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Desenvolvimento de Novo Fármaco


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Imagine a seguinte situação: um cientista fica sabendo pela sua tia, que mora 
no interior de uma cidade, sobre um chá muito bom utilizado para acalmar o 
corpo e dormir melhor. O cientista leva a planta para o laboratório para 
estudá-la. Primeiro ele isola o componente ativo, depois o estuda 
farmacologicamente e no terceiro passo, ele o modifica quimicamente para 
melhorar sua ação. 
Com base na situação descrita, que tipos de processo e análises estão 
envolvidos no desenvolvimento desse novo possível fármaco? 
 
 
O desenvolvimento do novo possível fármaco a partir do chá descrito 
envolve uma série de etapas e análises: 
1. Isolamento do componente ativo: O primeiro passo é isolar o 
componente ativo da planta que confere os efeitos desejados, como o 
efeito calmante e indutor do sono. Isso geralmente envolve a extração da 
planta usando solventes apropriados (como água, álcool, ou outros 
solventes orgânicos) para obter uma fração concentrada que contém o 
composto de interesse. 
2. Estudo farmacológico do componente ativo: Após o isolamento, o 
cientista conduzirá estudos farmacológicos para caracterizar o composto 
quanto aos seus efeitos bioquímicos e farmacológicos. Isso inclui 
determinar a potência, a eficácia, a cinética de ação (como a absorção, 
distribuição, metabolismo e excreção), e os possíveis mecanismos de ação 
do composto no organismo. 
3. Modificação química para melhorar a ação: Com base nos resultados dos 
estudos farmacológicos, o cientista pode optar por realizar modificações 
químicas no composto original para melhorar sua atividade farmacológica. 
Essas modificações podem ser feitas para aumentar a biodisponibilidade, 
prolongar a meia-vida no organismo, melhorar a seletividade (direcionando 
o composto para um alvo específico), ou reduzir os efeitos colaterais 
indesejados. 
Além dessas etapas principais, várias análises e testes são realizados ao 
longo do processo de desenvolvimento do fármaco: 
• Análise química: Para caracterizar a estrutura química do composto 
isolado e das suas variantes modificadas. 
• Estudos de toxicologia: Para avaliar a segurança do composto em 
diferentes doses e identificar potenciais efeitos adversos. 
• Ensaios pré-clínicos: Testes em modelos animais para avaliar a eficácia e 
segurança do composto antes de iniciar os ensaios clínicos em humanos. 
• Formulação: Desenvolvimento de uma forma farmacêutica adequada para 
administrar o fármaco (como cápsulas, comprimidos, soluções orais, etc.) 
visando a melhor absorção e estabilidade. 
• Estudos clínicos: Testes clínicos em seres humanos para avaliar a eficácia, 
segurança e tolerabilidade do fármaco. 
• Análise estatística: Para avaliar os resultados dos estudos e garantir que os 
dados sejam robustos e confiáveis. 
Em resumo, o desenvolvimento de um novo fármaco a partir de um 
componente vegetal envolve um processo complexo que integra 
conhecimentos de química, farmacologia, toxicologia, formulação e testes 
clínicos, com o objetivo final de produzir um medicamento seguro e eficaz 
para uso humano.

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