................................................................................................................................................................9
1.1 Ética – Introdução ...................................................................................................................................9
1.2 Conceitos de ética, moral, justiça, direitos e costume .......................................................... 14
1.3 Ética empresarial .................................................................................................................................. 16
1.4 Ética na área da saúde ....................................................................................................................... 18
1.5 Responsabilidade social ..................................................................................................................... 22
1.5.1 Responsabilidade Social Empresarial (RSE) .................................................................................. 24
1.6 Código de conduta ou código de ética ....................................................................................... 29
2 DIREITO ................................................................................................................................................................ 35
2.1 O que é Direito? .................................................................................................................................... 36
2.2 Distinções entre moral e direito ..................................................................................................... 36
2.3 Principais fontes da legislação ........................................................................................................ 38
2.4 Ramos do Direito .................................................................................................................................. 39
2.4.1 Direito Público .......................................................................................................................................... 40
2.4.2 Direito Privado ......................................................................................................................................... 41
3 DIREITO CONSTITUCIONAL E A CONSTITUIÇÃO ................................................................................... 41
3.1 Poder constituinte................................................................................................................................ 43
3.2 Importância da Constituição Federal para o profissional .................................................... 44
3.2.1 Demais disposições constitucionais ................................................................................................ 48
4 DIREITO EMPRESARIAL ................................................................................................................................. 51
4.1 Teoria da empresa no Direito brasileiro ....................................................................................... 51
4.1.1 Conceito de empresa ............................................................................................................................. 51
4.1.2 Conceito de empresário ....................................................................................................................... 52
4.2 Tipos de sociedades empresárias ................................................................................................... 53
4.3 Porte de empresa .................................................................................................................................. 54
4.4 Capacidade civil .................................................................................................................................... 55
Unidade II
5 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO ....................................................................................................... 60
5.1 Hierarquia da legislação trabalhista ............................................................................................. 63
5.2 Formas de contrato de trabalho ..................................................................................................... 67
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5.2.1 Empregado: conceito e requisitos ....................................................................................................69
5.3 Outras modalidades de trabalhadores ......................................................................................... 71
5.4 Empregador ............................................................................................................................................ 74
5.5 Remuneração ......................................................................................................................................... 75
5.5.1 Classificação da remuneração ........................................................................................................... 77
5.5.2 Modalidades de remuneração ........................................................................................................... 78
5.6 Equiparação salarial ............................................................................................................................ 79
5.7 Alteração do contrato de trabalho ................................................................................................ 82
5.8 Suspensão e interrupção do contrato de trabalho ................................................................. 82
5.9 Descanso Semanal Remunerado (DSR) ....................................................................................... 83
5.10 Trabalho em feriados ........................................................................................................................ 84
6 FÉRIAS .................................................................................................................................................................. 84
6.1 Férias proporcionais ............................................................................................................................ 87
6.2 Férias coletivas ...................................................................................................................................... 87
6.3 Décimo terceiro salário ...................................................................................................................... 87
6.4 Cessação do contrato de trabalho ................................................................................................. 88
6.4.1 Extinção do contrato de trabalho .................................................................................................... 88
6.4.2 Seguro-desemprego .............................................................................................................................. 96
6.4.3 Estabilidade provisória de emprego ................................................................................................ 97
6.4.4 Aviso-prévio ............................................................................................................................................100
6.4.5 Rescisão ....................................................................................................................................................101
6.4.6 Programa de Integração Social (PIS) e 
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) ..........................................102
7 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO ..........................................................................................................103
7.1 Contribuição sindical ........................................................................................................................104
7.2 Acordo, convenção e dissídio coletivo .......................................................................................105
7.3 Greve .......................................................................................................................................................106
7.4 Assédio moral ou violência moral no trabalho ......................................................................107
7.5 Dano moral ...........................................................................................................................................112
7.6 Responsabilidade civil e criminal .................................................................................................115
7.7 Direito do consumidor .....................................................................................................................120
7.8 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei nº 8.078/1990 .........................................121
7.9 São direitos básicos do consumidor ...........................................................................................123
8 RESPONSABILIDADES – CULPA OBJETIVA ...........................................................................................123
8.1 Práticas comerciais abusivas .........................................................................................................125
8.2 Proteção contratual...........................................................................................................................126
8.3 Infrações administrativas e penais ..............................................................................................127
8.4 Defesa do consumidor em juízo ...................................................................................................128
8.5 Direito autoral .....................................................................................................................................129
8.6 Marcas e patentes ..............................................................................................................................132
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APRESENTAÇÃO
Prezados alunos, mais do que meramente cumprir um requisito para a formação acadêmica no curso 
de Gestão Hospitalar, ao apresentarmos o conteúdo da disciplina Ética e Relações Humanas no Trabalho, 
buscamos oferecer o suporte necessário para o futuro profissional.
O objetivo é apresentar um suporte para sanar dúvidas, ao qual se possa recorrer não somente no 
decorrer da disciplina, mas também quando conflitos puserem em risco a harmonia e a tranquilidade 
no ambiente do trabalho.
A área da saúde é extremamente sensível. Só procuram seus serviços aqueles que, de alguma forma, 
já foram afetados por algo que foge da rotina, seja de forma preventiva, seja na busca da solução de um 
problema diagnosticado.
É uma área que trata diretamente com seres humanos e, portanto, com as emoções decorrentes 
das inúmeras questões humanas. Dessa forma, precisamos ter em mente que ao falarmos de valores, 
de moral e de ética, estamos entrando em um terreno altamente subjetivo, pois nem sempre o que é 
correto em uma determinada situação também o será em outra, tampouco o que é correto para uma 
pessoa será igual e compulsoriamente para outra.
Estudaremos, assim, princípios e normas, de forma que possam ser compreendidos como conceitos 
e aplicados na prática.
Nesse sentido, partindo das premissas referentes a ensino, pesquisa e extensão, nossos objetivos são:
• formar gestores humanistas e críticos, capazes de intervir nos âmbitos social e profissional, com uma 
sólida, coerente e consistente fundamentação teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política;
• preparar novos profissionais para o mercado de trabalho, a partir de uma visão total dos processos 
sociais e da intervenção no movimento contraditório da sociedade, bem como para lidar com a 
legislação vigente sobre assuntos relacionados à sua área de atuação;
• possibilitar ao profissional de gestão hospitalar o exercício de uma postura ética que respeite, 
acima de tudo, a diversidade de ideias.
INTRODUÇÃO
O estudo desta disciplina é aqui iniciado com a temática da ética, justamente porque ela é o princípio, 
a nascente de todas as normas e regras de convívio social, atravessando todas as esferas da sociedade: 
desde a educação formal, a família, a política, até as empresas.Nossa sociedade, por conta das evoluções das relações no trabalho, da aproximação de realidades tão 
diversas pela globalização, do choque de interesses econômicos e dos conflitos de interesses individuais, 
está vivenciando um momento de resgate de valores, conceitos e princípios.
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Entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Internacional do Trabalho 
(OIT) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) estão colocando em pauta acordos, convenções e 
tratados, nos quais os aspectos éticos dos contratos e normas estão sendo valorizados.
Empresas são o reflexo da sociedade e, portanto, dessa realidade. Em seu interior, concentram pessoas 
das mais diversas origens, religiões, opções sexuais, formações acadêmicas etc. Trabalhar com o diverso, 
tal como reconhecer e respeitar as diferenças, são desafios éticos.
Entretanto, exatamente por sua diversidade, a sociedade precisa buscar a harmonia e a paz social. 
Nesse momento, a moral e o direito apresentam as regras e as normas que devem orientar as relações.
Nosso ordenamento jurídico possui inúmeras legislações que buscam estabilizar as relações pessoais 
e jurídicas da sociedade. Encontramos, na Constituição Federal, a base, a coluna vertebral de nosso 
ordenamento. De seu tronco, surgem as legislações ordinárias. Em nossa disciplina, iremos estudar o 
Direito Empresarial, o Direito do Trabalho e, por fim, os direitos dos consumidores abrangidos pelo 
Código de Defesa do Consumidor, bem como pelas fontes do Direito.
Primeiramente, o aluno será convidado a refletir sobre a ética, em especial, nos aspectos ligados à 
área de gestão hospitalar, avaliando como o conceito de hospital filantrópico evoluiu para o de empresa 
hospitalar. Também avaliaremos o Código de Ética e a Conduta Empresarial. Nesse mesmo capítulo, o 
aluno ainda receberá instruções preliminares sobre o Direito, sua divisão teórica e aplicabilidade.
Depois, iniciaremos discussões sobre o Direito Constitucional e suas características, abrangendo 
também o Direito Empresarial, refletindo sobre o que são as empresas, quais são as diferentes constituições 
societárias, as responsabilidades dos sócios, entre outros assuntos e conceitos.
Iremos refletir sobre o Direito do Trabalho e suas características como as relações de emprego, 
os direitos e obrigações dos trabalhadores, os tipos de contratos e seus efeitos, bem como outras 
características abordadas na CLT. Nessa unidade, serão abordados temas importantes e atuais, como a 
questão do assédio moral, entre outros.
Por fim, abordaremos o direito coletivo do trabalho, ponto em que abordaremos a importância 
da entidade sindical e do direito à greve. Ainda trataremos do assédio moral e do quanto essa prática 
é maligna ao ambiente de trabalho. Também será mencionado o Código de Defesa do Consumidor, 
observando os conceitos e as características dos envolvidos nas relações de consumo. Por fim, a 
responsabilidade civil e criminal, seus princípios e suas consequências.
Durante a leitura do livro-texto, o aluno encontrará jurisprudências e julgados sobre os casos tratados 
em cada capítulo, podendo, assim, entender como aqueles conceitos são aplicados no dia a dia pelo 
judiciário e, com isso, evitar conflitos que possam gerar futuras ações na prática como gestor hospitalar.
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Ética e Relações Humanas no tRabalHo
Unidade I
1 ÉTICA
1.1 Ética – Introdução
Segundo Zoboli (2004, p. 9), “ética é um instrumento social orientador do comportamento humano, para 
determinar o que se deve fazer para conseguir a ‘boa vida’, o ‘bem-estar’ das pessoas vivendo em sociedade”.
Nesse sentido, devemos interpretar a ética como uma coluna vertebral que mantém em pé o corpo 
que nada mais é do que a sociedade. A ética apresenta-nos os valores, princípios e costumes que serão 
traduzidos em normas e regras.
O objetivo principal é o bem viver, a harmonia, a paz e, principalmente, a felicidade. Felicidade, 
reconhecida como o estado no qual o ser humano tem atendidas suas necessidades básicas e possui 
autonomia e respeito, reconhecendo-se como cidadão.
Para nós, brasileiros, esse sentimento é tão importante que está assegurado, como princípio, em 
nossa Constituição Federal:
Preâmbulo
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar 
o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, 
o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada 
na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com 
a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, 
a seguinte [...] (BRASIL, 1988).
A ética apresenta os principais valores desta sociedade, ela direciona e norteia as decisões que 
afetam a vida das pessoas, das instituições, das empresas e da sociedade.
A ética deve ser reconhecida como um fator cultural, própria de uma sociedade em um determinado 
contexto (lugar/tempo), distribuindo o que é certo e errado, o que é justo e injusto e, assim, determinando 
a responsabilidade de cada um por seus atos.
Ao falarmos de ética na área da saúde, não podemos deixar de avaliar as transformações que esse 
espaço sofreu ao longo dos anos. Zoboli (2004, p. 10) novamente nos socorre ao explicar que
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Unidade I
[...] o hospital se transformou de obra de caridade e filantropia até tornar-se 
uma empresa, de abrigo para pobres e viajantes em centro de complexa 
tecnologia, porém, seu papel essencial continua sendo o de cuidar das 
pessoas que necessitam assistência à sua saúde.
Em outras palavras, quando surgiu, o objetivo do hospital era prestar assistência e socorro aos 
necessitados, seu caráter era filantrópico, assistencialista; atualmente, o hospital transformou-se em 
uma empresa. Como sucede a qualquer outro empreendimento, o objetivo final é o lucro, entretanto, 
por possuir, desde sua gênese, a função social de cuidar, proteger e contribuir para o aperfeiçoamento 
humano, esta função é a que se caracteriza como princípio, o qual constitui a missão primordial de uma 
instituição hospitalar.
Portanto, analisar o ponto de vista ético de uma organização hospitalar não é fácil, pois outros fatores 
estão envolvidos além do lucro. Rapidamente, para recordar, vamos avaliar algumas características de 
empresas:
Numa empresa o lucro é o propósito imediato. Para tanto:
• assumem-se os riscos inerentes ao negócio, como recursos, esforços, tempo e dinheiro;
• sua administração retrata a missão do negócio, como se relaciona com os empregados, fornecedores 
e consumidores (clientes) de seus bens ou serviços e também a relação com os sócios ou acionistas 
e, principalmente, com a sociedade;
• leva-se em consideração qual visão a sociedade, os concorrentes e o governo possuem da 
organização;
• como os lucros são aplicados, o retorno financeiro é investido no negócio ou em aplicações 
financeiras, por exemplo.
No geral, esses são os principais pontos de comunhão entre as empresas, mas, pensando em hospitais, 
alguns destes aspectos diferem. Novamente Zoboli (2004, p. 32) auxilia-nos:
[...] o hospital, de fato, não é uma instituição que, como a empresa, tem 
seu fim em si mesma e em seus resultados financeiros. Ele se sustenta no 
interesse coletivo da saúde e não pode agir independentemente dos objetivos 
de tal interesse, mesmo que em contradição com a maximização de suasatividades e receitas. A eficiência econômica muitas vezes é incompatível 
com os trabalhos humanitários do hospital e com as orientações para o 
melhor serviço, pois estes nem sempre representam o menos oneroso; [...] 
as possibilidades de um hospital estabelecer lucro podem ser limitadas pela 
forma de pagamento dos serviços prestados, muitas vezes determinada 
pelos tomadores de serviços, sejam públicos ou privados. No Brasil, o 
segmento privado (medicinas de grupo, cooperativas médicas, seguro-saúde, 
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Ética e Relações Humanas no tRabalHo
autogestão ou planos de administração) e o SUS (Sistema Único de Saúde) 
fixam tabelas de preços que remuneram segundo o procedimento realizado.
Em suma, a organização hospitalar visa ao lucro. Esse é seu objetivo principal, mas ele não pode estar 
separado de sua função social, que é atender às demandas da sociedade no que se refere à saúde. Portanto, 
deve investir partes dos seus recursos em sua missão, por meio de pesquisa, oferecendo procedimentos 
de qualidade, investindo na formação, dando treinamento e condições dignas de trabalho para os seus 
empregados, cumprindo os contratos com seus fornecedores, tratando com respeito e dignidade seus 
pacientes (consumidores) e seus familiares e socorrer a sociedade toda vez que ela necessitar. Tudo isso, 
avaliando as formas de custeio da saúde no Brasil. Portanto, pensar em ética como um sistema em que 
há conflito entre o lucro e o descaso que o Estado dá para a saúde é um difícil e constante exercício de 
cidadania.
Vamos analisar o seguinte caso:
MPF denuncia funcionários de hospital por discriminação e omissão de socorro
O MPF (Ministério Público Federal) ofereceu uma denúncia contra um médico e uma 
técnica de enfermagem do Hospital Evangélico de Dourados por discriminação racial 
e omissão de socorro. Na denúncia, aceita pela Justiça, os funcionários são acusados de 
negligência com uma indígena da etnia guarani-kaiowá, atropelada na BR-163, em Mundo 
Novo.
Segundo o MPF, a indígena foi encontrada ferida por um policial rodoviário federal no 
dia 27 de outubro de 2009, no quilômetro 29 da BR-163. O policial a encaminhou para o 
Hospital Bezerra de Menezes, onde por falta de médicos, a indígena teve que ser transferida 
para o Hospital Evangélico.
O MPF denuncia que a técnica de enfermagem de plantão, obedecendo uma determinação 
do diretor clínico do hospital, recusou-se a atender a paciente, com a justificativa de que o 
atendimento a indígenas teria que ser feito pelo Hospital Bezerra de Menezes, que possui 
convênio com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Porém, o MPF sustenta que por conta 
de revezamento, o Hospital Evangélico era o responsável pelos atendimentos de emergência 
naquela semana.
Após a negativa, a indígena teve que voltar para o Hospital Bezerra de Menezes, onde 
foi socorrida por duas funcionárias, tendo em vista que não havia médico. Os réus podem 
ser condenados por até três anos de prisão, bem como o pagamento de multa. O MPF alega 
a polêmica sobre o convênio não justifica a recusa do atendimento, apenas em razão da 
vítima ser indígena.
A investigação aponta que o Hospital Evangélico recebe verba do SUS (Sistema Único 
de Saúde) para atendimento aos pacientes da rede pública de saúde, independentemente 
de etnia. Para o MPF, os funcionários “estabeleceram distinção quanto ao atendimento 
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médico a ser dispensado a esse grupo, exclusivamente com base em razões de ordem étnica, 
restringindo-lhes o gozo, em igualdade de condições, do direito fundamental à saúde, 
assegurado a todos na Constituição Federal.
Fonte: MPF (2012).
Essa história retrata a de inúmeros brasileiros que necessitam se socorrer no âmbito judiciário para 
terem o seu direito atendido, e vem ilustrar a discussão, ou seja, o conflito entre os conceitos: empresa 
(lucro) vs. função social (cuidar do ser humano).
O paciente portador de doença grave necessita de tratamento especial, muito caro. Apesar de pagar o 
convênio, o operador do serviço negou-se a prestá-lo, tendo em vista o alto custo. O conflito demonstra 
a obrigação da instituição de, por um lado, oferecer o tratamento necessário e, por outro, arcar com os 
riscos de prejuízo para a empresa decorrentes do alto custo do tratamento.
As dúvidas que poderiam direcionar essa demanda são:
• Há outras opções de tratamento que possuam custo menor?
• Há comprovação científica da eficiência do tratamento pleiteado?
• Diante do estado do paciente, é comprovadamente necessário esse tratamento?
• O plano contratado pelo paciente prevê esse tipo de tratamento?
Vejam que, por mais injusta que pareça a postura do hospital, vários outros pontos devem ser 
avaliados. A questão é: o tratamento pleiteado é a única opção comprovadamente eficiente? Todas as 
demais questões têm, como base, essa questão inicial. A partir daí é que serão analisados os aspectos 
humanos, éticos, ou seja, o que pesa mais na balança, o custo e a diminuição do lucro ou a saúde e a 
vida humana?
No entanto, para continuar analisando a ética, precisamos entrar em outros temas afins, como 
moral, valores e direito.
Moral é um conceito subjetivo, ao contrário da ética, que é um princípio, uma essência. A moral é 
um sentimento que se transforma conforme o contexto. São normas de conduta, que também ditam 
comportamento, mas estão em constante transformação.
Citamos, agora, o conceito de moral de Srour (2008, p. 56):
— É um sistema de normas culturais que pauta as condutas dos agentes 
sociais de uma determinada coletividade e lhes diz o que é certo ou 
não fazer.
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— Depende de adesão de seus praticantes aos pressupostos e valores 
que lhe servem de fundamentos.
— Representa um posicionamento diante das questões polêmicas ou 
sensíveis e constitui um discurso que justifica interesses coletivos.
— Organiza as expectativas coletivas ao selecionar e definir as melhores 
práticas a serem observadas.
— Tem natureza simbólica, essência histórica e caráter plural, e seus 
cânones variam à medida que espelham as coletividades históricas 
que os cultivam.
Pela análise do conceito podemos afirmar que a moral dita regras, normas de conduta pelas quais a 
coletividade decide o que é certo ou errado, como agir e como não agir.
Mas não é lei, portanto, não é obrigatória. Para que haja adesão da coletividade, aspectos culturais 
e sociais são levados em consideração. Nesse sentido, o que é certo para você, pode não o ser para seu 
vizinho. Para que se transforme em uma regra de conduta, todos devem concordar com ela e aderi-la.
E ainda, a moral organiza a sociedade porque ao efetivar um entendimento coletivo, muitas vezes, 
ela tem mais força e influência do que a própria lei. Nesse caso, o que impõe a regra é a consciência.
São, pois, os costumes, a cultura e o grupo social que impõem as regras de conduta provindas da 
educação, ou seja, dos valores que foram passados de geração para geração.
Exemplificando: durante o verão, você está na praia com amigos, de maiô ou sunga, e decide comprar 
um refrigerante na padaria do outro lado da rua. Você sai, atravessa-a, entra na padaria, compra o 
refrigerante e volta à praia. Agora, imagine que nos mesmos ano, dia e hora, você estivesse em um clube, 
situado em uma grande metrópole, por exemplo, São Paulo. De maiô ou sunga, na piscina com amigos, 
você decide comprar um refrigerante, mas a lanchonete do clube está fechada, obrigando-o a sair doclube para comprá-lo. Você atravessaria uma avenida em pleno centro comercial de São Paulo nesses 
trajes de banho?
Muito provavelmente não. Por quê? Apesar de ser verão, nos mesmos dia e hora, o lugar é outro. Não 
seria moralmente correto. Você não poderia ser preso por atentado ao pudor, porém não seria adequado. 
Os olhares de censura e reprovação iriam julgá-lo. O que limita sua ação é a sanção social.
Com receio de uma possível desaprovação social, você iria vestir outras roupas por cima do traje de 
banho. Percebam que é o contexto – neste caso, o lugar – que define a regra de conduta.
Já o conceito de valores tem a ver com a importância que determinado ato tem ou não. Talvez, 
nessa situação, você seria vítima de chacotas, cortejos, até de acusações de loucura. Mas imagine que, 
ao lado do clube, houvesse um templo de uma religião conservadora e, naquele momento, estivesse 
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ocorrendo um culto. Provavelmente, a reprovação seria ainda maior. Você seria tachado de impuro, 
imoral, podendo ser denunciado por agressão à religião e desrespeito à fé.
A diferença, portanto, está no quanto determinada regra de conduta é realmente importante ou não 
para um grupo social.
Por fim, o Direito vem traduzir, na aplicação da legislação, o que a sociedade entende por certo e 
errado, transformando aquele conceito subjetivo, que possui um grande valor, em regra universal: afinal, 
nem sequer um dos cidadãos pode descumprir a lei.
Como exemplo, podemos citar o reconhecimento da paternidade.
O antigo Código Civil proibia o reconhecimento dos filhos nascidos fora do casamento, ou seja, para 
ser reconhecido como filho, seus pais deveriam ser casados civilmente.
Acontece que, à época, não existia o divórcio, apesar de, na sociedade brasileira, já serem moralmente 
aceitáveis as relações extraconjugais. Portanto, defrontávamos com um problema social, pois esses filhos 
eram considerados bastardos, ilegítimos, não possuindo direito ao nome do pai, nem à herança, e eram 
tratados como marginais pela sociedade.
Os filhos, desse modo, eram vítimas de uma situação moralmente aceitável, mas que a lei condenava. 
Para resolver isso, a lei foi mudada, adaptada para a realidade, retratando os valores que se haviam 
transformado com o tempo. Atualmente, independentemente dos pais serem casados ou não, todos os 
seus filhos possuirão o mesmo direito perante a lei.
1.2 Conceitos de ética, moral, justiça, direitos e costume
A moral estabelece regras, normas de conduta que são assumidas por cada pessoa, como meio 
de garantir dignidade e harmonia com os demais em sua vida. A moral ultrapassa fronteiras físicas e 
geográficas, garantindo certa identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas que, por fatores 
culturais, valem-se de um mesmo referencial comum.
Platão, um filosofo ateniense que viveu entre 427 a 347 a.C., definiu a justiça como “um ideal a 
alcançar”. Trasímaco, outro discípulo ateniense de Sócrates, afirmava que “a justiça é o que dispõe o mais 
poderoso”. Ou seja, a justiça representa o que a sociedade entendeu por correto, por justo, e obriga a 
todos a acatarem-no, sob pena das sanções legais (GOLDSCHMIDT, 2002, p. 123).
O conceito de justiça modifica-se no tempo e no espaço, conformando-se às transformações da 
própria sociedade. Mas acaba por tornar-se provisoriamente absoluta, a cada vez, pois visa impor a toda 
a sociedade um equilíbrio, a equidade. Por isso, é representada por uma mulher com os olhos vendados 
– simbolizando a imparcialidade da justiça – e uma balança – representando seu equilíbrio.
O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado, 
ou seja, dentro de sua soberania. Esse Estado é limitado por suas fronteiras territoriais, reconhecidas por 
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seus cidadãos e pelos outros Estados. Possui um ordenamento jurídico que transforma em leis as regras 
de conduta e de moral determinadas por seus cidadãos. Sua maior representação é, aqui, a Constituição 
Federal (na Inglaterra, por exemplo, recebe o nome de Carta Magna). Mas, por ser o principal ordenamento 
jurídico, sintetiza o que aquele povo entende de mais valioso e importante para ser assegurado e protegido.
A ética é o estudo geral do que é bom ou mau, certo ou errado. Um dos objetivos da ética é a busca 
de justificativas para as regras propostas pela moral e pelo Direito. Ela é diferente da moral e do Direito 
por não estabelecer regras. Em verdade, ela estabelece as reflexões que levam ao surgimento das regras.
Leia o texto a seguir:
O exemplo de Hamilton dos Santos
Por: Marcos Andrade
Do ervadaninhario
A cena comoveu o Brasil na sexta-feira, 03 de maio de 2003. Ao volante de uma 
retroescavadeira, Hamilton dos Santos, de 53 anos, se recusou a cumprir uma ordem judicial. 
Deveria demolir duas casas pobres, no Bairro da Palestina, em Salvador, onde morava uma 
família com sete filhos. Não foi um ato de protesto. Hamilton estava sensibilizado com a 
situação da merendeira Telma Sueli dos Santos Sena, de 40 anos. Emocionado, desligou a 
máquina e foi embora.
Transformado inesperadamente num herói, Hamilton retornou ao Bairro da Palestina, 
na periferia da capital baiana, para rever a merendeira Telma.
Foi abraçado longamente por ela e pelo marido. “Estou muito feliz, pois passei a noite em 
minha casa”, agradeceu a merendeira. “Eu fiquei imaginando o trabalho dessas pessoas para 
construir o barraquinho e como seria ver tudo destruído, com os sete filhos abandonados, 
sem ter para onde ir”, disse Hamilton chorando. “Fiquei satisfeito por não ter derrubado as 
casas e peço a Deus que dê tudo certo para eles”.
Hamilton não demoliu as casas por causa do desespero de Telma. Sensibilizado, ele não 
conseguiu acelerar a retroescavadeira. Caiu em prantos. Mesmo ameaçado de prisão pelos 
policiais militares que estavam no local para cumprir a ordem do juiz Cláudio Oliveira, da 
12ª Vara dos Feitos Cíveis de Salvador, desligou a máquina e se recusou a executar o serviço.
Não deu ouvidos a um dos policiais que estavam no local para garantir o despejo: 
“Endureça seu coração e cumpra a ordem senão vou lhe prender”.
Santos não conseguiu “endurecer” o coração; ao contrário, amoleceu mais ainda. “Não 
consigo, isso está além das minhas possibilidades; não posso derrubar a casa de um pai de 
família trabalhador como eu”, balbuciou.
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Sabia que depois seria preso. A multidão de moradores humildes que se concentrou para 
assistir ao drama aplaudiu o tratorista, aclamando-o como um herói.
O oficial que comandava a operação decidiu revogar sua prisão devido às circunstâncias 
do caso que teve um desfecho inesperado.
Fonte: Andrade (2012).
Eis um grande exemplo do conflito existente entre ética vs. justiça, moral vs. direito. Quem estava 
certo?
A conduta do tratorista foi a de descumprimento de uma ordem judicial, portanto, suprema. A 
justiça ocupava-se de fazer cumprir a lei.
Por outro lado, a ética impediu que o tratorista derrubasse a casa de uma família pobre, com sete 
filhos. Ele demonstrou que, para ele, tinha muito mais valor a vida e a dignidade daquelas pessoas do 
que o risco de ser preso.
Não vamos entrar no mérito do certo e errado, até porque as decisões foram tomadas com base 
nesses valores. Vamos entender como até mesmo o conceito que é mais valorizado pela sociedade, que 
é o de justiça, pode ser revisto em cada situação.
Com certeza, ao final do dia, quandorepousar a cabeça sobre o travesseiro, o tratorista poderá 
dormir em paz. Ele agiu conforme seus princípios, sua moral, sua forma de ponderar o que, realmente, 
tem mais valor, ou seja, ele escolheu pela dignidade da vida.
Falta discutirmos o que é costume. Ele equivale a hábito, prática frequente. Segundo o Dicionário 
Aurélio “É a atitude ou valor social consagrado pela tradição e que, impondo-se aos indivíduos do grupo, 
se transmite através de gerações” (FERREIRA, 1972, p. 338).
São ações, comportamentos e regras que passaram a ser adotadas pela tradição. Um exemplo 
brasileiro é a prática do cheque pré-datado. Cheque seria ordem de pagamento à vista. Se todos os 
requisitos para emissão estiverem preenchidos, o caixa do banco terá de pagá-lo. Mas, tornado costume, 
um contrato de confiança entre o emissor e a outra parte, a boa-fé resguarda o privilégio de cobrá-lo 
apenas em outra data previamente estabelecida.
Assim, se o cheque vier a ser compensado pelo banco antes da data combinada, o emissor do 
cheque, caso tenha sofrido algum prejuízo, poderá ingressar com o pedido de indenização pelo dano – 
indenização referente à quebra de confiança combinada com a pessoa que recebeu o cheque.
1.3 Ética empresarial
A empresa é uma unidade econômica. O empresário (capacidade empresarial) utiliza os fatores de 
produção de que dispõe, visando alcançar seu objetivo empresarial. Os fatores de produção são:
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• terra – insumos;
• trabalho – os trabalhadores;
• capital – a estrutura da empresa, a sede, as máquinas, os equipamentos;
• capacidade tecnológica – a formação dos trabalhadores, a experiência, a inovação.
Esses fatores são utilizados de acordo com a capacidade empresarial para gerar um resultado, que 
é um serviço, um bem (um produto) ou um direito (patente/marca), por um custo menor possível. Esse 
resultado é vendido ao mercado pelo maior preço que este aceitar pagar. A diferença entre o preço 
da venda e o custo da produção é o lucro. Portanto, a empresa é uma organização cujo objetivo final 
é o lucro.
Em suma, a ética empresarial é o comportamento da empresa ao agir de acordo com seus princípios 
morais e as regras do bem proceder, aceitas pela sociedade (regras éticas), além de atender às exigências 
legais, que são pré-requisitos para sua existência, buscando atingir seu objetivo principal, o lucro.
O conceito de ética empresarial acompanhou o desenvolvimento econômico. Inicialmente, a 
economia baseava-se no escambo, ou seja, na troca. As sociedades primitivas e antigas trocavam sua 
produção por produtos de que necessitavam, mas não os produziam. Não havia lucro nem a prática 
da acumulação, até porque a armazenagem era precária. A ética era regida pelas relações de poder e 
pelas necessidades.
O advento do lucro colocou em xeque valores de moral existentes na sociedade mercantilista, 
subsequente à Idade Média. À época, os ditames da Igreja Católica determinavam as regras de conduta 
e impunham regras privadas e públicas. A Igreja condenava a usura, que nada mais é do que emprestar 
dinheiro visando ao lucro. Em sua interpretação, a Igreja considerava-a pecado.
Com a expansão do mercantilismo, as empresas foram crescendo e o lucro passou a ser o objetivo 
principal. O livro A Riqueza das Nações, escrito por Adam Smith, no século XVII, apresenta a teoria do 
capitalismo. Nele, o autor demonstrou que o lucro não é malévolo, mas um fator de distribuição de 
renda, o qual, se bem aplicado, pode promover o bem‐estar social.
O papa Leão XIII, em sua encíclica Rerum Novarum, expôs princípios éticos aplicáveis nas relações 
contratuais entre empresas e seus empregados, traçando normas mínimas de dignidade ao trabalho.
Os Estados Unidos, em 1890, criaram a Lei Sherman Act. Tal legislação protege as sociedades 
empresariais, os acordos firmados entre elas e a livre concorrência.
Em 1972, a ONU realizou, na Suécia, a Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente. Nessa 
conferencia, foram traçadas normas e metas relativas à proteção e à preservação do meio ambiente, os 
quais vieram a tornar-se objeto de práticas empresariais.
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Ainda os Estados Unidos, em 1977, promulgaram a Lei Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). Essa 
importante legislação passou a instituir penalidades para empresas e pessoas que possuam práticas de 
corrupção em relação às autoridades estrangeiras.
 Observação
O FCPA foi aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos após o caso 
Watergate, tornando ilegais os pagamentos efetuados a funcionários de 
governos, partidos políticos e candidatos a cargos políticos estrangeiros em 
troca de vantagens comerciais ou econômicas.
No Brasil, foi instituída a Lei nº 4.137, de 1962, modificada pela e Lei nº 8.884, de 1993, que reprime 
o abuso do poder econômico e práticas anticoncorrenciais.
Além disso, o Brasil assinou inúmeros tratados internacionais, criou o Código de Defesa do Consumidor 
(BRASIL, 1990), reformou o antigo Código Comercial (BRASIL, 1850) e criou inúmeras normas vedando 
as práticas antiéticas pelas empresas.
Essa transformação na visão de mercado é mundial. Vários países criaram legislações vedando 
práticas de corrupção, protegendo a relação de trabalho e incentivando práticas de responsabilidade 
social e ambiental por parte das empresas.
 Lembrete
Ética é um instrumento social orientador do comportamento humano, 
para determinar o que se deve fazer para alcançar a “boa vida” e o 
“bem-estar” das pessoas vivendo em sociedade.
1.4 Ética na área da saúde
Infelizmente, existem inúmeras denúncias de descaso e abandono no sistema de saúde no Brasil. A 
sobrecarga do sistema público migrou milhares de pessoas para o sistema particular, o qual também 
acabou sobrecarregado.
A situação abre um grande abismo entre, de um lado, hospitais com alta tecnologia, padrão de 
excelência e grande investimento em pesquisas e formação profissional, que são portadores de 
certificações como a OHSAS 18001, e, do outro, hospitais lotados, com estruturas precárias e profissionais 
estressados e mal remunerados.
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 Observação
A OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series) é 
a Certificação de Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho e 
define os requisitos mínimos para melhores práticas em gestão de saúde e 
segurança ocupacional.
No meio dessa situação, estão os pacientes e seus familiares. De todo modo, em qualquer das 
circunstâncias, o que se espera dos profissionais da área da saúde é que ajam de acordo com os 
procedimentos que possuem à sua disposição. Conforme explica Fortes (1998, p. 17) “o que não se 
aceita é a ação negligente, imprudente, ou condutas imperitas dos profissionais de saúde nas relações 
com os pacientes”.
Não se espera que os profissionais atinjam resultados, não se trata de alcançar metas, apenas 
que cumpram seus desígnios com compromisso e responsabilidade. Entretanto, para que haja uma 
regulamentação clara dos profissionais da área da saúde, muitas categorias estabeleceram seu código 
de ética.
São regras que servem como padrão de conduta e buscam estabelecer parâmetros de relacionamento 
para os profissionais da mesma categoria, com profissionais de outras categorias, pacientes, familiares, 
gestores, acionistas, administração pública e até o poder judiciário.
No Brasil, existem os Conselhos Regionais, nos quais os profissionais da área da saúde devem 
inscrever-se.Esses conselhos atuam como pessoas de direito público, ou seja, normatizam, orientam, 
fiscalizam os profissionais da categoria. Além disso, possuem poder coercitivo, pois estabelecem sanções 
que poderão ser aplicadas pelas comissões de ética quando algum profissional desacatar as normas 
pertinentes a seu exercício profissional.
Para melhor elucidar, citamos alguns exemplos de artigos constantes em códigos de ética da área 
da saúde:
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem:
[...] Dever:
[...] Artigo 27 – Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre 
sua pessoa, seu tratamento e seu bem-estar.
[...] Infração ética:
Artigo 42 – Negar assistência de Enfermagem em caso de urgência ou 
emergência.
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[...] Artigo 44 – Participar de tratamento sem o consentimento do cliente ou 
representante legal, exceto em iminente perigo de vida (CONSELHO FEDERAL 
DE ENFERMAGEM, 2007).
Esses preceitos orientam e disciplinam a conduta dos profissionais. Ocorre que, dentro de uma 
instituição hospitalar, atuam profissionais das mais variadas categorias. Não é porque algumas delas não 
estejam regulamentadas que os profissionais delas não precisem atender aos princípios éticos gerais.
O respeito por pacientes e familiares deve ser assegurado a todos, independentemente das diferenças 
sociais, opção sexual, origem e religião. Não devemos esquecer que o ambiente hospitalar é extremamente 
sensível, pois pessoas com as mais variadas necessidades demandam atendimento rápido e eficaz.
Portanto, têm o dever de entender a necessidade alheia e respeitá-la os diversos profissionais que 
estiverem trabalhando no ambiente, pois nem sempre quem busca socorro está em condições emocionais 
de manter a conduta adequada. A Cartilha de Direitos do Paciente prevê uma série de direitos que 
deverão ser assegurados aos pacientes e seus familiares, dentre eles:
Os pacientes, de qualquer doença, deverão ter, assegurados, os seguintes 
direitos:
1 – Ter um atendimento digno, atencioso e respeitoso.
[...] 14 – Ser acompanhado, se assim o desejar, nas consultas, exames e no 
momento da internação por uma pessoa por ele indicada (VOLPE, s.d., p. 
41-42).
Dentre os muitos direitos do paciente, há o de privacidade e sigilo profissional. O segredo compreende 
as informações a que os profissionais têm acesso, durante o exercício de suas atividades, tais como: 
informações pessoais, fichas e relatórios médicos, resultados de exames, cuidados com o paciente etc.
Esse dever deve ser aplicado a todos os profissionais que laboram em uma instituição de saúde, da 
equipe da limpeza aos cirurgiões, dos recepcionistas ao diretor executivo – torna-se uma obrigação 
ético-legal. Citamos, a seguir, o artigo da Cartilha Direitos do Paciente, em que está assegurado o direito 
ao segredo:
[...] 4 – Ter resguardado o sigilo sobre seus dados pessoais, desde que não 
acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública.
[...] 13 – Ter assegurada, durante as consultas, internações, procedimentos 
diagnósticos e terapêuticos, e na satisfação de suas necessidades fisiológicas; 
a) a sua integridade física; b) a sua privacidade; c) a sua individualidade; d) 
o respeito aos seus valores éticos e culturais; e) o sigilo de toda e qualquer 
informação pessoal; e f) a segurança do procedimento (VOLPE, s.d., p. 41-42).
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Esse direito já estava assegurado pelo disposto no Código Penal:
Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 154 – Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência 
em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa 
produzir dano a outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa (BRASIL, 1940).
Fortes (1998, p. 80) apresenta alguns exemplos práticos que envolvem o segredo profissional:
Uma moça de 27 anos de idade foi internada em hospital da cidade de São 
Paulo em virtude de ter ingerido barbitúricos após uma crise depressiva. 
Tratada e restabelecida, teve alta médica após o sétimo dia de internação, 
sem apresentar sequelas. Quando de sua entrada no estabelecimento, foi 
feito “boletim de ocorrência” pelo investigador de plantão. Dois meses 
depois, a autoridade policial demanda ao administrador do hospital que 
lhe seja entregue o prontuário e as fichas clínicas da paciente, que teria 
praticado tentativa de suicídio, para instruir o inquérito policial. Afirma que 
encaminhará o caso ao juiz da comarca. Qual conduta a ser seguida pelo 
administrador? Deve entregar o prontuário? Pode recusar uma demanda 
feita pela autoridade policial? Quais os princípios éticos e legais que devem 
ser observados nesta situação?
Nesta situação, a negativa do estabelecimento em fornecer o prontuário e 
assim manter o caráter sigiloso das informações baseia-se no fato de que 
não se trata de apuração de crime relacionado com a prestação de socorro 
médico ou de moléstia de notificação compulsória.
Outra situação apresentada:
Um adolescente de 14 anos, não emancipado, desacompanhado dos pais, 
pede para ser matriculado no Programa de Saúde Mental, em virtude de ser 
usuário de drogas, solicitando que o fato não seja revelado aos pais. Qual a 
conduta a ser seguida pelo profissional e estabelecimento de saúde?
Os médicos e psicólogos, em virtude das normas inscritas em seus Códigos 
de Ética Profissional, podem ocultar dos pais, ou dos responsáveis legais, 
informações a respeito de pacientes menores de idade, quando julgarem 
que os adolescentes tenham competência para decidir a partir de avaliação 
adequada de seus problemas de saúde (sejam competentes para a tomada 
de decisão).
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Nesse sentido, é importante ressaltar que o gestor hospitalar tem o dever ético-moral e legal de 
instruir a todos os membros da equipe as posturas éticas adequadas. O comportamento ético deverá 
ser instado a todos os profissionais, independentemente da categoria profissional enquadrada; caso 
contrário, a entidade hospitalar poderá ser responsabilizada civil e criminalmente.
Exemplo de aplicação
Para refletir, deixamos a seguinte pergunta:
Como eu gostaria de ser tratado nessa situação?
Respire fundo, faça a pergunta e coloque-se no lugar do próximo. Essa reflexão poderá auxiliá-lo em 
uma situação extremada.
1.5 Responsabilidade social
Responsabilidade social pode ser definida como:
[...] o compromisso que uma organização deve ter com a sociedade, expresso 
por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou 
a alguma comunidade, de modo específico [...] Assim, numa visão expandida, 
responsabilidade social é toda e qualquer ação que possa contribuir para a 
melhoria da qualidade de vida da sociedade (ASHLEY, 2002, p. 6-7).
Uma empresa aufere lucros em função da sociedade. Seus sócios, empregados, fornecedores, clientes 
e o Estado fazem parte dessa sociedade. Agir de forma responsável é retribuir à sociedade todos os 
ganhos e conquistas que a empresa alcançou, ou seja, devolver, de forma ética e consciente, parte dos 
lucros. Mais do que simplesmente gerar empregos e pagar impostos, investir em projetos que visam 
melhorar a vida da sociedade.
Essa ação pode ser realizada de várias formas, seja investindo em projetos que venham melhorar a 
qualidade de vida da comunidade, combatendo práticas antiéticas, combatendo a corrupção, o trabalho 
infantil, o trabalho análogo ao escravo ou combatendo práticas discriminatórias, entre outras.
São ações voluntáriasque demonstram a preocupação da empresa em promover o bem-estar dos 
agentes internos e externos. Muitas ações adotadas atualmente visam à proteção do meio ambiente, 
outras à inserção no mercado de trabalho de profissionais excluídos por deficiência ou outras limitações.
Com intuito de estimular a adoção de práticas responsáveis, foram criados vários instrumentos de 
certificação. Eis alguns:
• Selo Empresa Amiga da Criança – fornecido pela Fundação Abrinq, promove as empresas que 
investem contra o trabalho infantil.
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• ISO 14000 – certifica as empresas que adotam e aplicam práticas ambientais.
• AA 1000 – fornecida pelo Institute of Social and Ethical Accountability, certifica as empresas que 
possuem um bom relacionamento com seus colaboradores.
• ABNT – ISO 26000 – certifica as empresas que possuem práticas de responsabilidade social.
• AS 8000 – fornecida pela Council on Economic Priorities Accreditation Agency (CEPAA), certifica 
as empresas que investem na qualidade do ambiente de trabalho.
O mais importante é envolver todos os agentes que fazem parte da empresa no projeto social, mudar 
a visão de compromisso que a empresa possui com a sociedade e consigo mesma, transformar em ação 
a teoria, conscientizar.
Ao envolver os colaboradores, as empresas geram replicadores, que trazem, para as suas práticas 
sociais, as mudanças que foram implantadas pela empresa. Existem muitos casos em que os colaboradores 
vão além dos muros da empresa, reúnem-se e criam grupos de voluntários que passam a agir em 
entidades civis, como ONGs e entidades filantrópicas, entre outros.
O Instituto Ethos é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e possuí 
como missão mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente 
responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável. Desenvolve 
pesquisas e apresenta artigos que servem como motivação para a adoção do sistema de gestão de 
responsabilidade social. Esses são alguns dos inúmeros exemplos que o Instituto Ethos nos apresenta:
• Disoft Solutions
— Construção de casas emergenciais: a empresa organiza a construção de casas de moradias de 
emergências em favelas, que oferecem condições dignas de moradia. Por meio de mutirão, 
equipes de dez pessoas constroem as moradias em final de semana.
• Syngenta
— Campanha Trabalho Rural Tem Que Ser Legal: regras que são apresentadas aos parceiros e 
divulgadas entre os trabalhadores rurais
– Ninguém pode ser forçado a trabalhar.
– Crianças com menos de 16 anos não podem trabalhar – nenhuma.
– Você deve ser tratado com respeito por todos.
– Todos devem ser tratados da mesma maneira.
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Unidade I
– Você tem o direito de trabalhar com segurança.
– Todos podem defender seus direitos.
– Você deve receber um salário justo pelo seu trabalho.
– A jornada normal de trabalho é de 8 horas por dia e 44 horas por semana.
– Você tem o direito de receber pelas horas a mais de trabalho.
• Natura
— Programa de Coleta Seletiva – capacitação de cooperativas de recicladores, oferecendo suporte 
à Prefeitura Municipal na organização da coleta seletiva.
 Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos sobre os projetos de 
responsabilidade social, acesse o site:
<http://www3.ethos.org.br/>.
1.5.1 Responsabilidade Social Empresarial (RSE)
O crescimento econômico trouxe consigo vários prejuízos sociais e ambientais. Com o passar dos 
anos, os governos, a sociedade e as empresas passaram a sofrer as consequências desses impactos.
Estudos científicos passaram a embasar várias decisões econômicas. Um grande exemplo são as 
conferências organizadas pela ONU, com temas os mais variados, passando por questões ambientais, 
trabalhistas e relativas ao comércio internacional, entre outros.
Atualmente, em contexto globalizado, impõe-se a necessidade de práticas empresariais comprometidas 
com o todo, não havendo mais espaço para a empresa que visa somente ao seu crescimento e ao seu lucro, 
a qualquer custo. Crescer de forma responsável tornou-se questão de sobrevivência, inclusive econômica.
Investir em qualidade de vida, em projetos que visam recuperar comunidades em risco, proteger o 
meio ambiente e criar um ambiente de trabalho adequado são preocupações empresariais em todo o 
planeta. Dessa forma, no tocante à ética empresarial e à responsabilidade social, Srour (2008) define 
duas frentes:
• Na frente interna das empresas, equacionam-se os investimentos dos proprietários (detentores 
do capital) e as necessidades dos gestores e dos trabalhadores.
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• Na frente externa, são levadas em consideração as expectativas dos clientes, fornecedores, 
prestadores de serviços, fontes de financiamentos (bancos, credores), comunidade local, 
concorrentes, sindicatos de trabalhadores, autoridades governamentais, associações voluntárias e 
demais entidades da sociedade civil.
Schommer (2000 apud TENÓRIO, 2007, p. 27-28) destaca, ainda, três formas básicas de atuação 
social empresarial:
• Atuando eticamente em suas atividades produtivas (ambiente, políticas adequadas de recursos 
humanos, cooperação tecnológica, qualidade e gestão ambiental, maximização dos insumos, 
apoio ao desenvolvimento de empresas locais como fornecedores e distribuidores).
• Mediante investimento social, não apenas através de doações filantrópicas, mas também 
compartilhando capacidade gerencial e técnica, desenvolvendo programas de voluntariado 
empresarial, adotando iniciativas de marketing social, apoiando iniciativas de desenvolvimento 
comunitário.
• Mediante contribuição ao debate sobre políticas públicas, colaborando no desenvolvimento de 
políticas fiscais, educacionais, produtivas, ambientais e outras.
Ou seja, a prática responsável envolve tanto o ambiente interno quanto o externo das empresas, 
tencionando a mudança de consciência e de práticas de todos os agentes da sociedade que façam parte 
da organização empresarial.
Tendo em vista que a meta principal da empresa seria o lucro, em muitas situações, esta acaba 
compelida a assumir práticas irresponsáveis em relação ao meio ambiente. Por essa razão, a fim de 
assegurar que as empresas assumam práticas sociais e ambientais, foram criados alguns indicadores 
para avaliar o grau de comprometimento das organizações: as normas de qualidade. Dentre elas:
• a ISO 14000: referente à gestão ambiental;
• a ISO 9000: relativa à gestão da qualidade;
• a AS 8000: referente à qualidade das relações de trabalho, como o trabalho infantil, discriminação, 
segurança e saúde dos trabalhadores, dentre outros fatores – está fundamentada em convenções 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e 
na Declaração dos Direitos da Criança.
 Observação
ISO é um conjunto de normas que procura definir um padrão 
internacional para produção de materiais e produtos. O nome da 
organização é International Organization for Standardization (Organização 
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Internacional para Padronização) e engloba mais de 150 países. Existem 
centenas de normas definidas por esta organização, representadas sempre 
pela sigla e por um número, por exemplo: ISO 9000.
No Brasil a Associação Brasileira de Normas Técnicas– ABNT é a 
responsável pela normalização técnica no país e representante das 
entidades de normalização internacional ISO e IEC.
As certificações submetem as empresas a práticas responsáveis, uma vez que atestam os compromissos 
delas com a sociedade. Assim, muitas empresas brasileiras estão adotando posturas socialmente 
responsáveis, seja por consciência, seja por conveniência, para poderem atuar em um mercado que 
exige, cada vez mais, produtos, serviços e comportamentos éticos.
Citamos o exemplo da empresa CPFL:
O Programa CPFL de Revitalização de Hospitais Filantrópicos visa elevar 
o desempenho administrativo dos hospitais filantrópicos atendidos pelas 
distribuidoras da CPFL Energia no estado de São Paulo e melhorar os serviços 
de saúde prestados à população.
Desde seu lançamento, em 2005, o Programa já beneficiou mais de 60 
hospitais em mais de 40 municípios. Todos os hospitais participantes elevaram 
o patamar de gestão e melhoraram a qualidade de seu atendimento. Em 
2012, foi lançada a 3ª etapa do programa, que contempla 28 cidades nas 
regiões de Campinas e São José do Rio Preto e beneficia 40 hospitais.
As ações do Programa são executadas por parceiros especializados e 
reconhecidos, como o Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão 
(CEALAG) e Compromisso Qualidade Hospitalar (CQH). Conta ainda com o 
apoio da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do estado de 
São Paulo (FEHOSP) e Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo 
(CPFL ENERGIA, 2014).
Citamos, ainda, outro exemplo que demonstra a dificuldade de empresas brasileiras de assumirem o 
compromisso com práticas éticas:
Justiça responsabiliza Collins por trabalho escravo
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo decidiu, em segunda instância, 
que a Collins tem responsabilidade solidária pelos direitos trabalhistas de uma costureira 
boliviana que trabalhava em condições análogas a escravidão em uma oficina de 
costura em São Paulo. A confecção produzia peças para a Moda Serafina, que pertence 
ao grupo Collins.
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Empregada em 2009, a vítima recebeu apenas R$ 480 reais por mês, nos quatro meses 
em que trabalhou de segunda a sábado, 18 horas por dia. Ela também não tinha intervalo 
para refeição ou almoço, e era submetida a péssimas condições de trabalho, higiene e 
segurança, incluindo um limite de banho de uma vez por semana. Cotas desumanas e preços 
irrisórios por peça produzida também fizeram parte da ação: 500 peças eram produzidas 
semanalmente a R$1 cada.
Em primeira instância, a Justiça havia reconhecido o vínculo empregatício da trabalhadora 
apenas com o aliciador, mas não atribuiu responsabilidade à grife. Agora, em decisão 
publicada no dia 23 de setembro, o TRT determinou que a Collins deve pagar todas as verbas 
rescisórias e encargos trabalhistas que foram anteriormente negados à trabalhadora, além 
de uma indenização de 15 mil reais por danos morais.
De acordo com nota publicada pelo TRT, no site JusBrasil, Jonas Santana de Brito, relator 
do processo em 2ª instância, considera que “é possível a responsabilidade solidária da 
empresa que contrata oficina sem lastro econômico ou financeiro, ainda que seja apenas 
a beneficiária dos produtos finais fabricados pela trabalhadora”. Para ele, presume-se que 
houve lucro com mão de obra executada em condições precárias e semelhantes à de escravo. 
Ele também declarou acreditar que “a condenação serve como incentivo para impor limites 
à continuidade do tráfico de pessoas e do trabalho escravo no Brasil, pois os envolvidos, na 
busca de lucros maiores, não terão a certeza da impunidade”.
Outro caso de trabalho escravo
Em fiscalização realizada em 2011, foram encontradas peças com etiquetas da Collins 
na mesma oficina. Onze pessoas eram submetidas a trabalho escravo no local. A empresa 
chegou a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho, 
o que fez com que a Defensoria Pública desistisse de mover uma ação contra a marca por 
perda de objeto. Parte do acordo não foi seguido pela Collins, que está sendo convocada 
para audiência com o MPT e pode ter que pagar uma multa de R$ 100 mil por cada item 
descumprido. As informações são da ONG Repórter Brasil.
Fonte: Justiça... (2014).
Como podemos verificar, apesar de toda a legislação, a fiscalização e a cobrança internacional, 
algumas empresas ainda resistem a adotar práticas de responsabilidade social.
Essas resistências trazem à tona qual é a efetiva missão da empresa. Mudar esse comportamento é 
assumir que a organização empresarial possui um compromisso com a sociedade e que ela possui uma 
função social. Não basta atender somente o que a lei obriga, a empresa deve assumir o compromisso de 
cobrar de todos os parceiros a mesma responsabilidade.
Mencionaremos, a seguir, o exemplo de prática responsável adotada pela empresa Burt’s Bees, em 
relação a seus colaboradores. Este resumo da matéria de Shaw Achor, publicada na revista Harvard 
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Business Review, demonstra como iniciativas simples podem melhorar o clima organizacional. Intitulada 
“Inteligência positiva”, ela aborda o tema afirmando que dedicar momentos de elogios, incentivo e 
motivação no ambiente de trabalho otimiza a produção em quantidade e qualidade. Cita, como exemplo, 
a fabricante estadunidense de cremes e cosméticos Burt’s Bees. A empresa estava passando por uma série 
de mudanças, inclusive de direção, quando o então presidente optou por enviar e-mails aos membros 
da equipe, elogiando as atividades desempenhadas. Estudos mostram que não apenas nesse caso, como 
em outros, quando os empregados trabalham em estado de espírito positivo, o desempenho melhora em 
quase todos planos – produtividade, criatividade e engajamento.
A matéria ainda incentiva:
Cultive novos hábitos
Ensinar o cérebro a ser positivo não é muito distinto de treinar os músculos 
na academia. Estudos recentes sobre neuroplasticidade – a capacidade do 
cérebro de mudar até na idade adulta – revelam que, ao adquirir novos 
hábitos, a pessoa reconfigura o cérebro.
Fazer um breve exercício positivo todos os dias, por três semanas que seja, 
pode ter um impacto duradouro, sugere minha pesquisa. Em dezembro 
de 2008, pouco antes da pior temporada de declaração de impostos em 
décadas, trabalhei com gerentes de tributação na KPMG em Nova York e 
Nova Jersey para ver se conseguia ajudá-los a ficar mais felizes (sou um 
otimista, é claro). Pedi que escolhessem uma de cinco atividades associadas 
a mudanças positivas:
Colocar no papel três coisas pelas quais eram gratos.
Escrever uma mensagem positiva a alguém de sua rede social de apoio.
Meditar em sua mesa por dois minutos.
Fazer alguma atividade física por dez minutos.
Usar dois minutos para descrever, num diário, a coisa mais importante que 
tinham vivido nas últimas 24 horas.
[...]
Mude a sua relação com o estresse
[...] O estresse é parte inevitável do trabalho. A próxima vez que estiver 
se sentindo sobrecarregado, prove o seguinte exercício: faça uma lista 
das pressões que está sofrendo. Divida tudo em dois grupos: as que 
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pode controlar (como um projeto em sua lista de afazeres) e as que não 
pode (o mercado acionário, preços de imóveis). Escolha uma pressão 
que pode controlar e dê um passo pequeno e concreto para reduzi-la. 
Com isso, é possível empurrar o cérebro de volta para um estado maispositivo – e produtivo.
Está patente que aumentar a felicidade eleva suas chances de sucesso. 
Cultivar novos hábitos, apoiar colegas de trabalho e encarar de forma 
positiva o estresse são boas maneiras de começar (ACHOR, 2012).
As empresas poderiam ter optado por várias medidas, inclusive sanções; no entanto, diante do 
compromisso social optaram por adotar práticas que melhorassem o ambiente de trabalho e que 
trouxessem qualidade de vida aos seus colaboradores.
Ao agirem assim, conseguiram o reconhecimento dos colaboradores, dos parceiros da empresa, do 
mercado e da sociedade.
1.6 Código de conduta ou código de ética
Uma empresa é feita de pessoas que possuem formação cultural e acadêmica, experiências sociais 
e opiniões diferentes.
Atualmente, às voltas com a globalização, a empresa atua em cenários cada vez mais intrincados e 
diversos. As atividades empresariais são inovadoras, modernas ou mesmo antigas e tradicionais, e estão 
permanentemente interligadas por um complexo de redes sociais e comerciais.
A velocidade das informações, a troca das experiências e o convívio próximo com pessoas de outros 
continentes possibilitam constantes revisões de valores, de costumes e da moral. E isso, por seu turno, 
pode instigar a reavaliação de práticas já consolidadas.
O código de ética tem a função de uniformizar e formalizar tanto a missão quanto a visão da 
empresa, ou seja, as práticas que devem ser adotadas por todos os que nela convivem. Assim, procura-se 
evitar que os julgamentos subjetivos corrompam, impeçam ou limitem a aplicação dos princípios que 
a empresa elegeu como essenciais ao seu negócio. Também elimina as dúvidas que possam surgir no 
exercício das atividades profissionais, esclarece os empregados sobre as atribuições de suas funções, 
dos seus direitos e das expectativas que deverão ser geradas em relação à empresa. Por fim, informa 
aos clientes, fornecedores e, principalmente, acionistas (sócios) as práticas adotadas pela empresa e o 
compromisso da organização com a sociedade.
Entretanto, como tudo que é novo, a adoção dele e sua prática requerem alguns procedimentos:
• treinamento, esclarecimento e envolvimento de todos com o projeto;
• revisão constante, avaliação dos pontos positivos e negativos;
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• estabelecimento de um canal de comunicação acessível e confiável;
• previsão de sanções e de atitudes corretivas, quando necessário, bem como das vias de defesa e 
recursos das sanções quando consideradas injustas;
• defesa de práticas éticas e combate às práticas antiéticas e ilegais.
 Lembrete
O código de ética evita que os julgamentos subjetivos corrompam 
aplicação dos princípios que a empresa elegeu como essenciais ao seu 
negócio.
Srour (2008, p. 267-268), em seu livro, Ética empresarial, aponta-nos alguns itens que são comuns 
aos códigos de ética de empresas no Brasil:
• Relacionamento com clientes, acionistas, colaboradores, fornecedores e prestadores 
de serviços, distribuidores, autoridades governamentais, órgãos reguladores, mídia, 
concorrentes, sindicatos, comunidades locais, terceiro setor, associações empresariais.
• Conflitos de interesse entre os vários públicos de interesse.
• Regulamentação da troca de presentes, gratificações, favores, cortesias, brindes e 
convites de fornecedores ou clientes.
• Observância das leis vigentes.
• Segurança e confidencialidade das informações não públicas, em especial das 
informações privilegiadas.
• Teor dos balanços, das demonstrações financeiras e dos relatórios da diretoria 
endereçados aos acionistas, e seu nível de transparência.
• Propriedade intelectual dos bens simbólicos, patentes ou marcas.
• Espionagem econômica ou industrial vs. pesquisas tecnológicas e uso do 
benchmarking e da inteligência competitiva.
• Postura diante do trabalho infantil e do trabalho forçado.
• Formação de lobbies ou tráfico de influência.
• Formação de cartéis e participação em associações empresariais.
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• Contribuição para campanhas eleitorais.
• Prestação de serviços profissionais por parte dos colaboradores, fornecedores, 
prestadores de serviços, clientes ou concorrentes.
• Respeito aos direitos do consumidor.
• Relação com o meio ambiente: uso de energia, água e papel; consumo de recursos 
naturais; poluição do ar; disposição final de resíduos.
• Uso do tempo de trabalho para assuntos pessoais.
• Uso do nome da empresa para obter vantagens pessoais.
• Discriminação das pessoas em função de gênero, etnia, raça, religião, classe social, 
idade, orientação sexual, incapacidade física ou qualquer outro atributo, e regulação 
de sua seleção e promoção (questão da diversidade social).
• Assédio moral e assédio sexual.
• Segurança no trabalho com adequação dos locais de trabalho e dos equipamentos 
para prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
• Uso de drogas ilícitas, ingestão de bebidas alcoólicas e prática de jogos de azar.
• Porte de armas.
• Relações de apadrinhamento (nepotismo, favoritismo, paternalismo, compadrio, 
amizade) e contratação de parentes ou amigos como colaboradores ou como 
terceiros.
• Troca de informações com concorrentes, fornecedores e clientes.
• Adoção de critérios objetivos e justos na contratação e no pagamento dos 
fornecedores ou prestadores de serviços, para afastar qualquer favorecimento.
• Existência de interesses financeiros ou vínculos de qualquer espécie com empresa 
que mantenha negócios, para não ensejar suspeita de favorecimento.
• Posicionamento com relação à concorrência desleal.
• Difusão interna de fofocas ou rumores maliciosos.
• Privacidade dos colaboradores.
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• Direito de associação dos colaboradores a sindicatos, igrejas, associações, partidos 
políticos ou organizações voluntárias.
• Restrição do fumo a locais ao ar livre ou a áreas reservadas.
• Proibição da comercialização interna de produtos ou serviços por colaboradores.
• Uso dos bens e recursos da empresa para que não ocorram danos, manejos 
inadequados, desperdícios, perdas, furtos ou retiradas sem prévia autorização.
• Utilização dos equipamentos e das instalações da empresa para uso pessoal dos 
colaboradores ou para assuntos políticos, sindicais ou religiosos.
• Proteção da confidencialidade dos registros pessoais que ficam restritos a quem tem 
necessidade funcional de conhecê-los, salvo exceções legais.
 Observação
As regras e condutas estabelecidas pelo código de ética são incorporadas 
nas ações das empresas e de seus funcionários e influenciam no modo de 
pensar e agir de toda a organização.
Observe a seguir o Código de Conduta do Hospital Sírio Libanês:
O que se espera de nossos colaboradores e da Instituição
1) Transparência – Erros devem ser reconhecidos tão logo sejam identificados, 
comunicados e corrigidos sempre que possível. Quanto mais rápido o erro for identificado e 
tratado, menor será o dano para todos os envolvidos.
2) Agir de acordo com a ética profissional – Orientações contrárias aos valores da 
instituição e a ética profissional devem ser questionados, e na impossibilidade de solução, o 
colaborador deverá procurar por reforço perante seus superiores e a alta gestão.
3) Agir com profissionalismo e comprometimento.
4) Exercer suas funções com objetividade, clareza, efetividade, de acordo com a boa 
técnica e qualidade preconizada pela Instituição e pelos órgãos que atuam perante a sua 
atividade,

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