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História do Saneamento

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Aula 01
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - UNITAU
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
I
leonardon.lopes@unitau.br
SANEAMENTO II 
Prof. Leonardo do Nascimento Lopes
SISTEMA DE ESGOTO
Aula 01 -Histórico, Concepção e 
Partes de um SES
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Conteúdo da aula
Sistema de Esgotamento Sanitário (SES)
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Introdução; alterar
Tipos de SES;
Concepção de SES;
Partes do SES;
Rede coletora de esgoto;
Sistemas alternativos de rede coletora de esgoto;
Ligação predial de esgoto;
Vazões de esgoto sanitário.
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Na era Neolítica
❖ Há pouco mais de 10 mil anos o homo sapiens era 
coletor caçador.
❖ Não precisava se preocupar com seu dejetos. 
Ele, literalmente, “fazia e andava”... 
❖ Por volta de ano de 8.500 a.C, ele aprendeu a cultivar alimentos e domesticar 
animais. Então se fixou à terra e surgiram as cidades.
❖ Foi então que começaram seus problemas.
❖ Inclusive o que fazer com os esgotos
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Breve Histórico do Saneamento
Primeiras civilizações hidráulicas
Babilônia
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Breve Histórico do Saneamento
Vista do sítio arqueológico da cidade de Nippur.
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690 a.C – Assíria (norte 
da Mesopotâmia) já se 
tem notícia do emprego 
de manilhas de 
cerâmica para redes de 
água
Há registros de redes 
de esgotos na antiga 
Babilônia 
(Mesopotâmia) 3750 
anos a.C
Breve Histórico do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
Esqueletos de Mohenjo Daro
Vale do Indo: Mohenjo Daro e Harappa (2.600 a 1.900 a.C). 
Sofistificação do sistema de esgoto.
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Breve Histórico do Saneamento
Civilização Minóica, Ilha de Creta (6.000 a.C.). Em Knossos (1.700 
a.C.) contava com sistema para água residuária e salas de banho.
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Breve Histórico do Saneamento
• Civilização minóica
• Capital Knossos
• Palácio de Knossos
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Breve Histórico do Saneamento
Roma: Latrinas e Aquedutos
Roma: Latrinas e Aquedutos
A aparência de uma latrina não diferenciou muito ao longo dos
séculos da Antiguidade à Idade Moderna.
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Breve Histórico do Saneamento
A grande mudança veio surgir com o vaso sanitário. 
Gregos
Romanos
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Latrina Pública em Roma
Breve Histórico do Saneamento
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Latrina Pública em Roma
Breve Histórico do Saneamento
Castelos
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Breve Histórico do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
Breve Histórico do Saneamento
Nesse período Hipócrates consegue estabelecer a relação entre esgoto e doenças.
Ele estabeleceu os fundamentos da medicina moderna baseados na observação de sintomas e 
conclusões racionais e não em crenças religiosas e mística.
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• Os banhos públicos podiam ter
diversas finalidades, entre as quais
a higiene corporal e a terapia pela
água com propriedades medicinais.
• Os banhos eram pontos de encontro 
da vida das cidades do Império 
Romano.
ÁREA DE BANHO 
Breve Histórico do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
Banho romano na Argélia funciona como há 2 mil anos
Breve Histórico do Saneamento
Breve Histórico do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
(1)
- Idade Média (sec. V a XV) – não se tem notícias de grandes realizações,
no que diz respeito ao saneamento em especial ao esgoto.
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Peste Bubônica na
Europa (1347 – 1350)
Breve Histórico do Saneamento
43 milhões de vítimas fatais da população 
daquela época, estimada em 400 milhões de 
pessoas. 1/3 da população da Europa.
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Breve Histórico do Saneamento
(1)
Breve Histórico do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
(1)
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Breve Histórico do Saneamento
Evolução do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
Separador Absoluto
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Breve Histórico do Saneamento
As comunidades indígenas já se 
preocupavam com o saneamento
Para o seu consumo, os indígenas 
armazenavam a água em talhas de 
barro e argila ou até mesmo em 
caçambas de pedra
Com os dejetos, também havia um cuidado 
especial, haja vista que delimitavam áreas 
usadas para as necessidades fisiológicas e 
para disposição de detritos
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Breve Histórico do Saneamento
BRASIL
Pintura de Debret; “Os tigres”
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Breve Histórico do Saneamento
BRASIL
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Breve Histórico do Saneamento
BRASIL
O Código de posturas municipais obrigavam
apenas a quem fizesse uso dessa prática a
gritar, antes:
“Lá vai água” 
Os despejos das cozinhas e lavanderia eram
lançados pelas janelas e escoavam pelas vias
públicas.
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Breve Histórico do Saneamento
BRASIL
Na época do Império os escravos eram
encarregados de transportar água dos
chafarizes públicos até as residências,
como mostra a pintura de Rugendas.
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Breve Histórico do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
A Cidade do Rio de Janeiro foi a 2ª do mundo, 
como Capital (depois de Londres) a possuir 
serviços de esgotos sanitários e pluviais, que 
viriam a se constituir em uma das mais 
importantes obras públicas, realizadas no 
reinado de D. Pedro II.
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Breve Histórico do Saneamento
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Breve Histórico do Saneamento
BRASIL
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Breve Histórico do Saneamento
BRASIL
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Breve Histórico do Saneamento
BRASIL
❖ Um marco na engenharia urbana nacional foi a 
inauguração da cidade de Belo Horizonte (1987).
❖ Planejada para ser a capital do
estado mineiro, foi servida com
sistema de água e esgotos projetado
por Saturnino de Brito.
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O esgoto sanitário, segundo definição da norma:
“É o despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, 
água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária”. 
O que é o Esgoto Sanitário?
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O que é o Esgoto Sanitário?
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Qual a composição do esgoto?
99,87% 0,04% 0,02% 0,07%
Água
Sólidos 
sedimentáveis
Sólidos não 
sedimentáveis
Substâncias 
dissolvidas
O esgoto é um líquido cuja composição, quando não contém 
resíduos industriais, é de aproximadamente:
Quais as razões para investor em coleta e 
tratamento de esgoto?
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De onde vem o esgoto?
Residências
Rede 
Coletora de 
Esgoto
Estação de Tratamento 
de Esgoto
Manancial
Elevatória
Rede de drenagem
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❖ SISTEMA UNITÁRIO
❖ SEPARADOR PARCIAL
❖ SEPARADOR ABSOLUTO
Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
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❖ SISTEMA UNITÁRIO
❖ SEPARADOR PARCIAL
❖ SEPARADOR ABSOLUTO
Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
Sistema de esgotamento unitário (ou combinado)
Único Sistema: Águas residuárias (domésticas e industriais), águas de 
infiltração (água de subsolo que penetra nas tubulações e órgãos acessórios)
e águas pluviais.
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
◼ Sistema de esgotamento unitário (ou combinado)
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
Rede de esgotos 
e pluvial
E T E
◼ Sistema de esgotamento unitário (ou combinado)
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
Vazões em um sistema unitáro.
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Exemplos de Sistemas Unitários
COLETOR 
EM TÓQUIO 
(1884)
COLETOR 
EM OSAKA
(1573)
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Exemplos de Sistemas Unitários
COLETOR EM PARIS COLETOR EM LONDRES
COLETOR EM PARIS COLETOR EM LONDRES
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PARIS
Exemplos de Sistemas Unitários
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Intensidade de Chuvas
◼ Sistema de esgotamento separador absoluto
◼
◼
◼
Sistemas independentes;
Esgoto sanitário: Águas residuárias e de subsolo;
Drenagem pluvial: Águas pluviais.
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◼ Sistema de esgotamento separador parcial
◼ Único sistema: Parcelas das águas pluviais (telhados e
pátios das economias), águas residuárias e águas de
subsolo.
Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
◼ Sistema de esgotamento separador absoluto
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
Rede de esgotos
Rede pluvial
ETE
◼ Sistema de esgotamento separador absoluto
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
◼ Sistema de esgotamento separador absoluto com
tratamento da carga difusa
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
◼ Carga difusa e águas de 1ª chuva
Chuva
Hietograma
Curso
Concentração
Controle
total
Hidrograma
Controle de poluição
Polutograma
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
chuvas intensas.
◼ Sistema de esgotamento separador absoluto
◼◼
Predominância no Brasil;
Vantagens:
◼
◼
◼
◼
◼
Diversos pontos de lançamento das águas pluviais nos corpos
d’água;
Emprego de diversos materiais para tubulação: cerâmicos,
concreto, PVC ou ferro fundido (casos especiais);
Planejamento de execução das obras por partes (maior
prioridade para a rede sanitária);
Não se condiciona e nem obriga a pavimentação de ruas;
Não extravasamento de esgoto doméstico por conta de
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Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
60
Tipos de sistemas de esgotamento sanitário
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CONCEPÇÃO DE SISTEMAS
DE ESGOTO SANITÁRIO (SES)
Concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário
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“O Estudo de Concepção: Estudo de arranjos das diferentes partes de um
sistema, organizado de modo a formar um todo integrado.....” NBR 9648 (ABNT, 1986).
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Dados e características da comunidade;
Análise do sistema de esgoto sanitário existente;
Estudos demográficos e de uso e ocupação do solo;
Critérios e parâmetros de projeto;
Cálculo das contribuições (doméstica, industrial e infiltração);
◼
Formação criteriosa das alternativas de concepção.
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Estudos de Concepção de SES
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Estudo dos corpos receptores;
Pré-dimensionamento das unidades dos sistemas
desenvolvidos para a escolha da alternativa;
Estimativa de custo das alternativas estudadas;
Comparação técnico-econômica e ambiental das
alternativas;
Alternativa escolhida;
Peças gráficas do estudo de concepção;
◼ Memorial de cálculo.
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Estudos de Concepção de SES
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Estudos de Concepção de SES
▪ Estudo da população da cidade e de sua distribuição na área 
(setores de densidades demográficas diferentes);
▪ Estabelecimento de critério para previsão de vazões
▪ Determinação da vazão específica de esgoto para cada setor;
▪ Estimativa de grandes contribuintes;
▪ Divisão da cidade em bacias ou subacias de contribuição.
◼ e pré-dimensionamento dos Coletores tronco; Traçado
◼
◼
Quantificação preliminar dos serviços que serão executados
(pré-estimativa da extensão dos diversos diâmetros);
Apresentação desses trabalhos:
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◼
◼
Memorial descritivo e justificado;
Planta planialtimétrica da cidade (escala 1:5.000 ou 1:10.000),
com curvas de nível a cada 5 m;
Pré-estimativa das quantidades de serviços e outros.
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Estudos de Concepção de SES
◼ Concepção de coletores secundários:
◼
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◼
◼
Fase inicial do projeto;
Traçado da rede;
Planta planialtimétrica (escala 1:2000 ou 1:1000), com
nivelamento geométrico dos pontos de instalação dos
orgãos acessórios (convenção adequada);
Localização da tubulação, unindo os orgãos acessórios
com a indicação do sentido de escoamento por uma
seta no traçado da tubulação.
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Estudos de Concepção de SES
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Concepção de sistemas de esgoto sanitário
Custos de Implantação
PARTES DE UM SISTEMA
DE ESGOTO SANITÁRIO (SES)
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Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Coletor 
predial
Partes de um SES
Ligação 
Predial
Coletor 
Predial
trecho do coletor predial entre o limite 
do terreno e o coletor de esgoto trecho de tubulação da instalação predial de esgoto 
compreendido entre a última inserção das tubulações que 
recebem efluentes de aparelhos sanitários e o coletor de esgoto
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Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
• Coletor de esgoto: tubulação da rede
coletora que recebe contribuição de esgoto
dos coletores prediais em qualquer ponto
ao longo do seu comprimento.
•
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• Coletor tronco: tubulação da rede de esgoto que recebe apenas contribuição 
de esgoto de outros coletores.
• Órgãos acessórios: dispositivos fixos desprovidos de equipamentos
mecânicos. Podem ser poços de visita (PV), Tubos de Inspeção e Limpeza
(TIL), terminais de limpeza (TL) e caixas de passagem (CP).
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
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• Interceptor: canalização cuja função precípua é receber e transportar o 
esgoto sanitário coletado, caracterizado pela defasagem das contribuições, 
da qual resulta o amortecimento das vazões máximas.
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
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Emissário: Canalização destinada a conduzir os esgotos a um destino
conveniente (ETE e/ou lançamento) sem receber contribuições de marcha;
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Sifão invertido: Obra destinada
à transposição de obstáculo
(depressões do terreno ou cursos
d’água) pela tubulação de esgoto, 
funcionando sob pressão.
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Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Estação Elevatória de Esgoto
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Estação Elevatória de Esgoto
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Estação Elevatória de Esgoto
▪ Estação de tratamento: Conjunto de instalações destinadas à
depuração dos esgotos, antes do lançamento.
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Decantador Secundário Grades
Caixa de areia
Decantador Primário
Manancial
Aerador
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Estação de tratamento
▪ Níveis de Tratamento
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Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
PRELIMINAR PRIMÁRIO SECUNDÁRIO TERCIÁRIO
▪ Corpo de água receptor: qualquer coleção de água natural 
ou solo que recebe o lançamento de esgoto em estágio final.
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Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
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Ligação 
predial
Rede coletora Coletor tronco Interceptador Emissário
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
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Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Interceptor
Coletor tronco
Coletor 
predial
Ramal 
predial
Margeando o curso d’àgua
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PROBLEMAS QUE OCORREM NO SISTEMA
Entupimentos Incrustações
vazamentos
Corrosões
Ligações clandestinas
Partes de um Sistemas de Esgoto Sanitário
Regime Hidráulico
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MAPA MENTAL 
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ALEM SOBRINHO, P.; TSUTIYA, M. T. Coleta e
Transporte de Esgoto Sanitário, 3 ed. Rio de
Janeiro: ABES, 2011.
ZAMBOM, R. C.; CONTRERA, R. C.; SOUZA, T. S.
O. Sistemas de Esgoto Sanitário – Aulas 10,
11 e 12. PHA3412 – Saneamento, Departamento
de Engenharia Hidráulica e Ambiental, Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo, 2017.
137 89
Bibliografia

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