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O�tetríci� Diagnóstico e Conduta Pr� - Nata� Consulta� 1º Consulta - 12ª semana Até a 28ª semana - mensal 28ª - 36ª semana - quinzenal 36ª semana até o parto - semanal Infecçõe� S�ualment� Transmissívei� Sífilis (LUES) ● Quando tratar? ○ No momento do diagnóstico ○ Na aplicação de qualquer terapia não-penicilinica ou penicilinica incompleta (tempo e/ou dose) ○ Na instituição de tratamento dentro dos 30 dias anteriores ao parto ○ Manutenção de contato sexual com parceiro não tratado. ● Diagnóstico: ○ Teste rápido (exame treponêmico) - realizado na UBS ○ VDRL (exame não treponêmico) - reagente ( titulação da carga treponêmica, sendo que quanto maior for o denominador, maior a carga treponêmica) e não reagente ■ Quantitativo de 1/8 (ponto de corte), pois pode dar positivo em caso de cicatriz sorológica (exame positivo com titulação baixa devido à memória) ○ FTA-Abs (exame treponêmico) - IgM e IgG. ● Tratamento: 1 ● Via de Parto: obstetrica ○ A cesariana não protege o feto contra sífilis congênita, uma vez que a transmissão ocorre de forma transplacentária e não intraparto. ○ A transmissão durante o parto vaginal é extremamente rara e ocorre apenas se a gestante apresentar cranco duro no canal do parto ● Cura ○ VDRL mensalmente em gestantes ○ Resposta adequada ■ Diminuição da titulação do teste não treponêmico em duas titulações em até três meses e quatro diluições em até seis meses, com evolução até a negativação (exemplo: pré-tratamento 1:64 e, em três meses, 1:16 ou, em seis meses, 1:4). ■ Queda da titulação em duas titulações dentro de seis meses para sífilis recente e doze meses para sífilis tardia ● Não cura ○ VDRL mensalmente em gestantes ○ Critérios para rastreamento: reinfecção e/ou reativação ■ Ausência da redução da titulação em duas titulações no intervalo de seis meses para sífilis recente e doze meses para sífilis tardia ■ Aumento da titulação em duas diluições ou mais ■ Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos ■ Interrupção do tratamento Hepatite B (HVB) ● Durante a gestação o feto estará protegido, pois o antígeno e o anticorpo materno passarão pela placenta para o feto, sem causar lesão no hepatócito do feto. ● O parto é obstétrico - pode ser normal ou cesariano ● Nas primeiras 72h após o parto, o RN deverá receber a vacina contra hepatite B e a imunoglobulina para hepatite B ● Tratamento Profilático ○ TENOFOVIR no terceiro trimestre 2 ■ HBsAg reagente ■ HBeAg reagente (replicação viral) ■ Gestante com CV > 200.000UI/ml ou desconhecida ■ Gestante com HBV crônica: manter tenofovir ● Tratamento Antiviral ○ TENOFOVIR ■ Gestante > 30 anos e HBeAg reagente ■ Gestante com CV > 2000UI/ml e ALT (TGP) 1,5 x o limite superior da normalidade, mantido por 3 a 6 meses ■ Gestante com HBV crônica: manter tenofovir Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV): ● Teste Rápido: ● Tratamento TARV (AZT - Zidovudina): ○ Todas as gestantes HIV positiva ● Tratamento prévio ○ Manter medicação ● Sem tratamento prévio: TDF+3TC+DTG ○ Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir ○ Qualquer idade gestacional ● Esquema alternativo ○ Tenofovir + Lamivudina + atazanavir / ritonavir 3 ○ Tenofovir + Lamivudina + efavirenz ● Via de parto: ○ Cesariana - parto empelicado Herpes Vírus Tipo II - Genital (HSV) ● Tratamento ○ Aciclovir - em qualquer momento da gestação ○ Analgésico - paracetamol para lesões grandes ○ Higiene local - lesões são muito úmidas ● Terapia de supressão ○ 36ª semana de gestação ■ Indicada para todas as gestantes que apresentaram qualquer tipo de episódio em qualquer momento da gestação. ■ 400mg de Aciclovir diariamente ● Via do parto ○ Vaginal ■ Terapia de supressão ■ Exame físico minucioso ■ Evitar instrumentalização do parto com fórcipe e vácuo-extração, pela possibilidade de presença viral sem lesões ■ Questionar sobre sintomas prodrômicos (hiperestesia, prurido, desconforto), os quais devem estar ausentes ■ Direito da escolha ■ Candidatas: ● Primeiro episódio antes da 28ª semana de gestação ● Episódios recorrentes sem lesões ativas no momento da instalação do trabalho de parto, ou seja, não teve recorrência nas últimas 6 semanas antes do parto ○ Cesárea ■ Terapia de supressão 4 ■ Episódio ocorre após a 28ª semana de gestação ■ Intervalo menor que 6 semanas entre as lesões e o parto ■ RAMO ■ A presença de sintomas prodrômicos ou de lesões suspeitas genitais de HSV é suficiente para indicar parto cesáreo, a fim de prevenir infecção neonatal ■ ATENÇÃO! Essa via é a mais recomendada pela Brayner T�oplasm�� Diagnóstico: 5 ● Se no teste de avidez o IgG for maior que 60% é indicativo de que a doença é prévia à gestação ● Deve-se manter a Espiramicina até afastar o diagnóstico ● Conforme a Brayner, deve-se sempre considerar que o feto está doente, devendo-se realizar o esquema tríplice, visto que na nossa região não se faz o teste de análise do PCR Tratamento: 6 Via de parto - indicação obstetrica Ultrassonografia� (USG) 1º Trimestre --> 3 - 5 dias (IG) ● Momento ideal: 12 – 13,6 semanas ● Marcadores para as 3 principais trissomias (21, 18 e 13) - translucência nucal, ducto venoso, valva tricúspide, osso nasal ● Nesse período deve-se fazer o Doppler bilateral das artérias uterinas, para triagem de doença hipertensiva e RCIU 2º Trimestre: 1 – 2 semanas (IG) ● Morfologica: 18 - 24 semanas ● Norteia quanto a possibilidade de parto prematuro 3º Trimestre: 2 – 4 semanas (IG) ● Vitalidade e maturidade fetal Anemia� Hemoglobina ≥11 g/dl - 40 mg/dia de ferro elementar Hemoglobina < 11 g/dl e > 8 g/dl ● Anemia leve a moderada. ● Tratar parasitoses, se presentes ● 120 a 240 mg de ferro elementar/dia Hemoglobina < 8 g/dl (gestação patológica/de alto risco) ● Anemia grave. Fazer ferro parenteral (EV/IM) Dieta Suplemento ● Ferro - a partir da 20ª semana 7 ● Ácido fólico (2mg/dia) - até 12s-14s ○ Caso a paciente faça uso de medicamentos, como anticonvulsivantes e Pirimetamina, ela deve usar o ácido fólico durante toda a gestação �ame� Complementare� Primeiro e terceiro trimestre: ● Hemograma ● Grupos sanguíneo e fator Rh ● Glicemia de jejum ● Sorologia para ISTs - hepatite B e C, sífilis e HIV ● IgM e IgG para toxoplasmose / rubéola ● Sumário de urina ● Urocultura ● TSH e T4 livre Testagem para Prevenção de Transmissão Vertical: ● Parto, Abortamento, Exposição a violência sexual ○ Anti-HBSAg ○ Anti- HIV ○ HBSAg ○ VDRL ○ Anti-HVC Passado de RAMO: ● Swab para Streptococcus β-hemolítico – 35ª/37ª semanas gestacional Consultas Subsequentes: ● Peso / PA ● Exame físico geral AFU (Altura de fundo uterino) ● ACF (Ausculta cardio-fetal) ● Manobras de Leopold-Zweifel 8 ● Exame especular ● Toque vaginal - se dor ● Estímulo mamário - a partir de 37s ● Mobilograma ● Rotina laboratorial Vacinaçã� Hepatite B: Gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional, sem histórico de vacinação ou esquema vacinal incompleto, devem tomar três doses da vacina hepatite B com intervalos de 0, 1 e 6 meses. Se o esquema não for completado durante a gestação, deverá ser concluído após o parto. Se a gestante já foi vacinada anteriormente, não há necessidade de reforço. Influenza: A dose da vacina da influenza pode ser prescrita em qualquer mês da gravidez ou em até 45 dias após o nascimento do bebê, para aquelas que não tomaram durante os nove meses, em dose única. COVID: É recomendada a aplicação dessa vacina em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres no puerpério (até 42 dias após o parto). Toxóide tetânico (Dtpa): após 20s ● Gestante vacinada - fazer resgate de memória com 1 dose de dTpa ● Cartão incompleto - completar o calendário ○ Gestante com vacinação incompleta que recebeu uma dose de vacina necessita de uma dose de dT e uma de dTpa com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. ○ Gestante com vacinação incompleta que recebeu duas doses de vacina necessita apenas de uma dose de dTpa. ● Não vacinada - realizar o esquema.A gestante não vacinada previamente deve receber 3 doses da vacina com intervalo de 60 dias. Duas doses devem ser de dT (dupla adulto) em qualquer momento da gestação e uma dose de dTpa a partir de 20 semanas. Hemorragi� d� Primeir� Metad� Abortament� Expulsão do concepto antes de sua maturidade, o que equivale a: ● Idade gestacional abaixo de 22 semanas (critério mais importante) 9 ● Peso < 500 gramas ● Estatura < 16,5 cm Critérios Clínicos: ● SG ≥ 25mm sem embrião ● Embrião com CCN ≥ 7mm sem batimento cardíaco ● Ausência de embrião em SG com vesícula vitelínica 14 dias ou mais após o primeiro ultrassom ● Ausência de embrião em SG sem vesícula vitelínica 11 dias ou mais após o primeiro ultrassom Considerações Gerais: ● Grupo sanguíneo ● Hemograma ● Sorologias: sífilis, HIV, hepatite B ● Evitar dilatação traumática do colo e curetagem excessiva ● Estudo histopatológico e cariotipagem do material ● Profilaxia com imunoglobulina anti-Rh (pacientes Rh-negativo e companheiro Rh-positivo ou desconhecido) ● Contracepção (pode-se colocar o DIU após a curetagem, exceto em abortamento infectado) ● Antibioticoterapia→ abortamento infectado Ameaça de Abortamento ● Feto contido na cavidade, mas há descolamento do saco gestacional, sendo possível observar sangramento ativo ao exame especular, ou presença de hematoma retrocorionico - córion liso ou hematoma subcoriônico - córion frondoso na USG transvaginal ● Sangramento em pequena quantidade e a dor, quando presente, diz respeito às contrações uterinas incapazes de produzir modificações cervicais (sem dilatação cervical) ● Presença de BCF ● Colo fechado (impérvio) e o tamanho do útero corresponde à IG ● Conduta: 10 ○ Expectante, não precisa de hospitalização ○ Tipagem sanguínea e fator Rh, se Rh negativo, realizar imunoglobulina anti-D ○ Repouso relativo ○ Abstinência sexual ○ Analgésico ○ Reposição de progesterona a depender do caso. ● Sempre que houver sangramento vaginal, sem que haja uma USG prévia, evidenciando gestação tópica sempre suspeitar de gravidez ectópica Abortamento Inevitável ● Bolsa rompe em IG precoce, aumentando a chance de descolamento de placenta. ● Sangramento ativo de moderada a grande quantidade, podendo comprometer a hemodinâmica da paciente; dor pélvica. ● Não há eliminação de tecido. Dilatação do colo, permitindo a detecção das membranas ovulares ou até mesmo do embrião que se apresenta com ou sem BCF ● Colo fechado ou não (geralmente pérvio) e útero menor que a idade gestacional ● Conduta: ○ Internamento para estabilização clínica, sobretudo nos casos em que houver sangramento importante deve ser realizada expansão volêmica ○ Abortamento precoce (< 12s) - curetagem ○ Abortamento tardio (≥12s) - deve-se induzir o abortamento com Misoprostol para que haja a expulsão do feto e depois faz-se a curetagem ○ Tipagem sanguínea e fator Rh, se Rh negativo, realizar imunoglobulina anti-D Abortamento Completo ● Ocorre em gestações com menos de 8s e como não há placenta, o saco gestacional é eliminado de forma completa. ● Redução/parada do sangramento e das cólicas após expulsão do ovo íntegro ● Colo fechado (impérvio) e útero menor que a idade gestacional porque houve a expulsão de todo conteúdo ● Conduta: ○ Tipagem sanguínea e fator Rh, em caso de Rh negativo, realizar imunoglobulina 11 anti-D ○ Não precisa de curetagem ○ Orientação acerca de retorno após 15 para dosagem de B-HCG, a fim de avaliar negativação e descartar DTG ○ USG de controle para análise da cavidade - eco endometrial com espessura menor ou igual a 20mm Abortamento Incompleto ● Ocorre em gestações com mais de 8s; há a eliminação do feto, mas permanência da placenta ou restos placentários. ● O sangramento é o principal sintoma, dores tipo cólica surgem na tentativa de expulsar o conteúdo intrauterino ● Sangramento de moderada a grande quantidade, podendo haver expulsão de material amorfo. O sangramento persiste em menor volume após esse episódio. ● Caso não haja tratamento, a paciente pode cursar com hemorragia ou infecção/sepse. ● Colo aberto (pérvio, porque o útero não está vazio e se contrai na tentativa de expelir o tecido retido) e o útero menor que a IG ● Conduta ○ USG (diagnóstico de certeza) - presença de material amorfo e eco endometrial maior ou igual 20mm ○ Retirada com cânula (<12s) ou curetagem (≥12s) ○ Tipagem sanguínea e fator Rh, se este negativo, realizar imunoglobulina anti-D Abortamento Retido ● Concepto permanece retido na cavidade uterina sem vitalidade; comum em doenças crônicas (trombofilias, DM). ● Regressão dos sinais gravídicos - redução da altura e circunferência abdominal, perda da turgência mamária e dos sinais de presunção da gravidez, ausência de BCF ● Sem sangramento ou este é mínimo. ● Colo fechado (impérvio) e útero menor que a IG, pois o feto está morto e perdeu volume ● Conduta ○ USG de controle ○ Expectante (<12s) - até 3 semanas após o abortamento o ovo costuma ser expulso. 12 No entanto, é possível proceder com a curetagem, caso não haja expulsão espontânea. Sendo a retenção maior que 4 semanas é necessário realizar coagulograma diante de qualquer terapêutica ○ Ativa (≥ 12s) - expulsão imediata do feto com Misoprostol + curetagem Abortamento Infectado ● Paciente apresenta dor abdominal, taquicardia, febre, sangramento vaginal com odor fétido, útero amolecido e saída de secreção purulenta pela vagina. ● Colo aberto - pérvio ● Conduta: ○ Estabilização ○ Hidratação ○ USG ○ Antibioticoterapia de amplo espectro IV - Clindamicina e Gentamicina ○ Curetagem ○ Tipagem sanguínea e fator Rh, se Rh negativo - imunoglobulina anti-D Abortamento Recorrente ou Habitual ● Repetição do evento - aquele que ocorre 3x ou mais na mesma gestante ○ Primário - abortamentos sequenciais, sem gestação a termo ○ Secundário - abortamento seguido de uma gestação a termo 13 14 Insuficiênci� Istmocervica� Quadro Clínico: ● Abortamento tardio recorrente / parto prematuro ● Regressão da IG à medida que ocorre as perdas ● Perda silenciosa - o peso do ovo abre o canal cervical sem causar dor, a paciente pode, no máximo, sentir um peso na vagina ● Feto vivo e saudável - porém é um prematuro extremo, nasce e morre ● Diagnóstico retrospectivo→ história obstétrica (muitas gestações, mas nenhum filho) ● RAMO Diagnóstico Clínico: ● História obstétrica ● Achados do exame físico ● Achados do USG endovaginal ○ Distância do OCI / OCE→ encurtamento ○ Dilatação 15 ○ Afunilamento Conduta: ● Prestar assistência ao abortamento inevitável e orientação de cerclagem em próxima gestação Cerclagem Cervical: quando? ● Diagnóstico→ história de cerclagem prévia ● TPP prévio + colo ≤ 25mm ● Colo uterino ≤ 10mm ● Achados do USG ● IG: 12 a 14 semanas ● Tocolítico - para inibir as contrações uterinas ● Abstinência sexual ● A paciente deve continuar usando progesterona para antagonizar o parto prematuro Seguimento Pós-cerclagem Cervical: ● Agendamento da consulta do PN de alto risco ● USG endovaginal - para analisar o tamanho do colo e avaliar a vitalidade do feto. Após o primeiro USG pós-cerclagem, a paciente deve repetir com 18s, 22s, 26s ● Retirada do ponto - 37 semanas (se evolução favorável) ○ Na presença de trabalho de parto prematuro ininibível, Infecção ovular e RAMO, o ponto da cerclagem deve ser desfeito Prenh� Ectópic� Importante - realizar profilaxia para isoimunização Rh Elementos mais valorizados na Anamnese: ● Atraso menstrual ● Sangramento genital ● Dor pélvica - abdominal 16 Elementos mais valorizados no exame físico: ● Dor à mobilização do colo uterino ao toque genital ● Presença de massa anexial ao toque genital Outros sinais e sintomas: ● Assintomáticas ● Lipotímia ● Anemia ● Dor lombar ● Escapulalgia ● Abdome agudo ● Choque hipovolêmico (se rota) Diagnóstico: ● Quadro clínico ● USG pélvica endovaginal - 4/5 semanas de IG ● β-HCG quantitativo→ SG ausente ○ ≥ 2000 mUI/ml = gravidez ectópica ○ < 2000 mUI/ml - Dosagem seriada■ ≥ 50% - gravidez normoimplatada, dobra o valor a cada 2 dias ■ < 50% - se não dobrar ou o aumento for menor que 50% é provável que seja uma gravidez ectópica ou um abortamento em curso 17 Conduta: ● Tratamento Expectante ○ Estado hemodinâmico estável ○ β-HCG < 2000 UI mUI/ml ■ Declínio em 3 dosagens com intervalo de 48h→ semanal ○ USG endovaginal ■ SG íntegro em IG de 4/5 s ■ Ausência de embrião vivo ■ Abortamento tubário ○ Acompanhamento ambulatorial ● Tratamento Clínico ○ Possibilidade de seguimento ambulatorial ○ Paciente hemodinamicamente estável, sem sinais de peritonite ○ Ausência de atividade cardíaca fetal ○ Prenhez ectópica íntegra com saco gestacional < 3,5 cm ○ Desejo de preservar a fertilidade ○ Gestação de no máximo 5/6s sem BCF ○ Dor ausente ○ Líquido na cavidade abdominal ausente ○ Exposição solar só após 60 dias ○ Droga→Metotrexato ■ Ausência de contraindicações ao metotrexato - ausência de doença renal ou hematológica ■ Antagonista do ácido fólico→ tóxico a tecidos em rápida replicação ■ Queda do β-HCG > 15%→ controle com β-HCG quantitativo até negativar ■ Queda do β-HCG < 15% ● repetir 2ª dose MTX→ queda do βHCG < 15%→ repetir 3ª dose MTX, se persistir = cirurgia 18 ■ Aumento β-HCG > 15%→ tratamento cirúrgico ● Tratamento Cirúrgico: ○ Salpingectomia - se gravidez ectópica tubária ○ Laparoscopia ■ β-HCG ascendente (na conduta conservadora) ■ Exacerbação dos sintomas clínicos ■ Pequena quantidade de líquido em fundo de saco ■ Saco gestacional > 5 cm e íntegro ■ Sem sangue na cavidade - hemoperitônIo ○ Laparotomia exploradora ■ Prenhez ectópica rota ■ Prenhez ectópica íntegra ■ Choque hipovolêmico ■ Falha na laparoscopia ● Follow-up: ○ Pacientes que tiveram a tuba preservada ○ Histerossalpingografia - 6 meses após o tratamento. Exame realizado com a finalidade de avaliar a perviedade e o trajeto da tuba remanescente (para avalia-la e analisar a possibilidade de uma nova gestação - teste de Coteè; Coteè + = trompa pérvia). 19 Doenç� Trofoblástic� Gestaciona� Diagnóstico ● Clínico (HDA): ○ Sangramento irregular ○ Útero ↑ volume (sanfona) ○ PE atípica ○ Hiperemese gravídica ○ Hipertireoidismo ○ Eliminação de vesículas ○ Cistos ovarianos - o β-HCG aumentado causa aumento dos ovários, levando à formação de cistos ● Exames Complementares: β -HCG + USG endovaginal ○ Laboratorial: suspeição ■ β-HCG quantitativo ○ Imagem: suspeição ■ USG endovaginal→ imagem sugestiva (cachos de uva/ flocos de neve) ■ MHC - material intracavitário ecogênico com múltiplas vesículas anecóicas de tamanhos variados, ausência de feto e BCF ■ MHP - área focal de espaços císticos na placenta e feto malformado (triplóide), restrito e com pouco líquido amniótico ○ Histopatológico: certeza ■ Cariótipo ■ Imunohistoquímica p 57 ○ Hemograma ○ Tipagem ABO / Rh ○ TSH/T4 livre ○ Sorologias para sífilis e HIV 20 ○ Radiografia de tórax ● Mola Hidatiforme Completa - quando suspeitar de mola completa abaixo de 10 semanas ○ Ultrassonografias obstétricas transvaginais, com intervalo de 7 dias, mostrando gravidez não evolutiva ○ Manutenção dos sintomas de gravidez apesar do aspecto não evolutivo da gravidez ○ β-HCG em elevação, em medidas consecutivas, apesar do aspecto não evolutivo da gravidez ● Mola Hidatiforme Completa - quando suspeitar de mola completa acima de 10 semanas ○ Sangramento genital ○ Eliminação de vesículas ○ Altura uterina maior que a esperada ○ USG: útero com conteúdo heterogêneo com área anecogênicas ○ β-HCG elevado ○ Cistos tecaluteínicos ○ Hiperêmese gravídica ○ Pré-eclâmpsia precoce ○ Desconforto respiratório (embolização trofoblástica) ○ Sinais e sintomas de hipertireoidismo ● Mola Parcial no 1º trimestre: ○ Até 12 semanas de atraso menstrual ■ 85% das pacientes são assintomáticas: sem sangramento vaginal ■ Quando presente o sangramento→ borra de café ■ Estão presentes os sintomas subjetivos de gravidez normal ■ Feto vivo e alteração hidrópica na placenta Tratamento: ● Fatores norteadores ○ Idade ○ Prole 21 ■ Se não tiver filhos - interrupção da gestação e conduta conservadora. Pode-se engravidar 1 ano depois, se quadro favorável ■ Se filhos - interrupção da gestação e histerectomia. A curetagem pode favorecer metástase durante o processo de aspiração ○ Diagnóstico: ■ Mola invasora - histerectomia ■ Coriocarcinoma - histerectomia ● Mola completa ○ Cuidados pré-operatórios - Casos Avançados: ■ Exames laboratoriais para pré-eclâmpsia ■ Avaliar necessidade de sulfato de magnésio e anti-hipertensivo ■ Função renal em casos de hemorragia ■ Reserva de 2 unidades de CH→ IG ≥ 16 semanas ■ Em caso de crise tireotóxica (TSH ↓ ↓ ↓ T4 ↑ ↑ ↑)→ PTU 50 mg ou metimazol 40 mg e propranolol 20 mg ○ Tratamento Definitivo - Cuidados no esvaziamento uterino ■ Esvaziamento uterino da mola completa é sempre cirúrgico ■ Método recomendado – AMIU ■ Acesso venoso adequado ■ Anestesia geral ou raquidiana ■ Monitoramento: oximetria/risco de embolização ■ Iniciar ocitocina após dilatação do colo com cânula ■ Não utilizar histerômetro (histerometria indireta pela cânula da AMIU) ■ Quando possível, guiada por ultrassonografia ■ Preparo do colo: Misoprostol para amadurecimento do colo ● Proscrito o misoprostol para promover expulsão molar ● Pode ser usado em pacientes selecionadas, em idade gestacional abaixo de 10 semanas e não deve ultrapassar 6h entre a introdução do comprimido via vaginal e o procedimento cirúrgico 22 ○ Riscos do esvaziamento uterino: ■ Precoce: perfuração, hemorragia, embolização trofoblástica, esvaziamento incompleto ■ Tardio: sinéquias, aumento do risco de NTG (se perfuração) ○ Histerectomia ser considerada quando: ■ Mulheres acima de 50 anos, com β-HCG acima de 175.000 mUI/mL, diminui o risco de NTG ■ Mulheres sem desejo reprodutivo com dificuldade de seguimento pós-molar ■ IMPORTANTE: A histerectomia não dispensa o seguimento pós-molar, apesar de diminuir, não elimina o risco de NTG ● Mola Parcial - Esvaziamento Uterino: ○ Abaixo de 12 semanas - semelhante a mola completa ○ Acima de 12 semanas - indução com misoprostol até eliminação do concepto seguida por cuidadosa curetagem uterina (colo aberto não permite uso de vácuo-aspiração) Cuidados na alta hospitalar ● Verificar tipagem→ imunoglobulina anti-D em mulher Rh negativo não sensibilizada ● Iniciar contracepção hormonal imediatamente (duração de 1 ano) ● Iniciar controle pós-molar na semana imediata ao esvaziamento Seguimento pós-molar ● Medida sérica de β-HCG quantitativo a cada 7 dias até 3 exames normais, para depois iniciar a dosagem mensal ● Utilizar sempre o mesmo laboratório ● Valor normal: β-HCG < 5 mUI/mL ● Duração do seguimento pós-molar: ○ Mola Completa: ■ Medida mensal por mais 6 meses após o primeiro valor normal ■ Tempo para normalização do β-HCG maior que 56 dias aumenta 3,8 a 10 vezes o risco de NTG ■ Vigiar contracepção 23 ○ Mola Parcial: seguimento pode ser interrompido 1 mês após β -HCG normalizar Fatores de Risco para Malignização: ● Mola completa - 15-20% ● β-HCG acima de 100.000 ● Idade avançada ● Útero aumentado de volume ● Cisto ovariano > 6 cm ● Queda lenta do β-HCG Diagnóstico de NTG – FIGO 2018 ● Histopatológico de coriocarcinoma ● β-HCG quantitativo semanal ○ Estabilização de 4 valores dosados no período de 3 semanas (dias 1, 7, 14, 21) - curva em platô ○ Aumento > 10% a partir de 3 valores no período de 2 semanas (dias 1, 7, 14) - curva em ascensão ○ β-HCG detectável 6 meses após o esvaziamento molar ● Realizar ultrassonografia de pelve transvaginal com doppler para excluir gravidez e detectar invasão uterina: doença metastática ● Exames para Estadiamento NTG pós-molar ○ Se radiografia de tórax sem metástases e ausência de metástases vulvovaginais, outros exames podem ser dispensados ○ Se metástases pulmonares ≥ 1 cm à radiografia de tórax, realizar TC de tórax ○ Se metástases pulmonares maiores ≥ 1 cm à TC de tórax, realizar RNM de cérebro e TC abdome● Exames para Estadiamento NTG pós-gestação não molar ou recidiva ○ Ultrassonografia pélvica transvaginal com Doppler ○ Tomografia toracoabdominal ○ Ressonância nuclear magnética pélvica e cerebral ● Quando suspeitar de NTG de origem não molar? ○ β -HCG positivo 24 ■ Sangramento pós-parto prolongado ■ Sangramento pós-abortamento prolongado ■ Metástase pulmonar, SNC, abdominal - sítio primário não determinado por ressonância nuclear magnética pélvica e cerebral ○ Pior prognóstico que NTG pós-molar ● Quimioterapia: ○ Seguimento 25 ■ Dosagem de β-HCG quantitativo após QT ● Quinzenal por 3 meses ● Mensal por um ano após a remissão - primeiro valor negativo ● Alta ambulatorial após 1 ano de acompanhamento com β-HCG negativo ■ Manter uso de contraceptivo hormonal Prematuridad� Interrupção da gestação antes de 37 semanas completas, ou seja, menos de 259 dias, contados a partir do primeiro dia do último período menstrual SLUDGE ● É um infiltrado inflamatório e/ou um biofilme de microorganismos, sugestivos de inflamação e/ou infecção intramniótica assintomática: “lama amniótica”. ● Tratamento: esquema com antibiótico duplo por 7 dias ○ Colo de risco para TPP (curto): Clindamicina + Cefazolina EV (hospitalar) ○ Colo de tamanho normal: Clindamicina + Cefalexina oral (domiciliar) Predição ● Triagem infecciosa: ○ ITU ■ Urocultura (exame padrão-ouro) ■ Gestante tem bacteriúria assintomática ■ Urocultura positiva ou presença de queixas como sensação de esvaziamento urinário incompleto e de peso no baixo-ventre ■ 1ª ITU: tratamento e após 5 dias do término, deve - se fazer urocultura de controle - PN de baixo risco, se urocultura negativa ■ 2ª ITU - tratamento e esquema de antibioticoprofilaxia após término do tratamento, devendo-se fazer urocultura de controle todo mês, mesmo na ausência de queixas, e USG das vias urinárias para afastar malformações, litíase e dilatação. PN de alto risco 26 ● < 20s - profilaxia com Cefalexina 500 mg ao deitar ● > 20s - profilaxia com Macrodantina ou Nitrofurantoína 100 mg ao deitar ■ Pielonefrite - tratamento hospitalar, antibioticoterapia venosa, USG para descartar abscesso renal, hemograma, PCR. Após o tratamento, deve-se fazer o seguimento com antibioticoprofilaxia e urocultura mensal. PN de alto risco ○ Infecção cervicovaginal ■ Vaginose bacteriana, Tricomoníase, SLUDGE ○ Mensuração cervical: ■ USG morfológico do 2º trimestre (18 – 24 semanas) ■ A medida longitudinal→ risco de TPP (colo < 25 mm) ○ Fibronectina→ fator preditivo negativo ■ Glicoproteína produzida pelo trofoblasto ■ 24 – 36 semanas Prevenção ● Progesterona - para inibir a ação da ocitocina ○ Via vaginal, 200mcg/dia à noite ao deitar com bexiga vazia ○ Idade gestacional 18ª - 36ª semana de gestação ○ Indicação ■ TTP prévio abaixo de 34 semanas ■ Mensuração cervical de risco - colo < 25 mm ■ Modificação do escore cervical ■ Perdas gestacionais acima de 16 semanas - abortamento tardio (associação com IIC) ■ Pacientes com colo curto (< 2 cm) ■ Outros casos de triagem preditiva positiva - ITU de repetição, pielonefrite, sludge ● Cerclagem cervical: IIC (colo curto) ● Pessário cervical: é um anel de silicone que representa alternativa à cerclagem cirúrgica, 27 modifica o ângulo da cérvice uterina e dificulta a dilatação cervical. Indicações: gestação única ou múltipla, comprimento cervical entre 5 e 25 mm, assintomática até 32 semanas, insucesso da cerclagem de emergência (risco de romper a bolsa) e cirurgia fetal Diagnóstico ● Contrações uterinas dolorosas e rítmicas: ○ Intervalo de 5 minutos ○ Duração da contração mínima de 20s ○ Manter o padrão por no mínimo 30 min ● Alterações cervicais: ○ Apagamento maior ou igual a 80% ○ Dilatação cervical ( 2 cm) ■ O ideal é que a dilatação não seja > 2cm para que haja uma boa resposta à tocólise ■ Dilatação ≥ 4 dificulta a tocólise ● Outros achados: ○ Bolsa das águas formada (insinuação) e/ou rotas ○ Solicitação cervical pela apresentação ○ Encurtamento do colo no USG Tratamento ● Internamento ○ Repouso relativo ○ Monitorar atividade uterina ○ Resposta à tocólise ○ Vitalidade fetal boa ○ Comunicar ao berçário, pois pode não se conseguir inibir Tocólise: ● Risco de parto prematuro - deve começar em todo início de trabalho de parto prematuro, com elevado risco de evolução para parto, já estabelecido pelos seus critérios diagnósticos em gestações entre 24 - 37 semanas. ● O objetivo da tocólise não é só inibir as contrações uterinas, mas principalmente ganhar 28 tempo suficiente (pelo menos 48 horas até sete dias) para transferir a gestante para um centro de referência, bem como permitir o uso oportuno de corticosteróides para indução de maturidade pulmonar fetal e de sulfato de magnésio, a fim de diminuir os agravos neonatais da prematuridade. ● Ausência de contraindicações, como: ○ Gestação ≥ 37 semanas ○ Óbito fetal ○ Hemorragia materna grave ○ Sofrimento fetal ○ Corioamnionite ○ Eclâmpsia ○ PE com sinais de gravidade ○ DPPNI ○ Malformações fetais ○ Fetos inviáveis Nifedipina: ● Dose de Ataque: infusão lenta de 20 mg, repetir a cada 30 minutos na persistência das contrações (máximo de 4 doses) ○ Avaliação frequente da PA, realizar infusão de ringer lactato para prevenir hipotensão, ingestão oral maior de líquidos (água de preferência) ○ Se 80 mg de Nifedipina e as contrações persistem - TPP ininibível ● Manutenção (quando não tem mais contração, devendo ser iniciada após 8h da última dose de ataque): 20 mg, via oral de 8/8h, durante 48-72h. ● Dilatação > 4cm→ suspender: Sulfato de Magnésio ● Contraindicações: ○ Alergia ○ Doença Cardíaca Materna (significante) ○ Hipotensão ○ Disfunção Hepática ○ Uso concomitante: Betamiméticos endovenoso, Nitrato ou medicamento antihipertensivo Corticóide ● IG de até 23 semanas: ○ Suporte hospitalar ○ Não tem indicação de corticoide - necessário autorização da família para iniciar o corticoide ● IG entre 24 e 36,6 semanas: ○ Iminência do parto nos próximos sete dias 29 ○ Betametasona 24 mg: 12 mg IM de 24/24 horas, duas doses ○ Dexametasona 24mg: 6mg IM de 12/12 horas, quatro doses ○ Dose de resgate (repetir) ■ 1 dose de Betametasona ou 2 doses de Dexametasona ■ Critérios: ● Esquema de corticoide completo há mais de 14 dias ● IG entre 24 e 34 semanas Antibioticoprofilaxia ● Indicação: Toda paciente em TPP com exceção das pacientes entre 35 e 37 semanas com swab para EGB negativo ● Antibioticoprofilaxia para Streptococcus β-hemolítico do grupo B Sulfato de Magnésio (neuroproteção fetal) ● IG→ 24 a 31,6 semanas de gestação ○ Interrupções eletivas ○ Parto prematuro iminente ○ TPP inicial com RAMO ● Duração (dose de manutenção): ○ Manter até o momento do parto ou no máximo por 12 horas ○ Ausência de dilatação cervical progressiva no intervalo de 4 horas→ suspender o sulfato de magnésio ○ Interrupções eletivas→ iniciar 4 horas antes da interrupção ● Posologia: ○ Ataque: Sulfato de Magnésio: 6g EV, em dose única (diluir 12 ml da solução a 50% em 100 ml de soro glicosado a 5% e ministrar, com bomba de infusão, em 30 minutos). ■ Realizar sondagem vesical de demora, a qual deve ser interrompida quando o parto iniciar ○ Manutenção: Sulfato de Magnésio: 2g por hora, EV (diluir 24 ml da solução a 50% em 480 ml de soro glicosado a 5% e ministrar com bomba de infusão 28gts/min ou 84ml/h) 30 ● Monitorar ○ Diurese < 30 ml/h: ↓ dose na ausência de outros sintomas ○ Frequência respiratória < 16 irpm: suspender sulfato e oferecer suporte com oxigênio (O2). Na persistência dos sintomas, fazer o antídoto ○ Reflexo patelar: se ausente, suspender (monitorar FR) ● Antídoto: Gluconato de Cálcio ○ 1g (10ml) EV, em 10 minutos ● Resgate: ○ Pode reiniciar após 6 horas da suspensão ■ Suspenso < 6 horas→ dar continuidade a manutenção já iniciada até completar as 12 horas ■ Suspenso > 6 horas→ fazer ataque e manutenção ● Contraindicações: ○ Miastenia Gravis ○ Arritmia cardíaca ○ Insuficiência renal ○ Múltiplas malformaçõesfetais Exames Complementares ● Hemograma ● Sumário de urina ● Urocultura ● Swab para Streptococcus β-hemolítico do grupo B - 35ª/37ª semanas ● USG obstétrica com mensuração cervical ● USG obstétrica com doppler ● CTG (28 semanas) Parto ● Analgesia→ ↑ relaxamento pélvico 31 ● Membranas ovulares ● Via de parto→ indicação obstétrica ● Monitorização→ Ausculta de BCF ● CTG intermitente para detecção de sofrimento fetal precoce ● Equipe multidisciplinar para o recebimento do recém nascido ● Ligadura do cordão próximo da mãe Diabete� Gestaciona� Rastreamento da Diabetes na Gestação ● DM Prévio x Preparo Pré-concepcional ○ Equipe multiprofissional ○ Perfil glicêmico ■ HbA1C < 6,5% ○ Manejo de drogas ○ Controle de peso ○ Mapeamento da retina ○ Função renal ■ Creatinina ■ Relação albumina-creatinina ○ Hipotiroidismo ● Fatores de risco para DMG ○ Idade avançada ○ Obesidade ○ Depósito central de gordura corporal ○ Sobrepeso ou ganho de peso excessivo na gestação ○ SOP ○ HAS ○ História de PE / eclâmpsia prévia ○ Parente de lº grau com diabetes ○ Hipotiroidismo ○ HbA1C ≥ 5,9% ● Fatores de Risco Obstétricos para DMG 32 ○ Primigestas ○ Abortamento de repetição ○ Polidrâmnio ○ Feto GIG ou macrossômico ○ Malformação fetal - principalmente cardíacas ○ DMG prévio ○ História de conceptos macrossômicos ○ História de óbito fetal ou neonatal sem causa aparente ● Rastreamento: ○ Viabilidade financeira e técnica parcial e total ● Segundo e Terceiro Trimestre ● Segundo e Terceiro Trimestre ○ Teste de tolerância à glicose oral (TTGO) com 75g de glicose (dextrosol) ■ Realizado entre 24 - 28 semanas ■ Três tempos: 0 / 1h / 2h Conduta: ● Medidas educativas ● Suporte psicológico ● Suporte social ● Atividade física (caminhada, natação, pilates, musculação) - auxilia no controle metabólico 33 ● Controle Glicêmico ○ Glicemia capilar (HGT): ■ Jejum: 95mg% a 100mg% ■ Pós-prandial ● 1hora: 140mg% ● 2 horas: 120mg% ○ HbA1C: < 6 - 6,5% ○ Monitorização contínua de glicose (CGM) ■ Glicemia intersticial 24h: 7-14 dias ○ Glicemia capilar (HGT) - Monitorização ■ Paciente sem droga ou com droga oral ● Jejum e pós-prandiais (quatro medidas): diariamente (condições financeiras) ● Jejum e pós-prandiais (quatro medidas): 3x semana (sem condição financeira) ■ Paciente com droga (uso de insulina) ● Jejum, pré e pós-prandiais (sete medidas): diariamente (condições financeiras) ● Jejum, pré e pós-prandiais (sete medidas): 4x semana (sem condição financeira) ● Dietoterapia ○ Balanceada: 1600 kcal/dia ■ Fracionada: 6x dia ■ Alimentos “in natura” ■ Carboidratos poliinsaturados: 40 - 50% ■ Baixa ingesta de sódio ■ Oleaginosas e sementes ■ Proteínas magras e brancas ■ Glicídios 34 ■ Adoçantes - Sucralose ou Aspartame ● Tratamento Medicamentoso ○ Insulinoterapia: ■ Circunferência Abdominal ≥ 75 ■ ≥ do percentil 80 ■ Manejo da insulina na gestante - inicia em monoterapia (insulina NPH), caso não haja controle associar à regular ■ Não usar insulina em sofrimento fetal ○ Hipoglicemiante oral ■ Metformina - pode ser usada na gravidez, mas não há consenso ■ Associar à insulina (quando se chegar a dose máxima de 2g de Metformina e paciente continuar hiperglicêmica) ■ Contraindicações: PIG, RCIU, HAS crônica, PE, Nefropatias ● Prevenção de Pré-Eclâmpsia ○ AAS: 100 – 150mg/dia ○ Cálcio: 1 – 2g/dia ○ Iniciar após a 12ª e antes da 16ª semana de gestação (devido à associação da doença hipertensiva com o diabetes) ■ DM I ■ DM II ■ DMG com diagnóstico antes da 16ª semana de gestação ■ História prévia de DMG ● Corticoide para Prevenção de SDRN ○ Betametasona* ou dexametasona ○ Controle rigoroso da glicemia capilar ○ Ajustes medicamentosos (corticoide é hiperglicemiante) ■ Insulina ■ Hipoglicemiante 35 ○ Paciente compensada ■ A1 - não fazer corticoterapia, exceto se estiver descompensando ■ A2 - indicação de corticoterapia ○ Paciente descompensada ■ Indicação de corticoterapia, devendo ser compensada antes de iniciar o corticoide ● Rotina Laboratorial para DMG ○ Por ocasião do diagnóstico - Realização de exames complementares ■ Perfil lipídico ■ Rastrear pré-eclâmpsia ■ Sumário de urina + urocultura mensal ■ Determinação acurada da idade gestacional ■ Ecocardiografia e morfologia fetal ■ Propedêutica da vitalidade fetal ■ Hemoglobina glicosilada e frutosamina a cada 30 a 40 dias, se a paciente estiver descompensada pode fazer antes ● Rotina Laboratorial para DM Prévio ○ Por ocasião do diagnóstico: ■ Classificação de acordo com os critérios de White ■ Realização de exames complementares ● Hemoglobina glicosilada e frutosamina ● Perfil lipídico e função renal ● Fundoscopia/ECG/Avaliação cardiológica/HAS? ● Sumário de urina + urocultura mensal ● Determinação acurada da idade gestacional ● Rastrear pré-eclâmpsia ● Ecocardiografia e morfologia fetal 36 Manejo da Insulina ● Dar preferência a combinação de insulinas com tempos variáveis de ação. ● Ajustes com base na monitorização da glicemia capilar diária (perfil glicêmico). ● Iniciar com insulina basal, preferencialmente com NPH. ● Iniciar insulina prandial - Regular, caso não se tenha um bom resultado somente com NPH. ● A dose e o tipo inicial devem ser estabelecidos conforme perfil de automonitoramento da glicemia capilar: ○ Intermediárias e longas→ Jejum e pré-prandiais ○ Rápidas e ultrarrápidas→ Pós-prandiais ● A SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) recomenda o cálculo da dose inicial: ○ 0,5 UI/kg/dia ● Esquemas: ○ 60% NPH (2/3 jejum e 1/3 antes de dormir) + 40% regular pré-refeição (1/2 jejum e 1/2 jantar); ○ 50% NPH (2/3 jejum e 1/3 antes de dormir) + 50% bolus regular (dividido em 3 doses). ● Parto - indicação obstétrica ○ Os níveis de glicose devem ser mantidos entre 70- 120 mg/dL ○ Menores que 70 mg/dL: BIC de glicose a 5 ou 10% ○ Glicemias maiores ou iguais a 120 mg/dL: administrar insulina regular subcutânea; ○ Trabalho de parto de início espontâneo: dose da insulina basal já administrada, 37 infusão contínua de glicose a 5% BIC em 1 ou 2h; ○ Parto programado: permanecer em jejum desde a noite anterior, na manhã administrar metade da dose total, iniciar controle da glicemia capilar e BIC de glicose a 5% ○ Indução do trabalho de parto: insulina NPH seguirá os mesmos princípios da cesárea. ● Pós-Parto: ○ No caso da DMG, após o parto e saída da placenta, na maioria dos casos, a medicação deve ser descontinuada ○ Em alguns casos o monitoramento da glicemia de jejum por 24 a 72h após o parto pode ser necessário para identificar mulheres com hiperglicemia persistente ○ No caso das DM pré-gestacional (insulinodependentes) a nova dose é reiniciada com 1/3 da dose final do pré-natal Assistência ao Puerpério ● Diabetes Gestacional: ○ Paciente que saiu da maternidade sem uso de droga e com dieta livre ○ TTGO→ possibilidade de DM II de 50 – 70% após 10/15 anos. Esse exame deve ser feito 6s/42d após o parto para verificar se ela está euglicêmica ou se tem um diabetes clínico ● Diabetes Clínico: ○ Dieta para diabéticos, hipoglicemiante e/ou insulina ○ Insulina: 1/3 dose total ○ Hipoglicemiante ○ Vigiar sinais de hipoglicemia ○ Aporte calórico para o aleitamento ○ Avaliação dos sistemas orgânicos pelo menos 40 a 60 dias após o parto ● Contracepção - Métodos: ○ Esterilização - Ligadura tubária ○ Decisão final - sempre deve ser do casal 38 Distúrbi� Hipertensiv� n� Cicl� Gravídic� � Puerpera� Predição e Rastreio da Pré-eclâmpsia ● Identificar Fatores de Risco: ○ 1 fator de risco alto = profilaxia ○ 2 ou mais fatores de risco moderados = profilaxia ● Prevenção da Pré-eclâmpsia ○ Manejo Medicamentoso: ■ AAS: 100mg/dia ● Iniciar após a 12ª e antes da 16ª semana de gestação ● Pode-se iniciar também após a 16ª semana até a 20ª semana - porém o resultado será moderado ● Suspender na 36ª semana ● Se a paciente tiver maior probabilidade de TPP deve-se suspender, mesmo se não tiver completado a 36ª semana ● Pacientes com alergia a AAS não serãocontempladas, devem fazer 39 uso somente de Carbonato de cálcio ■ Cálcio: 1 – 2g/dia ● Iniciar após a 12ª e antes da 16ª semana de gestação ● Manter até o momento do parto ○ Tratamento Não Medicamentoso - Auxiliar no controle da doença ■ Atividade física ■ Dieta normossódica ■ Controle ponderal ■ Repouso relativo Hipertensã� Arteria� Crônic� Critérios para o Diagnóstico: ● Hipertensão arterial presente e observada antes da gravidez ● Hipertensão diagnosticada pela primeira vez antes da 20ª semana de gestação e/ou persiste 12 semanas depois do parto (diagnóstico retrospectivo) ● Diagnóstico diferencial de pré-eclâmpsia ● Avaliar HAS secundária e investigar lesão de órgão alvo Manejo Clínico: ● Exames para lesão de órgãos-alvo: ECG, ecocardiograma, perfil lipídico, fundoscopia, função renal (creatinina, proteinúria de 24h, USG de rins e vias) e hepática ● Profilaxia para pré-eclâmpsia com AAS e suplementação de cálcio ● Tratar comorbidades associadas ● Evitar ganho excessivo de peso e reduzir a ingesta de sódio (máximo de 2,4g/dia) ● Atividade física moderada ● Dieta hipossódica ● Anti-hipertensivos ○ Suspender diurético, inibidores da ECA, BRA II, IDR e analisar a PA com 48-72h ○ Quando medicar: ■ Medicar: PS ≥ 140 mmHg e/ou PD ≥ 90 mmHg persistente 40 ○ Contraindicação do hipotensor ■ PS ≤ 110 mmHg ou PD ≤ 70mmHg ■ Hipotensão sintomática: Risco de diminuição da perfusão placentária→ lesão fetal ● Acompanhamento ambulatorial ○ Agendamento das consultas ○ Rotina laboratorial para PE - procurando identificar uma sobreposta ○ Monitorar vitalidade fetal ○ Corticoide para profilaxia da SDRN Hipertensã� Gestaciona� Tardi� Critérios Diagnósticos: ● Elevação dos níveis da pressão arterial ○ PA ≥ 140x90 mmHg (com intervalo de 4 horas) ○ Após a 20ª semana de gestação ○ Gestantes previamente normotensas ● Hipertensão sem proteinúria ● Ausência de disfunção de órgãos-alvo Manejo Clínico: ● Acompanhamento ambulatorial ● Disfunção de órgãos maternos ausente ● Disfunção uteroplacentária ausente ● Ausência de proteinúria ● Atenção! 25% pode evoluir para uma pré-eclâmpsia ● Acompanhar puerpério - PA normal 6 a 12 semanas pós-parto ● Diagnóstico diferencial com pré-eclâmpsia 41 ● Diagnóstico retrospectivo no pós-parto (12 semanas) ○ Hipertensão Transitória? sem lesão de órgão alvo ○ HAS Crônica? ● Quando medicar: ○ Medicar: PS ≥ 140 mmHg e/ou PD ≥ 90 mmHg persistente ● Acompanhamento ambulatorial ○ Agendamento das consultas ○ Rotina laboratorial para PE ○ Monitorar vitalidade fetal ○ Corticoide para profilaxia da SDRN Pr�-eclâmpsi� As características mais comuns da combinação da resposta inflamatória com o estado antiangiogênico são a hipertensão arterial sistêmica e a proteinúria. Ambas se instalam após a 20ª semana de gestação - Diagnóstico tardio Gestante previamente normotensa E proteinúria OU disfunção de órgãos-alvo OU disfunção uteroplacentária Classificação: ● Pré-eclâmpsia ○ Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade ○ Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade ■ Sem sinais neurológicos: crise hipertensiva ■ Com sinais neurológicos: iminência de eclâmpsia ● Pré-eclâmpsia superposta - desenvolvimento de PE em paciente com HAS crônica, frequentemente diagnosticada por aumento da PA e/ ou novo aparecimento de proteinúria ou disfunção de órgão alvo ou disfunção uteroplacentária ● Iminência de eclâmpsia - pico hipertensivo + quadro neurológico (porque há hipertensão intracraniana e compressão do quiasma óptico devido ao edema cerebral, o que aumenta o risco de AVC hemorrágico) ● Hellp Síndrome (forma grave da doença) - esteatose hepática aguda Diagnóstico Baseado nos Níveis de Pressão Arterial 42 ● Pré-eclâmpsia sem sinal de gravidade ○ Hipertensão leve ○ PS ≥ 140 e < 160 mmHg e/ou PD ≥ 90 e < 110 mmHg ○ Se caracteriza por dois episódios de PS ≥ 140mmHg e/ou PD ≥ 90 mmHg com Intervalo de 4 horas entre as aferições ○ Acompanhamento ambulatorial ● Pré-eclâmpsia com sinal de gravidade ○ Hipertensão grave PS ≥ 160 mmHg e/ou PD ≥ 110 mmHg ○ Se caracteriza por dois episódios de PS ≥ 160 mmHg e/ou PD ≥ 110 mmHg com intervalo de quinze minutos entre as aferições ○ Acompanhamento hospitalar Diagnóstico Baseado no Quadro Clínico: ● Elevação da pressão: ○ PA ≥ 140x90 mmHg (com intervalo de 4 horas) ○ Após a 20ª semana de gestação ○ Gestantes previamente normotensas ○ Edema (retirado da classificação desde 2000) - não é obrigatório ○ Proteinuria / Ácido úrico ■ Papel investigativo ■ Não são fatores definidores de conduta ○ Ganho de peso excessivo ■ 1Kg / semana - edema oculto ■ Edema de parte superior do corpo - mãos e face, tem relação muito estreita com função renal. Rim é órgão alvo de PE ○ AFU inadequada ■ Disfunção uteroplacentária presente - RCIU (peso fetal < percentil 10), DPPNI, morte fetal, alteração do doppler da artéria umbilical ( IP> 95, diástole ausente ou reversa) ○ Lesão de órgão alvo Diagnóstico Baseado nos Exames Laboratoriais - Lesão de Órgãos Alvos 43 ● Proteinúria significativa ○ Relação albumina / creatinina ≥ 0,3 ● Disfunção de órgãos alvos ○ Hemograma - Contagem de plaquetas < 150.000/mm3 ○ Disfunção hepática ■ TGO / TGP > 40UI/L ■ DHL - lesão celular ■ Bilirrubinas total e frações - hemólise ○ Insuficiência renal ■ Creatinina ≥ 1 mg/dL Diagnóstico Baseado nos Exames de Imagem - Lesão de Órgãos Alvos - Insuficiência Placentária ● Monitoramento da vitalidade fetal ○ Estudo Doppler ○ PBF ○ CTG ○ Monitorizar líquido amniótico ○ Mobilograma ○ Monitorar o crescimento fetal - USG com biometria Diagnóstico Baseado na Proteinúria: ● Relação proteína/creatinina urinária em amostra única de urina: ≥ 0,3 ● Fita: + / 4+ ● Perda de 300 mcg em 24 horas Diagnóstico Baseado nos Exames Propedêuticos: 44 Manejo Clínico e Medicamentoso - Pré-eclâmpsia Sem Sinais de Gravidade ● Diagnóstico precoce ● Acompanhamento ambulatorial - Assistência secundária ● Controle rígido da pressão arterial ● Orientar e monitorar sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia ● Prevenção da morbimortalidade materna e perinatal ● Avaliação da vitalidade fetal: CTB e doppler ● Reavaliação clínica e laboratorial periódica ● Identificação precoce de alterações laboratoriais, principalmente aquelas relacionadas à síndrome Hellp ● Corticóide até 36 semanas e 6 dias ● Assistência terciária - atenção materna-neonatal qualificada ● Conduta expectante até a 37ª semana ● Meta - PA ≤ 135x85mmHg ○ HAS crônica ○ Hipertensão gestacional ○ PE sem sinal de gravidade, sem evidência de síndrome Hellp ○ Nifedipino é padrão ouro ○ Metildopa pode ser também utilizada 45 Iminência de Eclâmpsia, Pré-eclâmpsia com Sinal de Gravidade e Pré-eclâmpsia Sobreposta ● Hipertensão grave ● Lesão de órgão alvo ● Nítido comprometimento do SNC (pode ter ou não) ○ Cefaleia, fotofobia, escotoma, dificuldade para enxergar, pode chegar a amaurose ● Sintomas relacionados com comprometimento hepático: ○ Náuseas, vômitos, epigastralgia e/ou dor em hipocôndrio direito ○ Mais característico nos casos de síndrome HELLP ● É comum identificar o quadro de hiporreflexia ● Manejo Clínico e Medicamentoso ○ Sinais e sintomas de gravidade presente - Internamento ○ Pico hipertensivo ○ Estabilização do quadro clínico ○ Tratamento do pico hipertensivo ○ Prevenção da convulsão ○ Controle rígido da pressão arterial e dos sintomas ○ Avaliação da vitalidade fetal ○ Corticóide até 36 semanas e 6 dias ○ Restringir fluidos mesmo na presença de oligúria - Evitar EAP (máx. 80ml/h) ● Diagnóstico baseado nos níveis da pressão arterial: ○ Crise hipertensiva ■ ≥ 160 mmHg e/ou PD ≥ 110 mmHg ■ Intervalo de quinze minutos ■ Assintomática (normalmente já tem doença hipertensiva prévia) ○ Emergência hipertensiva (não era hipertensa, desenvolveu a doença na gravidez) ■ ≥ 160 mmHg e/ou PD ≥ 110 mmHg 46 ■ Intervalo de quinze minutos ■ Sintomatologia clínica exuberante ● Internamento ○ Pico hipertensivo e emergência hipertensiva ○ Terapia hipotensorade ação rápida ○ Sulfato de magnésio - produz vasodilatação, refletindo na PA ● Sinais de gravidade - critérios de diagnóstico: ○ PE com sinal de gravidade ■ SNC ■ EAP (cansaço) ■ Renal (oligúria) ○ Pico hipertensivo ○ Alteração da vitalidade fetal ○ Oligúria ■ Diurese inferior a 500mL/24h ■ Comprometimento da função renal? ■ Extravasamento líquido para o terceiro espaço? ■ Edema e anasarca ○ Injúria renal aguda ■ Creatinina sérica ≥ 1,2 mg/dL; ○ Dor torácica (preocupante, principalmente nas pacientes que têm HAS há mais tempo - paciente com idade avançada) ■ Associada ou não à respiração pode sinalizar comprometimento endotelial pulmonar e cardíaco ○ EAP ■ Intenso comprometimento endotelial pulmonar pode estar associado a ICC 47 ● Manejo do Pico Hipertensivo - Hipertensão grave: ○ PS ≥ 160 mmHg e/ou PD ≥ 110 mmHg ○ Meta - PA ≤ 140x90mmHg (reduzir 15-25% da PA inicial) ○ Hidralazina ou Nifedipino ● Manejo da Terapia Anticonvulsivante ○ Monitorar ■ Diurese < 30 ml/h: ↓ dose na ausência de outros sintomas ■ Frequência respiratória < 16 ipm: suspender sulfato e oferecer suporte com oxigênio (O2) ■ Reflexo patelar: se ausente, suspender (monitorar FR) ■ Na persistência dos sintomas, fazer o antídoto ○ Antídoto do Sulfato de Magnésio: ■ Gluconato de Cálcio 1g (10ml) EV, em bolus, em 10 minutos ○ Esquema: ■ Pritchard - somente usado para transporte da paciente, ou seja, quando ela for parir em outra unidade. O ataque é venoso e a manutenção IM 48 ■ Zuspan - para pacientes que estão recebendo assistência onde irão parir ● Ataque: Sulfato de Magnésio - 4g EV, em dose única (diluir em 100 ml de soro glicosado a 5% e ministrar com bomba de infusão em 30 minutos). ○ Paciente deve estar com sondagem vesical de demora e dois acessos venosos - jelco no mínimo 18 (um para o sulfato e outro para as demais medicações) ● Manutenção: Sulfato de Magnésio - 1g/hora, EV (diluir em 500 ml de soro glicosado a 5% e ministrar com bomba de infusão 28gts/min ou 84ml/h) ○ Duração: paciente deve ficar no mínimo 24h em uso do sulfato de magnésio. Em 24h faz-se 4 fases de 6h cada, ou seja, 6g em cada fase ○ Após a primeira fase, a paciente tem que ter eliminado no mínimo 30ml/h para que o Sulfato de magnésio seja mantido, ou seja, eliminar no mínimo 180ml em 6h, o que indica boa excreção do sulfato ○ Caso contrário, suspender o sulfato, promover hidratação com ringer lactato para forçar a diurese, tendo cuidado para não promover EAP (fazer controle com PVC). Quando o padrão de diurese melhorar, o sulfato pode ser retomado ○ Após tratamento de emergência quando iniciar a manutenção com droga hipotensora? ■ Doença hipertensiva compensada sem agravo da lesão de órgãos alvos ■ Condição materna tranquilizante ● Ausência de sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia ● Ausência de sinais da Hellp Síndrome ■ Vitalidade fetal preservada ■ Diminuir a incidência de prematuridade / óbito fetal - corticoide ■ Relação risco / benefício ■ Doença descompensada: PARTO ● Independente da IG / corticoterapia ● Acompanhamento ambulatorial - critérios: ○ Condições materna tranquilizante 49 ■ Ausência de sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia ■ Ausência de sinais da Hellp Síndrome ■ Avaliação laboratorial→ 2 vezes/dia inicialmente ○ Vitalidade fetal preservada ■ Avaliação fetal→ 2 vezes / semana ○ Gestante saber identificar sinais e sintomas de iminência de eclâmpsia, se presente - emergência ○ Aferição da PA domiciliar - 2 vezes / dia ○ Interrupção da gestação com Idade gestacional ≤ 37 semanas de gestação ● Manejo medicamentoso ambulatorial após tratamento de emergência: ○ Meta - PA ≤ 140x90mmHg (reduzir 15-25% da PA inicial) ■ Iminência de eclâmpsia ■ PE com sinal de gravidade ■ PE superposta 50 Hellp Síndrom� Quadro Clínico: ● Mal estar / dor epigástrica (quadrante superior direito: 90%) por conta da lesão hepática ● Icterícia ● Prurido no terceiro trimestre - em mãos e pés, dosar transaminases porque pode ser lesão hepática ● Náuseas / vômitos (50%) ● Hemorragia - a disfunção hepática por lesão hepática interfere na produção dos fatores de coagulação pelo fígado, podendo ocasionar hemorragia em qualquer sítio ● Hematuria, enterorragia, hematoma hepático, sangramento gengival, DPPNI, ACV hemorrágico ● Anasarca ● Cefaleia e tontura ● Convulsão Tratamento: ● Diagnóstico precoce 51 ● Resolução da gestação independente da idade gestacional ● Assistência UTI no puerpério ● Saúde materna x saúde fetal ● Tratar emergência hipertensiva ● Profilaxia para crise convulsiva ● Infusão de hemoderivados, líquidos e eletrólitos Eclâmpsi� Critérios para Diagnóstico: ● Crise convulsiva tônico-clônica, generalizada, em pacientes com pré-eclâmpsia na ausência de outras condições neurológicas ● Ocorre antes, durante ou depois do trabalho de parto ● 25% ocorre 48h após trabalho de parto ● Eclampsia puerperal (30%) - por isso não se deve dar alta precocemente a pacientes com pré-eclâmpsia, pois pode ocorrer eclâmpsia até dias após o parto. Normalmente ocorre nas primeiras 48-72h ○ Maior incidência nas primeiras 48 horas pós-parto ○ Recorrência até dez dias de pós-parto Manejo: ● Diagnóstico precoce ● Resolução da gestação independente da idade gestacional ● Tratar emergência hipertensiva ● Tratar crise convulsiva ● Manter a permeabilidade das vias aéreas ● Proteger crânio e útero ● Garantir suporte de oxigênio ○ Fornecer oxigênio nasal 5 L/min ○ Utilizar cânula de Guedel ○ Prevenir a aspiração em casos de vômitos 52 ○ DLE ou semi-sentada em maca ou cama com grades laterais ● Acessos venosos ● Sondagem vesical de demora ● Assistência da UTI no puerpério Manejo Clínico e Medicamentoso: ● Emergência Hipertensiva - Drogas ○ Nifedipino ○ Hidralazina ● Tratamento Anticonvulsivante - Drogas ○ Pritchard ○ Zuspan ● Recorrência da crise convulsiva ○ 1ª recorrência - Sulfato de Magnésio (4g no ataque e 2g/h em bolus na manutenção) ○ 2ª recorrência - Sulfato de Magnésio (2g/h em bolus na manutenção) ○ 3ª recorrência - Difenil - hidantoína (10 mg/Kg ataque) ○ A partir da 3ª recorrência ■ Lorazepam, Midazolam ou Propofol ■ Indução de coma barbitúrico/UTI ■ Anestesia geral ● Até quando manter o sulfato de magnésio? ○ Manter por 24 horas após a resolução da pré eclâmpsia - 4 fases ○ Eclâmpsia gestacional - Manter por 24 horas após a última convulsão ○ Eclampsia puerperal - Manter por 24 horas após a última convulsão ○ Repetir o sulfato de magnésio - manter por 48h ■ Picos repetidos da PA nas primeiras 48 horas ■ Paciente com sintomas de iminência de eclâmpsia ■ Tratar os picos hipertensivos 53 Exames Complementares: ● Hemograma Completo ● Ureia ● Creatinina ● TGO, TGP ● Bilirrubinas total e frações ● DHL ● Haptoglobina ● Relação albumina / creatinina ● USG obstétrica com doppler ● USG de abdome ● TC de crânio Interrupçã� d� Gestaçã� Indicação Absoluta de Interrupção: ● Síndrome HELLP ● Eclâmpsia ● Iminência de eclâmpsia que não melhora com a terapia ● DPPNI ● Controle inadequado da PA com associação de três drogas ● Edema pulmonar / ICC ● Alterações laboratoriais progressivas ● Insuficiência renal (oligúria e anasarca) ● Hematoma ou rotura hepática ● Quadro neurológico não responsivo à terapêutica adequada ● Alterações na vitalidade fetal Quando Interromper: 54 ● 38ª semana de gestação ○ HAS crônica compensada - Droga única, bom controle da PA, ausência de PE superposta, ausência de RCIU ● 37ª semana de gestação ○ PE superposta ○ PE sem sinais de gravidade ○ Hipertensão gestacional tardia ○ HAS crônica descompensada - Múltiplas drogas, PE superposta, lesão de órgãos alvos, padrão de RCIU ● Via do parto→ obstétrica ○ Quem dita a via é a vitalidade do feto e da mãe (não necessariamente precisa ser cesárea) Puerpéri� Critérios para Diagnóstico de Hipertensão no Puerpério- Indicação de Anti - hipertensivo: ● Padrão hipertensivo: duas ocasiões (com 4-6 horas de intervalo) ○ PAS > 150 mmHg e/ou PAD > 100mmHg ● Pico na pressão arterial ○ PAS > 160 mmHg e/ou PAD> 110 mmHg Manejo Medicamentoso: ● Alfametildopa deve ser evitada - risco de depressão neonatal 55 Orientação sobre os sinais de alerta no momento da alta da puérpera RAMO Rotura espontânea das membranas (cório e âmnio) antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional (pode ser uma gestante pré-termo ou de termo) Diagnóstico ● Exame físico (oligoâmnio) ● Relato de perda de líquido de odor alcalino ● Exame especular - presença de líquido amniótico no fundo de saco vaginal ou seu escoamento pelo orifício cervical externo após manobra de Valssalva, ou ainda a presença de mecônio ou grumos nas paredes vaginais. ● Toque vaginal ○ Proscrito ■ Deflagra o trabalho de parto ■ Favorece infecção ○ Quando está indicado? ■ Trabalho de parto ■ Indução Exames Diagnósticos ● LABXTIX 56 ○ pH vaginal: 3,8 – 4,5 ○ pH ≥ 6→ sugestivo de RAMO ● Cristalização do muco cervical - típicas formações em samambaias. ● USG - não fecha diagnóstico ○ ILA diminuído - Suspeição ○ ILA normal - Não afasta Conduta ● Idade Gestacional (IG) x Vitalidade x Infecção x TP ○ Conservadora (não interromper a gestação): ■ Feto prematuro com vitalidade preservada ■ Ausência de trabalho de parto e/ou infecção da cavidade amniótica ○ Ativa (interromper a gestação) ■ Feto de termo ■ Presença do trabalho de parto e/ou infecção da cavidade amniótica independente da IG ■ Vitalidade fetal comprometida independente da IG ● Interrupção com Base na Idade Gestacional: ○ 24 semanas < IG < 37 semanas - Conservadora, desde que não haja TP, nem infecção ○ IG ≥ 37 semanas - Ativa ● Corticoterapia: Entre 24 semanas e 36,6 semanas ○ Betametasona 24mg: 12mg IM de 24/24 horas, duas doses ○ Dexametasona 24mg: 6mg IM de 12/12 horas, quatro doses ○ Dose de resgate - até no máximo 34s ● Antibioticoprofilaxia: ○ Conservadora (24 semanas < IG < 37 semanas) - prolongar o período de latência ○ Ativo (IG ≥ 37 semanas) - profilaxia EGB IG menor que 24 semanas 57 ● Conservadora: Acompanhamento ambulatorial ○ Repouso relativo / abstinência sexual ○ Consulta semanal ○ Rastrear infecção - Hemograma / VSH semanal / PCR ○ Sinais vitais: temperatura, curva de pulso ○ USG de 15/15 dias ○ Suporte psicológico ● Ativa: Internamento ○ Óbito fetal e/ou indícios de infecção (corioamnionite) IG entre 24 – 36,6 semanas ● Conservadora: ○ Internamento ○ Repouso relativo ○ Antibioticoprofilaxia (alargar o período de latência) ○ Corticóide ○ Mobilograma diário ○ Sinais vitais: temperatura, curva de pulso ○ Rastreio laboratorial para infecção semanal - Hemograma / VSH semanal / PCR ○ IG > 28 semanas: Provas de vitalidade fetal semanal ● Ativa - Parto ○ Hemograma / VSH semanal / PCR evidenciando quadro infeccioso - Corioamnionite ○ Provas de vitalidade fetal comprometida - Sofrimento fetal ○ DPPNI ○ Trabalho de parto IG ≥ 37 semanas ● Conduta ativa: Parto 58 ○ Antibioticoprofilaxia para estreptococo do grupo B ○ Via de parto por indicação obstétrica ■ Indução do parto ● Índice de Bishop favorável - ocitocina ● Índice de Bishop desfavorável + vitalidade preservada = Misoprostol para amadurecer o colo + ocitocina ■ Cesárea quando houver contraindicações para indução (índice de Bishop desfavorável + vitalidade comprometida) ○ Restringir nº de toques durante acompanhamento do trabalho de parto (máximo 4) - para reduzir a chance de infecção em parto de via baixa Antibioticoprofilaxia: Conduta Conservadora ● Benefícios: ○ Reduzir Infecção materna pós-parto ○ Nº de nascimentos em 48h a 7 dias: > tempo de latência ○ Infecção neonatal e cultura sanguínea positiva ○ Nº de RN que requerem suplementação de O2 ○ Uso do surfactante no período neonatal ○ Nº de neonatos com diagnóstico ultrassonográfico prévio de anormalidades cerebrais ● Prolongar o período de latência ● Esquema tríplice: ○ Ampicilina 2g IV diluída em soro fisiológico ou glicosado de 6/6h por 48h ○ Azitromicina 1g VO, dose única, no 1⁰ dia ○ Amoxicilina 500 mg VO de 8/8h por 5 dias Antibioticoprofilaxia: Conduta Ativa ● Profilaxia para Estreptococo do grupo B (EGB) ○ Febre intraparto ○ Trabalho de parto prematuro ○ História de neonato anterior com sepse ○ Rotura anteparto há mais de 18h ○ Infecção do trato urinário por Estreptococos ○ Urocultura ou cultura vaginal para EGB desconhecido 59 ○ Urocultura ou cultura vaginal / anal para EGB positiva com menos de 5 semanas ○ OBS: Realizar independente do esquema profilático no período de latência. Antibioticoterapia: Conduta Ativa ● Corioamnionite ○ Ascensão de bactérias do trato geniturinário inferior ○ Febre materna > 38ºC ○ Taquicardia materna > 100 bpm ○ Taquicardia fetal > 160 bpm ○ Útero doloroso à palpação ○ Secreção purulenta saindo pelo colo uterino ○ Leucocitose com desvio à esquerda ○ Aumento do PCR ○ Esquema terapêutico ■ Esquema duplo por Sete dias (gram - positivos e negativos) ● Clindamicina 900mg, EV, de 8/8h ● Gentamicina 240 mg, EV, dia ■ Esquema tríplice por Sete dias (anaeróbios) ● Ampicilina 1g, EV, de 6/6h ● Gentamicina 240 mg, EV, dia ● Metronidazol 500mg, EV, de 8/8h A tocólise não está indicada na RAMO, a não ser que a gestante entre em TP muito rápido e seja necessário adiar em até 48h, seja pela transferência da gestante a um centro de referência ou para administração de corticoterapia Distúrbi� d� ILA ILA normal quando está entre o percentil 5 e 95 Oligoâmni� 60 Oligoâmni� Diagnóstico: Clínico (de suspeição) ● Retardo ou ausência do crescimento do fundo uterino ● Sensibilidade uterina aumentada ● Partes fetais facilmente reconhecíveis ● Fácil ausculta fetal Ultrassonográfico (confirma o diagnóstico) ● Diminuição evidente do ILA - volume < 300 ml, ILA ≤ 5, maior bolsão vertical < 2cm ● "Amontoamento” das pequenas partes fetais Conduta ● Seguir protocolo da patologia de base ● Idiopático - ILA x IG ● USG seriado ● Vitalidade fetal - Doppler e CTG basal ● Ecocardio Fetal ● Via de parto - indicação obstétrica ● 1º trimestre - acompanhar, hidratar, repouso relativo ● 2º trimestre - acompanhar e a partir de 24s começar corticoide, hidratar, fazer doppler com 26s, CTG a partir de 28s ● 3º trimestre - resgatar corticoide e continuar com a propedêutica 61 Polidrâmni� Diagnóstico: Clínico (de suspeição) ● Desconforto respiratório e dispneia ● Dor difusa em região lombar e abdominal ● Edema supra púbico ● Pele do abdome lisa e brilhante (hiperestesia) ● Palpação: Piparote positivo ● Dificuldade de palpação das partes fetais ● Ausculta fetal abafada ou imperceptível Ultrassonográfico (confirma o diagnóstico) ● Aumento evidente do ILA - volume > 2000 ml, ILA ≥ 24cm, maior bolsão vertical >8 cm Prognóstico: ● Idiopático ○ Leve - conservadora ■ Assintomático ○ Grave - internamento ■ Desconforto respiratório materno ■ Prematuridade ■ RAMO ■ Prolapso de cordão ■ DPPNI Conduta ● Seguir protocolo da patologia de base ● Idiopático - ILA x IG ● USG seriado 62 ● Vitalidade fetal - Doppler e CTG basal ● Ecocardio Fetal ● Via de parto - indicação obstétrica. ○ Cesariana se dispneia, desconforto abdominal e risco de hemorragia pós parto por atonia Tirar 5ml na amniocentese para reduzir a tensão e fazer corticoide se não tiver sido realizado ainda. Se os sintomas persistirem, deve-se fazer o parto pelo risco de DPPNI Hemorragi� d� Segund� Metad� Rotur� d� Sei� Margina� ● Sangramento vaginal vermelho vivo, contínuo, indolor, insidioso, de pequeno volume, sem repercussões maternas ou fetais ● Trauma, esforço e tônus - qualquer força aplicada no corpo placentário se desloca para a margem da placenta - seio marginal. Dessa forma, a maior incidência de rotura por deslocamento é neste seio ● A rotura deste seio é um evento assintomático, achado de USG (hematoma) ● Conduta expectante, conservadora ● Repouso relativo 63 ● Vida sexual normal após sangramento cessar ● Se desconforto - analgésico (Escopolamina) ● Monitorar e observar● Repetir USG com 10/15/20 dias Vas� Prévi� Condição rara onde os vasos fetais correm desprotegidos pelas membranas ovulares e se interpõem entre o orifício cervical interno e a apresentação fetal Atenção! Para se ter uma vasa prévia é necessário ter inserção velamentosa do cordão e rotura dos vasos da placenta Rotura da Vasa Prévia: ● Emergência obstétrica→ SFA (provoca choque hipovolêmico no feto devido a exsanguinação pela rotura dos vasos) ● Sangramento agudo, indolor, volumoso, vermelho rutilante: hemorragia de Benckiser Diagnóstico: ● USG obstétrica e endovaginal - 18ª, 22ª e 32ª semana de gestação Parto: Interrupção eletiva - fazer corticoide ● Internamento clínico: 30ª e 32ª semana de gestação. Fazer acompanhamento com USG ● Cesárea: 34ª a 36ª semana de gestação. ○ Indício no USG que o colo está apagando/ encurtando, indicando possibilidade de TPP - fazer corticoide e interromper com 34s ○ Se o colo se mantém sem apagamento, respondendo bem a terapia com progesterona - fazer corticoide e interromper com 36s ● Interrupção de urgência (mortalidade 60%) - não fazer corticoide. ○ RAMO ○ Sangramento ○ Trabalho de parto Placent� Prévi� Inserção baixa da placenta - é a implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero antes de 28 semanas de gestação. Patologia do 1º trimestre, mas não é PNAR 64 Placenta Prévia - é a implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero, após 28 semanas de gestação. Patologia do 3º trimestre, é PNAR Concordância com o que se vê e o estado geral da paciente - placenta prévia é fofoqueira (sempre diz quem é)!!! Diagnóstico: ● Anamnese IG→ 28 semanas ○ História característica de SANGRAMENTO ○ Vermelho-vivo, indolor ○ Sem causa aparente ○ Episódios de intensidade progressiva, insidioso - até cursar com um sangramento volumoso e súbito que culmina com o término da gestação ○ Início e término súbitos ● Exame Físico / Obstétrico ○ Tônus uterino normal - sangramento da placenta prévia não pede TPP ○ Ausência de dor à palpação uterina ○ Ausência de abaulamentos e/ou crescimento rápido de altura de fundo uterino ○ Apresentação alta e móvel ○ Vitalidade fetal preservada ○ Anemia materna progressiva ○ Exame especular - para identificar a origem do sangramento ○ Toque vaginal - proscrito. Quem tem placenta prévia não pode ser tocada durante todo o pré - natal ● Ultrassonografia: ○ Diagnóstico de certeza ○ Identificação da localização placentária ○ Avaliar relação da placenta com o OCI ○ Avaliar idade gestacional 65 Mnemônico Progressivo (gravidade progressiva) Repetitivo Espontâneo Vermelho vivo, rutilante Indolor Ausência de SFA e de hipertonia uterina Conduta: ● Tratamento individualizado de acordo com: ○ Idade gestacional ○ Intensidade do sangramento ○ Vitalidade materna - se vitalidade comprometida, interromper a gestação, independente da IG e de corticoide ○ Classificação da placenta prévia ○ Associação com TP - placenta prévia + TPP + sangramento pequeno + vitalidade materna preservada→ pode-se tentar a tocólise, mas a paciente não poderá ser tocada ○ Sangramento abundante: Conduta ativa - interromper a gestação ■ Estabilização hemodinâmica ● Monitorar SSVV e perda sanguínea ● Acesso venoso calibroso ● Cristalóides ● Transfusão sanguínea ● Coleta de exames ● Reserva de sangue ○ Sangramento discreto-moderado: 66 ■ Conduta conservadora - quando não se tem maturidade pulmonar fetal. ● Repouso relativo ● Repetir USG ● Abstinência sexual ● Corticóide ● Hemograma ■ Conduta ativa - interromper a gestação com IG a partir de 37s com ou sem sangramento Interrupção da Gestação ● Indicações de cesariana ○ Placenta prévia parcial ou total ○ Sangramento abundante ○ Vitalidade fetal comprometida ● Indicações de via baixa (possibilidade de converter) ○ Placenta prévia marginal e lateral ○ Amniotomia precoce (manobra de Puzos) ○ Uso de ocitocina ○ Monitorizar ausculta cardiofetal Cesariana: ● Reserva de sangue ● Anestesia 67 ● Incisão uterina ● Situações Especiais ○ Pacientes Rh negativo - imunoglobulina anti-D ○ Placenta prévia-cesárea ○ Atonia uterina ○ Acretismo placentário ■ Histerectomia subtotal ● Tipos de histerotomias - a escolha depende da localização da placenta: ○ Fuchs ○ Kronig ○ Corporal clássica Para Brayner, placenta prévia = cesariana Acretismo Placentário: ● Formas de acretismo placentário ○ Placenta acreta: quando a placenta penetra na decídua, mas não atinge o miométrio (forma mais simples) ○ Placenta increta: quando a placenta penetra até o miométrio, mas não atinge a serosa ○ Placenta percreta: quando a placenta ultrapassa o miométrio e atinge a serosa (peritônio visceral), pode atingir a parede de vísceras adjacentes (reto, bexiga) DPPNI Separação da placenta normalmente inserida do seu sítio de implantação, antes do nascimento do concepto, em gestação com mais de 22 semanas Tríade clássica = sangramento súbito + dor abdominal + hipertonia uterina Se tem DOR = DPPNI Diagnóstico: é clínico ● Sangramento vaginal de início abrupto, de intensidade leve à grave, normalmente vermelho-escuro ● Dor abdominal súbita ● Associação com sofrimento fetal ● Aumento do tônus uterino 68 ● Exame Físico ○ Hemorragia Externa: 80% ○ Interna: 20% - sangramento contido na cavidade uterina. ■ Taquicardia, sudorese, palidez, ausência de sangramento = sinais de hemorragia interna ○ Comprometimento do estado geral ○ Manifestações de hipovolemia - Pulso paradoxal de Boero, hipotensão ○ HAS crônica ○ Pré-eclâmpsia ○ TPP ● Exame Obstétrico ○ Hipertonia uterina (útero lenhoso) - contrações uterinas contínuas ○ Dor à palpação do útero (hipersensibilidade uterina) ○ Irregularidade da parede uterina - devido à área de hematoma ○ Aumento rápido da altura de fundo uterino - porque o descolamento da placenta promove a formação de hematoma e este fica contido na cavidade, aumentando o volume uterino ○ Taquissistolia (20% dos casos) ● Ausculta Fetal - alterada ○ Normal ○ Taquicardia ○ Desacelerações ○ Ausente ● Exame especular ○ Sangramento ○ Diagnóstico diferencial - placenta prévia ● Toque vaginal - proscrito se não se souber a localização da placenta ○ Colo uterino dilatado 69 ○ Bolsa das águas tensa devido a pressão dentro da cavidade Conduta: ● Hospitalização urgente, obrigatória!!! ● Medidas de urgência - acesso venoso calibroso, cristaloides, solicitar reserva de sangue, transfusão sanguínea (choque hipovolêmico) ● Propedêutica laboratorial - hemograma, coagulograma, creatinina e tipagem sanguínea ● Interrupção da gestação ○ Parto via alta: cesariana ○ Parto transpelvino Interrupção da Gestação: DPPNI= interrupção da gestação, não tem internar para fazer corticoide e tocolítico ● Parto via alta: cesariana ○ Quadro materno instável independente da vitalidade fetal (FM) ○ Feto morto e parto não iminente ○ Anestesia geral (paciente instável) ● Parto transpelvino 70 ○ Quadro materno estável com parto iminente ○ Feto morto ● Controle da hemorragia pós-parto - prevenir útero de Couvelaire. Rotur� Uterin� Tríade clássica - dor abdominal súbita, sangramento vaginal e alteração da FCF Quadro clínico da rotura uterina ● Dor - desaparece, porque quando o útero rompe não tem mais contração uterina ● Sensibilidade uterina reduzida ● Parada da dinâmica uterina ● Ausculta cardiofetal ausente ● Manobras de Leopoldo fora do padrão - não percepção do feto dentro da cavidade uterina ● Sinais de distensão segmentar ● Sinal de Recasens (ascensão da apresentação), Clarck (o ar que está na cavidade vaginal entra no útero e adentra a cavidade abdominal - enfisema subcutâneo), Cullen (hemorragia volumosa) ● Partes fetais ● Hemorragia 71 ● Hematúria - comprometimento da bexiga Iminência da rotura uterina ● Distensão segmentar de Bandl-Frommel ○ Sofrimento materno ○ Taquissistolia ○ Hipertonia ○ Distensão do segmento inferior (sinal de Bandl) ○ Retesamento dos ligamentos redondos (sinal de Frommel) ○ Útero em “ampulheta”- afunilamento a nível do umbigo, “cintura” ○ Mais frequente na ausência de cicatriz uterina Profilaxia: ● Assistência humanizada ao parto ● Partograma Tratamento: ● Síndrome de distensão segmentar ○ Cesariana de urgência após estabilização hemodinâmica ● Rotura uterina ○ Laparotomia exploradora ■ Histerorrafia - caso seja possível preservar a víscera ■ Histerectomia - caso não seja possível preservar a víscera/ corrigir a lesão ou controlar hemorragia, realizar histerectomia para salvar a vida materna 72