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Aula 03 UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - UNITAU DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL I leonardon.lopes@unitau.br SANEAMENTO II Prof. Leonardo do Nascimento Lopes SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIOS Principais recomendações do projeto de rede do SES 2 Recomendações de Projeto 3 Regime de Escoamento do esgoto nas tubulações Livre: coletores e interceptores Forçado: sifões invertidos e linhas de recalque Regime de Escoamento 4 Vazão: Recomendações de Projeto A vazão de projeto é definida de acordo com: 1,5 L/s ❖Período de projeto; ❖Previsão demográfica; ❖Contribuição per capita; ❖Acréscimos da vazão (k1 e k2) ❖Acréscimos de vazão devido a infiltração; ❖Incrementos de vazão pluvial no sistema ❖Acréscimos de vazão concentrada VAZÃO DE PROJETO 5 Vazão: Recomendações de Projeto Vazão De acordo com a Assoc. Brasileira de Normas Técnicas, na NRB 9649: ❖ Caso inexistam dados pesquisados e comprovados, com validade estatística, a menor vazão que deve ser admitida em qualquer trecho do dimensionamento é: 1,5 L/s ❖ Corresponde à vazão de uma válvula de descarga de vaso sanitário. 6 Vazão: Recomendações de Projeto ❖ O projetista deve ter dados atualizados da localização e vazão das indústrias existentes. ❖ Estimativa de expansão do segmento industrial na área esgotada. Obs: Algumas vezes a vazão de efluente industrial pode ser muito maior do que a contribuição doméstica do trecho. Vazão 7 Vazão: Recomendações de Projeto • Informações nem sempre são fáceis de se obter, solicitar auxílio de entidades: ❖ Federação ou Associação de Indústrias do estado e do município; ❖ CREA; ❖ Secretarias de Meio Ambiente (estado ou município); ❖ Visitar as indústrias, observar horário de lançamento dos efluentes industriais. Efluentes Industriais Vazão 8 Vazão: Recomendações de Projeto Medição de Vazão de esgoto na entrada de uma ETE A medição da vazão em um sistema de esgoto sanitário pode ser realizada em diferentes pontos, dependendo do objetivo da medição e das características do sistema: • Estações de tratamento de esgoto: • Pontos de monitoramento de poluentes • Tubulações de recalque: 9 Vazão: Recomendações de Projeto Medidores de Vazão Efluentes Industriais 10 Vazão: Recomendações de Projeto 11 Diâmetro: Recomendações de Projeto De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas na NBR 9649: • É recomendado o diâmetro mínimo de 100 mm • No entanto, no Estado de São Paulo a SABESP recomenda o uso de 150 mm ou 200 mm como diâmetro mínimo da rede coletora. Diâmetro 12 Diâmetro: D = 150 mm Q = 1,5 L/S Recomendações de ProjetoDiâmetro A determinação do diâmetro é feita levando em consideração uma relação entre a lâmina máxima de 75% do escoamento e o diâmetro. 13 DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO 𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 = 𝑑0 = 0,3145 (𝑄𝑓/𝐼0 1/2)3/8 ou Objetivos: • Assegurar que a tubulação funcione como conduto livre para vazão de final de plano. • A lâmina não vai passar de 75%. Igual ou inferior a 75% do diâmetro do coletor. 14 Vazão: Recomendações de Projeto 15 Declividade: Recomendações de projeto DECLIVIDADE DA TUBULAÇÃO • Autolimpeza de sólidos; • Questões econômicasSem inclinação Adequada inclinação Elevada inclinação Todos os dejetos escoam Dejeto retidos 16 Declividade : Recomendações de projeto Então, a determinação da declividade do coletor está vinculada a dois conceitos: 1. A autolimpeza ou arraste de sedimentos 2. E a economicidade do investimento, direta e fortemente ligada à profundidades de assentamento dos condutos. Declividade 17 Declividade Mínima: Recomendações de projeto Esses conceitos definem duas declividades: 2. A Declividade de Terreno ou Econômica: Deve evitar o aprofundamento desnecessário dos coletores, fixando a profundidade mínima admitida no projeto. 1. A Declividade Mínima: Deve garantir o deslocamento e o transporte dos sedimentos usualmente encontrados no fluxo do esgoto, promovendo a autolimpeza dos condutos. 18 Declividade Mínima: Recomendações de projeto Declividade Mínima Inclinação necessária para o arraste Declividade 19 Declividade Mínima: Recomendações de projeto Declividade do Terreno A declividade do terreno (It) é calculada pela diferença entre a CTM (cota do terreno a montante) e CTJ (cota do terreno a jusante Declividade 20 Declividade Mínima: Recomendações de projeto A declividade deve ser a mínima possível, uma vez que a profundidade aumenta ao longo do trecho. Custo Assentamento Rede Profundidade • Diferença de cotas; • Distância; • Declividade Declividade 21 Declividade Mínima: Recomendações de projeto Declividade 22 Declividade Mínima: Recomendações de projeto Declividade 23 Declividade Mínima Declividade Mínima: Recomendações de projeto 1. Coletores com grandes profundidades; 2. Coletores com grandes diâmetros; 3. Coletores com grandes extensões; 4. Singularidades com profundidade excessiva 5. Estações elevatórias em excesso.Portanto, sempre que possível, o projetista deve aproveitar a topografia de terreno para evitar: Declividade 24 Vazão: Recomendações de Projeto 25 Vazão: Recomendações de Projeto 26 Tensão Trativa: Recomendações de projeto Tensão Trativa ou Tensão de Arraste A tensão trativa é definida como uma tensão tangencial exercida sobre a parede do conduto líquido escoado. Valor normalmente determinado através de pesquisa em campo, depende de vários fatores: ❖ Peso específico da partícula e do líquido; ❖ Dimensões da partícula; ❖ Viscosidade do líquido 27 Tensão Trativa: Recomendações de projeto Tensão Trativa ou Tensão de Arraste OBJETIVOS da tensão trativa: 1. Levar a tubulação o mais próximo possível da superfície, atendendo ao recobrimento; 2. Declividades menores possíveis para evitar escavação; 3. Evitar que a tubulação ficasse com sedimento 28 Tensão Trativa: Recomendações de projeto Tensão Trativa e o arraste dos Materiais Sólidos F T F = ɤ. A.L 29 Tensão Trativa: Recomendações de projeto 30 Distribuição experimental da tensão trativa em conduto circular Tensão Trativa: Recomendações de projeto 31 Tensão Trativa: Recomendações de projeto 32 Tensão Trativa: Recomendações de projeto Tensão Trativa e o Arraste dos Materiais Sólidos A recomendação é garantir em cada trecho da rede coletora: 33 Tensão Trativa: Recomendações de projeto Tensão Trativa e o controle de Sulfeto O Sulfeto de hidrogênio (H2S ou gás sulfídrico). ❖ É o mais importante gás observado em sistemas de coleta e transporte de esgoto sanitário, associado à produção de odores desagradáveis, corrosão e toxidez. ❖ Odor característico de ovo podre, é extremamente tóxico, é corrosivo a metais como ferro e zinco, cobre, chumbo e cádmio, precursor de ácido sulfídrico (H2SO4). H2S 34 Tensão Trativa: Recomendações de projeto Tensão Trativa e o controle de Sulfeto Sulfeto em Esgoto Sanitário Provenientes: ❖ Despejos industriais; ❖ Águas de infiltração; ❖ Decomposição anaeróbia da matéria orgânica contendo enxofre Principal origem de sulfeto em esgoto sanitário é devido a ação de bactérias que reduzem o sulfato para obter energia para sua manutenção e crescimento. 35 Tensão Trativa: Recomendações de projeto Tensão Trativa e o controle de Sulfeto 36 Tensão Trativa: Recomendações de projeto 37 Tensão Trativa: Recomendações de projeto 38 Velocidade Crítica: Recomendações de projeto Velocidade de Escoamento e Velocidade Crítica Pelo fato das declividades elevadas contribuírem para grandes profundidades e entrada de bolhas no escoamento, a NBR 9649, sugere que a máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidade final de escoamento de 5m/s. 39 Velocidade Crítica: Recomendações de projeto Velocidade de Escoamento e Velocidade Crítica Quando a velocidade final (Vf) é superior à velocidade crítica (Vc), a lâmina de água máxima deve ser reduzida para 50% dodiâmetro do coletor. 40 Velocidade Crítica: Recomendações de projeto Escoamento em tubulações com grande declividade Quanto maior a declividade Maior velocidade Maior vazão 41 Velocidade Crítica: Recomendações de projeto • Detalhes do lançamento de gotas d’água devido a turbulência na superfície do escoamento. 42 DETERMINAÇÃO DO RAIO HIDRÁULICO Rhi e Rhf 43 DETERMINAÇÃO DO RAIO HIDRÁULICO Rhi e Rhf Aplicação da equação de Manning. RHi -> importante para definir a Tensão Trativa RHf -> importante para definir a Velocidade Crítica Parâmetros e valores da Eq. de Manning -> Tabela Para determinação do raio hidráulico em função de Y/D -> Tabela auxiliar 44 DECLIVIDADE 45 RAIO HIDRÁULICO E LÂMINA DE ESCOAMENTO Relação entre Raio Hidráulico e Lâmina de Escoamento 46 RAIO HIDRÁULICO E LÂMINA DE ESCOAMENTO 47 RAIO HIDRÁULICO E LÂMINA DE ESCOAMENTO Elementos hidráulicos na relação entre Raio Hidráulico e Lâmina (Y/D) (ábaco) 48 Exemplo de cálculo Exemplo 01 – Considerando declividade de 0,004 m/m, diâmetro de 600 mm, vazão a seção plena de 388,34 L/s e velocidade a seção plena de 1,37 m/s, qual a lâmina líquida em coletor com vazão de projeto 280 L/s? a) Calcular a relação vazão de projeto / vazão plena; b) Marcar esse valor no eixo das abscissas. c) Traçar linha paralela ao eixo das abcissas, do ponto da curva de vazão até o eixo das ordenadas; d) Traçar reta paralela ao eixo das abcissas, do ponto da curva de vazão até o eixo das ordenadas; e) Anotar valor no eixo das ordenadas; f) Multiplicar o valor anotado (0,61) pelo diâmetro (600 mm); O resultado (366 mm) é a altura da lâmina líquida na vazão de projeto 280 L/S 280 388,34 = 0,721 𝐿/𝑠a) 0,72 0,61 49 Exercício Aumentando a declividade para 0,0050 m/m e utilizando o mesmo diâmetro (600 mm) do exemplo 1, a lâmina d’água será maior ou menor para a mesma vazão de projeto de 280 L/S? a) Verificar na Tabela 3 a vazão e a velocidade a seção plena. b) Calcular a relação vazão de projeto / vazão seção plena; c) Marcar esse valor no eixo das abscissas; d) Traçar linha paralela ao eixo das ordenadas do valor marcado até o ponto de intercessão com a curva vazão; e) Traçar reta paralela ao eixo das abcissas, do ponto da curva de vazão até o eixo das ordenadas; f) Anotar o valor do eixo das ordenadas g) Multiplicar o valor anotado pelo diâmetro; O resultado é a altura da lâmina líquida na vazão de projeto (280 L/s). 50 Exemplo de cálculo 280 434,17 = 0,65 𝐿/𝑠a) 0,65 0,59 Aumentando a declividade para 0,0050 m/m e utilizando o mesmo diâmetro (600 mm) do exemplo 1, a lâmina d’água será maior ou menor para a mesma vazão de projeto de 280 L/S? a) Verificar na Tabela 3 a vazão e a velocidade a seção plena, no caso, 434,17 L/s e 1,54 m/s, respectivamente; b) Calcular a relação vazão de projeto / vazão seção plena, no caso, (0,65); c) Marcar esse valor no eixo das abcissas; d) Traçar linha paralela ao eixo das ordenadas do valor marcado até o ponto de intercessão com a curva vazão; e) Traçar reta paralela ao eixo das abcissas, do ponto da curva de vazão até o eixo das ordenadas; f) Anotar o valor do eixo das ordenadas (0,59) conforme mostrado no desenho 26; g) Multiplicar o valor anotado (0,59) pelo diâmetro (600 mm); O resultado (354 mm) é a altura da lâmina líquida na vazão de projeto (280) 51 Descrições das simbologias utilizadas na rede SES 52 Projeto de Traçado de Rede 53 54 EXEMPLO NOME DO TRECHO COMPRIMENTO (m) PROF. JUS. (m)PROF. MONT. (m) DECLIVIDADE (mm)DIÂMETRO COTA DO TERRENO COTA DO FUNDO Nº PV COTA DO TERRENO COTA DO FUNDO Nº PV 55 EXEMPLO 56 EXEMPLO 57 DETERMINAÇÃO DO RAIO HIDRÁULICO Rhi e Rhf 58 DETERMINAÇÃO DO RAIO HIDRÁULICO Rhi e Rhf 59 Projeto de Traçado de Rede 60 PLANILHA DE CÁLCULO 61 PLANILHA DE CÁLCULO 62 PROJETO EXECUTIVO 63 PROGRAMAS 64 Teste 2 65 REFERÊNCIAS TH029_03_RedeColetoraEsgoto_02 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65
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