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UNIVERSIDADE EVANGÉLICA DE GOIÁS DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO CERES 2024 2 UNIVERSIDADE EVANGÉLICA DE GOIÁS DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO KATHLEEN SOUSA SILVA NATALIA ALVES NUNES CERES 2024 3 I Reflexões sobre a Precarização do Trabalho e a Desigualdade de Gênero A reflexão sobre a realidade do trabalho sob uma perspectiva humanística e social revela uma tendência preocupante: a gradual desconstrução do emprego com qualidade em favor de ocupações precárias. Esta tendência, justificada pela necessidade de aumentar a acessibilidade ao emprego para o maior número possível de pessoas, tem conduzido a uma precarização generalizada do mercado de trabalho. Esta precarização não afeta todos igualmente, e uma das dimensões mais impactantes é a situação das mulheres. Historicamente, o acesso das mulheres ao mercado de trabalho tem sido marcado pela precariedade. No Brasil, isso se evidencia pelo fato de que, em 2010, 62% das mulheres empregadas estavam em ocupações domésticas, uma categoria laboral historicamente desregulamentada e mal remunerada. Somente em 2015 essa atividade foi devidamente regulamentada pela Lei complementar nº 150, em uma tentativa de equipará-la aos demais setores laborais. No entanto, a precarização do trabalho feminino vai além do âmbito doméstico. É um reflexo da discriminação socialmente arraigada contra as mulheres, que persiste independentemente do nível educacional. Esta discriminação tem um alcance amplo, afetando mais da metade da população mundial e ultrapassando a metade da população brasileira. Dados como os da PNAD contínua destacam as diferenças ocupacionais entre homens e mulheres, evidenciando a importância de estudos sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho. A renda obtida pelas mulheres tem um impacto significativo nas relações sociais, incluindo as dinâmicas familiares, e influencia diretamente a discussão sobre igualdade de gênero, especialmente no que diz respeito às disparidades salariais e à permanência em determinados cargos. Assim, este texto propõe uma análise da desigualdade de gênero no mercado de trabalho, explorando seus antecedentes históricos e as dinâmicas que perpetuam o poder masculino sobre o feminino. Para isso, recorre a estudos literários e acadêmicos, utilizando uma metodologia bibliográfica, exploratória, 4 analítica e descritiva, no período de 1989 a 2017. Esta análise é fundamental para entender os mecanismos que perpetuam a desigualdade de gênero no mercado de trabalho e para buscar soluções eficazes para superá-la. II O Movimento Feminista e a Luta pelos Direitos Humanos: Uma Análise Histórica O movimento feminista, ao longo da história, tem sido um catalisador poderoso na busca pela justiça social e pela igualdade de direitos, representando uma extensão essencial dos princípios fundamentais dos Direitos Humanos. Em um contexto em que as mulheres eram frequentemente marginalizadas e subjugadas, as vozes corajosas e resolutas de figuras como Mary Wollstonecraft, Olympe de Gouges e Dionísia Pinto Lisboa (Nísia Floresta) ergueram-se para desafiar as normas estabelecidas e reivindicar uma mudança significativa na sociedade. O movimento feminista emergiu como uma resposta direta às injustiças e desigualdades que as mulheres enfrentavam em uma sociedade profundamente patriarcal. No período pós-Revolução Francesa, embora os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade fossem proclamados, as mulheres foram largamente excluídas do alcance desses princípios. Nesse contexto, Mary Wollstonecraft, através de sua obra seminal "A Reinvindicação dos Direitos das Mulheres", levantou a voz contra a escravidão doméstica e defendeu veementemente a igualdade de direitos para as mulheres. Olympe de Gouges, outra figura proeminente desse movimento, desafiou abertamente a Declaração dos Direitos do Homem ao argumentar que ela não se estendia às mulheres. Sua "Declaração dos Direitos da Mulher" foi um marco na luta pela igualdade de gênero, reivindicando não apenas direitos políticos, mas também direitos fundamentais como educação, propriedade e herança. No Brasil, Dionísia Pinto Lisboa, conhecida como Nísia Floresta, desempenhou um papel crucial como precursora do movimento feminista. Inspirada pelos ideais feministas europeus, traduziu e disseminou obras que 5 questionavam as injustiças sofridas pelas mulheres brasileiras. Sua fundação da Escola Augusto, que proporcionava uma educação igualitária para meninas, foi um passo significativo na direção da emancipação feminina no país. No entanto, é importante reconhecer as nuances e desafios enfrentados pelas feministas brasileiras em comparação com suas colegas europeias. A diferença de classe e as profundas raízes do patriarcado na sociedade brasileira moldaram a natureza e o alcance do movimento feminista no país. Em suma, o movimento feminista representa não apenas uma luta por direitos específicos das mulheres, mas também uma luta por justiça, igualdade e dignidade para todos os seres humanos. Suas raízes profundas nos princípios dos Direitos Humanos destacam a interconexão entre a luta das mulheres e a busca mais ampla por uma sociedade justa e igualitária. À medida que refletimos sobre esses antecedentes históricos, é imperativo continuar a apoiar e promover os esforços para alcançar uma verdadeira igualdade de gênero em todo o mundo. III Democracia e o Princípio da Igualdade: Fundamentos para uma Sociedade Justa A trajetória dos Estados modernos é marcada pela busca incessante pelo equilíbrio entre poder e direitos, culminando na consolidação das Constituições como instrumentos essenciais na estruturação do poder político e na garantia dos direitos individuais. Nesse contexto, a democracia surge como o princípio fundamental que legitima o exercício do poder pelo povo, garantindo-lhes soberania e participação política efetiva. A democracia, segundo Canotilho, vai além de um simples governo do povo; é uma justificação positiva da própria democracia, fundamentada nos valores de liberdade, igualdade e fraternidade. Esses valores não apenas norteiam as estruturas políticas, mas também influenciam as relações sociais e econômicas, destacando-se o princípio da igualdade como pedra angular na construção de uma sociedade justa e inclusiva. 6 A origem do princípio da igualdade remonta à Revolução Americana, cuja Declaração de Independência proclamava que todos os homens são criados iguais e dotados de direitos inalienáveis. Esse princípio, posteriormente reconhecido na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na Revolução Francesa, tornou-se universalmente aceito como um elemento essencial da justiça social. No contexto contemporâneo, a igualdade é encarada não apenas como igualdade perante a lei, mas também como igualdade de oportunidades e tratamento material. Isso implica não apenas a ausência de discriminação legal, mas também a criação de condições que permitam a todos os indivíduos o pleno exercício de seus direitos e potenciais. A legislação internacional desempenha um papel crucial na promoção da igualdade, através de tratados e convenções que visam eliminar todas as formas de discriminação. Esses documentos estabelecem diretrizes claras para os Estados membros, incentivando a adoção de políticas e medidas que garantam a igualdade de gênero, raça, idade e outras categorias. No Brasil, a Constituição de 1988 representa um marco na consolidação dos direitos fundamentais e da igualdade. Ao estabelecer a igualdade como um dos fundamentos da República, a Constituição reconhece a importância da igualdade perantea lei e a necessidade de políticas públicas que promovam a igualdade material. Os direitos sociais, consagrados na Constituição, refletem o compromisso do Estado brasileiro em garantir o bem-estar e a dignidade de todos os cidadãos. Esses direitos, que incluem educação, saúde, moradia e trabalho digno, são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Em suma, a democracia e o princípio da igualdade são fundamentais para a construção de uma sociedade justa e inclusiva. Ao garantir a participação política e o respeito aos direitos de todos os cidadãos, a democracia fortalece os alicerces de uma sociedade baseada na igualdade, na liberdade e na dignidade humana. 7 IV Barreiras Enfrentadas Diariamente Pela Mulher Moderna no Mercado de Trabalho No mercado de trabalho contemporâneo, as mulheres continuam a enfrentar uma série de desafios e barreiras que muitas vezes as colocam em desvantagem em relação aos seus colegas do sexo masculino. Essas barreiras são multifacetadas e refletem tanto desigualdades estruturais profundamente enraizadas quanto questões culturais arraigadas. A discriminação de gênero persiste como uma das principais barreiras enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho. Esta forma de discriminação se manifesta de várias maneiras, desde disparidades salariais injustas até oportunidades limitadas de avanço na carreira. Muitas mulheres encontram-se presas em um ciclo de tratamento desigual e preconceitos baseados em estereótipos de gênero, o que as impede de progredir profissionalmente, independentemente de suas habilidades e qualificações. A divisão tradicional do trabalho, que historicamente atribui às mulheres a maior parte das responsabilidades domésticas e de cuidados, também atua como uma barreira significativa. O equilíbrio entre o trabalho remunerado e as demandas da vida doméstica muitas vezes coloca as mulheres em desvantagem, limitando sua disponibilidade para assumir projetos desafiadores ou buscar oportunidades de desenvolvimento profissional. A falta de representação feminina em cargos de liderança e setores predominantemente masculinos contribui para uma sensação de isolamento e falta de apoio entre as mulheres. A ausência de modelos femininos de sucesso pode desencorajar as mulheres de buscar posições de liderança e fazer com que se sintam desvalorizadas e subestimadas em seus locais de trabalho. O assédio sexual no local de trabalho cria um ambiente hostil e desmotivador para as mulheres, levando a um aumento do estresse, da ansiedade e da diminuição da autoestima. Isso pode resultar na saída das mulheres do mercado de trabalho ou na redução de sua participação, comprometendo sua capacidade 8 de manter empregos de forma equitativa. Além disso, a falta de políticas eficazes de licença maternidade pode forçar as mulheres a escolherem entre suas carreiras e suas responsabilidades familiares, limitando suas oportunidades de crescimento profissional e perpetuando a desigualdade de gênero no local de trabalho. Por fim, os estereótipos de gênero persistentes influenciam as percepções dos empregadores sobre as capacidades e habilidades das mulheres, muitas vezes resultando na atribuição de trabalhos menos valorizados e na subavaliação de suas contribuições. Superar essas barreiras requer um esforço coletivo de governos, empregadores e da sociedade em geral. A implementação de políticas de igualdade de gênero, a promoção de ambientes de trabalho inclusivos e o combate à discriminação e ao assédio são passos cruciais para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades e sejam valorizadas em seus locais de trabalho. V Aspectos Constitucionais da Igualdade na Carta da República de 1988 e sua Influência sobre o Trabalho da Mulher A Constituição brasileira de 1988 representou um marco na consolidação dos direitos sociais e individuais no país, especialmente no que diz respeito à igualdade de gênero e à proteção do trabalho da mulher. Ao estabelecer a igualdade como um dos princípios fundamentais da República, a Constituição inaugurou uma nova era de reconhecimento e garantia dos direitos das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade como um todo. O artigo 3º, IV, da Constituição, afirma que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, estabelecendo assim o princípio da igualdade de gênero como um dos pilares do ordenamento jurídico brasileiro. Além disso, diversos outros dispositivos constitucionais foram elaborados com o objetivo de proteger e promover os direitos das mulheres, especialmente no contexto trabalhista. 9 O artigo 7º, por exemplo, estabelece a proteção do mercado de trabalho da mulher mediante incentivos e proíbe a discriminação salarial e de critérios de admissão por motivo de sexo. Da mesma forma, o artigo 10, II, b do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), garante a estabilidade no emprego à gestante, assegurando-lhe a manutenção do emprego e do salário durante o período de licença-maternidade. Essas disposições constitucionais refletem o compromisso do Estado brasileiro em combater a discriminação de gênero e promover a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho. No entanto, a efetivação desses direitos não se limita apenas ao texto constitucional, mas requer a revisão e adequação da legislação infraconstitucional, especialmente da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que por muitos anos foi marcada por práticas discriminatórias e desiguais. A revogação de alguns dispositivos da CLT, por meio da Lei 7.885/1989, representou um avanço significativo na garantia dos direitos das mulheres trabalhadoras. A proibição de interferência marital ou paterna no contrato de trabalho da mulher, assim como a eliminação de restrições baseadas na maternidade, contribuíram para a promoção da igualdade de gênero no ambiente laboral. Além disso, a CLT estabelece medidas específicas para combater a discriminação de gênero no mercado de trabalho, como a proibição de publicação de anúncios de emprego que façam referência ao sexo, idade, cor ou situação familiar, e a exigência de tratamento igualitário em relação à remuneração e oportunidades de ascensão profissional. No entanto, é importante ressaltar que ainda existem desafios a serem enfrentados na promoção da igualdade de gênero no mercado de trabalho. A precarização do trabalho feminino, especialmente em setores como o doméstico, e a persistência de práticas discriminatórias evidenciam a necessidade de políticas públicas mais efetivas e de uma conscientização social mais ampla sobre a importância da igualdade de gênero. Em suma, os aspectos constitucionais da igualdade na Carta da República de 1988 representaram um avanço significativo na promoção dos direitos das 10 mulheres, especialmente no que diz respeito ao trabalho. No entanto, é fundamental que esses direitos sejam efetivamente garantidos na prática, por meio da implementação de políticas públicas e da conscientização da sociedade como um todo. VI Novos Paradigmas para a Promoção da Igualdade de Gênero no Mercado de Trabalho Os paradigmas tradicionais do Estado, tanto o Liberal quanto o do Bem-Estar Social, mostram-se insuficientes para lidar com as demandas da sociedade contemporânea, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento e promoção da igualdade para minorias que se auto reconhecem por critérios como cor, raça, orientação sexual e identidade de gênero. Esses paradigmas falham em oferecer respostas adequadas à diversidade e às condições de inferioridade impostas a esses grupos, demandando assim políticas específicas e especiais para a promoção da igualdade. O Estado Democrático de Direito surge como uma resposta possível para essas dificuldades, ao reconhecer a diversidade e a crise como componentes normaisda democracia. Ao trabalhar com a inquietude da democracia e o constitucionalismo, o Estado Democrático pode oferecer respostas aos problemas de fragmentação social e multiplicidade, garantindo ao mesmo tempo a vontade da maioria e a proteção das minorias. Apesar das disposições categóricas de igualdade entre homens e mulheres presentes na Constituição e na CLT, persiste de forma sistemática a diferença salarial de gênero no setor privado. Isso sugere a necessidade de novos estudos que analisem as relações sociais de trabalho sob uma perspectiva mais ampla, considerando as dinâmicas sociais, ambientais e de mercado, e identificando os custos econômicos da manutenção dessa desigualdade. A relevância desse tema reside na identificação dos obstáculos para o cumprimento da legislação e o alcance da igualdade no trabalho, o que por sua vez contribui para o empoderamento feminino e o desenvolvimento sustentável. 11 O empoderamento feminino não apenas pode reverter a desigualdade de gênero, mas também construir um ambiente de respeito e valorização das diferenças, mesmo quando essas diferenças são essenciais para a identidade individual. VII A Criação da Lei de Equidade Salarial Agora é lei a obrigatoriedade de igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens. Sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (4), a Lei 14.611, de 2023 teve origem no PL 1.085/2023, de iniciativa do Poder Executivo, e foi aprovado pelo Senado em 1º de junho. O texto determina que, na hipótese de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, o pagamento das diferenças salariais devidas não afasta o direito de quem sofreu discriminação promover ação de indenização por danos morais, considerando-se as especificidades do caso concreto. Discriminação A norma modifica a multa prevista no art. 510 da CLT, para que corresponda a dez vezes o valor do novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado, e eleva ao dobro no caso de reincidência, sem prejuízo de outras medidas legais. Antes, a multa era igual a um salário-mínimo regional, elevada ao dobro no caso de reincidência. A nova lei também obriga a publicação semestral de relatórios de transparência salarial pelas empresas (pessoas jurídicas de direito privado) com 100 ou mais empregados, observada a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709, de 2018) e dispõe que ato do Poder Executivo instituirá protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial. Os relatórios conterão dados e informações, publicados de forma anônima, que permitam a comparação objetiva entre salários, critérios remuneratórios e proporção de ocupação de cargos de direção, gerência e chefia preenchidos por 12 mulheres e homens, além de informações estatísticas sobre outras possíveis desigualdades decorrentes de raça, etnia, nacionalidade e idade. Cumprimento Caso seja identificada desigualdade salarial ou de critérios remuneratórios, as empresas privadas deverão criar planos de ação para mitigar essa desigualdade, com metas e prazos, garantida a participação de representantes das entidades sindicais e de representantes dos empregados nos locais de trabalho. Em caso de descumprimento das disposições, será aplicada multa administrativa no valor de até 3% da folha de salários do empregador, limitado a cem salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções. A Lei 14.611/2023 prevê, como medidas para garantia da igualdade salarial, o estabelecimento de mecanismos de transparência salarial; o incremento da fiscalização; a criação de canais específicos para denúncias de casos de discriminação salarial; a promoção de programas de inclusão no ambiente de trabalho; o fomento à capacitação e à formação de mulheres para o ingresso, a permanência e a ascensão no mercado de trabalho, em igualdade de condições com os homens. O Poder Executivo federal disponibilizará de forma unificada, em plataforma digital de acesso público, as informações fornecidas pelas empresas, e indicadores atualizados periodicamente sobre o mercado de trabalho e renda por sexo, inclusive com indicadores de violência contra a mulher, de vagas em creches públicas, de acesso à formação técnica e superior e de serviços de saúde, bem como outros dados públicos que possam orientar a elaboração de políticas públicas. 13 REFERÊNCIAS Sancionada lei de igualdade salarial entre mulheres e homens. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/07/04/sancionada-lei-de- igualdade-salarial-entre-mulheres-e-homens>. Acesso em: 15 mar. 2024. ART., O.; DO TRABALHO, 377-A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS; DE SEXO., P. D. S. A. P. DE D. DE S. P. M. PROJETO DE LEI No, DE 201. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=143 9027#:~:text=A%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20da%20Rep%C3%BAblica %20Federativa,admiss%C3%A3o%20por%20motivo%20de%20sexo.>. Acesso em: 15 mar. 2024. UCDB. Mulher no mercado de trabalho: quais são os desafios e as oportunidades? Disponível em: <https://futuroacademico.ucdb.br/dicas/mulher- no-mercado-de-trabalho/>. Acesso em: 15 mar. 2024.