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AULA 04
Temas:
Processo de Habilitação para o casamento.
Celebração do Casamento
D I R E I T O C I V I L I V - F A M Í L I A
• Comunhão plena de vida;
• Gratuita a celebração do Casamento Civil;
• Se realiza no momento da declaração do Juiz, após
manifestação de vontade dos noivos;
• Possível atribuir efeitos civis ao casamento religioso,
dentro de 90 dias de sua celebração, se atendidos o
processo de habilitação.
- Art. 1511 a 1516, CC.
CASAMENTO
CAPACIDADE PARA O CASAMENTO
• O Código Civil de 1916 estipulava, como idade para casar, a de
16 para as mulheres e a de 18 para os homens.
• O Código Civil de 2002 equiparou a capacidade matrimonial
do homem e da mulher aos 16 anos de idade em razão da
igualdade de direitos e deveres entre os cônjuges, prevista no
§ 5º do art. 226 da Constituição Federal. Com a celebração do
casamento cessa a incapacidade dos nubentes (art. 5º,
parágrafo único, II). Desfeito o vínculo matrimonial pela viuvez
ou divórcio, mantém-se a capacidade civil.
• Já vimos na aula anterior: necessidade de autorização dos
pais e o suprimento judicial da denegação injusta.
CAPACIDADE PARA O CASAMENTO DA 
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
• A Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015, que instituiu a Lei Brasileira de
Inclusão de Pessoa com Deficiência deu nova redação aos arts. 3º e 4º
do Código Civil, considerando absolutamente incapazes somente os
menores de dezesseis anos e colocando a pessoa com deficiência como
relativamente incapazes.
• Assim, eventual deficiência mental ou intelectual, por si, não afastam a
capacidade civil das pessoas, salvo se, em decorrência delas, não
puderem exprimir sua vontade.
• O art. 6º da mencionada Lei n. 13.146/2015 dispõe que a deficiência
não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para casar-se e
constituir união estável, exercer direitos sexuais e reprodutivos e outros
diretamente ligados aos direitos e deveres do casamento. E o § 2º do
art. 1.550 do Código Civil, introduzido pela aludida lei, proclama: “A
pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil poderá
contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio
de seu responsável ou curador”.
INCAPACIDADE IMPEDIMENTO
Inaptidão para casar com 
qualquer pessoa.
Falta de legitimação: o agente goza 
de aptidão para o ato solene, no 
entanto, não lhe é permitido 
constituir o vinculo matrimonial 
com determinada pessoa.
Exemplo: 
menor de 16 anos, pessoa já 
casada.
Exemplo:
Casamento de ascendentes com 
descendentes. (impedimento 
decorrente de parentesco).
RELEMBRANDO...
PROCESSO DE HABILITAÇÃO DO 
CASAMENTO
• É interesse do Estado que as famílias se constituam
regularmente. Por isso, o casamento enseja o
cumprimento de uma série de formalidades.
• A lei considera relevante que o consentimento dos
nubentes obedeça a certas solenidades, não só para que
seja manifestado livremente, como também para facilitar
a prova do ato.
• As formalidades preliminares dizem respeito ao processo
de habilitação, que se desenvolve perante o oficial do
Registro Civil (CC, art. 1.526), que destina-se este a
constatar a capacidade para o casamento, a inexistência
de impedimentos matrimoniais e a dar publicidade à
pretensão dos nubentes.
PROCESSO DE HABILITAÇÃO
Além de permitir a verificação da presença dos requisitos
essenciais do casamento e da capacidade dos nubentes, o
processo de habilitação permite ainda o exame de
situações que possam, de algum modo, ameaçar a ordem
pública, como o parentesco próximo dos nubentes,
proibindo-se a realização do enlace para preservar a
eugenia e a moral familiar. (causas de impedimento e
suspensão, vistas na aula anterior)
Possibilita ainda evitar uniões decorrentes de outras
circunstâncias prejudiciais ou em que existam defeitos
impossíveis de serem supridos ou sanados.
Vide: art. 1.525 a 1.532 do CC.
• Tem a finalidade de comprovar que os noivos preenchem
os requisitos que a lei estabelece para o casamento.
• É por meio dele que as partes demonstram, através dos
documentos exigidos, estar em condições de convolar as
justas núpcias.
• Não basta a presença dos requisitos gerais de validade
dos contratos (capacidade dos agentes, objeto
lícito/possível/determinante/determinável, observância de formalidades
legais).
• Em razão da seriedade e importância do ato, exige a
comprovação de outros pressupostos, alguns de ordem
física e psíquica, outros de cunho jurídico.
PROCESSO DE HABILITAÇÃO 
PARA O CASAMENTO
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será
firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido,
por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal
estiverem, ou ato judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que
atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba
de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos
contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de
nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do
registro da sentença de divórcio.
Documentos necessários
• Comprovar que os noivos atingiram a idade mínima
(idade núbil);
• Ou se ultrapassaram os 70 anos;
(regime separação de bens obrigatório – 1641, II);
Não há limite de idade para o casamento de pessoas idosas. A única restrição
é a concernente à imposição do regime da separação de bens às maiores de
70 anos, de constitucionalidade duvidosa. Já se decidiu, com efeito, que a
referida restrição é incompatível com as cláusulas constitucionais de tutela
da dignidade da pessoa humana, da igualdade jurídica e da intimidade, bem
como com a garantia do justo processo da lei, tomado na acepção
substantiva (CF, arts. 1º, III, e 5º, I, X e LIV).
Certidão de nascimento 
(1525, I CC)
• Autorização por escrito dos pais ou responsáveis pelos
nubentes menores ou incapazes;
- Se o genitor não souber escrever: assinatura a rogo,
acompanhado de duas testemunhas;
- Na falta de um genitor, o outro pode conceder a autorização;
- Divergência entre os pais: pode qualquer um recorrer ao
judiciário (art. 1631).
• Suprimento judicial: quando injusta a denegação (art. 1519, CC).
Ex: ciúme excessivo dos pais.
- anulabilidade: art. 1550, II;
AUTORIZAÇÃO DAS PESSOAS SOB CUJA
DEPENDENCIA LEGAL ESTIVEREM ou ato judicial
que a supra - (1525, II CC)
▪ Pessoa com deficiência (mental ou intelectual)
poderá contrair matrimônio, expressando sua
vontade por meio do responsável ou curador.
(1550 §2º) – inserido pelo Estatuto da Pessoa com
Deficiência 13.146/2015.
- A curatela afetará somente os atos de natureza patrimonial e
negocial, não alcançando o direito ao próprio corpo, à
sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, educação, saúde e
voto – art. 85§1º EPD
AUTORIZAÇÃO DAS PESSOAS SOB CUJA
DEPENDENCIA LEGAL ESTIVEREM ou ato judicial
que a supra - (1525, II CC)
• A lei permite que sejam parentes;
• Objetivo de confirmar a identificação dos
contraentes e a inexistência de impedimentos
para a realização do casamento;
• Não tem o condão de opor eventual
impedimento na forma da lei;
DECLARAÇÃO DE DUAS PESSOAS MAIORES QUE
ATESTEM CONHECÊ-LOS E DECLAREM INEXISTIR
IMPEDIMENTO. (1525, III CC)
• Oferece ao oficial do registro civil aferir a
existência de eventuais impedimentos;
• Recebe a denominação de memorial – destina-se
a perfeita identificação dos contraentes e deve
ser assinado por eles.
Ex: maiores, solteiros, viúvos ou divorciados, se há filhos
de casamentos anteriores, se ambos tem domicilio na
localidade (influencia na publicação do proclamas).
DECLARAÇÃO DO ESTADO CIVIL, 
DO DOMICÍLIO– ART. 1525, IV
• O viúvo deve provar o estado com a certidão de
óbito do cônjuge falecido;
• O divorciado deve juntar a sentença;
• Objetivo: evitar o casamento de pessoas
casadas;
Certidão de óbito do cônjugefalecido, da
anulação do casamento anterior – art. 1525, V.
• Os nubentes entregam o pedido de habilitação,
acompanhados dos documentos obrigatórios,
pessoalmente (ou por procurador), no Cartório de
Registro Civil;
• Estando em ordem a documentação, será fixado edital
em cartório por quinze dias; (havendo urgência, essa publicação
poderá ser dispensada)
• Cumpridas as formalidades, e inexistindo fato obstativo,
será expedido o certificado de habilitação pelo oficial do
registro;
• A habilitação vale por 90 dias;
PROCEDIMENTO DA HABILITAÇÃO
O QUE SERIA ESSA URGÊNCIA?
• O Código Civil não define qual seria o motivo de
urgência. Também não o faz o art. 69 da Lei dos
Registros Públicos.
• Exige este apenas que os contraentes, em petição
dirigida ao juiz, deduzam “os motivos de urgência do
casamento, provando-a, desde logo, com
documentos ou indicando outras provas para
demonstração do alegado”.
• Tais motivos podem ser, por exemplo, moléstia grave
ou iminente risco de vida de um dos cônjuges;
viagem imprevista e demorada; prestação de serviço
público obrigatório, inadiável e que determine, para
seu desempenho, a ausência temporária do
domicílio; parto próximo da futura mulher etc.
EXCEÇÃO DO RITO DA 
HABILITAÇÃO...
• O art. 1.540 do Código Civil dispensa não só a publicação
dos proclamas como também a própria habilitação e a
celebração presidida pela autoridade competente
“quando algum dos contraentes estiver em iminente
risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à
qual incumba presidir o ato”, exigindo, em contrapartida,
uma série de formalidades e providências a serem
tomadas posteriormente, descritas no art. 1.541 e seus
parágrafos.
CASAMENTO NUNCUPATIVO – ART. 1.539,CC
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas
suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada,
instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do
lugar onde possam ser obtidas.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus
representantes nota da oposição, indicando os fundamentos,
as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável
para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as
ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.
Oposição de impedimentos/causas
suspensivas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso
de direito civil, volume 6: direito de família. 12. ed. ampliada e
atualizada. São Paulo: Saraiva Educação, 2022. [BIBLIOTECA
VIRTUAL]
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6:
direito de família. 20. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2023.
[BIBLIOTECA VIRTUAL].
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 11.ed.,
rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2016.
CELEBRAÇÃO DO 
CASAMENTO
• Ritual com incidências de normas públicas;
• Ato solene;
• Formalidade;
• Relevância Social;
FORMALIDADES
• Acentuar aos olhos dos nubentes e de terceiros
o alcance e significação do ato matrimonial;
• A celebração do casamento sem o atendimento
dos rigores da lei torna inexistente o ato, salvo
casos excepcionais de dispensa, no casamento
nuncupativo e na conversão da união estável
em casamento.
INTUITO DA FORMALIDADE
• Peticionar à autoridade que presidirá o ato a
designação do dia, hora e local da celebração (art.
1533, CC);
• LOCAL: público ou particular, com portas abertas
(art. 1534, CC);
• HORA: dia ou noite, evitando que ocorra de
madrugada ou altas horas noturnas;
• DIA: Qualquer dia, inclusive domingos e feriados;
• TESTEMUNHAS: imprescindível (1534, caput e
parágrafos.
• AUTORIDADE COMPETENTE: Juiz de Paz (98, II
CF/88) ou Juiz de Direito.
CELEBRAÇÃO
Código Civil
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente
designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante
petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do
art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda
publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas,
parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a
autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
§ 1 o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de
portas abertas durante o ato.
§ 2 o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se
algum dos contraentes não souber ou não puder escrever.
• Art. 1.535. Presentes os contraentes, em
pessoa ou por procurador especial, juntamente
com as testemunhas e o oficial do registro, o
presidente do ato, ouvida aos nubentes a
afirmação de que pretendem casar por livre e
espontânea vontade, declarará efetuado o
casamento, nestes termos:
"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar
perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em
nome da lei, vos declaro casados."
MOMENTO DA CELEBRAÇÃO
• Comparecimento simultâneo dos nubentes;
• Vontade manifestada;
• Princípio da atualidade do mútuo consenso;
• ATENÇÃO!!!
Não se admite vontade formulada
anteriormente a solenidade. Exceção: art. 1542, CC
• Conclusão: Declaração solene do Celebrante.
MOMENTO DA CELEBRAÇÃO
• Pessoal e Oral
- Surdos: perguntas e respostas escritas;
- Mudo: respostas por sinal;
▪ Consentimento inequívoco;
▪ O silêncio não pode ser interpretado
como manifestação de vontade;
CONSENTIMENTO – art. 1535
E SE A VONTADE NÃO FOR 
INEQUÍVOCA?
• PODE BRINCAR? 
• CABE RETRATAÇÃO?
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente
suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos
mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não
será admitido a retratar-se no mesmo dia.
OUTRAS CAUSAS: 1.518 e 1.522
DA SUSPENSÃO DA 
CELEBRAÇÃO
• Objetivos:
- resguardar a vontade do nubente de qualquer
interferência;
- A lei permite uma espera para que o nubente medite
e, se retornar, traga uma deliberação segura e
amadurecida;
• A retratação não será aceita ainda que o nubente
provocador do incidente declare tratar-se de simples
graça;
• EFEITO: Se prosseguir a celebração e o ato for
concluído e registrado: casamento inexistente.
SUSPENSÃO DA CELEBRAÇÃO –
art. 1538, CC
RETRATAÇÃO...
• Segundo GONÇALVES (2023), A retratação não será aceita ainda
que o nubente provocador do incidente declare tratar-se de
simples gracejo. A intenção da lei é resguardar a vontade do
nubente contra qualquer interferência. Mesmo que não se
encontre sob influência estranha, a lei lhe propicia um compasso de
espera para que medite e, se retornar, traga uma deliberação
segura e amadurecida.
• O certo é designar-se o casamento para o dia seguinte ou para nova
data, dentro do prazo de eficácia da habilitação, para permitir uma
serena reflexão do nubente indeciso. Será caso de nulidade virtual
do casamento se a retratação for admitida no mesmo dia, por
contrariar proibição expressa, constante de norma cogente.
• Em hipótese nenhuma, portanto, o casamento poderá realizar-se
no mesmo dia em que fora suspenso em virtude da recusa de um
dos contraentes em afirmar a sua vontade de casar, ou da
declaração de não ceder a um impulso livre e espontâneo, ou da
manifestação de seu arrependimento.
• Após as formalidades (processo de habilitação
e a celebração);
• Publicidade do ato;
• Prova da realização e do regime de bens;
• A falta do registro: não torna inválido;
Em contrário: casamento religioso (art. 1.515, CC);
ASSENTO DO CASAMENTO NO 
LIVRO DE REGISTRO – art. 1536, CC.
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento
no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos
cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e
residência atual dos cônjuges;II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio
e residência atual dos pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução
do casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das
testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em
cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o
da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
Art. 1536, CC
• Art. 1542, CC;
• Homem ou mulher que represente qualquer dos noivos; 
• Procuradores distintos;
• Eficácia do mandato: 90 dias (art. 1542, §3º, CC);
• Não é admitido em todos os Países.
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento 
público, com poderes especiais.
§ 1 o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; 
mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem 
ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2 o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar 
no casamento nuncupativo.
§ 3 o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4 o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
CASAMENTO POR 
PROCURAÇÃO
Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil
prova-se pela certidão do registro.
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do
registro civil, é admissível qualquer outra espécie
de prova.
DA PROVA DO CASAMENTO -
Brasil
PROVA
ESPECÍFICA
PROVA
SUPLEMENTAR
• Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no
estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules
brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a
contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no
cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1o Ofício
da Capital do Estado em que passarem a residir.
- Documento estrangeiro autenticado;
- Registrado no Cartório em até 180 dias;
- Pode ser celebrado perante o cônsul ou autoridade
competente do lugar
Da prova do casamento -
estrangeiro
ESPÉCIES DE 
CASAMENTO VÁLIDO
• CASAMENTO PUTATIVO – ART. 1561, CC
• CASAMENTO NUNCUPATIVO – ART. 1539 e 1540, CC
• CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS
• CASAMENTO CONSULAR
• CONVERSÃO DE UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO; 
ESPÉCIES DE CASAMENTO 
VÁLIDO
• Putativo: vem do latim – putare. Significa reputar. Estar convencido
da verdade de um fato.
• CONCEITO: Art. 1561. Embora anulável ou mesmo nulo, se
contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento,
em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos
até o dia da sentença anulatória.
• A essência está na boa-fé; (presumida)
• Necessidade de mitigação dos efeitos da nulidade, principalmente
para a prole inocente.
• Momento de apuração da boa fé: celebração.
• Má-fé posterior não prejudica;
• Efeitos: produz efeitos até a data da sentença que lhe ponha termo.
• Eficácia da decisão: Ex Nunc.
1. CASAMENTO PUTATIVO
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o
presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido,
sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que
saibam ler e escrever.
§ 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para
presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos
legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado
pelo presidente do ato.
§ 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no
respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas
testemunhas, ficando arquivado.
MOLÉSTIA GRAVE
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco
de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba
presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser
celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes
não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo
grau.
Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas
comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em
dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I - que foram convocadas por parte do enfermo;
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e
espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
IMINENTE RISCO DE VIDA
MOLÉSTIA GRAVE IMINENTE RISCO DE VIDA
Pressupõe realizado o processo de
habilitação.
Pressupõe já satisfeitas as
formalidades preliminares do
casamento e o oficio tenha expedido o
certificado de habilitação, mas a
gravidade do estado de saúde de um
dos nubentes o impede de locomover-
se e de adiar a cerimônia
Se o certificado de habilitação não foi
expedido, deve a autoridade
celebrante exigir a apresentação dos
documentos necessários, podendo
dispensar, em face da urgência, a
publicação dos proclamas.
Se permite a dispensa do processo de
habilitação e até a presença do
celebrante.
Processo de habilitação é feito em
momento posterior, por meio da
autoridade judiciária, com a oitiva do
MP e realização de diligências
necessárias. Após proferida a sentença
e transitada em julgado, o juiz
determina o registro no livro, com
efeitos retroativos à data da
celebração.
Celebrado perante DUAS testemunhas Celebrado perante SEIS testemunhas
(NÃO PODEM SER PARENTES)
• O casamento religioso é equiparado ao
casamento civil. Todavia, sua validade está
condicionada à habilitação e ao registro no livro
(Registro Civil das Pessoas Naturais).
• Duas formas:
- Prévia habilitação (art. 1.516 §1º);
- Habilitação posterior (art. 1.516 §2º);
• Efeitos: a partir da data da celebração (ex tunc);
3. CASAMENTO RELIGIOSO 
COM EFEITOS CIVIS
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos
requisitos exigidos para o casamento civil.
§ 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido
dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do
celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer
interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação
regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de
nova habilitação.
§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas
neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for
registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia
habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do
art. 1.532.
§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele,
qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento
civil.
Art. 1516, CC
HABILITAÇÃO PRÉVIA
• Após processada e homologada a habilitação na
forma do Código Civil e obtido o certificado de
habilitação, será ele apresentado ao ministro
religioso, que o arquivará.
• Celebrado o casamento, deverá ser promovido o
registro, dentro de noventa dias de sua
realização, mediante comunicação do celebrante
ao ofício competente, ou por iniciativa de
qualquer interessado.
HABILITAÇÃO POSTERIOR
• Na outra hipótese, após celebrado o casamento
religioso, os nubentes requererão o registro, a
qualquer tempo, instruindo o pedido com
certidão do ato religioso e com os documentos
exigidos pelo art. 1.525 do Código Civil.
• Processada e homologada a habilitação e
certificada a inexistência de impedimento, o
oficial fará o registro do casamento religioso,
lavrando o assento.
• É aquele celebrado por brasileiro no estrangeiro,
perante autoridade consular brasileira;
• Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no
estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os
cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e
oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os
cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio,
ou, em sua falta, no 1o Ofício da Capital do Estado em
que passarem a residir.
4. CASAMENTO CONSULAR
• Art. 1.726.A união estável poderá converter-se em
casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e
assento no Registro Civil.
5. CONVERSÃO DE UNIÃO 
ESTÁVEL EM CASAMENTO
CONTATO
• VIA E-MAIL INSTITUCIONAL
ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
mailto:ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
	Slide 1: AULA 04
	Slide 2: CASAMENTO
	Slide 3: CAPACIDADE PARA O CASAMENTO
	Slide 4: CAPACIDADE PARA O CASAMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
	Slide 5: RELEMBRANDO...
	Slide 6: PROCESSO DE HABILITAÇÃO DO CASAMENTO
	Slide 7: PROCESSO DE HABILITAÇÃO
	Slide 8: PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
	Slide 9: Documentos necessários
	Slide 10: Certidão de nascimento (1525, I CC)
	Slide 11: AUTORIZAÇÃO DAS PESSOAS SOB CUJA DEPENDENCIA LEGAL ESTIVEREM ou ato judicial que a supra - (1525, II CC)
	Slide 12: AUTORIZAÇÃO DAS PESSOAS SOB CUJA DEPENDENCIA LEGAL ESTIVEREM ou ato judicial que a supra - (1525, II CC)
	Slide 13: DECLARAÇÃO DE DUAS PESSOAS MAIORES QUE ATESTEM CONHECÊ-LOS E DECLAREM INEXISTIR IMPEDIMENTO. (1525, III CC)
	Slide 14: DECLARAÇÃO DO ESTADO CIVIL, DO DOMICÍLIO– ART. 1525, IV
	Slide 15: Certidão de óbito do cônjuge falecido, da anulação do casamento anterior – art. 1525, V.
	Slide 16: PROCEDIMENTO DA HABILITAÇÃO
	Slide 17: O QUE SERIA ESSA URGÊNCIA?
	Slide 18: EXCEÇÃO DO RITO DA HABILITAÇÃO...
	Slide 19: Oposição de impedimentos/causas suspensivas
	Slide 20: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
	Slide 21
	Slide 22: FORMALIDADES
	Slide 23: INTUITO DA FORMALIDADE
	Slide 24: CELEBRAÇÃO
	Slide 25: Código Civil
	Slide 26: MOMENTO DA CELEBRAÇÃO
	Slide 27: MOMENTO DA CELEBRAÇÃO
	Slide 28: CONSENTIMENTO – art. 1535
	Slide 29: E SE A VONTADE NÃO FOR INEQUÍVOCA?
	Slide 30
	Slide 31: DA SUSPENSÃO DA CELEBRAÇÃO
	Slide 32: SUSPENSÃO DA CELEBRAÇÃO – art. 1538, CC
	Slide 33: RETRATAÇÃO...
	Slide 34: ASSENTO DO CASAMENTO NO LIVRO DE REGISTRO – art. 1536, CC.
	Slide 35: Art. 1536, CC
	Slide 36: CASAMENTO POR PROCURAÇÃO
	Slide 37: DA PROVA DO CASAMENTO - Brasil
	Slide 38: Da prova do casamento - estrangeiro
	Slide 39
	Slide 40: ESPÉCIES DE CASAMENTO VÁLIDO
	Slide 41: 1. CASAMENTO PUTATIVO
	Slide 42: MOLÉSTIA GRAVE
	Slide 43: IMINENTE RISCO DE VIDA
	Slide 44
	Slide 45: 3. CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS
	Slide 46: Art. 1516, CC
	Slide 47: HABILITAÇÃO PRÉVIA
	Slide 48: HABILITAÇÃO POSTERIOR
	Slide 49: 4. CASAMENTO CONSULAR
	Slide 50: 5. CONVERSÃO DE UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
	Slide 51: CONTATO

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