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Toxicologia: Áreas, Centros e Fases

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Toxicologia 
PROFESSOR (A): Amanda Ponce 
 
 
 Atividade de Revisão 
Instruções: A atividade é individual e pontuada no valor de 7,5 pontos.
1) Delimite as áreas de atuação de um toxicologista. (valor - 1.5
 
1. de cosméticos; 6. Toxicologia de emergência; 7. Toxicologia de medicamentos; 8. Toxicologia desportiva; 9. Toxicologia eToxicologia ambiental; 2. Toxicologia analítica; 3. Toxicologia clínica; 4. Toxicologia de alimentos; 5. Toxicologia xperimental; 10. Toxicologia forense; 11. Toxicologia ocupacional; 12. Toxicologia veterinária; e 13. Toxicogenética. 
 
2) Explique o que são os centros de toxicologia, descrevendo sua função, que serviços oferecem e quem os coorderna. (valor 1.5)alor 1.5)
 
casos de exposição a substâncias tóxicas) fazem parte de uma rede de informações tóxico-farmacológicas denominada SINITOX, que coleta as informações do atendimento, publicando anualmente sua produtividade. Estes dados são utilizados na produção documentos para comunicação e gerenciamento de riscos toxicológicos. ParalelamOs Centros de Toxicologia (denominação adotada neste trabalho para definir os Centros Brasileiros que atendem ente, os hospitais que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), notificam os casos de internação hospitalar e óbitos ao DATASUS, formando uma grande base de dados de morbidade e mortalidade hospitalar
3 )Explique as quatro fases da toxicocinética, expondo as características que podem facilitar uma intoxicação em cada uma das fases. (valor 1.5)
 
• Fase de exposição – é a fase em que as superfícies externa ou interna do organismo entram em contato com o toxicante. É importante considerar nessa fase a via de introdução, a frequência e a duração da exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a concentração do xenobiótico e a suscetibilidade individual. 
 
• Fase de toxicocinética – inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química e a concentração do agente nos diferente tecidos do organismo. Intervém nessa fase a absorção, a distribuição, o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As propriedades físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim como a velocidade de sua eliminação do organismo.
 
• Fase de toxicodinâmica – compreende a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, a alteração do equilíbrio homeostático. 
 
• Fase clínica – é a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com o organismo. 
 4) O que são mecanismos de ação específicos e inespecíficos? Delimite os principais mecanismos de ação específicos. (valor 1.5) 
Fármacos estruturalmente inespecíficos
Os fármacos ditos estruturalmente inespecíficos são aqueles que dependem única e exclusivamente de suas propriedades físico-químicas, (coeficiente de partição, pKa) para promoverem o efeito biológico. Os anestésicos gerais são um exemplo clássico de substâncias que pertencem a esta classe de fármacos, uma vez que seu mecanismo de ação envolve a depressão inespecífica de biomembranas lipo-protéicas, elevando o limiar de excitabilidade celular ou a interação inespecífica com sítios hidrofóbicos de proteínas do sistema nervoso central, provocando perda da consciência. Neste caso específico, em que a complexação do fármaco com macromoléculas da biofase dá-se predominantemente através de interações de Van der Walls, a potência do fármaco está diretamente relacionada com a sua lipossolubilidade, como está exemplificado comparativamente na Figura 1, mostrando que o halotano é mais potente que isofurano (Foye e Williams, 1995).Em alguns casos, a alteração das propriedades físico-químicas decorrentes de modificações estruturais de um fármaco pode alterar seu mecanismo de interação com a biofase. Um clássico exemplo encontra-se na classe dos anticonvulsivantes. O pentobarbital (3) é estruturalmente específico e tem ação sobre o receptor GABA ionóforo. A simples substituição de um átomo de oxigênio por um átomo de enxofre produz o tiopental (4), cuja lipossolubilidade é maior e tem ação anestésica inespecífica (Figura 2) (Foye et al., 1995, Gringa 
 
Fármacos estruturalmente específicos
Os fármacos estruturalmente específicos exercem seu efeito biológico pela interação seletiva com uma determinada biomacromolécula alvo, que apresenta na maior parte dos casos propriedades de enzima, proteína sinalizadora (receptor), canal iônico ou ácido nucléico. O reconhecimento do fármaco (micromolécula) pela biomacromolécula depende do arranjo espacial dos grupamentos funcionais e das propriedades de superfície da micromolécula, que devem ser complementares ao sítio de ligação localizado na macromolécula, o sítio receptor. A complementaridade necessária para a interação da micromolécula com a biomacromolécula receptora pode ser ilustrada simplificadamente pelo modelo chave-fechadura (Figura 3). Neste modelo podemos comparar a biomacromolécula com a fechadura, o sítio receptor com o “buraco da fechadura” e as diferentes chaves com ligantes do sítio receptor, isto é, regiões da micromolécula que vão interagir diretamente com a macromolécula. Neste caso específico “abrir a porta” ou “não abrir a porta” representariam as respostas biológicas desta interação. A análise da Figura 3 permite-nos evidenciar três principais tipos de chaves: a) a chave original, que se encaixa adequadamente com a fechadura, permitindo a abertura da porta, corresponderia ao agonista natural (endógeno) ou substrato natural, que interage com o sítio receptor da biomacromolécula localizado respectivamente em uma proteína ou enzima, desencadeando uma resposta biológica; b) a chave modificada, com propriedades estruturais que a tornam semelhantes à chave original e permitem seu acesso à fechadura e a abertura da porta, corresponderia a um agonista modificado da biomacromolécula, sintético ou de origem natural, capaz de reconhecer complementarmente o sítio receptor e desencadear uma resposta biológica qualitativamente idêntica àquela do agonista natural; e c) a chave falsa, que apresenta propriedades estruturais mínimas que permitem seu acesso à fechadura, sem ser capaz entretanto de permitir a abertura da porta, corresponderia ao antagonista, sintético ou de origem natural, capaz de ligar-se ao sítio receptor sem promover a resposta biológica e bloqueia a ação do agonista endógeno e/ou modificado, ocasionando uma resposta qualitativamente inversa àquela do agonista.
5)Diferencie os ensaios de DL 50 dos ensaios de Dose fixa. (valor 1.0) 
Depois de muitos anos de debates e discussões o teste da DL50 (dose letal mediana) foi finalmente banido das diretrizes que norteiam a avaliação da toxicidade aguda (BOTHAM, 2002). A avaliação da toxicidade é realizada com o objetivo de determinar o potencial de novas substâncias e produtos causar danos à saúde humana. Testes que avaliam a toxicidade sistêmica aguda são utilizados para classificar e apropriadamente rotular substancias de acordo com o seu potencial de letalidade ou toxicidade como estabelecido pela legislação. Além da letalidade, outros parâmetros são investigados em estudos de toxicidade aguda sistêmica para identificar o potencial tóxico em órgãos específicos, identificar a toxicocinética e a relação-dose resposta. Outras informações podem ainda ser obtidas numa avaliação de toxicidade aguda como: indicativos sobre o mecanismo de ação tóxica; diagnóstico e tratamento das reações tóxicas; estabelecimento das doses para estudos adicionais de toxicidade; informações para a comparação de toxicidade entre substâncias de mesma classe; informações sobre quais seriam as conseqüências de exposições acidentais no trabalho ou no ambiente doméstico; além de ser um padrão para a avaliação de testes alternativos ao uso de animais experimentais (PURCHASE, et al., 1998;BLAAUBOER, 2003; PRIETO, et al., 2006; COECKE, et al., 2006). Após muitos anos de controvérsias e debates, o teste da DL50 foi finalmente eliminado no final de 2002 (BOTHAM, 2004). O teste da DL50 foi inicialmente introduzido em 1927 por Trevan para avaliar substâncias que seriam utilizadas por seres humanos como a digitallis e a insulina. Entretanto, na década de setenta, este teste, o qual tinha como objetivo encontrar uma única dose letal de uma substância para metade dos animais do grupo teste, começou a ser empregado amplamente como base de comparação e classificação da toxicidade de substâncias. Este teste tornou-se gradativamente um teste pré-requisito para várias agências reguladoras, como a americana Food and Drugs Administration (FDA), responsáveis pela a aprovação de novos fármacos, aditivos alimentares, ingredientes cosméticos, produtos domésticos, químicos industriais e pesticidas. Para a realização do teste da DL50 eram empregados mais de 100 animais para cada espécie estudada (normalmente ratos e camundongos) e para cada substância testada (KRYSIAK, & RYDZYNSKI, 1997; STAMMATI, et al., 2005; GUBBELS-VAN HAL, et al., 2005).
 
DOCENTE : NEIVA DOS SANTOS CAPINAN CERQUEIRA

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