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Missões e Comissão de Cristo

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 MISSIOLOGIA (MISSÕES) 
 
 
 
CAPÍTULO 1 
 
O Mandamento do Mestre. 
 
Quando o nosso Senhor escolheu os seus doze discípulos e os enviou pela primeira vez, entre as diferentes 
ordens que receberam, figurava a de não se afastarem dos termos habitados pêlos filhos de Israel (Mateus 
10:5e6). Esta missão era simplesmente preparatória, e a mensagem de que eram portadores limitava-se a 
anunciar que o reino de Deus havia chegado. Contudo, as coisas iriam mudar. 
 Depois de o Senhor Jesus Cristo ter cumprido a obra redentora que viera consumar, depois de ter vencido o 
sepulcro, quando já ressuscitado glorioso, quando os discípulos já se persuadiram da grandiosa realidade 
desta vitória sobre a morte, quando já ia subir ao céu para sentar-se a destra de Deus, deu aos seus este grande 
mandamento destinado a soar permanentemente aos ouvidos de todos que queriam fazer a vontade do Cristo 
ressuscitado: “É me dado todo poder no céu e na terra, portanto, ide, ensinai a todas as nações, batizando-as 
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a guardar todas as coisas que eu vos tenho 
mandado e eis que estou convosco todos os dias até a consumação do séculos (Mateus 28:19e20). 
 Agora já não se trata como na primeira vez, de ir a um só povo, mas a todos os povos. Já não se trata 
simplesmente de anunciar que o reino de Deus havia chegado, mas sim de fazer discípulos, batizandoos e 
ensinando-os. Já não se trata somente de ir entre gente conhecida e amiga, onde se encontrava hospitalidade, 
mas também atravessar os mares e desertos, afim de anunciar aos povos estranhos as inescrutáveis riquezas 
da graça de Deus. Tinham de ir a todo o mundo, e anunciar as boas novas (Evangelho) do perdão a toda 
criatura. 
 Na verdade a tarefa era de fazer tremer os gigantes, e os seus próprios apóstolos teriam tremido se o 
mestre lhes não tivesse assegurado: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. 
 
 
01) COMPLETE: Portanto, ________, ensinai a ___________________, batizando-as em nome do 
__________, e do ___________ e do __________________. 
 
 
 
PROMESSA DO MESTRE 
 
 Depois de um grande mandamento que teria estremecido os ouvintes, Jesus faz uma promessa que estimula 
a qualquer servo que tem os olhos para observar a Palavra que Jesus diz: Eis que estarei convosco todos os 
dias até a consumação dos séculos. Outra grande promessa do Mestre é a que encontramos em Atos 1:8, “mas 
recebereis a virtude (poder) do Espírito Santo, que há de vir sobre vós”. Nenhuma pessoa que se coloca sob 
a orientação de Deus poderá estar só, na grande seara. 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 TRIPLICE COMISSÃO DE CRISTO 
 
 Na tríplice comissão dada por Cristo encontramos o programa completo de Deus com relação ao 
empreendimento missionário na atual dispensação. A tríplice missão pode ser expressa em palavras simples 
a saber: 
 
VEDE – João 4:35 
 
 Erguei os vossos olhos e VEDE os campos, pois já estão embranquecidos para a ceifa. Milhares de pessoas 
não tem a visão nem conhecimento dessa tão grande necessidade e isto porque não tem olhado por meio dos 
olhos de Cristo, quantos obreiros, quantos crentes, que tem desperdiçado tanto tempo, tanto dinheiro com 
coisas materiais, para os tesouros perecíveis, enquanto milhares de almas perecem por falta de visão 
espiritual. O aspirante ao ministério precisa orar a Deus e pedir uma visão clara das grandes necessidades da 
obra do Mestre. A presente geração só pode ser alcançada por esta geração. Portanto, precisamos fazer o 
trabalho missionário e bem depressa. Se os trabalhadores não se apressarem imediatamente, se deixarmos de 
envidar os nossos máximos esforços, então esta ceifa, esta geração, ficará eternamente perdida. 
 Esta pode ser a última oportunidade para muitos, mostremos o nosso amor para com o Mestre, (João 9:4 e 
Marcos 6:35). 
 
ORAI – MATEUS 9:37 e 38 
 
 A seara na verdade é grande mas os trabalhadores são poucos. Aqui jaz toda a dificuldade da tarefa, uma 
colheita imensa, mas um número insuficiente de trabalhadores. A solução esta em orarmos a fim de 
rogarmos ao Senhor da Seara que envie trabalhadores para sua Obra. Nossa tarefa consiste em rogar ao 
Senhor da seara para que envie ceifeiros, pois quando Deus envia homens, Ele sempre envia homens de 
qualidade certa. O segredo é Orai. 
 
IDE 
 
As Nações (Mateus 28:19) 
 O noivo terá de contar com alguns provenientes de toda língua e tribo (Ap. 7:9, Atos 15:14, Marcos 1:35-
39, Lucas 4:43). Em Atos 1:8 somos comissionados de modo definido, a nos lançarmos num testemunho de 
espaço mundial, indo até aos confins da terra. 
 
Aos Indivíduos (Marcos 16:15) 
Essa é a nossa responsabilidade e obrigação para com o indivíduo, (Ezequiel 3:16-20). 
 
 
 
02) RESPONDA: Qual é a tríplice comissão de Cristo? 
__________________________________________________________________________ 
 
 
 4 
 
 
Missões Através da Evangelização 
 
 MÉTODOS DE PAULO 
 
 Paulo, o maior e mais bem sucedido missionário que o mundo já viu, nunca se fez pastor. Viajava, pregava, 
ganhava novos convertidos, organizava congregações, punha-as sob a liderança e passava adiante. Não 
procurava alterar as maneiras e os costumes dos povos. O Evangelho é que faz isso, sempre que necessário. 
Impunha responsabilidades aos próprios nativos, fundava igrejas que se auto-sustentassem e auto-
propagassem, e isso desde o seu início. Não fundava ginásios, não levantava hospitais, nem erigia templos 
para as Igrejas. Os nativos proviam suas próprias necessidades. 
 
Missões Entre os Gentios 
 
 Mui lentamente penetrou na mente dos discípulos a gloriosa idéia de que o Evangelho era para todo o mundo. 
Apesar das palavras bem claras contidas no mandamento e promessa de Cristo, apesar de lhes Ter 
manifestado o Espírito Santo, fazendo-os falar em outras línguas, os discípulos não pensavam em sair dos 
limites de Jerusalém . Foi necessário que viesse a perseguição, que os pôs em contato com o mundo que 
tinham de Evangelizar. 
Depois do martírio de Estevão foi dispersada a Igreja em Jerusalém, e iam seus membros por todas 
as partes anunciando o Evangelho, ainda que só aos judeus. Formaram-se assim comunidades evangélicas, 
não só em Samaria e Galilélia, mas ainda mais longe, como por exemplo, em Antioquia. 
De modo milagroso Filipe foi levado a ensinar e batizar o Eunuco da Etiópia, porém, fora de qualquer 
dúvida, o mesmo era um prosélito judeu. 
Pedro recebeu uma revelação especial que o mandava entrar na casa de Cornélio, o centurião Romano, 
onde se efetuou o batismo de um número considerável de crentes de origem gentílica, ainda que também já 
eram adoradores do verdadeiro Deus. 
 
 
03) COMPLETE: Foi necessário que viesse a _______________, a qual colocou os cristãos em contato com 
o mundo que precisavam evangelizar. 
 
A Cidade Berço das Missões 
 
 A verdadeira idéia missionária não nasceu entre os apóstolos em Jerusalém, mas na Igreja da Antioquia, 
onde não se achava nenhum dos que haviam acompanhado o Senhor em seu ministério terreno. Estava a 
Igreja reunida em oração e jejum, quando o Espírito Santo disse que Barnabé e Saulo fossem apartados para 
a obra de missões. Não era uma determinação humana ou carnal que iam empreender a difusão do Evangelho 
entre os pagãos, mas por indicação do Espírito Santo. Toda obra missionária digna deste nome, foi sempre 
estimulada e dirigida de igual modo. 
 
Um Missionário Certo para o Tempo Certo 
 
 O homem a quem Deus elegera para ser o herói da evangelização do mundo, é um exemplo luminoso a todos 
os missionários das épocas presentes e futuras, sim, ele – Paulo. Nascido em Tarso de Cilicia,cidade que em 
cultura rivalizava com Atenas, gozara de todas as vantagens. E por providência de Deus desfrutava o direito 
 
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de cidadão romano. Era por conseguinte, ao mesmo tempo grego, romano e judeu. Onde quer que se achasse 
estava entre os seus. 
 Nunca um outro homem conseguiu talvez, reunir as qualidades de Paulo. Extraordinários eram seus dons, 
poderosa sua influência pessoal e, vastíssimos seus conhecimentos. Seu caráter, sua energia, sua vontade de 
aço, sua generosidade, seu desprendimento, sua abnegação e profundo amor aos homens colocavam-no na 
primeira linha em qualquer lugar onde estava. 
 Este era o homem que Deus escolheu, e que fora chamado para ocupar um lugar tão proeminente na 
conquista espiritual do mundo gentio. 
 
 
04) COMPLETE: O apóstolo ___________________, com certeza é o exemplo luminoso para todos os 
missionários das épocas presentes e futuras. 
 
 
MISSÕES ENTRE OS PAGÃOS 
 
O cenário preparado: 
 
A parte do mundo onde primeiramente seria levado o Evangelho, eram as regiões que estavam debaixo 
da influência da cultura grega e das forças romanas. Estava tudo admiravelmente disposto para que a Palavra 
de Deus pudesse correr livremente e ser glorificada. O Império Romano estendia seu domínio a quase todas 
as regiões habitadas do mundo então conhecido, e multidões de povos que antes viviam em guerras 
constantes, separados pelo ódio de raças e costumes, achavam-se agora sob o mesmo poder central. Uma 
navegação ativa, boas estradas de rodagem, uniam a Europa entre si e comunicavam-na com o Norte da 
África e o Lado Ocidental da Ásia. Os navios e as estradas que haviam servido para transportar para todas as 
partes aqueles soldados romanos, serviam agora para levar de um lado para outro os mensageiros do 
Evangelho da paz. 
 A unidade política do mundo estava debaixo do cetro férreo dos Césares, concorreu para que se desfrutassem 
garantias até então desconhecidas, facilitando ao mesmo tempo o intercâmbio que punha em relação povos 
que até então viviam no mais completo isolamento. 
Isto favorecia o incremento da língua grega no oriente e da latina no ocidente, língua que servia para 
apregoar o Evangelho a todos os habitantes do vasto império. Era evidente, contudo, que muito acima dos 
Césares estava um Soberano que havia predisposto esta organização política e concentração do mundo para 
por os pagãos em contato com Jerusalém, e assim, com todos os judeus de quem aprenderam o monoteísmo 
(crença em apenas um Deus), receberam o Evangelho de Cristo. 
 
DISPERSÃO GERA MISSÕES 
 
Com a morte de Estevão, veio daí uma ferrenha perseguição aos cristãos, e com isto, veio a dispersão de 
Israel por todo o Império, e isto tornou-se um dos fatores que mais iriam contribuir poderosamente para a 
evangelização dos pagãos. Em todos os lugares havia uma sinagoga, um núcleo de judeus. A esses 
primeiramente se dirigiam os mensageiros do Senhor, prevalecendo-se das circunstâncias de que nas 
sinagogas podia fazer-se uso da Palavra após a Leitura da Lei, então proclamavam Cristo, anunciando-o como 
o Messias que tinha de vir ao mundo. De modo que, em todos os lugares, podiam contar com um centro ou 
um grupo capaz de apreciar a mensagem de que eram portadores. 
 Das sinagogas passavam aos gentios, e assim propagava-se o Evangelho com uma rapidez animadora. 
 
 
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5) COMPLETE: Nas sinagogas podia-se fazer uso da palavra logo após a 
_______________________________. 
 
 
A decadente situação moral e religiosa do Império Romano 
 
Vejamos quão densas as trevas que viviam este povo. E foi em meio a tais trevas que tiveram que 
brilhar como astros do mundo, os heróis da obra missionária. 
 Tudo quanto de poderoso e grande tinha o Império Romano, sob o ponto de vista civil e militar, o tinha de 
pequeno e mesquinho do ponto de vista moral e religioso. O paganismo era um fracasso, e não poderia deixar 
de levar o Império Romano a ruína. As armas e a lei não podiam dar consistência a um povo sem moral. 
Achavam-se templos cheios de ídolos que representavam deuses imorais e cruéis. 
 Toda forma de ideologia havia sido objeto de algum ensaio por parte dos sacerdotes daquela ridícula forma 
de culto. O povo havia perdido toda a confiança nos seus sacerdotes , e haviam decaído, em todas as classes 
sociais, os sentimentos religiosos. Esforçavam-se os filósofos em incultar certas práticas e regras morais, 
porém mui poucos eram os que sentiam a influência de sua ética. 
 Tanto moral como religiosamente o Império Romano se achava em completa decomposição, que o levava a 
ruína. Para formarmos uma idéia de seu estado, observaremos agora uma estatística que consegui num livro 
de História da Igreja: em Roma, a população que, segundo Moscheim, ascendia 1.610.600 habitantes, dividia-
se da seguinte forma: 10.000 senadores e governantes, 60.000 estrangeiros, 20.000 soldados de guarnição, 
320.600 cidadãos, 300.000 mulheres e 900.000 escravos. Desta forma três quintos de uma cidade estava 
sujeito aos horrores da escravidão. 
 
Como se divertia Roma 
 
O Coliseu responde. As ruínas deste circo de horror se podem ver ainda. Hoje considerada uma das 
maravilhas do mundo antigo. Podia dar assento à 87.000 pessoas, que se congregavam para presenciar as 
lutas sangrentas dos gladiadores, que ficavam estendidos na arena, enquanto um povo sedento pelo sangue 
humano aplaudia freneticamente ao vencedor. 
 Quando a luta não era entre homem e homem, era entre homem e fera. Numa só ocasião pelejaram na 
presença de Júlio César 320 pares de gladiadores, as vezes as lutas duravam meses inteiros, e Trajano levou 
ao circo como motivo de uma solenidade 5.000 lutadores. 
Variando apenas nos pontos mais minuciosos, eram estas as condições do mundo perante o qual os 
apóstolos tinham de pregar o arrependimento e o amor fraternal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 
 
O Apóstolo Paulo e Missões 
 
A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO 
 
 Barnabé e Saulo foram os primeiros missionários a sair de Antioquia. Calcula-se que empreenderam esta 
viagem no ano 47 de nossa era. Os Atos dos Apóstolos, livro este que com justiça é chamado “um livro 
divinamente inspirado sobre o assunto de missões”, conta-nos minúcias os incidentes dessa viagem. 
 De Antioquia para a ilha de Chipre, de onde era natural Barnabé, e depois de atravessarem, passaram a Ásia 
Menor, onde visitaram as cidades de Pérgamo, Antioquia da Psídia e Icônio, Listra e Derbe. De regresso 
visitaram alguns lugares em que haviam pregado, confirmando o ânimo dos que tinham crido, e estabelecendo 
anciãos nas Igrejas. Voltaram à Antioquia, donde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra 
que haviam empreendido. E quando chagaram e reuniram a Igreja, relataram quão grandes cousas o Senhor 
tinha feito a eles e por meio deles, e como abrira aos gentios a porta da fé, (Atos 14:26,27). 
a febre missionária voltou sem demora a Paulo, e sentia que tinha de partir outra vez. Nesta Segunda viagem 
missionária que julgamos Ter sido empreendida pelo ano 50, Paulo e Barnabé se separaram. Barnabé 
tomando consigo a Marcos, foi para Chipre, e Paulo, acompanhado de Silas visitou a Síria e a Cilicia, 
confirmando as Igrejas. Em Derbe se juntou a eles Timóteo, e seguiram para a Galácia, passando por Frígia. 
Por ordem divina cruzaram o mar Egeu e se internaram na Macedônia, começando assim a obra missionária 
na Europa, pregando nas margens do rio que banhava a cidade de Filipos, de onde partiram para a Grécia, 
fazendo tremer o pavilhão em Atenas com a mensagem da cruz de Cristo, primeiramente no bulício (espécie 
de praça pública em Atenas), depois no retiro de sossego chamado de Areópago. Seguiram então para Corinto 
e dali para Éfeso e Jerusalém. 
A terceira viagem missionária de Paulo foi feita no ano 53., visitando a Galácia, Frígia e Troas, em 
caminhoà Macedônia. Voltou a Troas, passando pelas ilhas do Mar Egeu, e regressou a Jerusalém. Nesta 
cidade foi encarcerado e detido dois anos, na Fortaleza de Cesareia. Apelando para César foi conduzido para 
Roma, onde permaneceu do ano 60 a 62, pregando na casa que alugara. Os Atos dos apóstolos findam aí, 
porém, é certo que Paulo foi posto em liberdade, e que fez uma viagem pelas regiões em que havia fundado 
Igrejas. Alguns ainda crêem que ele realizou o seu desejo de pregar na Espanha. Feito prisioneiro novamente, 
sofreu martírio em Roma, no ano dominical 67. 
 
1) COMPLETE: Os ___________ dos _________________, livro este que com justiça é chamado um livro 
divinamente inspirado sobre o assunto de _____________, conta-nos sobre as viagens missionárias de 
Paulo. 
 
 
Outros Apóstolos Missionários 
 
As circunstâncias de ter sido Lucas um dos companheiros de Paulo concorre para que o Livro dos 
Atos se ocupe quase exclusivamente deste apóstolo. Porém, não se pode pensar com isto que os outros 
apóstolos negligenciaram a causa missionária. 
 Há de fato, algumas datas que foram conservadas pelos historiadores antigos que parecem suficientemente 
sérias e dignas de nosso crédito. 
 Eusébio por exemplo, o primeiro dos historiadores do Cristianismo, disse: “Sob influências celestiais, a 
doutrina do Salvador, semelhante aos raios do sol, irradiou rapidamente por todo o mundo e de acordo com 
as divinas profecias, o sonido de seus inspirados evangelistas e apóstolos foi por toda a terra suas palavras 
repercutiram até aos confins do mundo. Por todas as cidades e aldeias se encontravam Igrejas, cujos membros 
 
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pertenciam a todos os povos, aqueles que devido aos erros de seus antepassados, haviam então presos pela 
enfermidade das superstições idólatras, libertaram-se pelo poder de Cristo mediante os ensinos e milagres de 
seus mensageiros. 
O mesmo Eusébio nos fala de Marcos como o primeiro missionário enviado ao Egito e fundador da 
Igreja de Alexandria. 
 Também fala de Tomé trabalhando entre os Partos, André em Scythia e João na Ásia. Pedro visitou as regiões 
de Ponto, Galácia, Bitínia e Capadócia. 
 Sirva o nobre exemplo que nos deixaram os cristãos da geração apostólica como estímulo a todos que 
em nossos dias se sentem chamados a participar do grande movimento missionário de que é testemunha o 
presente século. 
 
2) Usando o espaço logo abaixo, cite o nome de um dos primeiros historiadores do cristianismo. 
_______________________________. 
 
 
Igrejas Missionárias 
 
As Igrejas que figuravam no Novo Testamento, assim como todas daquela época, eram 
eminentemente missionárias. Todos os convertidos se compenetravam da responsabilidade de tornar 
conhecida de outrem a verdade que os havia libertado. Não é estranho, pois, que o número de Igrejas se 
multiplicasse tão assombrosamente. 
 Paulo dá graças a Deus pela fé que animava os cristãos em Roma, a qual era celebrada por todo o mundo 
(Romanos 1:8), uma demonstração patente de que mantinham acesa a lâmpada espiritual do Evangelho entre 
eles. 
 Gozo igual lhes proporcionavam os Tessalonicenses, que divulgavam a Palavra do Senhor através da 
perseguição, não só na Macedônia e Acaía, mas em todo lugar, I Tessalonicenses 1:7-9. 
 Aos de Colossos escreve o Apóstolo que a Palavra do Evangelho havia chegado a eles, “como também a 
todo o mundo, e que ia frutificando”, Colossenses 1:4-6. 
 Cada novo convertido ao Cristianismo, “Disse o historiador Gibber – reputava como um dever sagrado, 
propagar entre seus parentes a amigos a inestimável bênção que recebera”. É devido a este fato que o 
constante crescimento do número de cristãos, que conquistavam terreno dia após dia entre as multidões que 
viviam sem Deus e sem esperança no mundo. 
 Para fazer-se uma idéia da marcha triunfante do cristianismo, basta-nos recordar que quando surgiram as 
primeiras perseguições do governo romano, o número de cristãos era calculado em 300.000, número que no 
ano 300 havia ascendido à 8.000.000. Eis como estava se cumprindo a parábola da mostarda, que se torna a 
maior das hortaliças. 
 
3) RESPONDA. Como eram as Igrejas que figuravam no Novo Testamento, assim como todas daquela 
época? 
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PERÍODO SOMBRIO 
 
Infelizmente, porém, a este crescimento numérico, seguiu-se uma lamentável decadência espiritual 
que mundanizou as Igrejas. Começaram a faltar-lhes o amor e a fé, virtudes pelas quais haviam triunfado, 
aparecendo em seu lugar ritos, fórmulas, sacramentos e cerimônias sacerdotais do paganismo. 
Graças a Deus, porém, muitos houve que não se conformaram com o tal estado de coisas, 
mantiveram-se sempre em franco protesto contra o espírito sacerdotal, e lutaram, ora fora da massa total, ora 
dentro dos cristãos nominais, PELA FÉ UMA VEZ DADA AOS SANTOS DE DEUS. 
 
ASTROS QUE BRILHARAM NAS SOMBRAS DAS NOITES PROLONGADAS, E LUGARES 
ATINGIDOS POR HERÓIS DA OBRA MISSIONÁRIA 
 
PATRÍCIO – Irlanda. 
 
 Nasceu na Escócia, na primeira metade do século V. Filho de um diácono de Igreja de uma aldeia. Recebeu 
uma boa educação, no tocante a salvação. 
Quando tinha apenas 16 anos de idade, foi feito escravo, junto com outros vizinhos, por uns piratas 
escoceses que o venderam a um chefe da Irlanda. O tempo que passava sozinho, dedicava-o a devoção. 
Abandonado de qualquer proteção humana, aprendeu a Ter confiança somente em Deus. Depois de seis anos 
de cativeiro conseguiu escapar e voltar para a sua família. 
Depois de tanto sofrimento, Patrício sentiu um grande desejo de voltar a pregar o Evangelho de Cristo 
à seus amigos em cativeiro, pois tanto amava os amigos que lá fizera e que viviam em miseráveis condições. 
Pregou ao ar livre e fundou inúmeras congregações, tirando assim muitas almas da idolatria e levando-
as aos pés de Cristo. Suas Igrejas nunca tiveram nenhuma relação com Roma. 
A nós, ele deixou a seguinte frase: “Rogo a Deus que me de perseverança, e o poder de ser uma 
testemunha fiel até o fim.” 
 
4) COMPLETE: _______________ nasceu na Escócia, na primeira metade do século V, era filho de um 
___________ e recebeu boa educação no tocante a sua salvação. 
 
COLOMBIA 
 
 Nasceu na Irlanda em 521, e parece ter herdado o mesmo espírito de Patrício. Vendo o seu país bem 
evangelizado tomou a decisão de pregar o evangelho nas regiões do paganismo. “Irei a Escócia pregar a 
Palavra de Deus”, disse ele. Obra que iniciou-se no ano de 565. Na Escócia, num lugar chamado Hébridas, 
iam de casa em casa pregando o Evangelho do Senhor. Fez vários manuscritos e fundou até mesmo uma 
Escola de Teologia, para instruir os seus convertidos. As Igrejas fundadas por Colomba, também não tiveram 
nenhuma influência do romanismo. A Santa Escritura era a única regra de fé e prática. Um só era o chefe: 
“O Senhor Jesus Cristo”, o coração dos obreiros precisavam estar sempre limpos diante de Deus. Colomba 
pregava um Evangelho puro na época em que Roma queria dominar e transmitir as suas mentiras à todo o 
mundo. Por todo este trabalho a Grã-Bretanha foi trazida aos pés da cruz. 
 
 
 
 
 
 
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DEPOIS DA REFORMA 
 
 Entre os reformadores foram os irlandeses que deram o primeiro sinal de vida missionária. Iniciaram-se em 
1.642. Estabeleceram escolas e seminários, chegando a haver até 85.000 alunos ao todo. Realizaram os 
mesmos trabalhos em Java e muito fizeram entre os índios. 
 
5) RESPONDA: Entre os reformadores, quem deu primeiramente o sinal de vida missionária? 
___________________________________________________________________ 
 
MISSÕES NAS REGIÕES POLARES 
 
 No século XVII, os dinamarqueses que possuíam vastos territórios ao norte da Europa intentaram também 
em levar o Evangelho. Hans Egede é, talvez o missionário mais notáveldessa época. Nasceu na Noruega, e 
desde a sua juventude desejava ardentemente visitar as regiões polares. Num navio que conseguiu construir 
com grande sacrifício, partiu rumo a Groelândia, acompanhado por sua família. É pouco provável que tenha 
havido um missionário que sofresse tanto como Hans Egede. Navegando entre o gelo daquelas regiões 
chegou a costa em 1.721 , viveu com sua família em choças, caçando ou pescando para a sua sobrevivência. 
Sua esposa logo morreu devido a muitas enfermidades e o maus tratos. Egede então dirigiu a Missão 
Dinamarca, na qual foi ajudado por seu filho Paulo, o grande lingüista dos idiomas que se falam nas regiões 
polares. 
 
6) COMPLETE: ___________________________ é provavelmente o missionário mais notável do século 
XVII. 
 
MISSÕES EM TRANQUEBAR 
 
 Com o concurso dos Alemães , os dinamarqueses tiveram uma missão muito importante em Tranquebar, 
Índia, pelo começo do século XVIII. O primeiro missionário nesse campo foi Ziengerbalg, nascido em 
1.863 e órfão desde muito pequeno. A mãe enferma reuniu seus filhos a sua volta e disse-lhes: “Filhos meus, 
deixo-vos um tesouro.” Surpreendidos os meninos perguntaram-lhe: “Onde está este tesouro mamãe?” Irão 
encontra-lo na Bíblia, foi a resposta. Molhei com minhas lágrimas cada uma de suas páginas. Este 
acontecimento foi uma benção para este homem e para muitos povos Indus. 
Depois de alguns anos de experiência de conversão este servo partiu para Tranquebar em uma viagem 
penosa que durou cerca de sete longos meses, chegando ali em junho de 1.706. O rigor do clima, os horrores 
da vida pagã, o ódio dos missionários católicos e a conduta ímpia dos residentes estrangeiros, e uma prisão 
de quatro meses que teve de sofrer, todas estas coisas concorreram para aumentar o fervor do mensageiro de 
Deus. Depois que aprendeu o idioma, começou a pregar e no ano seguinte a sua chegada foram batizados os 
primeiros cinco convertidos. Traduziu para aquele idioma o Novo Testamento, e fez funcionar uma 
imprensa para publicar folhetos bíblicos e hinários. Este grande homem de Deus, que ainda era muito jovem, 
veio a falecer em 1.721, deixando um caminho aberto pelo qual muitos outros trilhariam a mesma carreira. 
 
7) RESPONDA: Qual o tesouro deixado pela mãe ao missionário Ziengerbalg e seus irmãos? 
____________________________________________________________________ 
 
MISSÕES ENTRE OS PELES VERMELHAS 
 
 
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Os puritanos que, fugindo da intolerância, foram estabelecer-se nos bosques e terras virgens da 
América do Norte, encontraram-se pela primeira vez com os Peles Vermelhas. Entre eles o que mais se 
distinguiu foi João Eliot, com justiça denominado o Apóstolo do Índios. Nasceu na Inglaterra em 1.604, e 
com a idade de 17 anos, sentiu-se profundamente tocado em seu coração para área de Missões. Emigrou para 
a América junto com outros puritanos. Nomeado Pastor em Boxbury, ao sul de Boston, ocupou o posto por 
mais de meio século. Homem de fé viva, e zelo incomparável pela obra e causa de Deus. Provida de uma 
vontade de aço e de uma perseverança incansável realizava cada dia melhor o seu trabalho. 
Em 1.646 pregou o seu primeiro sermão aos peles vermelhas, o primeiro que se ouvira neste idioma. 
Acompanhado por alguns caciques fez extensas e perigosas viagens, atravessando bosques, os quais o homem 
branco nunca havia colocado os pés. A maioria dos colonos se escarnecia dele, profetizando que sua obra 
não daria resultados, porém, coisa alguma apagou o fogo santo que ardia em seu coração. Em 1.680, obteve 
do governo um território no qual fundou uma colônia chamada Natick, onde se reuniam quase todos os índios 
evangelizados. Animados com o êxito alcançado por Eliot, outros cristãos imitaram seu exemplo ao cabo de 
alguns anos. Os resultados de seus trabalhos foram, quatorze comunidades, acolhendo cerca de 4.000 
indígenas. 
Esta obra continuou por espaço de cinco gerações num período de 160 anos, havendo também entre 
eles uma senhora chamada Bland, de quem se diz Ter sido a primeira missionária americana. 
 
8) COMPLETE: __________________________, é com certeza denominado o Apóstolo dos Índios. 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
 
QUEM SÃO AQUELES QUE ESTÃO NOS CAMPOS MISSIONÁRIOS. 
 
Passemos a analisar agora quem são aqueles hoje que estão nos Campos Missionários antes de 
passarmos a Vocação Missionária. 
 
Os que estão na Frente da Batalha. 
 
 Nesta linha, encontramos os missionários enviados para os campos, que estão trabalhando na implantação 
de Igrejas e nos ministérios de apoio. Notemos que, eles estão na sua maioria, embora num campo de batalha, 
entre os próprios cristãos. Isto se deve a seguinte estatística: 
 
Cristãos nominais..........................1.250.000.000 – 96.800 missionários. Outras 
religiões e ateus.................3.544.000.000 – 24.200 missionários. 
 
 O número de missionários entre os povos mais necessitados e não alcançados é quatro vezes menor do que 
aqueles que trabalham entre os cristãos nominais. É tempo de olharmos para esses povos que ainda não 
conhecem o Evangelho e colocarmos as mãos no arado, desafiando Igrejas a enviarem missionários, para 
plantarem igrejas onde não há testemunho do Evangelho...... esforcemo-nos deste modo por pregar o 
Evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio... (Romanos 15:20). 
 
1) RESPONDA: Quem são aqueles que estão na Frente da Batalha? 
_________________________________________________________________________________ 
 
 12 
 
 
Linha dos que estão no apoio. 
 
 Esta é a linha dos que estão comprometidos com os missionários, no sentido de orar e contribuir regularmente 
para o seus sustento. 
Veja que o número é pequeno, pois infelizmente poucos têm recebido a visão e assumido o 
compromisso de obediência total a Cristo. 
 Estes estão segurando as cordas da oração, sabendo que a obra missionária não é responsabilidade somente 
do missionário que vai ao campo, mas estar associado a ele, no sentido de orarem para que seja usado 
por Deus em seu trabalho. E não participam apenas orando, mas contribuindo financeiramente para o sustento 
da família do missionário. 
 Devemos orar para que haja um grande despertamento espiritual em nossas igrejas, a fim de que Deus levante 
soldados que estejam na linha de apoio para o sustento espiritual e financeiro dos missionários. 
 
2) RESPONDA: Quais são aqueles que estão na linha de apoio? 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
Linha dos que atacam somente aos Domingos. 
 
Aqui encontramos muitos pastores e suas Igrejas. Os pastores pregando sermões evangelísticos aos 
domingos e os crentes convidando pessoas para virem ouvi-lo. Durante a semana, levam uma vida de 
comodismo, não se preocupando com a salvação de outras vidas, resolvendo no Domingo atacar o inimigo. 
Louvamos a Deus porque em Sua misericórdia vidas estão recebendo a mensagem do Evangelho e sendo 
salvas. Mas se pensarmos bem e tivermos consciência de que estamos numa batalha espiritual, como será 
possível atacar somente aos domingos? 
 Onde está o nosso testemunho pessoal durante a semana. Porque não fazemos discípulos de Cristo no nosso 
trabalho, escola, vizinhança, etc. É tempo de a igreja de Cristo despertar-se, abrir os olhos e lançar mãos as 
armas espirituais, entrando na batalha contra as trevas. 
 
3) RESPONDA: Quem está na linha dos que só atacam aos domingos? 
__________________________________________________________________________ 
 
Linhas dos que atacam uns aos outros. 
 
 A situação apresentada acima é uma dura realidade da Igreja de Cristo hoje. Muitos crentes estão brigando 
entre si. O denominacionalismo tem semeado discórdia, desunião e confusão entre o povo de Deus. Podemos 
notar em todo tempo uns atacando os outros e, muitas vezes, paravergonha nossa, usando meios de 
comunicação que são públicos, desonrando assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 
Se os líderes das denominações tivessem consciência clara do trabalho a ser realizado, e que estamos 
enfrentando, talvez parassem de atacar uns aos outros e se unissem espiritualmente, para juntos derrotarem 
ao inimigo. Posso imaginar a alegria de Satanás ao ver os crentes brigando entre si. 
Quero que saibam que não sou contra as denominações (eu até pertenço a uma delas), sou contra o 
denominacionalismo que as divide, discrimina e desune o povo de Deus. Precisamos Ter consciência de que 
nosso inimigo não é o irmão de outra denominação, mas sim o diabo. 
 
 13 
 Aqui não entra somente o denominacionalismo, mas também correntes teológicas. Nesta época, tem-se dado 
ênfase a muitas grandes idéias que têm surgido e isto tem causado divisões. Sabemos que cada um tem suas 
convicções e bases bíblicas. Podemos Ter diferentes correntes teológicas, mas nunca nos dividir-mos por 
causa delas. Devemos nos unir no que concordamos compreendendo-nos no que discordamos. 
 
4) RESPONDA: Quem está a linha que ataca uns aos outros? 
__________________________________________________________________________ 
 
Linha dos que estão Construindo Templos. 
 
 Aqui se alinham os que perderam o objetivo e o propósito da Igreja aqui na terra. São os que colocam em 
primeiro lugar a construção de suntuosos templos. 
 Também não sou contra a construção de templos, somente digo que elas devem ocupar o seu devido lugar. 
Jesus não veio para construir templos, veio para salvar vidas. Quantas igrejas estão invertendo os valores, e, 
em vez de darem ênfase ao trabalho de evangelização e de missões, levam o povo a gastar dinheiro e esforços 
somente na construção de templos e edifícios. É claro que os edifícios são necessários, mas missões ainda é 
a maior prioridade. 
 Conheço igrejas que há anos estão construindo templos, totalmente endividadas, e nunca conseguem chegar 
ao fim de sua construção. Outras fazem campanhas espetaculares e levantam fundos para edificarem templos 
faraônicos e luxuosos, enquanto as almas estão famintas, sem Cristo e sem esperança, caminhando , se 
aproximando cada vez mais de cair num abismo. 
Creio que já é tempo de a Igreja de Cristo voltar ao primeiro amor e redescobrir o seu papel aqui na 
Terra, colocando as prioridades na ordem correta. O pastor que se preocupar primeiramente com as almas, 
vai precisar depois, ampliar o templo ou construir outro, pois os novos convertidos serão quem vai construir 
– coloquemos missões sempre em primeiro lugar. – Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a sua 
justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas (Mateus 6:33). 
 
5) RESPONDA: Quem está na linha dos que estão construindo Templos? 
___________________________________________________________ 
 
Linha dos Soldados feridos. 
 
 Nesta linha, encontramos os crentes que só causam ou só trazem problemas à Igreja. Satanás está oprimindo 
muitos crentes, provocando assim problemas de sorte, para que pastores e crentes maduros se preocupem 
com eles e gastem tempo cuidando deles, quando poderiam estar trabalhando para missões. 
Também desejo que saibam que não sou contra ministérios de aconselhamento e cura nas Igrejas, mas 
precisamos Ter discernimento quanto às nossas prioridades e ao uso correto de nosso tempo; precisamos 
treinar pessoas com o Dom espiritual de misericórdia, socorro, etc..., para que possam trabalhar com estas 
pessoas, sem envolver-se em um ministério para o qual Deus não nos designou e que possa não conduzir a 
igreja ao cumprimento de seus propósitos. 
 Descobri que existem alguns crentes que só querem ser lembrados, receber, mas não querem se comprometer 
com o senhorio e as ordens de Cristo. Estas só dão trabalho e muitas vezes são colocados somente para que 
nos preocupemos com eles. Ouvi dizer que uma das armas mais modernas nos Estados Unidos da América 
não mata, apenas fere o soldado, isso para que ocupem o tempo de outros soldados cuidando dos feridos. 
Com esta estratégia a vitória torna-se certa. Creio que Satanás tem usado a mesma arma contra a Igreja. 
Abramos nossos olhos. 
 
6) RESPONDA: Quem está na linha dos soldados feridos? 
 
 14 
 ___________________________________________________________________________________ 
 
 
 
Linhas dos que não sabem que estão na Guerra. 
 
 Composta de crentes indiferentes quanto ao progresso do evangelho. Estão preocupados com as coisas da 
vida. Só pensam em ganhar dinheiro e acumular tesouros aqui na terra; preferem os passeios no lugar da 
Escola Dominical, a cama no lugar do Estudo da Palavra, a televisão no lugar da reunião de oração, vivem 
despreocupados ao fato de que as pessoas estejam salvas ou não. O pior é que estão aplaudindo os que estão 
na linha de frente da batalha. 
As vezes, vejo reações em algumas pessoas e igrejas, quando ouvem o testemunho de um missionário. 
Elas aplaudem, se exaltam com a coragem e o desprendimento daquela vida, ficam admiradas com o 
altruísmo do missionário e se deleitam com as histórias fascinantes e diferentes do campo missionário. No 
final, dão uma pequena oferta, apenas para o desencargo da consciência, e voltam no outro dia as suas 
atividades normais, não percebendo também que fazem parte desta batalha espiritual. Infelizmente, para 
vergonha nossa, esta é a realidade da maioria das igrejas, o maior número de soldados encontra-se nesta linha 
e são aqueles que não estão preocupados e nem se engajam na batalha. Desobedecem voluntariamente ao 
comando do General, mas estão aplaudindo aos obedientes. Que Deus tenha misericórdia da minha vida, de 
nós, e faça descer o poder do alto sobre nossas vidas, para que cada crente, e consequentemente cada Igreja, 
assuma a responsabilidade de entrar nesta batalha, usando todos os meios disponíveis para que Cristo seja 
pregado a todas as nações. 
 
7) RESPONDA: Quem são aqueles que não sabem que estão na guerra? 
__________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
 
A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA 
 
 As Igrejas evangélicas no Brasil estão passando por uma conscientização de sua responsabilidade para a 
evangelização mundial. Por isso damos graças a Deus, que desperta e capacita. Tudo indica que as igrejas 
evangélicas brasileiras estão avançando no seu papel junto às igrejas irmãs do mundo inteiro na anunciação 
do reino de Deus, como testemunho entre todas as nações ( Mateus 24:14). A presente apostila sobre este 
assunto, portanto, precisa ser vista e estudada neste contexto de despertamento e surgimento de entidades 
missionárias, juntas de missões, agências, instituições de treinamento, associações, conferências em igrejas 
e consultas. O desafio da evangelização mundial, afinal, não é pequeno. Exige um melhor preparo, cuidadosa 
compreensão e a máxima capacitação do Espírito Santo. Que o Espírito Santo ilumine as suas mentes, meus 
queridos irmãos, quebrantando seus corações no estudo da continuidade desta matéria. 
 
 A Vocação Missionária – Quando se fala de “Missões”, um dos problemas mais complexos, um verdadeiro 
quebra cabeças para os jovens que estão considerando um ministério transcultural, é a questão de um 
CHAMAMENTO MISSIONÁRIO. Estudaremos aqui, sobre a necessidade e natureza de tal chamamento, 
distinguiremos entre o CHAMAMENTO e a DIREÇÃO de Deus e, ainda, daremos algumas sugestões de 
como receber este CHAMAMENTO. 
 
 15 
 Primeiro, vale a pena advertir logo sobre duas posições extremas. Por um lado, alguns insistem que há um 
chamamento SOBRENATURAL, como o que Paulo experimentou no caminho para ir à Macedônia (Atos 
16:9-10), e que este é o padrão para todo o chamamento missionário.Outros alegam que não há nenhum tipo 
de chamamento exigido, já que a tarefa missionária cabe à todos os cristãos. Parecem duas posições 
extremamente contrárias. 
E para complicar ainda mais, as duas demonstram um pouco as perspectivas bíblicas, mas nenhuma 
a releva totalmente. Podemos desemaranhar esta questão? 
 
É NECESSÁRIO UM CHAMAMENTO? 
 
 Esta é a pergunta que a Segunda posição acima levanta. Se a tarefa missionária cabe a todos os cristãos, será 
então que é necessário haver um chamamento? 
 Tudo irá depender do tipo de chamamento em que se pensa. A palavra “chamamento” é usada de várias 
maneiras no Novo Testamento. Há um chamamento geral de Deus (Romanos 9:24-26), articulado por Cristo 
(Lucas 5:32), para todos os crentes serem santos (Romanos 1:7), segundo o padrão de Jesus Cristo (Romanos 
8:30). De fato, a igreja toda exerce um papel missionário (I Tessalonicenses 1:8). Portanto, até certo ponto, 
podemos concordar com a Segunda posição acima de que todo o crente, por ser crente, possui um 
chamamento geral para a vida cristã, isto é, para a santidade (testemunho de vida) e a evangelização 
(testemunho verbal). Este é um “chamamento” geral e “automático” para todos os crentes. Quer dizer que 
nenhum tipo de chamamento específico geral existe? “NÃO”. Há também um segundo tipo de chamamento 
para o ministério de tempo integral (Atos 6:4, I Coríntios 12:29). Este não é automaticamente para todos os 
crentes, mas é um resultado da operação específica de Deus. Paulo era apóstolo pela “vontade de Deus”, foi 
constituído ou designado ou feito ministro (Gálatas 1:1, Efésios 3:7, II Timóteo 1:1). Não era o chamamento 
macedônico que constituía seu chamado para o ministério de tempo integral, pois este já o recebera antes 
(Atos 9:15, 13:2). O chamamento macedônico era mais propriamente a direção específica do Espírito para 
uma etapa do ministério de Paulo, e não o chamamento de vida. 
 O chamamento para o ministério de tempo integral é exemplificado por Jesus. Jesus chamou André e Pedro, 
e imediatamente o seguiram (Mateus 4:20). Chamou Tiago e João, que também o seguiram sem demora 
(Mateus4:22). Este é um chamamento para o ministério evangelístico de tempo integral (Lucas 5:11), 
contudo não é necessariamente um ministério missionário transcultural. Quanto a isto, reparamos em 
primeiro lugar que alguns protestam contra uma distinção entre o ministério “sagrado” (de tempo integral) e 
o ministério secular (de tempo parcial), mas aparentemente separa o ministério da carreira da vocação secular 
(Atos 20:24, II Timóteo 4:7). É difícil escapar da convicção de que a Igreja Primitiva considera a “oração e 
o ministério da palavra” como igual aos demais que chamamos hoje de ministério de tempo integral. Em 
segundo lugar, que este chamamento é de tempo integral é evidente, pela observação que nenhum dos 
discípulos mencionados acima André, Pedro, Tiago e João – jamais voltaram à profissão anterior. E terceiro, 
reparamos que Paulo foi chamado para ser apóstolo, um ministro de tempo integral, quer como missionário 
para o seu próprio povo judeu (um ministério monocultural), quer para o gentio (um ministério transcultural) 
(Atos 9:15, 13:2, 13:46). Por outro lado, ele foi dirigido por Deus de uma maneira especial e específica para 
um ministério entre os gentios, um ministério transcultural (Efésios 3:8). Mais adiante, voltaremos a distinção 
entre o chamamento de Deus e a sua direção. Aqui, apenas, ressaltamos que o chamamento de Paulo referia-
se à sua separação como ministro de Deus para tempo integral e que a especificação deste chamamento veio 
depois através da direção do Espírito Santo. 
 
1) COMPLETE: ______________ era apóstolo pela _______________________, foi constituído ou 
designado __________. 
 
 
 
 16 
 
 
 
O QUE CONSTITUI UM CHAMAMENTO? 
 
 Poucas vezes vem como uma luz maravilhosa vinda do céu e uma voz falando dessa luz. Mais 
freqüentemente, é uma convicção profunda e crescente baseada em princípios bem definidos pela Palavra de 
Deus, testemunhada pelo Espírito de Deus e confiada no exterior pelo Corpo de Cristo, a Igreja. Vejamos 
cada um destes elementos do reconhecimento de um chamamento. 
 
1. A Palavra de Deus: A medida que o crente anda com o Senhor à luz de sua Palavra, ele descobre passo a 
passo o lugar onde escuta aquela voz que diz: “Este é o caminho, andai por ele” (Isaías 30:21). O discípulo 
cristão precisa reconhecer em primeiro lugar o senhorio de Cristo para ser sensível à sua voz através da leitura 
da Bíblia. Quem não se submete às diretrizes do Senhor Jesus não pode esperar receber orientação muito 
clara dele. “Jesus Cristo é Senhor” era a grande afirmação e o primeiro credo da Igreja Primitiva. Esse fato 
deveria resolver tudo. Ele tem o primeiro direito em nossa vida. 
 
2) Copie o versículo escrito em Isaías cap. 30 verso 21. 
__________________________________________________________________________ 
 
2. O Espírito Santo – o testemunho no interior do discípulo pelo Espírito Santo é mais intangível e pessoal, 
variando de pessoa para pessoa (João 3:8). Infelizmente, hoje em dia, muitos cristãos não aprenderam a 
desenvolver a sua percepção espiritual. O Espírito Santo virou “doutrina” em vez de ser a pessoa dinâmica 
que capacita o Corpo de Cristo para o alcance missionário, como era comum na vida cotidiana da Igreja 
Primitiva. 
 É o testemunho do Espírito Santo que dirige o cristão e revela a vontade de Deus. A vontade de Deus é 
dupla: é geral e específica. A vontade geral abrange toda a criação e se manifesta na Bíblia. Não há mistério 
quanto a ela. Por exemplo: quanto a perdição, a Bíblia revela que Deus não quer que ninguém pereça (II 
Pedro 3:9). Entretanto, a condição eterna específica de cada um é outra questão. 
 A vontade específica de Deus é o que o Espírito Santo revela a cada crente. Isto varia entre os cristãos 
individualmente. Os detalhes da sua percepção são tão claramente delineados. Para conhecê-la, o crente deve 
ser renovado dia após dia em consagração (Romanos 12:12), Exigem-se tempo e disciplina para acertá-la. O 
Dr. Leighton Ford, da Associação Evangelista Billy Grahan, uma vez me disse que conhecer a vontade 
específica de Deus é como conhecer o cenário da próxima esquina – só chegando lá é que conhecemos. 
Isto é, precisamos tomar primeiro os passos diante de nós, que fazem parte da direção que já sabemos, para 
que, chegando adiante, possamos conhecer o que vem depois. Muitos cristãos tentam saber a vontade 
específica de Deus para suas vidas adiante, sem obedecer à vontade geral dele para hoje. 
 
3) COMPLETE: O ______________________ é quem fornece a certeza do chamamento no interior do 
discípulo. 
 
3. O Corpo de Cristo, a Igreja – A Igreja Local confirma exteriormente aquilo que o Espírito testemunha no 
interior. Este é um aspecto comum no Novo Testamento, mas levado pouco a sério hoje em dia. Na Bíblia, 
por mais claro que fosse o chamamento, sempre havia confirmação da Igreja. Isto foi o caso tanto de 
Paulo como o de Barnabé (Atos 9:15, 
13:2), quanto de Timóteo (Atos 16:1-2), Epafras (Colossenses 1:7, 4:12), Gaio de Derbe e Sópatro de Beréia 
(Atos 20:4, Romanos 16:23). 
 
 17 
 O chamamento para o ministério de tempo integral só pode vir através do Espírito Santo, mas deve haver 
algum tipo de confirmação da parte da Igreja Local onde o indivíduo participa. Essa Igreja conhece-o melhor. 
Se isto fosse feito, fortaleceria mais as mãos e encorajaria os corações dos candidatos jovens para o 
ministério. Caso contrário, seria como auto-afirmação da profecia de Jezabel em Apocalipse 2:20. Quanto 
isto, comentou recentemente um homem de Deus que muitos de nós conhecemos: “Deus é que declara alguém 
profeta, e a igreja o reconhece, concorda e usufrui deste ministério. Quem a si mesmo se declara profeta, em 
geral não o é”. 
 
4) COMPLETE:A _____________________ confirma exteriormente aquilo que o 
_______________________ testemunha no interior. 
 
CHAMAMENTO OU DIREÇÃO 
 
 Deve-se fazer uma distinção. O “chamamento” macedônio era mais precisamente a direção do Espírito Santo 
(Atos 16:6-10). O chamamento vem uma vez na vida, e uma vez compreendido e obedecido, não precisa ser 
repetido. Mas a direção sobre a maneira que o chamamento é desempenhado é necessária continuamente, 
através da vida toda. 
 O chamamento de Paulo era para o ministério de tempo integral, neste caso como apóstolo, quer um 
ministério monocultural- para Paulo, entre os judeus, quer um ministério transcultural – entre os gentios. O 
chamamento de Paulo era como apóstolo, sem esta distinção monocultural ou transcultural, visto que pregava 
tanto entre os judeus, quanto entre os gentios (Atos 13:1-49, 19:8-20). Seu chamamento ao apostolado, estava 
ligado primeiro ao sujeito do chamamento, Jesus Cristo (Romanos 1:1, I Coríntios 1:1, II Coríntios 1:1, 
Gálatas 1:1, Efésios 1:1, Colossenses 1:1, I Timóteo 1:1). E só com mais tempo através da direção do Espírito 
Santo de Deus, Paulo entende que seu esforço maior no seu desempenho era um ministério no meio dos 
gentios. 
 Servir aqui entre seu próprio povo ou em um situação transcultural? A direção do Espírito Santo é precisa. 
Ele dirige seus servos segundo a sua vontade. Não é por acaso. Enviou Paulo aos gentios e Pedro aos judeus. 
Dirigiu Willian Carey à Índia, Hudson Taylor à China e Sadhu Sundar ao Tibete. 
 
5) COMPLETE: O apóstolo _______________ pregava tanto para _______________ como para 
______________________. 
 
PERCEBENDO A DIREÇÃO DO ESPÍRITO 
 
 Já mencionamos que Paulo recebeu a direção do Espírito em Atos 16 para ir a Macedônia. As circunstâncias 
daquela visão são instrutivas para entender como funciona a direção do Espírito. Reparamos que Paulo havia 
feito várias tentativas anteriores de ministrar em várias regiões, mas o Espírito Santo o impediu (vv. 6-7). 
Em nenhum dos casos de impedimento pelo Espírito Santo, Paulo é admoestado por tomar decisões sem 
primeiro receber um “sinal” de Deus. Aliás, a impressão do leitor é de que Paulo fez o certo tentando penetrar 
naquelas regiões, e que assim o Espírito o dirigiu. O princípio em jogo neste relato é que Paulo não era 
passivo mas que agia e tomava decisões, para estas depois serem confirmadas ou não. Desta forma a direção 
do Espírito Santo pode ser descrita como o leme do barco que não dirige o barco, a não ser que este 
esteja se movimentando. O servo de Deus percebe melhor a direção do Espírito justamente enquanto 
ativamente procura exercitar seu ministério. 
 Esta perspectiva pode parecer um tanto “carnal” ou “não espiritual”. Parece que é resultado das idéias 
próprias. Mas evidentemente é o processo que encontramos na Bíblia. Até Paulo falou assim: “penso que 
também tenho o Espírito de Deus” (I Coríntios :40), e Lucas também: “concluindo que Deus nos havia 
chamado (Atos 16:10). A direção do Espírito é acertada somente depois que o servo toma decisões e age, 
 
 18 
confiando não na certeza de sua decisão mas na convicção de que o Espírito o dirigirá ou impedirá, ou 
permitindo ou se revelando de outra maneira. 
 Enfim, quem quer acertar a direção do Espírito Santo precisa ser ativo – com uma mente aberta 
(disponibilidade de pensamento), ou ouvido atento (acostumado a ouvir a Deus e obedecer à sua direção), 
um coração puro (a imoralidade ensurdece a percepção, Salmos 24:3-4, 66:18 mãos ocupadas (lembre-se 
do leme do navio) e os pés prontos (disponibilidade de ação, Salmo 119:32, Isaías 52:7). 
 Aqui há dois perigos: hiperatividade ou passividade, correr antes do Senhor ou ficar para trás. Acredito 
(como professor) que para cada um que cai no primeiro, há dez que caem no segundo. São pessoas que não 
conseguem fazer uma decisão importante como quanto ao ministério, examinam os fatores, oram a respeito, 
conversam com os outros, mas não tomam uma decisão. Um problema é que 100% de certeza, o que é claro, 
nunca acontece. 
 A direção do Espírito Santo sempre é perfeita, 100% - mas nunca é percebida assim, pois tem que passar 
pelo filtro da nossa mente humana. É por isso mesmo que precisamos Ter fé. Os cristãos andam pela fé, e 
não pelo que vêem (II Coríntios 5:7). 
 Chegará a hora que todo indivíduo terá que tomar decisões, agir e ir em frente, disposto a encontrar 
impedimentos do Espírito e visões para outros caminhos. 
 Uma missionária na Índia escreveu sobre uma visão que teve enquanto estava deitada em sua cama: “Aos 
seus pés havia um precipício, um abismo, tão largo como o espaço. Havia um grande número de pessoas 
vindas de todas as direções que se dirigiam diretamente à borda do precipício. Todas elas eram totalmente 
cegas. Algumas gritavam quando de repente caiam no abismo. Outras caiam silenciosamente. Ao lado da 
borda do precipício havia placas aqui e ali, avisando do perigo iminente. Estavam muito espaçadas umas 
das outras e, por isso, eram de pouca valia. As pessoas, em sua cegueira, caiam sem nenhum aviso. E a 
grama ao redor delas ficava tinta de sangue. 
 Ainda na visão, havia ao longe um grupo de pessoas sentadas debaixo das árvores em um bonito jardim 
fazendo colares de margaridas. De vez em quando pareciam preocupar-se com os gritos desesperados por 
socorro. Quando uma delas queria levantar-se para ajudar, era imediatamente impedida pelos demais que 
diziam: _ por que se preocupar? Você deve esperar até que te chamem diretamente pelo teu nome. Você nem 
terminou seu colar de margaridas! Uma menina de pé na borda do precipício, sozinha, tentava 
corajosamente evitar que as pessoas caíssem nele, acenando repetidamente e avisando-as do grande perigo. 
Era época de férias e os seus pais a enviaram para longe. Ninguém veio substituí-la. E, como uma cachoeira, 
as pessoas se precipitavam para o abismo. No jardim, o grupo cantava um hino. Então, o som de milhões de 
corações despedaçados, escoando em uma só gota de lágrimas – em só soluço, e o horror da profunda 
escuridão chegaram a mim, escreveu a missionária Dona Amy Carmichael. ____ Eu não sabia o que era, 
continua ela. ____ Era o brado do sangue. “E ouvi a voz do Senhor dizendo: “O que tens feito?” A voz do 
sangue do teu irmão clama a mim da terra”. 
 A visão de um mundo agonizante e amortecido é alguma coisa que deve estar em nossas mentes e corações 
à medida que juntos aceitarmos o desafio para missões mundiais _____ a grande tarefa ainda está para ser 
realizada, e está bem diante de nós. Estamos preparados para pedir que Deus nos dê nestes dias tal visão 
de um mundo agonizante? 
 
6) COMPLETE: O servo de Deus percebe melhor a ________________ justamente enquanto 
_________________ procura exercitar o seu _____________________. 
 
 
 
CAPÍTULO 5 
 
O QUE É SER UM(A) MISSIONÁRIO(A) 
 
 
 19 
 A melhor definição de um missionário foi dada pelo apóstolo Paulo escrevendo aos irmãos de Corinto: 
“Quem é Apolo? E quem é Paulo? “Servos por meio de quem crestes, e isso conforme o Senhor concedeu 
a cada um” (I Coríntios 3:5). Missionário é um servo do Senhor por meio de quem os outros irão crer, e isso 
conforme o Senhor concedeu. Um é chamado para plantar, outro para regar e assim por diante (I Coríntios 
3:6-8). Isto significa que cada um de nós é um missionário. Assim, constituímos campo de uma missão 
cultural para os crentes que estão ao nosso redor, ou campo de missão transcultural para os crentes de outras 
culturas que aqui estão “missionando”. 
 Cada crente no Senhor é um missionário cultural entre os não salvos do seu próprio povo em sua própria 
cultura e língua. Parece que estamos conscientes desta visão cultural. Mas precisamos perceber o imperativo 
bíblico de rogarmos ao Senhor da seara para que envie mais trabalhadores para a sua seara, tanto em nosso 
país como tambémde todas as outras etnias. Essa percepção bíblica nos torna missionários transculturais em 
termos de visão e disposição missionária. 
 Quando o Senhor nos envia, através da Igreja, para alcançarmos outras nações (não necessariamente outros 
países, pois há várias culturas diferentes mesmo dentro de nosso território), então nos tornamos missionários 
transculturais em termos de trabalho missionário direto com o campo. Por exemplo: os irmãos de Antioquia 
(Atos 13:1-4) eram missionários culturais em termos de trabalho no campo da Antioquia e Síria. Mas eram, 
também, missionários transculturais em termos de visão e disposição missionária, pois reconheceram o 
chamado e apoiaram o ministério de Paulo e Barnabé noutras culturas. Tais irmãos possuíam a visão que 
precisamos possuir. 
 
1) COMPLETE: Cada crente no Senhor é um _____________________ entre os 
_________________ do seu próprio povo em sua própria língua e cultura. 
 
O QUE É MISSÃO CULTURAL E TRANSCULTURAL, ENTÃO? 
 
 Fazer discípulos em todas as nações é ordem imperativa do Senhor da seara. Isto significa tanto 
discipularmos as da nossa própria nação como também, e simultaneamente, de todas as nações (Atos 1:8). 
 
Missão Cultural – portanto, é a obra missionária desenvolvida pelo discípulo de Jesus dentro do contexto 
de sua própria cultura. Daí entendermos que cada crente no Senhor Jesus é um missionário imediato, pois ele 
é chamado por Deus para fazer discípulos entre aqueles que estão imediatamente ao seu redor. 
 
Missão Transcultural – é a obra missionária desenvolvida pelo discípulo de Jesus Cristo além de suas 
fronteiras culturais. É transpor barreiras étnicas para fazer discípulos para o Senhor. Daí, entendermos 
também, que cada crente é um missionário cultural de imediato, e transcultural em termos de visão e 
ministério específico. 
 
2) ESCREVA – o versículo de Atos 1:8. 
__________________________________________________________________________ 
 
O QUE IMPLICA ESTAR ENVOLVIDO EM MISSÕES TRANSCULTURAIS 
 O apóstolo Paulo reconhecia tanto a necessidade de alcançarmos vidas em todas as nações (etnias), 
como também a necessidade de atentarmos para as diferenças culturais. “Porque, sendo livre de todos, 
fizme escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como 
judeu, a fim de ganhar os judeus, para com os que vivem no regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, 
para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei (gentios – 
Romanos 2:14), como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de 
Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei” (I Co 9:19-21). 
 
 20 
 
3) RESPONDA: Você como servo (a) do Senhor, reconhece a necessidade de ganharmos almas em outras 
nações? ( ) SIM ( ) Não 
 
MISSÃO TRANSCULTURAL HOJE – DESAFIO 
 
 Quais são os desafios culturais para cada um de nós hoje? A população mundial está acima dos 5 bilhões de 
habitantes. Cerca de um bilhão e 700 milhões de pessoas se declaram cristãs (32,07% da população mundial). 
Destas, apenas 500 milhões são crentes comprometidos com a visão do Senhor (9,43%). O restante, um 
bilhão e 200 milhões, são cristãos nominais (22,64%). Cerca de um bilhão e 400 milhões de pessoas não são 
convertidas (26,41%), mas têm acesso ao Evangelho. Mas outros 2 bilhões e 200 milhões de pessoas (41,5%) 
estão sem oportunidade de ouvir sobre o Evangelho, a não ser que algum discípulo do Senhor Jesus Cristo 
se “disponha” a transpor sua própria cultura, aprender uma nova língua, adaptar-se a uma nova cultura e 
continuar as boas novas da salvação através de Cristo. 
 O Congresso de Evangelização Mundial informou que: “Embora, hindus, muçulmanos e chineses, sejam 
juntos 75% do mundo não cristão, apenas 5% dos missionários expatriados trabalham atualmente entre 
eles”. 
 O que isso tem a ver com cada discípulo de Jesus Cristo. Tem tudo a ver! Não poderemos terminar o trabalho 
de evangelização mundial sem a participação ativa de cada membro do corpo de Cristo. Talvez você 
responda: “Mas eu não sou pastor, nem evangelista, nem missionário por profissão! 
 “Permita-me como escritor deste livro a desafiá-los em nome do Senhor da seara:” Hoje as portas se abrem 
mais para os profissionais liberais do que para os missionários formais (pastores, evangelistas e missionários). 
Provavelmente este é o maior desafio do nosso século e a maior diferença entre os missionários de ontem e 
os de hoje. Isto é, estrategicamente falando, os profissionais têm mais facilidade de penetração nos países 
fechados para o Evangelho. Por outro lado, 83% dos povos não alcançados (ou ainda por alcançar) do mundo 
estão com as portas abertas para estudantes e profissionais liberais. 
 Você já é um missionário cultural? Você já tem a visão missionária transcultural? Diga se possível for ao 
Senhor: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. 
 
DESCOBRINDO A ROTA ATÉ OS CONFINS 
 
Cabral não tinha outra opção! ou arriscava tudo ou não chegaria onde queria. E como ele, Colombo, 
Vasco da Gama e vários outros arriscaram naufrágios, motins, doenças e morte para chegar aos confins da 
terra. Havia uma enorme discrepância entre sua visão empolgante e seu modesto conhecimento de geografia 
e da arte da navegação. A visão que compelia os grandes descobridores era achar o acesso mais fácil até aos 
confins da terra, para dali obter produtos que, vendidos na Europa por alto preço, poderiam torná-los ricos 
da noite para o dia. 
 
A IGREJA TEM OUTRA OPÇÃO? 
 
 Comissionada pelo Rei para chegar aos confins da terra, a Igreja hoje dispõe de amplo conhecimento dos 
acidentes terrenos e dos portos receptíveis e hostis. É certo que nem sempre foi assim. Em tempos passados, 
a rota até aos confins também foi, para a Igreja, povoada de perigos, desvios, perdas de rumo, erros de 
estratégia. Graças, porém, a esses valorosos desbravadores, nós hoje possuímos conhecimento suficiente para 
traçar nossa rota com perícia e segurança. 
 Não que o esforço da igreja para cumprir Atos 1:8 seja mais fácil hoje. Há sempre desafios, perigos, riscos 
de perda de rumo. Mas com aquilo que agora sabemos acerca dos confins e dos povos que lá habitam, muitos 
 
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dos riscos tornaram desnecessários. O que para os pioneiros era santa ousadia seria para nós hoje, em muitos 
casos, uma grande imprudência. 
 
5) RESPONDA: Porque nos dias de hoje, tornou-se mais fácil de a Igreja fazer missões? 
__________________________________________________________________________ 
 
A VOCAÇÃO TRANSCULTURAL DA IGREJA 
 
 Hoje algumas Igrejas no Brasil experimentam uma forte redescoberta da sua vocação missionária. Elas estão 
compreendendo, talvez como nunca antes, que as palavras do Rei “... sereis minhas testemunhas até aos 
confins da terra”, ainda não foram cumpridas. Também estão se dando conta de que esta vocação é 
igualmente sua e não só de suas irmãs em todos os demais países. Estão aprendendo que, para elas, os confins 
consistem cerca de 12.000 grupos humanos, reunindo 2 bilhões de pessoas às quais o testemunho de Jesus 
Cristo ainda não chegou. 
 O descobrimento da rota até aos confins fundamenta-se numa convicção profunda da vocação transcultural 
da Igreja. Quem crê que a Bíblia é a Palavra de Deus deve também crer que missões transculturais é o 
trabalho de Deus, pois desde Gênesis até ao Apocalipse revela-se a preocupação de Deus por salvar todas 
as famílias da terra.” A Igreja, povo de Abraão segundo a fé, recebeu também a vocação de Abraão para ser 
bênção a todas as famílias da terra (Gênesis 12:3 – cf. Romanos 4:16-18). 
 É importante enfatizar que a vocação missionária é primeiramente do povo de Deus, da Igreja como um 
corpo, e só secundariamente de indivíduos (I Pedro 2:9-10). Em Atos 13:1-4, vemos o Espírito chamando 
primeiramente a Igreja, e nocontexto da igreja identificando os indivíduos. Esse ponto é crítico, pois mostra 
que a Igreja é responsável pela tarefa. Paulo e Barnabé foram enviados pela igreja em cooperação com 
o Senhor da Igreja, e tornaram a ela (Atos 14:26-28) para prestar relatório do que fizeram como extensão da 
Igreja. 
 A história de missões transculturais revela como estado predominante no seio da Igreja à falta de visão. Os 
grandes navegadores da história foram, na sua maioria, indivíduos cuja visão não encontrava eco no coração 
do povo de Deus. Assim, apesar da Igreja, e enfraquecidos pela falta de visão desta, atiraram-se aos elementos 
e com sacrifício abriram novas rotas aos continentes para anunciar que o Rei veio e venceu. Por causa desta 
realidade histórica, nós nos acostumamos a pensar em missões transculturais como uma questão individual, 
e o desbravamento de nossos caminhos até aos confins como uma atividade paralela à Igreja. Nota-se por 
exemplo, que os nossos apelos missionários são dirigidos aos indivíduos. A vocação da Igreja, como igreja, 
não é enfatizada e ela continua, muitas vezes, na ilusão de que não possui realmente vocação missionária, 
que missões transculturais é uma coisa secundária e compete aos indivíduos e agências criadas 
especificamente para esse fim. 
 Com isso, a igreja não somente deixa de exercer a sua vocação de ser povo abençoado para que seja bênção 
para todos os povos (Salmo 67:1-2), mas também dá origem a embaraçosa situação em que vivemos, na qual 
centenas de indivíduos desejosos de cumprir a vocação transcultural da igreja saem de chapéu na mão, 
pedindo à igreja o favor de apoiá-los naquilo que deveria ser, desde o início, um projeto originado pela própria 
Igreja. 
 
6) RESPONDA: Dê quem é em primeiro lugar a responsabilidade da vocação missionária? 
__________________________________________________________ 
 
 
O MISSIONÁRIO E O PROCESSO DE APRENDIZADO 
 
 
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 Não são cinco anos em um seminário, ou um ano de experiência, ou três meses de treinamento especial que 
preparam alguém para as lutas naturais que surgem no serviço missionário. O processo de preparo é contínuo 
e árduo. Além do treinamento formal, o missionário precisa ter capacidade para saber aproveitar todas as 
experiências da vida diária, aprendendo mais de Deus, e adquirindo princípios que o vão ajudar enfrentar o 
desafio missionário em outras culturas. Quando se chega ao campo, no meio de um povo diferente, o preparo 
continua. O missionário continua aprendendo crescendo e adquirindo mais princípios que o ajudará a realizar 
o trabalho de Deus da melhor maneira possível. 
 Por isso, o preparo, deve acima de tudo, ajudar o candidato a missões a aprender o processo de aprender a 
crescer. Pontos “decorados” vão ajudá-los muito. 
 
 “Em vez de o professor ensinar tudo que conhece, ele tem que ajudar o aluno a achar, usar e 
incorporar na sua vida as verdades práticas que podem levá-lo a crescer no conhecimento e na vida para 
o serviço do Reino de Deus.” 
 
8) RESPONDA: O que o candidato a Missões Transculturais precisa aprender? 
__________________________________________________________________________ 
 
 
 
CAPÍTULO 6 
 
MÉTODOS DO PREPARO MISSIONÁRIO 
 
1. O preparo missionário deve ser o serviço. 
 Os anos ou meses passados numa escola não deve ser um parêntese da vida cristã, um mosteiro de reclusão 
da realidade do mundo e das exigências da vida cristã. O preparo também é fazer e ser – não somente 
conhecer. 
 
2. O preparo deve ser modelo e espelho dos alvos a serem atingidos. 
 Se no preparo o alvo é criar comunidades da Igreja de Cristo, a sala de aula deve modelar a hierarquia ou 
Ter um espírito de comunidade e amor. Se o alvo é reflexão teológica, amor na vida cristã, o professor não 
deve ser ditador, autoritário e longe do alcance dos alunos. Se o alvo é levar o aluno a saber tomar decisões 
e resolver problemas com base na Palavra de Deus, ele deve começar a fazer isso dentro do preparo. Se o 
aluno vai precisar trabalhar junto com outros missionários nacionais, ele já deve aprender a resolver situações 
práticas em conjunto no preparo. Se ele precisa Ter uma vida de oração e dependência do Espírito Santo, a 
aula deve demonstrar essa necessidade e como faze-lo. Se missões é o trabalho do Espírito Santo através da 
Igreja, se é um milagre espiritual na conversão de outros, na transformação de pessoas em filhos de Deus, 
então no preparo deve haver milagres de transformação do Espírito Santo. Se a Bíblia é nossa base e guia, a 
ser praticada e obedecida, a autoridade final, então na sala de aula e na vida de preparo deve haver respeito, 
temor, obediência, busca e conhecimento. 
 Em nossos dias é raro Ter escolas ambulantes, como a de Jesus e seus discípulos, mas professores e alunos, 
juntos devem compartilhar, o máximo possível, a vida real em Cristo. A alegria do Senhor, que é uma 
promessa básica de Deus para seus filhos, deve se manifestar no meio da estrutura do preparo missionário. 
Deve-se mostrar amor uns pelos outros, não disputa de posições, melhor nota, ou só conseguir passar de ano. 
Jesus Cristo deixou bem claro para os seus discípulos a necessidade da humildade – humildade do 
professor e dos alunos em relação aos colegas e ao mundo. 
 
 
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1) COMPLETE: Missões é o trabalho do ___________________ para ser executado através da 
_________________. 
 
 
CONTEÚDO NO PREPARO TRANSCULTURAL 
 
 O Senhor Jesus Cristo deixou claro a comissão para os apóstolos quando falou de ensinar e guardar o que 
tinha ordenado, e isto para todas as nações e povos do mundo. A primeira palavra é ensinar. Mas ensinar o 
quê? 
 
O missionário ensina a Palavra de Deus: Tudo o que (Jesus) ordenou era baseado no Antigo Testamento e 
foi exemplificado em Atos e nas Epístolas. O missionário não vai poder chegar a um lugar e dizer: “Você 
precisa aceitar a Cristo no seu coração, depois ir para outro lugar”. É bem mais do que isto. Tem que ensinar 
todo o conselho de Deus. As leituras superficiais não vão ser suficientes para fazer isto. Ele tem que conhecer 
e ensinar a Palavra: 
 
2) COMPLETE: A primeira palavra ordenada por Jesus é ___________. 
 
a) No seu contexto original – Não basta ler a Palavra como se fosse escrita em nossos dias. Não foi. Foi 
escrita em outra época e cultura. Para entender realmente os princípios, temos que voltar e nos identificar 
com a situação histórica e cultural. Temos que tirar nossos pressupostos culturais para ver o que realmente 
acontecia e o que realmente estava sendo dito. 
 
3) RESPONDA: Porque não podemos ler a Palavra como se fosse escrita em nossos dias? 
__________________________________________________________________________ 
 
b) Aplicada hoje – Não é suficiente a apreensão intelectual do que a Bíblia diz. Os princípios bíblicos são 
para hoje também. O sentido verdadeiro é para judeus, gregos, romanos, indianos, asiáticos, europeus, latino-
americanos – é relevante até aos confins da terra. É para batizar pessoas de todos os povos, incluí-los no 
corpo de Cristo internacional. 
A Bíblia tem que ser aplicada para nós em nossa cultura, confrontando-a como Jesus confrontou a 
cultura judaica nos pontos em que não estavam conforme a vontade de Deus. Tem que ser aplicada da mesma 
forma na cultura receptora, mediante a transformação de forma que signifique muito à cultura e seja fiel a 
Palavra. 
 
4) RESPONDA: Porque a Bíblia ainda hoje transforma pessoas, como as transformava no passado? 
 
 
c) Obedecida com respeito e temor – é muito comum ouvir dizer: “Tudo bem para Paulo, mas eu não sou 
Paulo, vou ficar na minha.” Mas Paulo estava sendo dirigido pelo Espírito de Deus em dar um recado e uma 
direção de vida para todos. Não podemos ignorar a Bíblia e conhecer a Deus. Não podemos ser “crentes” e 
não crer na comunicação de Deus para com seus filhos.Não podemos louvar a Deus e rejeitar a Bíblia que 
nos dá a maneira de como faze-lo. Não podemos ser seguidores de Cristo, sem saber quem Ele é, nem o que 
Ele quer. O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo deve diligentemente buscar o conhecimento de Deus na 
Palavra, sempre crescendo, sempre sendo moldado e transformado por ela. Exige disciplina e devoção. Exige 
ajuda do Espírito Santo e comprometimento a obediência. A Bíblia não é qualquer livro, ou uma magia, mas, 
sim, a Palavra de Deus. 
 
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5) COMPLETE: Não podemos louvar a _________ e rejeitar a ____________ que nos dá a maneira de como 
faze-lo. 
 
d) Quem nos dá a razão da vida e ministério – Missões não é uma “onda” ou uma “moda” que durará e 
depois passará. 
É bem claro na Bíblia, desde o Gênesis até ao Apocalipse, que o plano de Deus é usar o seu povo 
(Israel e a Igreja) para alcançar o mundo. Jesus só voltará depois que todas as nações ouvirem o Evangelho. 
Temos uma grande obra – enorme, importantíssima – a de sermos embaixadores do Rei dos reis, levar todas 
as nações a glorificá-lo e obedecer-lhe, e prestar culto a Ele. A Bíblia deixa claro que todo o resto é 
secundário. Missões não é mais um departamento da Igreja, mas o centro e alvo principal de tudo. A 
comunhão, o louvor, o serviço, o ensino, o exercício dos dons têm a finalidade de preparar pessoas que vão 
lá fora anunciar a glória de Deus e ser luz nas trevas. 
 Efésios 1:20-21 nos ensina que o Cabeça, Cristo, só atua através do corpo (a Igreja) para a realização de sua 
obra na Terra. 
 Então, o preparo missionário deve basear-se na Palavra de Deus e ser permeado por ela. A missiologia deve 
basear-se na teologia bíblica, tirando do texto bíblico modelos e princípios e aplicando-os a discussão de 
casos verídicos, questões contemporâneas, métodos de estratégia, de contextualização, e uma outra série de 
assuntos ligados a missões. Assim, os candidatos a missões transculturais podem conhecer com mais 
profundidade a Palavra no seu sentido original, para poder obedecer, transmitir fielmente, mesmo que 
frequentemente de outras formas, e ajudar outros a amá-la, conhecê-la e obedecê-la a fim de passá-la para 
frente. 
 Da Palavra, o missionário aprende por que fazer missões, onde, como, quando fazer e quem deve fazer. Ela 
demonstra a importância de uma vida crescendo, começando com a salvação e a contínua transformação a 
imagem de Cristo. Inclui vida cristã na família, individual, a sociedade, na igreja. Inclui serviço, como, servir 
ao Senhor, servir ao próximo, ensinando e administrando, evangelizando. Esta vida e este serviço devem ser 
incluídos no preparo. As raízes de todo aspecto de missiologia se acham no guia que Deus nos deixou – a 
Bíblia. 
 
6) RESPONDA: No que deve se basear todo o preparo Missionário? 
__________________________________________________________________________ 
 
O MISSIONÁRIO PODE APROVEITAR A HISTÓRIA 
 
 A história da Igreja cristã é uma escola de preparo missionário. O trabalho do Espírito Santo começou em 
Atos e vai até as promessas do Apocalipse e a volta de Cristo para uma igreja mundial. A obra missionária 
nunca parou, apesar de confusões e desvios eclesiásticos e doutrinários, da escuridão da Idade Média, das 
perseguições, das dificuldades pessoais e estratégias. Deus tem continuamente expandido seu Reino através 
de homens e mulheres – vidas inteiramente dedicadas a Ele. Estas vidas, suas motivações, seus alvos, 
aspirações, inspirações, atos, problemas, processos de decisão, sucessos e fracassos, são de alto valor para 
nós hoje. Os brasileiros têm grande vantagem, pois viram de perto muitas destas vidas e podem observar 
seus defeitos e as suas bênçãos. Que privilégio e parte importante do preparo missionário é ter um modelo 
bem ao lado, em vez de apenas lermos livros. 
 Sejam livros ou em modelos vivos, devemos aproveitar os antecedentes no corpo de Cristo (são membros 
também), avaliando-os à luz da Palavra, para que possamos nós, levar a frente o trabalho que eles começaram. 
 
7) COMPLETE: A____________________é uma escola para o __________________________________. 
 
 
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MISSÕES E TENTAÇÕES 
 
 O Candidato a Missões precisa precaver-se. Neste ambiente de missões que o Brasil e muitos outros países 
do mundo estão vivendo, há tentações muito perigosas. A literatura que atiça o espírito de missões deve tratar 
também das tentações que acompanham o despertar missionário. As tentações mais comuns derivam da 
confusão que há entre missões e turismo, entre missões e fuga, entre missões e moda. 
 
1. Missões e Turismo. 
 Se você se tornar um missionário, mesmo sendo pobre, pode muito bem ir para o exótico continente africano, 
ou à Europa, ou na distante Ásia, ou fixar residência até na América do Norte. Tudo sem depender de um 
centavo em seu bolso, sempre às expensas das juntas missionárias ou de igrejas e vários amigos, em cujas 
portas você bateu. Se o zelo missionário não for autêntico, se você não foi separado por Deus para esta obra, 
se a verdadeira motivação é desejo de viajar – vamos falar francamente – o que você está fazendo é 
um crime contra Deus, muito grave, vergonhoso e imperdoável. Há pessoas humildes dando dinheiro para 
missões. Há igrejas pequenas lutando com dificuldades para manter seu próprio pastor, contribuindo 
zelosamente para o sustento de missionários, enquanto você faz turismo às custas delas. O nome certo deste 
vício e defraudação. Precisamos Ter a consciência de Paulo e Tito, que não exploraram em nada as igrejas 
(II Coríntios 12:14-18). 
 Não há nada de mais se você gosta de viajar e tem espírito de aventura. Isto até ajuda e facilita o seu 
ministério em campos missionários. Porém a motivação para sair como missionário tem que se assentar na 
vocação não fictícia, porém específica, de Deus, como resposta ao clamor dos perdidos. Você até pode aliar 
a vocação com a propensão natural para viagens, mas nunca deve aliar o propósito de viajar com missões. O 
alvo de servir a Deus é o primeiro grande motivo de missões, a rigor, deveria ser o único. 
 
8) COMPLETE: O __________ de servir a Deus é o ____________ grande motivo de ________________, 
a rigor, deveria ser o _______________. 
 
2. Missões e Fuga. 
 Talvez você queira ir para o campo missionário porque as coisas não estão indo muito bem para o seu lado. 
Você não tem apoio dos presbíteros, a congregação não reage, o trabalho não cresce, há problemas por todos 
os lados, os crentes criticam demais, não conseguiu a namorado ou o namorado ideal e tudo está emperrado. 
Você se sente derrotado e frustrado. Então lhe parece que o melhor é arrumar as malas e partir para o campo 
missionário. 
 Quando as coisas chegam a este pé, em muitos casos, o que está ocorrendo não é uma nobre chamada para 
missões, mas uma deliciosa fuga da responsabilidade atual. O ministério em outros lugares é igualmente 
difícil ou, talvez, muito mais difícil, não contando os problemas extras de línguas, dialetos, cultura, limitações 
de liberdade (por ser você um estrangeiro) e as crises de melancolia e saudades da pátria. Ademais, para o 
bem da causa do evangelho e para o seu próprio 
bem, o melhor é permanecer no mesmo campo e enfrentar as dificuldades. Já se foi o tempo em que se 
encaminhavam para os campos missionários os obreiros que não davam certos no pastorado de igrejas. Se 
você é um fracasso aqui, certamente o será também no estrangeiro. 
 Embora Deus possa usar situações de abatimento para falar-nos outra vez de modo diferente, apresentando-
nos um novo ministério, a vocação nunca é fuga. Ao contrário, é um compromisso ainda mais difícil. 
 
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9) COMPLETE: Se o obreiro é um _______________ aqui, certamente o será também no 
______________________. 
 
3. Missões e Moda. 
 Aqui está a terceira grande tentação na área de missões: você é arrastado pela

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